Anime: Gundam Wing
Personagens: 1x2 ; 3x4 ; 5 e... sua síndrome por justiça
Classificação: BL(Yaoi), OCC /-, Romance, Romance²... Lemon? Yep tentarei XDD
Status: Em andamento

Disclaimer: A Bandai e Sunrise e seus comparças, possuem os ©copyrigh dos G-boys E esta fic é sem fins lucrativos e sim para divertimento.


No capítulo anterior...

"Quat... Ele esteve aqui... o buquê, as rosas vermelhas... Um cartão Quat... Ele disse... ele disse que me ama". Duo estava tão nervoso que despejava as palavras sem coerência. Do outro lado da linha Quatre se segurava para não chorar de alegria. Afinal indiretamente Heero havia se declarado.


Cap V

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Havia sido complicado controlar a agitação de Duo. Ele não parava de repetir que o admirador dele tinha ido lá, não parava de falar do cartão, das flores e de como se sentia com aquilo. Ao mesmo tempo em que Quatre estava feliz, também estava com vontade de dar uns belos tapa em Heero.

Duo já tinha se acalmado um pouco. A lasanha fôra esquecida assim como a fome que lhe era presente antes. Em seus lábios, um maravilhoso sorriso não se desprendia.

Depois que conversara com Quatre, teve a certeza de que seria necessário descobrir quem era a pessoa que desprendia tanta atenção para um simples cara como ele. Seus olhos voltaram para o cartão tentando em vão descobrir se já havia visto uma letra tão linda como aquela, mas nada e nem ninguém lhe vinha a mente.

Teve que rir das possibilidades que lhe vinham à mente.

Chang? Nem morto, até porquê Chang já tinha um belo relacionamento com o respeitoso Treize. Trowa estava fora e bem distante de cogitação. Milliardo... Este era um pequeno, mas considerável problema, já que o louro sempre lhe mandara indiretas, mas este sumira do mapa então teria que pensar em outro. Heero...

Heero? Impossível ser ele.

O 'Soldado Perfeito', era imune a sentimentos deste porte. Alias, imune a qualquer tipo de sentimento, a não ser o de auto-destruição que sempre acompanhava o japonês.

Soltou uma gargalhada sentida ao desejar internamente que fosse realmente Heero a lhe fazer aquilo tudo, mas entre desejar e realmente ser... existia uma grande diferença.

Ainda fitando o cartão, sorriu ao se ver pensando em como seria a caligrafia de Heero. Será que é tão bela quanto esta? Desenhada e com tanto esmero? Um brilho passou em seus olhos e um risinho traquinas deixou seus lábios.

"Tentar não mata, quem sabe... só para matar a minha curiosidade em saber como será a letra dele, certo? Tanto tempo de serviço juntos e eu realmente nunca vi a letra de Heero. Terei que arranjar uma boa desculpa, mas antes...".

Seus olhos vaguearam pelo apartamento já bolando algum plano.

"É meu doce admirador... veremos quem será o mais esperto".

Sorrindo, se levantou do sofá indo em direção a cozinha, afinal, a lasanha precisaria ser esquentada e seu estômago voltara a se remexer avisando que estava vazio.

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Mas um dia de trabalho. Duo brigava com a preguiça que se instalara em seu interior. O serviço tinha que ser feito, uma vez que Chang dependia dele para fechar os relatórios.

Era engraçada a situação. Chang mostrava os antigos sistemas de segurança à Heero, este tinha como dever invadi-los e assim criar um novo sistema sem falhas. Este trabalho, o de encontrar falhas no que Heero modificava, era de Duo. Raramente Duo conseguia encontrar-las. Infiltração em cima da infiltração. Coisa de louco? Sim, talvez, mas o melhor sistema de segurança somente poderia ser feito por aqueles capazes de quebrá-las em qualquer situação. Os ex-pilotos Gundam.

Tinha em mãos mais um sistema que deveria revisar. Heero era muito esperto, mas às vezes esperteza também vem de situações que nem toda lógica do mundo pode explicar.

Ao olhar mais uma vez para o arquivo, teve uma pequena idéia. Tinha em mente ir até a sala de Heero e quem sabe, poder discutir com ele a situação de uma pequena 'válvula' entre o trecho A e C. Imprimiu aquela parte e sem muito pensar - para não desistir -, se viu rumando para sala ao final do corredor.

