Anime: Gundam Wing
Personagens: 1x2 ; 3x4 ; 5 e... sua síndrome por justiça
Classificação: BL(Yaoi), OCC /-, Romance, Romance²... Lemon? Yep
tentarei XDD
Status: Em andamento
Disclaimer: A Bandai e Sunrise e seus comparsas, possuem os ©copyrigh dos G-boys E esta fic é sem fins lucrativos e sim para divertimento.
ATENÇÃO:
Capítulo pré-final 'risos', com piadinhas, surpresas, songs, love, flores, chocolate, love... e muito love.
Agradecimento Ultra Especial:
Yoru no Yami
Pois sem ela ter me aturado, imprensado, corrido atrás, puxado minha orelha de youko, colaborado e MUITO com este capítulo, vocês não o estariam lendo tão cedo se não fosse ela me incentivando. Portanto, ela foi co-autora do mesmo por vários motivos que ao longo vão entender.
Sis Yoru, domo arigato por tudo, pela suas dicas, pela song, e por não desisti desta youko desmiolada aqui. Espero que não tenha se desesperado ai enquanto este capítulo não ficava pronto, e espero também que continue viva até o final do mesmo XD.
Nota Importante p/ uma Pessoa Também Importante:
Dee-chan
O que é seu está guardado, sis...
Aguarde e confie nesta desmiolada, já que a fic AINDA não acabou
XD
AGRADECIMENTO GERAL:
A todos que acompanharam esta fic. Que riram das piadas, das situações
clichês -ou não-, que xingaram o Heero por ele ser tão lento... Aos que só
entenderam que Chang e Treize estavam juntos no capítulo anterior (e neste
também) XD
Aos que xingaram Trowa por ser o segundo empata-mor da fic. Agradeço as
indicações de leitura da fic feitos pela Pipe em seu blog.
O Mistério das Rosas Vermelhas
Cap IX
A frase noite mal dormida podia bem ser 'lida' no rosto de Duo naquela manhã de sexta-feira, enquanto caminhava em passos lentos pelo corredor que o levaria para sua sala.
Duo poderia dizer com todas as letras que 'curtiu' a mais terrível noite de insônia que já tivera. Claro, insônia causada por suas ações e pelos toques das mãos de um adorável, mas estupidamente sexy japonês de olhos da cor azul-cobalto.
Como poderia dormir se o corpo queimava intensamente ainda sentindo as leves pressões que os dedos de Heero lhe deixaram na pele? Mesmo tocando-se inúmeras vezes até a exaustão naquela noite, não conseguia se livrar daquilo, daquela necessidade que lhe tomava cada célula do corpo.
Mesmo debaixo do chuveiro, com as mãos ensaboadas, se tocando, se masturbando, não conseguia, simplesmente precisava acabar com isto antes que fosse internado em um hospício. Além de ser taxado de maníaco sexual, e claro, isto tudo depois de ir preso por atentado ao pudor. Porque, se continuasse... ele agarraria Heero no meio da empresa, na frente de qualquer um que fosse e fariam sexo alucinadamente. Ia preso sim, mas ia feliz sustentando um imenso sorriso de fio a pavio de seu rosto.
Bom, para evitar problemas. Apenas iria aquela maldita reunião que teria que estar juntamente com Heero e os demais, e depois não iria, em hipótese nenhuma, falar ou ir na sala do japonês. Isto tudo sem contar o final de semana. Sim, o bendito final de semana que todos passariam na serra, em uma das casas de Quatre. Pelo que soube, o loiro simplesmente tomou a liberdade de comprar um chalé. Ah, este seria um final de semana para se entrar na história, com toda certeza.
Chegou em sua sala, e apenas desabou na cadeira. Teria ainda meia hora para a reunião. Sua cabeça girava sobre vários assuntos. Inclusive um que nunca comentara com ninguém, nem mesmo com Quatre que era seu amigo mais íntimo. Mas... como conversar com o loiro, se a situação era a mesma? Suspirou desanimado apoiando preguiçosamente o queixo sobre a mesa. Sentia-se um verdadeiro estúpido.
"Maxwell... você... ta ferrado, seu idiota!". Falou pra si mesmo notando que a ficha estava caindo.
Uma batida em sua porta fez-lo sair de seus pensamentos. Suspirou profundamente colocando seu melhor sorriso em seu rosto cansado.
"Pode entrar". Falou e tentava fingir que mexia em algo sobre a mesa.
A porta foi se abrindo lentamente. Duo apenas rezava para que não fosse o japonês àquela hora da manhã. Ainda não tinha se preparado para enfrentar Heero e vê-lo não seria uma boa coisa. Não que não o quisesse, mas depois do que acontecera, temia por seus atos.
Foi com alivio que viu o rosto sério do chinês aparecer na porta. Relaxou um pouco mais na poltrona e sorriu ao amigo.
"Olá Fei-Fei, entre e sente-se! O que lhe traz a minha magnífica sala a esta hora da manhã?". Acomodava-se fitando o rosto do amigo que até então não lhe dissera uma só palavra.
Wufei sentou-se em silêncio. Depois que conversara com Treize na noite anterior sobre a situação de seus dois companheiros, pensou pelo menos em ir até o americano e desta forma quem sabe, levar uma conversa séria com ele. Claro, não seria fácil conversar com Duo sobre determinadas coisas, mas como Treize lhe alertara, o americano poderia estar precisando de alguns conselhos.
"Maxwell... Eu queria ter uma conversa com você, mas sem piadinhas. Será que poderíamos?". Cruzou as pernas fitando o rosto do amigo que ainda ostentava o sorriso.
"Ué, podemos sim, Fei. Vou tentar me esforçar para não soltar nenhuma gracinha, ok?". Encostou-se a poltrona com uma caneta entre os dedos. Estava nervoso e a melhor coisa era manter algo em sua mão para aliviar a tensão. Claro que se fosse possível seria algo diferente de uma caneta. 'Pare, Duo. Não é hora pra isto!'. Ordenou a si mesmo mentalmente.
"Ok. Eu... como está a sua relação com o Yuy, Maxwell?". Certeiro. Não queria ficar em rodeios com este tipo de pergunta, deixaria a parte mais embaraçosa para depois.
Duo gelou com o que ouviu.
