Domo pessoal

Mais um capitulo da fic pra vocês, sinceramente espero que estejam gostando da fic, estou tentando dar o meu melhor pra atingir as expectativas de vocês.

Espero que gostem desse capitulo, ainda mais aos fans do Saga. Então vamos ao que interessa.

Boa Leitura!


Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, pertencem ao grande mestre e genio criativo M. Kuramada.


Legenda:

-"ajs jhssss"; (pensamentos)

-'sjsjsjsmsm'; (dialogos de segunda pessoa)

-dkjks jsjs; (dialogos normais)

--Lembranças-- (em italico)

--Flash Backs-- (normal)


Capitulo 5: Encontros Casuais.

I – Caminhos Cruzados

Já fazia uma semana que ela estava no santuário, mas só agora conseguira um tempinho para sair do Templo de Leão e visitar o vilarejo. A jovem de cabelos verdes andava calmamente pelas ruas, o típico vestido canelado da região, davam a ela um ar infantil. Litus andava com calma lembrando-se de todos os momentos que passara ali.

Todas as vezes que ia até a vila a procura de mantimentos ou até mesmo para comprar tintura para cabelo de tom ruivo para Aiolia. Ela não pode deixar de sorrir com essa ultima lembrança. Parecia que tinha sido há tanto tempo, que mesmo numa época de guerra eles se divertiam muito... Eram uma grande família.

Tivera que ficar durante muito tempo longe do santuário, a mando do próprio Aiolia que queria sua segurança, pois a guerra contra os titãs estava sendo muito complicada, sendo que até mesmo os mais fortes cavaleiros de ouro acabavam bem feridos diante do combate, um bom exemplo fora à vez em que fora até Jamiel e vira Mú lutar contra um titã.

Agora em tempos de paz pode voltar ao santuário e Athena lhe deixar ficar como nos velhos tempos, habitando com o irmão mais velho o Templo de Leão.

Perdida em pensamentos mal teve tempo de parar. Acabou por chocar-se com alguém e cair no chão.

-Her! Desculpe, eu não te vi; ela disse tímida.

-Eu é que peço desculpas, estava distraído; uma voz misteriosa falou, enquanto se abaixava para lhe estender a mão.

Litus ao erguer seus olhos na direção da voz, deparou-se com um dos gêmeos a fitando com um olhar intenso, sentindo seu coração disparar, mal se deu conta de que ele lhe estendia a mão.

-Por favor, deixe-me ajuda-la; Saga falou cordialmente.

-O-obrigada! – ela respondeu aceitando, tentando evitar olhar diretamente para o cavaleiro, pois sabia estar com a face extremamente corada e a lembrança do que quase ocorrera no terraço não ajudava muito, a formação de algum pensamento racional.

-Você se machucou, Litus? - Saga perguntou olhando-a dos pés a cabeça, fazendo-a corar mais, enquanto ainda segurava-lhe a mão numa cena tão ou mais intrigante como na noite anterior.

-N-não! – ela respondeu, que espécie de cavaleiro era aquele que não percebia o que causada nas pessoas. Não! Ele sabia, mas quem se importa com o fato dele estar se divertindo com isso. – Me desculpe se estiver enganada, mas o sr seria o Saga; ela disse hesitante, fintado lhe da mesma maneira que ele, mas ao contrario, ele pareceu não se abalar deixando-a intimamente frustrada.

-Sou, mas já disse que não precisa me chamar de sr, faz eu me sentir um velho; ele disse sorrindo encantadoramente.

-Se você quer assim; ela retribuiu o sorriso. Não mais se sentindo intimidada pela presença dele. -E você não parece um velho, é muito bonito para a sua idade; ela respondeu, virando um tomate, ao dar-se conta do que falara; -Her! Bem...;

-Fico feliz que pense assim; ele falou, com um sorriso enigmático.

Ficaram alguns segundos em silencio. Era como se a muito se conhecessem. Sem aquelas duvidas que povoavam suas mentes e apenas lhes deixavam perdidos e confusos. Até que Saga resolveu quebrar aquilo. Algumas pessoas na rua já passam por eles olhando-os de forma estranha.

-Gostaria de dar uma volta comigo? – ele disse com um sorriso encantadoramente charmoso, fazendo-a novamente ruborizar.

-Ah! Não quero atrapalhar, você deve estar ocupado; ela disse gesticulando nervosamente.