Os olhos de Heero estavam pairando em um determinado ponto no horizonte. Em seus dedos, brincava uma caneta. A mesma caneta usada para escrever um certo cartão. Pensava como seria hoje depois do expediente, quando iria fazer a outra entrega, mas seus pensamentos foram interrompidos por um leve bater em sua porta.

"Entre, mas aviso que estou ocupado". Foi um tom sem muita convicção. Virou-se para frente sem encarar a porta querendo dar o ar de que realmente estava ocupado.

A porta foi sendo aberta lentamente e algo dentro da mente de Heero estalou ao sentir o aroma característico do dono de seus pensamentos.

"Desculpe atrapalhar seu serviço Heero, mas eu gostaria de rever com você uma questão nos trechos A e C do sistema que estamos mexendo". Duo foi entrando como se aquela situação fosse a mais corriqueira. Nada era comum. O comum seria mandar um e-mail com o trecho a ser revisado.

"Duo...". Os olhos de Heero esquadrinharam o corpo do americano como se estivesse vendo todas as suas formas por debaixo daquela roupa.

Duo parou no meio da sala. Sentia-se despido perante aquele olhar. Heero somente tinha dito seu nome de forma rouca e nada mais além disto e do olhar que estava lhe deixando quente.

"Ahmm... se você estiver ocupado, eu posso voltar outra hora". Já estava sentindo seu rosto quente, se continuasse assim suas bochechas estariam rubras.

"Não... tudo bem. O que você quer revisar comigo Duo?". 'Eu preciso de controle. Controle Yuy... controle-se e não coloque tudo a perder'. Ordenava-se mentalmente enquanto via Duo se aproximar e parando ao seu lado na mesa.

"Tipo, Heero, eu sei que você é um exímio hacker, e também que você não deixaria passar nada, mas notei algo nestes trechos". Falou próximo debruçando por sobre a mesa juntamente com a página onde se encontrava a falha.

"Hum". Não tinha certeza se ao falar mais do que isto, sua voz, sua segura voz rouca e nasalada, seria perfeitamente vocalizada.

Duo se arrepiou. Seus pêlos do pescoço e nuca pareciam desobedientes ao se eriçar somente com aquilo.

"Você poderia me confirmar se isto está certo? Pois se não estiver, creio que o nosso melhor hacker se distraiu ao fazer o seu trabalho". A voz de Duo era em um tom de brincadeira.

Heero suspirou e antes de começar a escrever na página, se deu conta que estava com uma caneta 'imprópria' e rapidamente tratou de guarda-la na gaveta retirando outra normal.

"Duo, se você tivesse observado corretamente o arquivo de segurança, veria que esses trechos estão corretos. Eles são armadilhas. O trecho B está interligado com os demais cabos internos, o que na verdade deixa o ponto A aberto pela entrada Zero. Já o ponto C, é interligado dos demais compartimentos, tanto subterrâneos, quanto os normais, é ativado logo quando o ponto B começa a rodar, assim, os inimigos ficarão encurralados pelo sistema em uma possível invasão".

'Sempre o Soldado Perfeito aparece quando o assunto é trabalho'. Pensava Duo enquanto escutava o som da voz de Heero. Entre escutar e entender, para o americano era realmente difícil quando o assunto era um certo japonês.

Enquanto Heero explicava a Duo, este rascunhava na folha mostrando por onde os cabos e o sistema se faziam valer.

Duo observava tudo calado, como um aluno comportado para uma aula por demais interessante. Muito interessante por sinal.

Ali, naquela folha, era a primeira vez que ele via a letra de Heero Yuy. A forma como ele deslizava a ponta da caneta, os traços das letras, as terminações de cada palavra.

"Duo? Está me ouvindo seu baka?".

Heero já havia chamado Duo umas três vezes. Conteve-se para não estapear o americano que estava tão intertido em olhar a folha a sua frente. Heero teve uma pequena idéia do por quê de Duo estar assim. E deu um discreto sorriso. 'Ele quer comparar minha letra com a do cartão, ou então... é a primeira vez que ele me ver escrever algo que não seja no laptop'.