Como se já não bastasse a situação toda ter se enrolado de um dia para o outro, a ponto de protelar se deparar com o japonês, agora vinha Chang lhe perguntar uma coisa daquela? Alias, para que o chinês estivesse ali, as coisas deveriam estar... nem queria imaginar como poderiam estar. Tinha que enrolar.
"Que relação Fei-Fei? Cara, Heero é um chato irritante. Só quer saber de me amolar com trabalho. Esta relação está me matando, sabe... Talvez eu deva colocar laxante na comida dele, assim passo algumas horas livres de cobrança, e ele vá perturbar o Alfredo¹!". Sorriu vendo que o chinês lhe retribuía um pequeno sorriso de volta.
"Maxwell, como disse, sem gracinhas, por favor, sim? Você sabe muito bem sobre o que estou falando, então nos poupe de dar voltas em trono de algo óbvio!". Levantou o braço direito apoiando-o sobre o braço da poltrona deixando sua mão encostar-se ao queixo, enquanto fitava o rosto do americano.
"Não sei onde quer chegar Fei!". 'Mentira, você sabe muito bem, mas quer ignorar'. Uma voz chata lhe falava internamente.
Chang suspirou vendo que teria que ser agressivo com o americano. Não desejava, mas teria que ser se quisesse chagar ao que o levara ali.
"Já que você se nega a achar o óbvio... Estou me referido a esse chove não molha entre você e o Yuy, Maxwell! Viajaremos hoje ao final do expediente. Um grupo de casais e pelo que me consta vocês dois ainda não se... acertaram. Não me enrole Maxwell, você sabe que consigo diferenciar quando querem me enrolar!".
"Grupo de casais? Mas...". Duo suspirou ruidosamente. Estava ficando sem saídas e já poderia sentir o suor começar a se formar em sua testa.
"Sabe Maxwell... Um grupo de amigos... casais... Então você pode imaginar o clima romântico na serra, o verde dos lugares belíssimos, um clima ameno e estimulante para duas pessoas ficarem a sós". Se Chang fosse sádico, estaria se divertindo muito com a situação, mas ele estava mesmo preocupado. Não dizia, mas gostava do americano irresponsável a ponto de se meter em uma questão tão intima.
O americano ficou imediatamente vermelho com o que ouvira e sem notar deixou a caneta que ainda se encontrava entre os dedos, escorregar para o chão. Evitou olhar para o chinês temendo que este descobrisse que não lhe faltava coragem, mas sim a suposta experiência que com certeza seus amigos imaginavam que possuía, para que pudesse seguir em frente com seus planos. Estava pronto a argumentar algo, mas ficou em choque basicamente se denunciando ao ouvir a pergunta do chinês lhe fizera:
"Duo... você ainda é virgem?". Sabia que era algo muito delicado a se perguntar, por isto mesmo, deixou de usar o sobrenome do americano e procurou deixar sua voz em um tom bastante suave.
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"Duo, você já está pronto? Hoje vamos sair um pouco mais cedo para podermos subir a serra ainda com alguns raios de sol. Quero que vocês possam apreciar as paisagens da Terra". Dizia um Quatre animadíssimo que acabava de entrar na sala do americano.
Duo estava mais quieto do que o normal. Após a conversa com Chang, o americano foi para a reunião e nada falou, apenas ficou calado ouvindo atentamente – ou fingindo, é lógico - sobre o que era dito.
Não tinha coragem de soltar nenhuma piada para Chang e muito menos para os demais. Claro que em certo ponto sentia-se aliviado, mas ainda estava terrivelmente envergonhado.
Sentiu a intensidades dos olhos azul-cobalto sobre sua pele, mas como havia se decidido, não olharia para Heero nem se esteve estivesse nu. Bem, isto era um caso a se pensar seriamente, certo!
"Duo? Duo, você está me ouvindo?". Sentiu a mão de seu amigo repousar sobre o ombro fazendo-o despertar de seus pensamentos.
"Desculpa Quat, estava pensando aqui. Foi mal mesmo". Sorriu meio sem graça ao amigo.
"Tudo bem Duo. Sei que você deve estar nervoso. Você ainda vai querer levar o seu plano a diante?". Quatre encostou-se à mesa perto da poltrona do amigo, demonstrando preocupação.
"Sim, Quat... de hoje não passa mais. Só estava pensando em algumas coisas, mas... você sabe loirinho... amo demais aquele japonês tapado para ficar protelando algo que eu também desejo". Sorriu e se levantou ficando frente a frente com o árabe.
"Certo amigo... então vamos logo. Você vai seguindo o meu carro, certo? Treize e Chang já devem estar no meio do caminho com o Heero".
Duo suspirou.
"Heero deixou o carro na empresa?". Perguntou curioso apenas. Na verdade tudo que tivesse o nome de Heero no meio lhe deixava curioso.
"Não. Ele não veio de carro hoje. Pegou uma carona comigo e com Trowa, mas optou por ir com Treize e Chang. Acho que ele chegou a pensar que você iria conosco. Vai saber né, Duo!". Falou levantando os ombros e sorrindo ao amigo.
"É, isto poderia realmente ocorrer, mas não sou louco de ir sem meu meio de fuga mais confiável... lógico, depois de meu gundam, é claro!". Terminou a fala rindo e sendo acompanhado pelo o loiro. Sentia-se um pouco menos nervoso com esta conversa.
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Treize ia dirigindo tranqüilamente seu Audi preto. Vez ou outra destinava um rápido olhar pelo retrovisor para o compenetrado japonês. Ao seu lado ia um calado chinês. O silêncio imperava dentro do veículo, mas não era incômodo. Pelo contrario, relaxava.
Treize também havia conversado com Heero. A conversa entre eles não fora nada fácil. Não por Treize, mas porque o japonês não dava brechas. Bem, de maneira quase diplomática, Treize abordou certos assuntos e ao final de tudo, podia-se dizer que os pingos estavam nos 'is'.
Chang olhou de relance para o amante e sorriu discretamente. Era incrível como eles se completavam. Claro que um certo duelo ainda se encontrava pendente, e sempre que tentava, perdia. Não sabia dizer se perdia porque se distraia com os movimentos do amante, ou se perdia porque queria perder. Isto não importava mais... não como antes.
Treize retirou uma das mãos do volante e pouso-a sobre a coxa bem moldada do parceiro fazendo uma leve pressão. Este ato fora discretamente observado por Heero. Que desejava algum dia poder fazer isto com seu baka trançado sem se sentir constrangido.