-De maneira alguma, será um prazer ter tão agradável companhia; ele lhe respondeu, estendendo lhe o braço em gesto cavalheiresco.

-Obrigada! – ela respondeu mais confiante, enlaçando o braço do cavaleiro com o seu e voltando a caminhar ao lado dele.

II – Operação cupido fase 1.

Depois que Litus saiu de Leão, já eram quase três horas da tarde. Aiolia não teria mais treino a tarde, mas nem por isso deixava de sentir-se literalmente um leão enjaulado. Tivera uma idéia genial de afastar Milo de vez de Litus.

Sabia que o Escorpião considerava aquilo apenas um desafio, o conhecia o suficiente para saber que mesmo apanhando de Saga ele poderia parar um pouco com as piadas, mas não desistiria de transformar a irmãzinha em um troféu, como irmão mais velho, tinha a obrigação de impedir isso.

-Vai estragar o tapete desse jeito; uma voz calma soou atrás do leonino. Fazendo-o voltar-se assustado para a entrada.

-Ah, Marin; ele disse dando um suspiro relaxado. – O que lhe trás aqui? – ele perguntou, indicando lhe o sofá, para sentar-se.

-Obrigada; ela respondeu cordialmente, fitando o leonino com certa curiosidade.

-O que foi? – ele perguntou, estranhando o olhar demorado da amazona.

-Eu é que pergunto, o que você esta tramando Aiolia? – ela perguntou com um sorriso maroto, fazendo-o corar.

-Her! D-do q-que v-você e-esta f-falando? – ele falou pausadamente, quase em desesperado.

-Aiolia; Marin falou num tom mais sério.

-Eu...Nada; ele respondeu, passando nervosamente os dedos por entre os cabelos rebeldes. –Mas, o que te trás por esses lados? – ele perguntou tentando desviar o assunto.

-Quero saber o que esta acontecendo entre Saga e Milo? – ela perguntou séria.

-Acontecendo? – Aiolia perguntou mais para si do que para ela.- Nem eu sei, há uma semana esses dois estão que não podem cruzar olhares e já se preparam para se atracarem; ele completou.

-"Não acredito que ele não percebeu"; Marin pensou balançando a cabeça inconformada, como o leonino conseguia ser tão tapado com relação a certos assuntos. –"Bem, acho que não deve ser só impressão a minha, não... deve ser isso mesmo, ta na cara"; a amazona concluiu. – Aiolia, me responde uma coisa;

-O que? –ele perguntou curioso.

-O que você acha da Litus arrumar um namorado? – a amazona perguntou, tentando manter-se o mais séria possível, ao ver a face do leonino mudar de cor.

-Ela é muito nova; ele respondeu seco, cruzando os braços na frente do peito num tio de birra.

-Ela tem dezoito anos, não há nada mais normal; a amazona continuou com um leve acenar de mão, recostando-se no sofá e cruzando as pernas.

-Há coisa mais normal seria que ela vivesse sossegada e principalmente sem nenhum pervertido por perto; ele completou com um tom de desagrado.

-Agora entendo; Marin murmurou.

-Você entende? – Aiolia perguntou com um ar animado.

-Entendo que se a Litus continuar aqui vai morrer solteira, se depender das suas atitudes; a amazona disse séria.

-"Espero que isso não se aplique em outros casos"; ele pensou aflito.

-E isso se aplica em todos os casos; ela completou.

-"Ferro"; ele pensou preocupado. – Mas o que você quer que eu faça, ter o Milo como meu cunhado não é um plano que eu tenha para o futuro da minha irmãzinha; ele falou exasperado.

-Simples, é só você incentiva-la a escolher o cara certo; Marin sugeriu.

-O cara certo, mas quem seria esse? – ele perguntou, cogitando a possibilidade.

-A julgar pela personalidade da Litus, tem que ser um cara inteligente, dinâmico, que goste de esportes, seja um pouco sério, mas não muito. Que a faça rir, que seja charmoso. Uh! Um pouco misterioso não seria tão mal, mas que a encante de qualquer jeito; Marin falou, olhando pro teto, pensando em mais alguns adjetivos para definir o futuro pretendente da leoazinha.