"Ah desculpa Heero, eu realmente esta aqui pensando. Deixei escapar isto na revisão, desculpa". Sorria sem graça para o japonês.

"É baka, eu sou um profissional, não sou de deixar falhas". Falou fitando sério o rosto de Duo.

"Pois é, seria esquisito ver o 'Soldado Perfeito' deixando falhas, não é mesmo!". Um sorriso adornou o rosto de Duo antes deste caminhar de encontro à porta, virando-se para encarar as orbes azul-cobalto que tanto amava. "Alias Heero... Bela letra você tem".

Duo não ficou para ver a reação daquelas palavras estampado no rosto de Heero.

Apenas um sorriso e um brilho no olhar.

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Quatre encontrava-se na cozinha preparando um jantar. Convidara Chang e Treize, além de Duo também. Enquanto escutava os risos que provinham da sala, terminava de arrumar a comida. Serviria Cafta com Homus bi Tahine, juntamente com Baba Ganouj, acompanhada de Árak, uma bebida tipicamente árabe.

Enquanto terminava de preparar a comida Quatre cantarolava uma música que havia escutado de manhã... Seus pensamentos iam de encontro ao seu adorável moreno de olhos verdes.

"I just feel, don't know why... something's there we can't deny... and when I first knew was when I first looked at you... and if I can't find my way... if salvation seems worlds away... oh, I'll be found when I am lost in your eyes...".

Na sala, Duo passava o tempo implicando com Chang. Seu passa-tempo favorito era ver o chinês ficar rubro de vergonha toda vez que seu relacionamento com Treize era citado.

Treize poderia dizer agora que sua relação com os ex-pilotos era prazerosa. Tinha que dar o braço a torcer para aqueles jovens. Tiveram que amadurecer tão cedo para enfrentar as guerras, tiveram suas infâncias foram roubadas, e agora eles poderiam recomeçar suas vidas. Ele mesmo estava recomeçando a sua, ao lado de um valoroso ser.

Ao notar que Treize estava muito mais calado, Chang discretamente apertou a mão de seu companheiro, recebendo do mesmo um cálido sorriso. Infelizmente este ato não passara desapercebido do americano, e mais uma vez lá estava Duo a azucrinar o chinês.

"Ohh... o amor é tão lindo, até com simples gestos vocês se entendem. Aii que inveja!". As caras e bocas de Duo foram interrompidas por Treize, que com um simples comentário fez Duo calar-se por alguns minutos.

"Maxwell, pelo que posso observar, nesta sala somente você está desacompanhado. Quando é que teremos o prazer de conhecer algum pretendente seu?".

Chang fez uma nota mental de agradecer a Treize mais tarde, mas também estava aguardando a resposta do americano, que ficara sem falas, somente abrindo e fechando a boca por diversas vezes.

"Creio Treize, que somente quando ele descobrir quem é que está mandando flores para ele todo os dias". Trowa mandou um significativo olhar para Duo.

"Humm, flores? Muito interessante isto Maxwell. Acho um gesto de muito romantismo. Tem idéia de quem seja?".

Duo estava pela primeira vez encabulado. Aquele assunto era normal rolar entre ele, Quatre, Trowa e até mesmo Heero, mas nada dissera a Chang e muito menos a Treize. Suspirou e tentou soar o mais normal possível que suas bochechas coradas poderiam deixar.

"Pois é, estou sendo cortejado por alguém todos os dias, mas ainda não descobri quem possa ser. Apenas que tem uma letra linda, e um ótimo gosto para escolher rosas vermelhas belíssimas". Sorriu ao fitar o rosto calmo de Treize.

"Crianças minhas, sinto atrapalhar a boa conversa que estão tendo sobre o pretendente de Duo, mas o jantar já está pronto, só aguardando vocês".

O árabe falava da porta da cozinha enquanto retirava o avental.

"Mas e o Heero Quat? Ele não irá jantar conosco?".

Lógico que Duo não deixaria de perguntar sobre o japonês. Se todos estavam ali, seria normal Heero também estar.

"Ele já vem Duo, acabei de ver o carro dele entrando na garagem, não se preocupe". O loiro mal terminou de falar e Heero já adentrava a casa, deixando sua pasta em cima da mesinha do hall.