Enquanto eles seguiam adiantados, o caminho pela serra, dois outros carros vinham atrás, mas em um deles, silêncio era algo impossível de se encontrar.
Duo fizera questão de que a viagem fosse regada de alguma música. Não queria silêncio, queria algo que alegrasse, que o fizesse respirar facilmente e que o enchesse de coragem para o que tinha em mente. Foi trocando as estações até chegar em uma que adorava. Sentiu o corpo arrepiar ao escutar a música que se encerrava. Era de uma de suas cantoras e compositoras favoritas e antes mesmo do locutor falar o nome, Duo já dizia o título da musica...
"Song of the Dreams de Yoru no Yami. Droga, coloquei na estação tarde demais! Sei não, mas algo me diz que somente ela sabe fazer as músicas perfeitas para minha pessoa". Sorriu.
Estava escutando os anúncios enquanto fitava a belíssima paisagem e quase gritou –de surpresa lógico – quando ouviu qual seria a próxima música. Será que isto era um sinal? Duas músicas seguidas de sua cantora favorita era algo para se levar em conta naquele dia.
Passou uma das mãos pelos cabelos e o sorriso foi se alargando ao escutar a introdução da música. O título? Mas do que perfeito e encorajador, chamava-se... Quero te corromper.
Sua voz sensual foi acompanhando a letra que conhecia até de olhos vendados...
Quero te corromper by Yoru no Yami
Eu posso sentir a batida
Que faz todo o meu corpo agitar
Posso sentir a caricia,
Quente e pulsante em mim
Eu olho pro céu esta noite
E um sorriso nada casto brota
em meu rosto
Você acha que conhece alguém a vida inteira
Mas não sabe que desejos secretos
Ela pode nutrir por você
Eu quero suas mãos em meu corpo
Eu quero senti-lo se agitar
Quero corromper o seu corpo
E tirar a seriedade e razão
De seu olhar
Duo sorria enquanto na música surgia um leve solo de guitarra. Era perfeito, era o que faltava para suplantar a insegurança daquela noite. Como se fosse um aviso, um incentivo precioso, de que tudo ia dar certo. Sua voz voltou a acompanhar de forma sensual o restante da música. Seus olhos brilhavam de antecipação.
A vida e tão passageira, que não me
atenho a planos traçados
Mas hoje, contradizendo tudo que creio
decidi ter em minhas mãos apenas um plano
Eu vou brincar com você hoje a noite
Levar-te a limites jamais pensados
Vou deixa-lo saborear avidamente meu corpo
E deleitar-me eu faze-lo me amar
Eu quero suas mãos em meu corpo
Eu quero senti-lo se agitar
Quero corromper o seu corpo
E tirar a seriedade e razão
De seu olhar
Sentia-se repleto de coragem. Seu rosto estava em brasas, mas não por vergonha ou quaisquer sentimentos negativos, mas sim por ansiedade, alegria e tudo o mais. Seguia o caminho ainda cantarolando as demais músicas, sem perceber que havia se distanciado do carro de Quatre e Trowa. Só notou isto quando o improvável aconteceu... Um de seus pneus acabara de furar.
"Droga, mil vezes droga! Ah não, não, não e definitivamente não! Justo hoje? Tinha que ser justamente hoje que esse maldito pneu teria que furar? Bem feito Maxwell, quem mandou não fazer revisão na droga do carro antes de viajar? Estava tão avoado... BAKA!". Já havia descido do carro e andava de um lado ao outro reclamando.
O jeito era perder um preciso tempo para trocar o infeliz do pneu. O carro não tinha culpa. A culpa era dele mesmo, que não se lembrara de fazer uma revisão. Sempre avisam que antes de qualquer viagem é sempre bom levar o veículo para uma checagem. Pois é, não levou e agora estava no meio da estrada, na subida para as montanhas, com o sol quase desaparecendo no horizonte e tinha um pneu para trocar.
"Maldito Murphy, não vou dar este gostinho não... ah não vou mesmo!".
Arregaçou as mangas da blusa social branca e tratou de retirar do porta-malas o estepe extra e o que a maioria das pessoas na terra chamavam de 'macaco'. Não entendia o porque deste nome ridículo, mas estava muito irritado para encontrar uma explicação plausível. A sorte? Ele era eletrônico, então não teria muitos problemas, certo?
Depois de um tempo, alguns minutos para ser exato, que o carro já se encontrava em uma boa elevação para trocar o pneu, Duo foi novamente até o porta-malas e retirou o restante das ferramentas.
Não demorou muito, apenas alguns minutos e tudo estava pronto e devidamente guardado. Mas nem sempre o problema vem sozinho. Quando Duo tentou ar a partida, o motor resolveu não pegar. Tentou umas quatro vezes e nada. Se por acaso alguém residisse naquelas redondezas estariam agora escutando verdadeiros palavrões.
"Tudo isto porque eu só queria ter uma tórrida e inesquecível noite de amor? Ah qual é Deus, não brinque assim comigo, vai? Sou eu, Duo, Duo Maxwell... ainda carrego o crucifixo e atualmente procuro fazer o bem... Da um desconto vai!". Falava ainda dentro do carro com a cabeça encostada ao volante.
Afastando a cabeça do volante suspirou pesadamente. Teria que dar uma olhada no motor se quisesse sair rapidamente.
"Se eu consigo arrumar o Deathscythe, um simples carro não será problema para o Shinigami". Apertou o botão que abria o capô do carro e foi logo saindo. Teria que correr para não chegar muito tarde e se 'perder' naquela região.
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"Nossa... onde foi que o Duo se enfiou? Ele ta demorando muito, estava logo atrás da gente... Estou ficando preocupado, será que ele se perdeu?". Quatre, que já se encontrava confortavelmente sentado na saleta do chalé ao lado de Trowa, perguntava olhando o relógio.
"Deve ter parado para olhar alguma coisa e perdido a noção do tempo. Não se preocupe Winner, ele deve chegar logo". Treize se pronunciou enquanto passava um braço sobre o ombro de uma adorável chinês corado.
"Hunf, baka como sempre, deve ter se perdido". Heero que estava sentado em uma poltrona recoberta de mantas comentou enquanto folheava uma revista sobre móveis rústicos.