-"De quem será que ela esta se referindo?"; ele pensou. –"Zeus, quebra esse galho só dessa vez, que esses adjetivos todos não sejam o preferencial da Marin também"; ele pensou aflito, invocando até mesmo o onipotente. – Ahn! E quem você me sugere para ser um bom cunhado? – ele perguntou casualmente.

-Não sei, você sabe que nesse santuário existem muitas opções; ela comentou com calmamente. – Mas diria que alguém que preencha essas características não esta muito longe de ser encontrado; ela completou de forma enigmática.

-Bem, acima tem o Shaka, mas ele é sério de mais. Em baixo tem o Mascara da Morte, esse definitivamente não presta pra ser meu cunhado, a Litus ficaria viúva mesmo antes de pensar em noivar; ele comentou, mas parou ao ouvir o riso da amazona, parando um momento pra observa-la extasiado com a singularidade que há tanto tempo se escondera por trás de uma mascara de prata.

-Não me referia a eles, porque não digamos...; Ela fez uma pausa, deixando o cavaleiro na expectativa. –O Saga;

-O QUE? – o leonino perguntou levantando-se do sofá;

-Oras! Qual o problema? – ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.

-Pro-problema; ele falou. –Ahn! Problema algum; ele respondeu dando-se por vencido, já havia pensado nessa possibilidade, apenas não conseguia admitir a si mesmo que pensara realmente nisso.

-Então! – Marin começou cautelosa. –Porque não faz às vezes de irmão mais velho e incentiva isso; ela falou.

-Mas...;

-Ou você prefere que o Milo continue insistindo nisso e enlouquecendo todo mundo? –ela perguntou.

-Puff! Você venceu; ele deu-se por derrotado.

-Bom... E agora o que você pretende fazer para aproxima-los? –ela perguntou, mudando de lugar no sofá, sentando-se ao lado dele, deixando o leonino surpreso.

-E-eu...; Aiolia perdera qualquer linha de pensamento coerente. –Ahn! Ainda não sei; ele respondeu por fim.

-Certo! Quando pensar em algo me avise, quero ajudar; ela disse se levantando.

-Aonde você vai agora, Marin? – ele curioso.

-Vou até o ultimo templo, passar o relatório dos treinos para o Grande Mestre; ela disse encaminhando-se para fora;

-Entendo! Então, até depois; ele disse vendo-a se afastar, lhe dando um vago aceno. Deu um suspiro frustrado. –"Seu idiota, como pode ser tão idiota"; ele pensou se recriminando. –"Acho que aquele pervertido do Milo tem razão pelo menos nisso, sou um pato"; ele pensou frustrado, enquanto ia até a cozinha procurar algo para comer.

III – Os opostos se atraem.

A noite já caia sobre o santuário, quando Saga chegara em Gêmeos extremamente exausto. Passara a tarde toda com Litus, percebera a menina começar a se soltar mais, sem ficar tão apreensiva na sua presença. Isso contribuiu para que passasse uma boa parte do tempo conversando sobre coisas banais enquanto ele era arrastado pela jovem para algum lugar do santuário que ele desconhecia, mas logo acabou por reconhecer.

--Flash back—

-Como você consegue tanta energia? – Saga perguntou ofegante, apoiando as mãos nos joelhos e respirando com dificuldade. Afinal subira quase correndo o morro onde ficava a entrada para o Jardim dos Deuses atrás do vilarejo.

-Oras! Pensei que os cavaleiros fossem preparados para serem ágeis e cometerem milagres; ela brincou dando um belo sorriso, fazendo o cavaleiro fitá-la com um ar aparvalhado.

-Então! Aonde vamos? – ele perguntou e de forma imperceptível balançou a cabeça afastando os recentes pensamentos. Se Aiolia soubesse iria querer mata-lo por isso.

-Ao Jardim dos Deuses, vamos antes que escureça; ela o chamou, pegando o cavaleiro pela mão de forma inocente, mas que o deixou momentaneamente estático, antes de seguir com ela.

Ao chegarem avistaram o local, notaram uma quantidade incontável de flores enfeitando o Jardim, junto com as estatuas dos deuses que a muito o pai de Litus fizera a pedido do grande Mestre, que na época era ele, para enfeitar aquele pequeno paraíso.