"Pronto, todos em casa. Agora podemos comer. E hoje temos uma comida tipicamente árabe. Nada de hamburguês, batatas fritas e refrigerantes". Quatre falava olhando para Duo e vendo este lhe dar língua como uma criança.

O jantar transcorria perfeitamente. Tanto Chang, Treize, Trowa e Heero adoraram o sabor da comida de Quatre. Duo mesmo inicialmente olhando atravessado para o tal Homus, acabou se rendendo ao seu incrível sabor. A bebida mesmo diferente do que estavam acostumados, tornou-se um quê a mais compondo aquele jantar quase familiar.

"Duo, já conseguiu descobrir quem é a pessoa que lhe manda flores?". Trowa perguntava enquanto cortava mais um pedaço de cafta em seu prato.

'O que Trowa esta querendo? É a segunda vez que me perguntam sobre o meu admirador, e olha que ele estava perto quando respondi ao Treize!'. Duo pensava sem conseguir entender o que estava se passando ali.

Os olhos de Heero apenas estacaram em um ponto na mesa. 'Trowa desgraçado...'. Era o que pairava na mente do japonês que se forçara a agir normalmente.

"Trowa... nunca me passou pela mente que você poderia ser um curioso de primeira na vida alheia". Um sorriso brincalhão pairava nos lábios de Duo. "Mas lhe respondendo a curiosidade... Ainda não consegui descobrir quem possa ser o meu admirador, mas imagino que ele sabia cada passo meu, já que conseguiu descobrir o meu novo endereço". Comentou ajeitando uma mexa que se soltara da franja.

"E você não acha isto perigoso, Maxwell? Uma pessoa que sabe seus passos pode vir a ser perigoso!". Treize falara entre um gole e outro na taça com arak.

"Perigoso até pode ser Treize, mas... se eu consegui escapar da morte pelas mãos do Heero... Acho que conseguirei tirar de letra esta situação". Duo parou um pouco para fitar o rosto do japonês que estava sentado a sua frente antes de continuar. "Além do mais, eu estou adorando esse romantismo todo. Simmm minha gente Duo Maxwell é romântico. Coisa brega, mas fazer o que se tenho uma queda por este tipo de coisa?". Deu de ombros voltando sua atenção para o prato.

Quatre sorria, Trowa olhava discretamente para Heero, Chang apenas tentava entender toda a situação, e Treize acabou levantando a taça de bebida para propor um simples brinde.

"Então Maxwell quero propor um brinde. Que você consiga descobrir quem é a pessoa que lhe dedica este gesto tão belo. Que você encontre este romântico e possa ser feliz". Erguendo a taça sorriu ao americano que estava visivelmente emocionado.

O gesto foi repetido por todos na mesa, inclusive Heero, que fazia o máximo para não corar e evitava olhar para o rosto dos demais.

..:- O -:..

"Heero, como foi o dia hoje?". Quatre estava feliz. Ter seus amigos reunidos, conversando e se distraindo, era uma maravilha. Lembrava uma família. Eles eram uma família.

"Normal Quatre. Duo apenas recolheu uma amostra da minha caligrafia, mas nada de tão importante". Heero ajudava guardando a louça que Quatre secava.

"Mas isto não é perigoso? Digo, assim ele poderá descobrir rapidamente!". O loiro parou de enxugar o prato para fitar o rosto de Heero.

"Sim e não. Eu não escrevi da mesma maneira que fiz no cartão". Um sorriso estava brotando nos lábios do japonês.

"Esperto, mas... até quando Heero você vai sustentar esta situação? Até eu estou ficando nervoso, o que dirá Duo!". O árabe falava balançando a cabeça como se não estive de comum acordo.

"Não sei Quatre, realmente não sei, mas até eu mesmo estou começando a ficar nervoso". Passou as mãos pelos cabelos rebeldes como se assim conseguisse se acalmar.

"Mudando de assunto um pouco... Pretende ir conosco para o chalé este final de semana? O clima fica muito agradável nesta época do ano aqui na terra".

Heero olhou bem para Quatre e os olhos do japonês adquiriam um brilho diferente.

"Se tudo der certo Quatre, irei com vocês sim".

Ambos estavam sorrindo. Cada um com as suas expectativas.

Continua...


Olá a todos...

Agradecimentos ao capítulo anterior e explicações deste... em meu blog de reviews...

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See ya