Um barulho na porta pode ser ouvido. Quatre deixara a porta encostada justamente na espera de Duo.
Todos voltaram seus rostos para o figura que surgia com uma feição nada agradável. Bem, agradável párea ele, Duo, porque para Heero... estava belo.
"Duo... mais o que te aconteceu?". Quatre colocou uma das mãos sobre os lábios em suposto espanto, mas na verdade era para tampar o sorriso que estava se formando.
Duo estava completamente sujo e com os cabelos desalinhados. No rosto um adorável bico no mais perfeito estilo 'desejo matar alguém, quem vai se candidatar'. Seus olhos vagaram por todos na sala tendo a certeza que estavam se segurando para não caírem em uma gargalhada em grupo. Claro que ao voltar seus orbes para o rosto de seu adorável japonês, o desejo homicida foi esquecido e o que reinava agora era a vergonha de estar daquela forma na frente de Heero. 'Que inferno! Não dou uma dentro'. Pensou sentindo seu rosto se esquentar.
Suspirou e fitou seus sapatos, pois desta forma seria melhor.
"Esqueci de fazer uma revisão no carro e acabei me dando mal na viagem".
Risos baixos puderam ser ouvidos. Treize ria polidamente assim como Chang e Trowa. Quatre não conseguia parar de rir. Já Heero, este continuava normal... Sério, apenas fitando-o.
"Ok, ok... ta certo cambada... podem rir do Duo mesmo... mas vocês ainda vão passar por uma destas, podem apostar nisto!". Dizia cruzando os braços mais parecendo uma criança emburrada.
Como sempre Quatre, que era o que detinha a maioria das palavras, tratou de amenizar o riso e foi logo se levantando indo em direção ao amigo enfezado.
"Duo... desculpe-nos, é que não esperávamos te ver assim. Achamos até que tinha se perdido e não que tinha tido problemas com o carro. Porquê não nos ligou?". Aproximou-se com um sorriso.
"Porquê eu esqueci que sinais para celulares não funcionam bem em lugares como este?". Sorriu cinicamente.
"Oh... realmente, esqueci deste pequeno detalhe. Bem, como você demorou, acabamos comendo algo antes do jantar. Pretendíamos comer agora foundi de chocolate sentados próximos a lareira, o que você acha?".
Duo estreitou os olhos violetas para Quatre. O loiro sabia muito bem dos planos e ainda tinha a audácia de ficar falando de... foundi de chocolate?
"Loiro... tu me paga sabia?". Falou entre os dentes somente para que Quatre ouvisse.
"Te pago? Então o aparelho de foundi que deixei em seu quarto... posso retirar né?". Sorriu, mas era um sorriso travesso.
Duo arregalou os olhos com o que acabara de ouvir. Quer dizer que tinha um aparelho daqueles em seu quarto? Já sentia seu coração batendo acelerado com isto.
Quatre notando a mudança nas feições do amigo se aproximou mais e apenas confirmou sua parte no plano.
"E o restante que você havia me pedido também está lá. Acho melhor você subir, tomar um bom banho, tirar essa... graxa, e arrumar as coisas. Seu jantar será servido mais tarde, Duo". Afastou-se com um brilho nos orbes azuis. Quem achava que aquele loiro era um puro anjo... estava terrivelmente enganado.
O americano olhou rapidamente para os ocupantes da sala, pois sentia o peso de cada olhar sobre si. Sorriu para todos e coçou levemente a cabeça querendo passar um ar descontraído.
"É Quat, acho que vou seguir seu conselho mesmo. Já que o jantar sairá um pouco mais tarde, vai dar tempo de um bom banho relaxante, certo?". Viu o loiro balançar a cabeça confirmando, então sorriu ajeitando a sacola nas costas.
"Seu quarto é o penúltimo do corredor, Duo! É antes do quarto do Heero". Era a deixa que precisava.
Duo não esperou mais nada. Nenhuma palavra dos ocupantes da sala, apenas começou a subida pensando em tudo que aconteceria dali pra frente. Seus sonhos e desejos... todos estavam para se realizar...
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A conversa estava normal, muito normal. O que faltava ali era a implicância de um certo americano, que por incrível que podia parecer, estava demorando muito mais do que o normal para retornar.
Já se aproximava das dez horas da noite. Todos estavam cansados, afinal, era uma sexta-feira e haviam acordado cedo para trabalhar.
'Será que aquele baka já teria ido dormir? Duo sempre é um dos últimos a se deitar... sem falar que não comeu nada'. Heero pensava enquanto tentava em vão assistir um dos filmes românticos que Quatre levara. O loiro devia ter algum problema com filmes assim.
Quatre, Trowa, Chang e Treize trocavam olhares tão discretos que passavam desapercebidos pelo japonês.
Treize sorriu. Levantou-se estendendo a mão para seu pequeno chinês em um convite mudo. Era hora de começar a sair de cena, caso contrário Heero não se tocaria de que deveria fazer algo.
No segundo andar...
"Ai... droga... To nervoso!". Duo andava de um lado ao outro do quarto, terminando de arrumar as coisas.
Já se encontrava de banho tomado e estava com uma toalha envolta nos cabelos para retirar a umidade. Estava praticamente pronto, mas estava tão nervoso. Se estivesse com um marcador de batimentos cardíacos, estaria oscilando entre 110 a 126bpm.
Pode escutar o barulho de porta batendo e se sobressaltou.
"Céus... respire fundo Maxwell. Você consegue, você pode, você É o Shinigami e Shinigami pode tudo!".
Falou suspirando e sentindo seu corpo se encher de coragem. Era como se um botão de standby tivesse sido ligado e a qualquer momento, ele, Shinigami, estaria ali para assumir completamente o comando. 'Vai dar certo!' Escutou a certeza dentro de si lhe falar com força.
Seguiu para o pequeno banheiro do quarto apenas para terminar de se preparar.
No andar debaixo ainda...
Quatre e Trowa por um só momento se esqueceram que Heero estava ali na sala, e começaram a aprofundar mais e mais as carícias. O loiro estava cansado de ser quieto quase todo o tempo, então nem se importou quando entre beijos e mordidas que recebia no pescoço alvo, gemia.
Heero xingava mentalmente os amigos por aquilo. Exibição de cenas assim sempre lhe trazia a mente uma exibição particular. Acabou se levantando bruscamente, fazendo com que os dois amigos parassem com os... 'amassos'.