Saga percorreu com o olhar toda a extensão do jardim. Era realmente belo, mas não lhe trazia uma boa recordação, já que era de um passado que ele queria esquecer. Seus orbes verdes ganharam um brilho triste. Quando sentiu sua mão ser apertada de maneira delicada, porem segura. Abaixou o olhar e encontrou os orbes violeta da jovem a lhe fitar serenamente. Ela apontou com a cabeça um banco de mármore no final do jardim, sem receber resposta alguma, ela começou a puxa-lo até lá. Ambos permaneceram em completo silêncio, sentados no local.

Saga procurava concentrar-se na garota junto a sim, mas perdeu qualquer pensamento muito racional, ao vê-la recostar-se no ombro dele, dando um suspiro relaxado. Ainda com os dedos entrelaçados, eles ficaram vendo pouco a pouco o sol que já despontava no horizonte, proporcionando-lhes uma incrível visão. Não eram necessárias palavras para definir o que ali acontecia. Não havia mais os temores, não havia culpas, nem mesmo as possíveis duvidas que povoavam ultimamente os corações de ambos os jovens.

--fim do flash back—

Saga permanecia jogado sob o sofá da sala no Templo de Gêmeos. Perdido em pensamentos nem viu Kanon entrar e se aproximar.

-Boa Noite! – Kanon disse, mas notou o irmão não responder e estar com os olhos vagos. Percebeu que ele não estava dormindo, mas parecia não ouvi-lo. – Terra chamando Saga, tem alguém ai? – ele brincou passando a mão na frente dos olhos do geminiano.

-Ah! O que foi Kanon? – Saga perguntou, contrariado por ter sido tirado de seus sonhos.

-Calma, só achei estranho você estar largado na sala, se dormir ai vai acordar com as costas arrebentadas; ele comentou. – E o que andou aprontando a tarde toda que sumiu? – o irmão perguntou com um sorriso maroto.

-Estava dando uma volta pelo vilarejo; Saga respondeu levantando-se.

-Ta certo! – Kanon respondeu meio descrente, arqueando uma sobrancelha.

-O que foi? – Saga perguntou vendo a cara do irmão.

-Nada, se você disse que é só isso, eu acredito; Ele respondeu acenando. – Boa Noite! – ele falou entrando pelo corredor que levavam aos aposentos do Templo.

-Boa Noite! – Saga respondeu, indo em seguida.

Embora o cansaço fosse grande, não tinha sono e os pensamentos pareciam estar longe, vagando a duas casas a cima, onde uma certa leoazinha dormia.

IV – Com uma mãozinha do Destino.

Aiolia permanecia deitado no sofá olhando para o teto, pensando numa maneira de juntar a irmã com geminiano, mesmo a contragosto. Por varias vezes pensou em reconsiderar, mas ao lembrar-se de que Marin também estava metida nisso, lhe dera a chance de permanecer próxima a amazona de águia por mais tempo. Então, afinal... Saga não era tão ruim assim, não magoaria a irmã. Alias, mostrara-se bem preocupado com as investidas de Milo nos últimos dias.

Estava quase dormindo ali, quando ouviu alguns passos soarem na entrada, foi quando se deu conta de que Litus ainda não voltara. A luz da sala mantinha-se apagada, mas para um bom conhecedor do templo não precisava de iluminação.

Litus dava passos curtos, tentando fazer o mínimo de barulho, mas ao passar por trás do sofá, a luz de uma pequena luminária na mesinha de canto se ascendeu.

-Ahhhhhhhhhhhh! – ela gritou, devido ao susto.

-Calma Litus, sou eu; Aiolia falou rindo, diante do desespero dela.

-Seu idiota, quer me matar do coração é? – ela falou, apontando o dedo acusadoramente para ele, enquanto tentava disfarçar o leve rubor que atingia sua face, como ao ser pega no meio de uma travessura.

-Não! Não quero te matar; ele respondeu voltando a se deitar no sofá, vendo-a dar a volta para sentar na outra extremidade. –Onde esteve até agora? –ele perguntou curioso, viu-a corar mais ainda, mas preferiu deixar de lado isso, por enquanto.

-Passeando pelo vilarejo; ela respondeu calmamente.

-E ficou andando sozinha até agora? – ele perguntou arqueando a sobrancelha.

-N-não! –ela respondeu hesitante.

-E eu poderia saber com quem a Srta estava? –ele perguntou curioso, olhando para ela.

-Her! Bem eu estava com Saga, ai quando escureceu ele me trouxe até aqui; ela respondeu corando até os fios de cabelo.