"Err... desculpe, podem continuar, eu vou me recolher um pouco". Falou enquanto caminha lentamente para se retirar da sala. Mas estancou ao ouvir a voz do loiro.
"Ah Heero... Por favor, veja se o Duo não vai descer para jantar... Ele não comeu nada e está demorando demais". O loiro tentava ser sério nas palavras, mas ter os lábios de Trowa em sua orelha estava lhe tirando o sério.
"Pode deixar que vou ver se o baka quer comer!". Começou a subir as escadas. Se prestasse bem a atenção no andar debaixo, escutaria a fala de Trowa e um pequeno riso vindo de Quatre.
"Com certeza ele deseja isto".
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Heero já se encontrava a frente do quarto de Duo. Batera levemente, mas não tinha conseguido escutar nenhum som. Provavelmente Duo já teria pegado no sono, e o japonês não desejava acorda-lo. Desejava outra coisa, mas não tinha coragem ainda.
Conformado Heero resolveu seguir para seu quarto, mas começar a caminhar notou que no corredor algumas pétalas vermelhas estavam caídas. Não eram muitas. Eram apenas quatro pequenas pétalas que seguiam uma linha reta até sua porta. Olhou estranhando, porque não se lembrava delas antes.
Caminhou com passos firmes e depositou a mão sobre a maçaneta da porta, virando-a decidido e escancarando a mesma.
Se aquilo era um sonho, ou alguma peça de sua mente doentia, Heero nem saberia dizer tamanha surpresa que lhe atingia.
A sua frente fitava o seu mais precioso desejo, na forma mais bela e... insinuante possível. Duo. Lá estava ele, deitado no meio de sua cama, com os cabelos soltos lhe adornando o belo rosto, de bruços, com uma das mãos apoiando o queixo. Os olhos possuíam um brilho intenso que mesmo na penumbra do quarto que apenas era iluminado fracamente por velas espalhadas, podia se notar os maravilhosos e estonteantes violetas a lhe fitar. O sorriso encantador estava mais belo e perigoso.
"Até que fim resolveu aparecer, Heero... eu já estava começando a me sentir tão solitário...". Movimentou uma das pernas flexionando-a e desta forma deixando uma perfeita visão tanto de sua coxa moldada quanto de suas nádegas arrebitadas.
Heero nem conseguia piscar com medo que se assim o fizesse, aquela 'aparição' poderia se desfazer. Era bom demais para ser verdade, mas estava tão real que podia até sentir o aroma que preenchia o quarto.
"Que foi Heero? Perdeu a língua? Por favor, não me diga que foi isto... eu tinha tantos planos para ela...". Deitou o corpo cruzando os braços por debaixo do queixo. Não desviava os olhos de seu atordoado japonês.
Heero não conseguia fazer nada. Estava petrificado. Era verdade... era real... Duo estava ali a sua frente, em sua cama e... era tudo o que sempre desejou. Sentiu a boca começar a ficar seca, além de seu coração começar a pulsar aceleradamente como se fosse saltar de seu corpo por sua boca.
"Duo?". Queria ter apenas a certeza de que não estava sonhando acordado com aquilo tudo.
"Sim, sou eu Heero... Em carne, osso, alma e... flores". Sorriu. "Sabe... que tal você entrar de uma vez em seu quarto, ham? Não gostaria que mais ninguém me visse assim... só você e pela segunda vez, é claro!". Remexeu-se na cama e mordeu o lábio inferior.
Rapidamente Heero fechou a porta atrás de si passando a chave. Sonho ou não, não escaparia tão facilmente.
Duo vendo que o japonês fechara a porta atrás de si logo soltou uma deliciosa gargalhada antes de deixar sua voz sair.
"Heero... não se preocupe, não pretendo fugir de você e nem me esconder em um duto de ventilação... Oh, olha só... aqui nós não temos dutos, vou precisar reclamar com Quatre sobre esse detalhe". Duo não poderia deixar passar isto e ainda riu mais ao ver a cara de espanto de Heero.
"Mas... como?". O japonês não sabia se aproximava da cama ou se ficava pardo. Sentia-se um estúpido de marca maior.
"Como? Ah Hee-chan... você não seria tão ingênuo de acreditar que eu, Duo, não iria atrás de quem tão carinhosamente me mandava flores, bombons, cartões... Conhece o termo sistema de segurança interno? Acho que sim, trabalhamos com isto...". Sorriu mais uma vez.
"Quanto tempo?". Fitou de forma predatória o americano.
"Pouco, esses dias... Mas... quer saber... Pare de me enrolar, cale essa maldita boca e venha até aqui Heero Yuy, não vou tolerar que descumpra essa... ordem!". Duo deixou a voz soar um pouco séria.
Os olhos azuis-cobalto do japonês brilharam perigosamente e enegreceram. Com passos lentos, mas firmes, Heero se aproximou da beirada da cama parando instantaneamente para fitar, como um predador faz, o corpo estendido na cama.
Duo sentiu-se arrepiar por completo. Os olhos de Heero estavam lhe devorando e sentia-se excitado com isto. Sua própria ereção encontrava-se imprensada na cama, mas estava rija e pulsante. Sem pensar muito, apenas se virou por completo na cama, deixando seu corpo ser visto agora completamente de frente. Mordeu os lábios tentando se conter para não ficar vermelho. Respirando fundo e fitando os olhos de seu japonês, Duo estendeu uma das mãos.
"Vem... Você já me viu assim, agora... deixe-me senti-lo pelo menos...". Seus olhos ficaram mais escuros e sua respiração mais pesada.
Heero queria se perder naquela visão. Duo era lindo. Perfeitamente belo, de contornos maravilhosos. Vê-lo daquela forma era a coisa mais bela que poderia ver.
Estendeu a mão tocando nos dedos de Duo. Ambos sentiram seus corpos arrepiarem. Imagens preencheram suas mentes de lembranças. Toques desde a guerra, até os últimos acontecimentos. Heero sorriu ao entrelaçar seus dedos aos de Duo enquanto apoiava um dos joelhos sobre a cama.
"Lindo... sempre...". Não disse muito, pois teve seu corpo puxado por Duo que não se demorou a calar qualquer palavra que Heero poderia proferir naquele momento.
Duo sabia que estava mais do que corado. Ter os olhos de Heero sobre si, estava minando sua coragem e cara de pau, ao puxa-lo para si, fazendo com que Heero lhe cobrisse o corpo com o seu, Duo chegou a gemer entre o beijo.
Não era um beijo selvagem, era suave, repleto de paixão. Estavam se reconhecendo, se sentindo.
Heero apartou o beijo se afastando muito pouco, apenas para poder fitar aqueles olhos que a muito lhe cativaram. Sua mão tocou delicadamente o rosto de Duo em uma caricia. Por um momento o mundo poderia parar, se congelar, que para eles nada mais importava.
Os olhos do japonês se desviaram por alguns segundos do rosto de Duo e vagaram pelo quarto vendo como ele estava.
Haviam rosas vermelhas espalhadas por todo os cantos, pétalas das flores sobre a cama e lençol branco, velas que davam o clima certo, e ao canto, Heero pode ver um aparelho parecido com o mesmo da saleta.
"Estou vendo que alguém se preparou muito bem para essa armadilha...". Falou voltando a fitar o rosto do americano e vendo que este retornava a ostentar um sorriso.
"Sim... completamente preparado, afinal, pegar o Sr. Perfeito Yuy é um caso sério, mas não impossível, não para mim". Riu abertamente e se remexeu um pouco.
"Baka convencido". Calou-se olhando os lábios perigosamente tentadores de Duo.
Palavras não eram mais necessárias. Estavam perdidos em si mesmo. Duo não disse nada, apenas segurou na barra da blusa de cor ocre que Heero vestia, começando a puxa-la.
Heero entendendo a intenção de Duo, deixou-se ser despido, peça por peça, sentindo-se quente a cada parte de seu corpo que entrava em contato com a pele macia do americano. Ao ter a calça retirada completamente, não conseguiu evitar um gemido lhe escapar dos lábios. Estava completamente nu e colado ao corpo de Duo.
O americano se arrepiou ao escutar aquele gemido, mas corou mais ainda por se dar conta que agora nada lhe impedia de sentir Heero como sempre desejara. Junto a si, de seu corpo.
Alguns segundos se passaram com um total silêncio entre ambos, até que Duo tomou a iniciativa de afastar um pouco mais as pernas encaixando melhor o corpo de Heero entre elas. Sorriu sem graça por uns instantes. Tinha tantas coisas que gostaria de falar, mas não podia confiar em sua voz naquele instante, apenas em seus gestos.
Heero estava adorando poder sentir aquelas sensações. Enroscou algumas mechas dos fartos cabelos de Duo entre seus dedos e maliciosamente se mexeu fazendo com que seu corpo roçasse no de Duo, que ao sentir, soltou um lânguido gemido cerrando os olhos.
O japonês estava fascinado. Duo era mais belo ainda daquela forma. Era perfeito, tão perfeito que não conseguiria mais se ficar sem vê-lo assim. Tão entregue, tão seu. Seu Duo, seu Shinigami.
Duo voltou a abrir os olhos quando sentiu que o silêncio começava a ocupar o quarto. Não queria falar, mas sentia necessidade. Queria ouvir a voz rouca anasalada do homem que amava. Fitava os orbes azuis-cobalto como se ali encontrasse a segurança que lhe faltava.
"Hee...". Teve a fala interrompida pelas pontas dos dedos de Heero.
"Antes de tudo... Tenho que... tenho que lhe falar algumas coisas e lhe perguntar outra. Sei que este não seria um momento exato para conversas, mas não tenho pressa. Tenho todo o tempo do mundo e de minha vida para estar com você Duo...". Sorriu genuinamente a um americano calado, mas levemente surpreso.
Duo apenas balançou a cabeça confirmando, e com uma das mãos, segurou os dedos de Heero que lhe tocaram os lábios e apenas depositou pequenos beijos, como se fosse algo de muito especial e delicado.
Heero cerrou, por alguns instantes, os olhos ao sentir aqueles beijos cálidos, mas logo voltou a abri-los. Queria falar olhando para o rosto de seu amado.
"Duo, sei que no início não nos dávamos muito bem, sei que eu não era uma pessoa extremamente comunicativa, e muito menos era o símbolo da boa educação. Tivemos nossos impasses durantes esses anos, brigamos, eu tentei lhe matar, tentei me matar com a autodestruição, mas... uma das coisas que sempre lembro é que você sempre estava por perto, tentando, implicando, querendo de alguma forma me chamar para o mundo fora das regras... Te agradeço por isto! Se não fosse você a tentar, eu não teria investido em meus sentimentos. Ainda não sou bom com eles, mas quero que me ajude". Heero falava tudo sem dar trégua ou brecha para que Duo o interrompesse.
Passou delicadamente a ponta de seu nariz no queixo do americano que apenas entreabriu os lábios surpreso com o toque tão... inesperado.
"Sei que fui ousado com todas as flores, bombons, o... cartão! Sabe, não retiro nada do que fiz ou escrevi... Duo... eu quero poder passar o restante dos meus dias com você ao meu lado. Me atormentando a mente, implicando com o meu laptop, desarrumando as coisas, comendo doces e se sujando, tagarelando sem dar trégua, cantando enquanto toma banho, e principalmente me chamando de Hee-chan!". Sorriu um pouco mais.
Duo estava sem saber o que fazer. Se aquilo era uma declaração de amor... Era a mais perfeita que poderia escutar de seu japonês emburrado. Seus olhos começaram a piscar. Sabia que acabaria chorando se Heero continuasse.
Heero suspirou bem fundo. Podia sentir o aroma de Duo lhe invadir. Era chegada a hora.
"Sei que é apressado, mas... Duo, eu te amo muito e quero saber se deseja... assumir um relacionamento comigo?". Sentia seu peito apertado na expectativa da resposta.
Duo piscou várias vezes. Não era sonho... Heero... Heero disse que o amava! 'Ele disse que... que... me ama! Me ama muito! Oh meu Deus... Eu...'. Seus olhos começaram a ficar marejados, mas em seus lábios brotava um pequeno sorriso.
"Repete, por favor!". Pediu com a voz tremida.
Heero sorriu de forma cálida com o pedido.
"Duo Maxwell, aceita... namorar comigo? Ser meu companheiro?".