-Entendo! Melhor assim, não gostaria de saber que a minha irmãzinha esta andando sozinha por ai a mercê de algum pervertido; ele comentou.

-Ahn! – ela murmurou confusa.

-Bem, o Saga é um cara responsável; ele comentou ao acaso.

-É, e muito gentil; ela respondeu dando-se conta depois do que falara, ao ver que Aiolia levantara do braço do sofá a cabeça apoiada para olha-la; -Bem, agora vou dormir, Boa Noite mano; ela respondeu prontamente se levantando.

-"Detesto quando a Marin sempre acerta"; ele pensou contrariado. – Boa Noite; ele respondeu, quando ela já entrara no corredor e ele voltava a se acomodar no sofá.

V – Confusões.

Horas antes/ Assim que Marin saiu de Leão...

A amazona subia as escadarias com calma, mas ao chegar ao Templo de Escorpião encontrou Milo parado no caminho com um sorriso bobo.

-O que esta aprontando Milo? – ela perguntou chamando a atenção do cavaleiro.

-Ah! Marin precisava mesmo falar com você; o Escorpião voltou-se sorrindo para amazona.

-E o que quer? – ela perguntou desconfiada.

-Bem, depois do Aiolia você é a pessoa que mais conhece a Litus, então... Bem, eu pensei que você poderia me ajudar, tipo, me dizer às coisas que ela gosta de fazer, sabe... Dar-me uma ajudazinha? – Milo falou cauteloso.

-Eu não acredito? – Marin falou balançando a cabeça com ar descrente. –Milo você não toma jeito, só quero saber uma coisa; Marin falou tentando se controlar para não chutar o cavaleiro escada abaixo.

-E o que é? – ele falou esperançoso.

-Você vai fazer o que depois de conquista-la? –Marin perguntou séria. –Vai se aproximar dela como o lindo cavaleiro montado num cavalo branco para depois mostrar-se um cretino que pouco se importa em destruir os seus sonhos, é isso o que você quer, Cavaleiro de Escorpião? – a amazona perguntou seca, lançando-lhe um olhar retalhador.

-Marin! –Milo a olhou espantado, nunca vira a amazona falar daquele jeito.

-Ou melhor, vai torna-la o seu mais novo troféu de uma vida leviana e medíocre, desde quando você se tornou esse tipo de pessoa, Milo? – a amazona perguntou mais para si do que para ele.

-Hei! Você não tem o direito de me julgar; o Escorpião retrucou indignado.

-Não estou lhe julgando, apenas não pense que vou compactuar com essa sua leviandade, amizades à parte cavaleiro, não me faça perder o respeito pela sua pessoa ao continuar agindo assim; a amazona continuou.

-Pelo menos eu tomo uma atitude e você e o Aiolia; ele desdenhou.

-Oras, seu...; A amazona falou serrando os punhos, tentando manter o auto-controle e não pular em cima do cavaleiro com o intuito de realizar seu recente desejo assassino de extermina-lo.

-Cale-se Escorpião; a voz do homem mais próximo de Deus soou ao lado da amazona.

Shaka vestindo um típico sari, estava ao lado de Marin, com a mão pousada no ombro da amazona como se pedisse que ela tivesse calma, pois do jeito que ela estava, não faltava muito para eriçar as garras e voar na garganta do aracnídeo.

-O que quer aqui Shaka? Que eu saiba sua casa é mais abaixo e você deveria estar meditando; o Escorpião falou.

-O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta, quanto a meditar quem consegue esse milagre com vocês discutindo. Da para ouvir de Virgem; ele respondeu irritado.

-Não se preocupe Shaka, não vamos mais atrapalha-lo, pelo menos não eu; a amazona respondeu.

Dando as costas para os cavaleiros e continuando a subir. Virgem e Escorpião permaneceram em silêncio apenas observando ela ir embora. Até que antes de Milo tentar entrar no seu templo, Shaka o deteve.

-Ate quando vai continuar com isso, Milo? – Shaka perguntou sério.

-Isso o que? – ele rebateu arqueando uma sobrancelha, mas parou ao ver o virginiano estreitar os olhos ameaçadoramente, como se fosse manda-lo literalmente para o inferno.

-Porque simplesmente não a deixa em paz e nos polpa dessas discussões que não levam a nada; Shaka falou. – Caso você não tenha percebido nenhum dos seus amigos esta mais agüentando você com essas atitudes; ele falou.