A primeira resposta do americano foi beijar de maneira apaixonada os lábios de Heero, enquanto o envolvia com seus braços não o deixando se afastar.
O rosto de Duo estava banhado de lágrimas, mas isto não atrapalhou o que estava por vir, muito pelo contrário. Heero ao sentir o beijo intenso de Duo, acabou correspondendo de forma árdua.
O americano que já se encontrava com as pernas afastadas alojando o corpo quente de Heero, enlaçou suas pernas em torno da cintura de Heero aproximando mais seus corpos. Ambos gemeram entre o beijo e Heero ondulou o corpo fazendo seu membro roçar no de Duo.
O beijo foi apartado momentaneamente pela falta de ar. Os olhos de Duo brilhavam demonstrando um desejo enorme, pareciam duas esferas vibrantes, repletos de chamas.
Duo lambeu lentamente os lábios de Heero, sem quebrar o contato visual. Um sorriso maroto adornou seus lábios antes de falar o que deixaria Heero mais duro do que já se encontrava.
"Me tome, me possua Heero!". A voz saíra baixa e levemente rouca.
Heero ofegou com o que escutara, sem mais demorar porque seu corpo também reclamava por alivio, o japonês voltou a beijar Duo, mas desta vez os beijos iam sendo distribuídos por toda pele do pescoço de Duo.
O americano ofegava ao sentir os lábios quentes de Heero tocando em sua pele. Cada pedaço que era tocado parecia que estava em brasas. Uma tortura deliciosa que sempre sonhara, mas que agora... era a mais pura realidade.
Heero foi descendo seus lábios mordiscando e beijando a pele de Duo. Ao chegar próximo dos mamilos, pode sentir as batidas do coração de seu amado e notou a pele arrepiada. Sorriu com um pouco de sadismo antes de atacar os bicos que já se encontravam despertos.
Duo não conseguiu ficar sem dar um pulo. Sentir a língua de Heero passando em seus mamilos era uma loucura, mas delírio maior foi sentir os dentes do japonês lhe mordendo a ponta sensível de seus mamilos. Enquanto Heero mordia um deles, seus dedos e unhas apertavam e arranhavam o outro.
"Hummff... Hee... Heerooo!". Mordeu o lábio inferior tentando não gritar... tanto.
O japonês sentia-se deliciosamente bem. Estar arrancando suspiros, gemidos, gritos e respostas do corpo de Duo, era uma recompensa.
Seus lábios recomeçaram o caminho descendo vagarosamente. Sua língua mais uma vez acompanhava o percurso deixando um rastro úmido pelo caminho. Ao chegar no umbigo de Duo, Heero apenas invadiu com a pontinha de sua língua. Era tão pequeno, mas tão acessível que não conseguiu evitar. Intensificou os movimentos com a língua, introduzindo-a e fazendo movimentos circulares. Duo estava quase a beira da loucura e da boa educação.
"Ahhhhhhhhh...". Arqueou o corpo enquanto suas mãos fincavam-se entre os cabelos castanhos escuros de Heero. "Por... por favor, Heero...".
Heero parou de provoca-lo, depois teriam mais tempo para isto. Pensou um pouco se deveria prosseguir com os beijos ou... Qualquer pensamento que poderia vir a ter acabou ao olhar a enorme ereção de Duo. Um pouco menor do que a sua, mas completamente rija, brilhante e... tentadora. Sem pensar duas vezes, acabou abocanhando-a.
A surpresa foi tão grande que Duo além de soltar um grito relativamente alto, acabou elevando o dorso de seu corpo. A visão era mais do que erótica e perfeita.
"Deus... Hummm...". Duo gemia ao sentir - e ver - os lábios de Heero em seu membro, subindo e descendo. Seus olhos se prenderam nos orbes azul-cobalto por um longo tempo apreciando tudo.
Heero sugava-o e fitava-o. Nunca imaginou que seria tão bom estar fazendo aquilo, com Duo. Mesmo mantendo seus olhos presos ao de Duo, Heero estendeu uma de suas mãos empurrando o corpo do americano de volta para cama. Para logo em seguida a mesma mão se direcionar os testículos inchados e começarem uma deliciosa massagem.
Duo gemia mergulhado nas sensações que Heero lhe proporcionava. Tentando em vão abafar seus altos gemidos, levou uma das mãos até a boca procurando morde-la para não emitir os sons. A outra mão apenas se direcionou para os fartos cabelos rebeldes de seu amante, embrenhando-se pelos fios e segurando com firmeza. Podia sentir com a mão os movimentos de subida e decida que a cabeça de Heero fazia. Era enlouquecedor.
O japonês sabia que se continuasse desta forma faria Duo despejar todo o seu gozo em seus lábios. Adoraria isto, mas teria tempo para realizar tal desejo depois. A noite seria longa, assim como o final de semana.
Heero parou de sugar Duo bruscamente. Sua respiração estava acelerada e ia de encontro com o membro rijo e pulsante do americano. O japonês sorriu assim que os olhos de Duo se encontraram com os seus. Heero segurou as pernas do amante, afastando-as mais um pouco, dando uma perfeita visão de seu próximo alvo. Podia se ver um brilho de luxúria em seus olhos, e Duo ao perceber isto teve o corpo arrebatado por um tremor de antecipação. Sua voz estava arrastada...
"Hee... Heeroo...".
O rosto do japonês desapareceu da visão de Duo, mas em troca, o americano quase berrou ao sentir um delicioso toque úmido lhe acariciando sua parte mais intima.
Heero tocava devagar, passando a língua bem lentamente em alguns movimentos circulares para tentar de forma bem delicada introduzir a ponta de sua língua. Sentia estranho, mais do que excitado ao estar tocando Duo daquela forma, e o americano apenas lhe deixava queimando mais ainda toda vez que gemia seu nome ou quando se remexia na cama tentando obter mais contato.
"Por Deus, Heero... eu... eu... não vou... agüentar...". A voz saia quase sem força alguma, enquanto Duo começava a se remexer.
Heero não queria apressar as coisas e nem torna-las mais torturantes, mas não tinha outra forma. Levou seus dedos a própria boca e começou a sugá-los procurando deixa-los bem úmidos para o que tinha em mente.
Duo tentou olhar para o japonês, mas a posição não era muito favorável. Sentia-se levemente envergonhado pela exposição total, mas a excitação ainda era presente. Seus olhos brilharam quando viu Heero se aproximando mais e mais de seus lábios, tomando-os em um beijo intenso. O corpo de Heero cobriu-lhe o seu ficando apenas um pouco para o lado.