-O que quer dizer? –Milo perguntou hesitante, voltando-se para o cavaleiro com um olhar melancólico.

-Todos nós gostamos de você, mas não podemos aprovar suas atitudes levianas, sem perceber você acaba ferindo as pessoas sem ao menos notar, porque não para um pouco e pensa qual é o tipo de vida que você quer levar? –Shaka o aconselhou.

-É, acho que devo fazer mesmo isso; ele murmurou para si. – Obrigado Shaka! – ele disse acenando e entrando no templo.

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OXO

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Pela primeira vez a amazona de águia sentia-se extremamente irritada. Sempre fora ponderada e calma, mas as atitudes do cavaleiro a fizera perder a cabeça e quem era ele para falar sobre a amizade dela com Aiolia, por um momento ela parou com o pé suspenso entre um e outro degrau. O que ela e Aiolia tinham realmente? Ela se perguntou, mas desistindo de qualquer resposta continuou a seguir seu caminho até o ultimo templo. Deixaria para se preocupar com isso outra hora.

VI – Conversas entre amigos.

Shion, Saori, Aishi e Kamus estavam confortavelmente sentados numa das salas do ultimo templo conversando sobre coisas banais, embora a função do Grande Mestre fosse vinte e quatro horas por dia, em tempos de paz Shion não sofriam mais a mesma pressão de antes, podendo-se dar o luxo de matar alguma horas de serviço para falar com os amigos.

-Vocês ouviram alguns rumores que estão correndo por ai? – Shion comentou com o casal.

-Rumores? – Saori perguntou confusa.

-Sobre Saga e Milo estarem brigando sempre que se encontram; o Grande Mestre comentou, vendo Aishi e Kamus trocarem olhares.

-Sr; Kamus começou. –Acho que nós sabemos o que esta acontecendo sim; ele disse pausadamente.

-E o que é? – o ariano perguntou com certa curiosidade.

-Bem...; Kamus começou cauteloso, mas foi interrompido por alguém que chegava.

-Com licença; a amazona de águia falou.

-Entre Marin e junte-se a nós; o Grande Mestre falou cordialmente.

-Obrigada Sr; ela falou com uma respeitosa reverencia e indo sentar-se perto do casal.

-E então Kamus, você estava me falando que sabia sobre os rumores envolvendo Saga e Milo; o Grande Mestre falou.

-Arg! Sem comentários sobre esse Escorpião; Marin resmungou.

-Aconteceu alguma coisa, Marin? – Aishi perguntou preocupada, só notando agora o rosto da jovem meio afogueado, mas que não parecia ser devido à subida.

-Vocês acreditam que o Milo teve a capacidade de pedir que eu o ajudasse a conquistar a Litus; ela falou indignada para os amigos.

-O que? – todos perguntaram juntos.

-Isso mesmo e eu teria chutado ele escada abaixo se o Shaka não tivesse se intrometido; ela continuou com ar contrariado.

-Kamus, não acha que é melhor falarmos com Milo, ele esta indo longe de mais com isso; Aishi volto-se para Kamus com um ar preocupado.

-É, vamos então; ele falou levantando-se.

-Podem parar os dois ai; o Grande Mestre falou. – Vocês dois não vão a lugar algum sem me explicar o que esta acontecendo com os dois e principalmente o que a irmãzinha do Aiolia tem a ver com isso; ele falou tom imperativo.

-Milo parece empenhado em querer conquistar a Litus; Aishi começou cautelosa. – Só que até mesmo Aiolia não concorda com isso, devido às atitudes levianas que ele anda tendo ultimamente.

-Só que o Milo não desiste facilmente e parece realmente empenhado a convencer alguém a ajuda-lo; Kamus completou.

-E onde o Saga entra nisso tudo? – o Grande Mestre perguntou.

-Uhn! Bem... O Sr sabe, é que...; Aishi começou, mas não conseguiu terminar.

-Vamos mocinha, fale logo o que esta acontecendo? – o Grande Mestre falou impaciente.

Aishi olhou para Kamus, que olhou para Marin. Nem mesmo Athena que acompanhava a cena sabia como a amazona iria se explicar.

-Bom...; Aishi pretendia enrolar mais um pouco, mas viu o ariano estreitar os olhos perigosamente. – Ah! Ta bom eu falou; ela respondeu contrariada. – Saga esta apaixonado por Litus, só não percebeu isso ainda. Só que sente ciúmes toda vez que o Milo começa com aquelas insinuações, por isso Saga acaba perdendo a paciente e partindo pra cima dele; a amazona falou por fim.

Todos na sala pareciam de boca aberta, já haviam suspeitado de algo do gênero, mas como ela sabia disso com tamanha precisão.

-E como a Srta sabe disso? – o Grande Mestre perguntou intrigado, mas engoliu em seco ao receber o olhar fuzilante da amazona.

-Que espécie de geminiana seria eu se não soubesse algo tão simples quando isso; Aishi respondeu entre dentes, sentindo o namorado lhe segurar pelo braço, antes que ela também perdesse a cabeça e partisse pra cima do ex-idoso. –Mas respondendo de forma mais pratica para que o Sr entenda, afinal é normal que nessa idade as pessoas levem mais tempo para entender coisas complexas assim; ela continuou numa calma assustadora. – Caso o senhor tenha esquecido, eu já fui uma das deusas do amor, movido pela razão, mas ainda sim amor. E sei que o que aconteceu com Saga e Litus no dia que ela chegou, foi o que os mortais chamam de 'Amor a Primeira Vista', e não, isso não tem nada a ver com Eros ou Afrodite; Aishi completou.

-Bem, pelo menos não foi só eu que percebi isso; Marin comentou.

-Bem, eu só não entendo porque vocês estão fazendo tanta tempestade em cima disso? – o Grande Mestre perguntou confuso.

-...; Aishi estreitou os orbes dourados de forma perigosa, fazendo o ex-idoso engolir em seco, ponderando se não devia ficar quieto que seria mais seguro, pois já sabia do que um geminiano era capaz.

-Ahn! Creio que o Sr não deve estar muito a par da situação; Kamus começou. –Por não ter certeza desse sentimento, Saga esta confuso e bem... O Sr sabe, a tendência é dele ficar mais irritado, estressado, nervoso e perigoso; Kamus completou levando um cutucão de Aishi pela ultima palavra.

-Bem, a julgar pelo Kamus quando se apaixonou por você, realmente um cavaleiro apaixonado fica realmente perigoso; Athena comentou rindo, vendo o aquariano corar furiosamente.

-É exagero do Kamus Sr; Aishi começou, procurando não rir diante da expressão do namorado. –Só que ambos os cavaleiros são nossos amigos e ninguém mais esta agüentando. Enquanto o Saga fica na dele, Milo esta provocando todo mundo e só arrumando confusão, por isso nós estamos preocupados; Aishi explicou.

-E o que vocês pretendem fazer? – o ariano perguntou.

-Bem, para isso precisamos de uma colaboração do Sr e de Athena; Aishi falou com um sorriso maroto.

-Qualquer coisa que faça esses dois pararem de brigar eu permito; Saori falou prontamente.

-Contem comigo; Marin respondeu.

Todos curiosos começaram a prestar atenção no que Aishi falava, realmente era uma boa idéia. Pelo menos assim o numero de brigas entre eles diminuiria consideravelmente. Agora era só colocar o plano em pratica.

Continua...

Bom pessoal, mais um capitulochega ao fim, sei que vocês vão me chamar de má de novo por causa de terminar o capitulo na melhor, mas vou deixar vocês curiosos quanto ao fato do que vai acontecer com o Milo(he he he).E tem mais, o meu lado Mascara da Morte não me deixar ser boazinha com os protagonistas e deixa-los ficarem juntos tão rapidos, entãopreparem-se pra muita confusão ainda.Bom, só mais uma coisinha, para aqueles que gostam de ver os cavaleiros de formamais humana (particularmente eu adoro isso) vão aparecer varias cenas em que os cavaleiros agem como humanos normais, o que eu querodizer é que eles não agem tanto comorobozinhos programados para matar, são caras lindos e maravilhos agindo como qualquer ser humano comum. Enfim, vou parando por aqui, obrigada pelos comentarios e por todos que perdem um pouco do seu tempo lenda a minha história.

Lhyl: Menina, até o fim dessa fic você vai começar aacreditar mais em mim, quando eu falo alguma coisa sério ou brincando. He he he, mas cá pra nós o MdM com avental de leãozinho ficou uma graça.

Kisus

ja ne...