Enquanto beijava Duo, Heero desceu sua mão para o interior das coxas do americano, levando seus dedos úmidos a roçarem na entrada macia e apertada do amante. Pode sentir o corpo de Duo estremecer com aquele toque, e o gemido ser abafado por entre o beijo quando começou a introduzir em Duo um único dedo. Era uma sensação maravilhosa, apertado, muito apertado e quente.
Duo sentiu seu corpo queimar. Se só com um toque Heero conseguia o deixar daquela forma, ser possuído por ele então o levaria a extrema loucura. Não conseguiu evitar um gemido lânguido entre o beijo ao sentir ser tocado por dois dedos que o alargavam, que se movimentavam em lentos vai e vem seguido por movimentos circulares. A cada toque assim, emitia gemidos que eram engolidos pelo beijo selvagem que Heero lhe dava.
Duo conseguiu se desvencilhar do beijo e segurando o rosto do japonês entre as duas mãos, apenas o fitou ofegante para fala...
"Hee... me... possua... agora!".
Voltou a beijar Heero se remexendo para que este se colocasse entre suas pernas. Suas ereções se roçaram e seus corpos estremeceram.
O japonês ao se acomodar melhor entre as pernas de Duo, apenas levou uma de suas mão até a própria ereção guiando-a até a pequena entrada já preparada. Roçou um pouco misturando o pré-gozo que já se encontrava saindo de sua ereção com a umidade que deixara antes no local.
Ambos ofegaram. Heero se empurrava cuidadosamente, vencendo a resistência que o canal de Duo ainda possuía. 'Céus, como ele é apertado... assim eu vou... vou gozar antes do tempo!'. Heero ainda conseguiu pensar em meio ao turbilhão de sensações que invadiam seu corpo.
Duo estava mantendo seus olhos cerrados como se isto pudesse aliviar a dor que lhe parecia cortar ao meio. Não conseguiu evitar que algumas lágrimas rolassem por seu belo rosto avermelhado. Doía demais, mesmo Heero tendo o preparado, a dor ainda era grande.
Repentinamente abriu os olhos ao sentir suaves beijos sendo distribuídos por seu rosto e pequenos carinhos feitos pelos dedos de seu amor em seus ombros. Fitaram-se mais uma vez mergulhando cada um na imensidão de sentimentos que encontravam em seus olhos.
Não foi preciso consentimento verbal, apenas uma troca de olhares. Aquela troca de olhares. E Heero mais uma vez continuou a se mover para frente lentamente conseguindo por fim preencher Duo por inteiro.
As respirações estavam pensadas. Como se naquele momento, o ato de respirar mais profundamente fosse capaz de lhes fazer perder o momento.
Duo enlaçou os ombros de Heero fazendo com que o japonês se aconchegasse em seu corpo. Podiam sentir seus corações batendo um contra o outro e a sensação era mais do que perfeita. Estavam finalmente juntos. Unidos não só pelo desejo, não só pelos corpos, mas sim e principalmente pelo amor.
Heero acabou se remexendo tentando evitar algum desconforto a Duo, mas ao contrário do que pensava, a movimentação apenas serviu para arrancar um baixo gemido do americano. Um gemido não de dor, mas que pela forma arrastada que saíra, era um gemido de prazer.
"Ahmm...". Não conseguiu evitar o gemido e nem o arrepio que lhe percorreu o corpo. Quando viu Heero já lhe olhava com intensidade. Acabou por sorrir como se tivesse sido pego em alguma armadilha.
Heero mais uma vez se mexeu, desta vez, ondulando os quadris, e foi com satisfação que além de arrancar um gemido mais alto e longo de Duo, pode ver a forma como este reagiu fisicamente. A visão dos belos orbes violetas semicerrados, enevoados de prazer, os lábios avermelhados entreabertos e úmidos, a pele do pescoço que antes alva agora se encontrava com pequenas marcas rubras. Duo naquele momento era na mente de Heero o prato mais divinamente belo e delicioso de estar se provando e vendo.
O americano elevou uma de suas pernas a cintura de Heero, enquanto suas mãos direcionavam para nádegas moldadas do japonês, agarrando-as com força como se desta forma pudesse trazer o corpo de Heero mais para dentro de si. Seus lábios tocaram o ombro direito de Heero e ao começar a sentir que o japonês iniciara os movimentos lentos de vai-e-vem, acabou por morder o ombro deixando seus dentes ali marcados.
Heero não sabia como explicar, mas aquele ato de Duo o deixara mais duro, mais excitado. Era como se aquela mordida fosse a marca da posse de Duo em si. Como estava fazendo com Duo, marcando-o como seu. Somente seu.
Os movimentos foram gradativamente aumentando e os gemidos tanto de Duo, quanto os de Heero acompanhavam cada investida. Toda vez que Heero tocava o fundo do interior de Duo, na próstata, o americano gemia alto, quase como um grito de puro êxtase. Heero também gemia, mas diferente de Duo, era um gemido rouco, abafado, quase um rosnar sensual que era depositado praticamente ao ouvido do americano.
Estavam quase alcançando o clímax, mas Heero queria que pudessem fazer isto juntos. Se não desse para ser no mesmo momento, pelo menos tentaria fazer com poucos segundos de diferença. Por isto, mesmo seus corpos roçando um no outro causando até uma deliciosa fricção contra o membro rijo de Duo, Heero tomou em sua mão o membro inchado e completamente quente e começou a masturba-lo; impondo o mesmo rítimo das estocadas e com uma pressão entre os dedos.
Duo já podia sentir seu corpo corresponder mais avidamente aquele estimulo, notando um grande formigamento lhe alcançar o membro. Seu corpo estava começando a ser preenchido por espasmos que anunciavam o clímax.
"He...e...rooooo...". Gritou em meio as sensações que estavam lhe assolando.
"Duooo... juntos...".
Acabaram alcançando juntos o clímax.
Duo sentiu seu corpo amolecendo, enquanto Heero ainda terminava de despejar todo seu sêmen em seu interior. Sua mente estava enevoada, um torpor estava tomando conta de seus sentidos e corpo. Mas ainda assim conseguiu se aninhar ao peito de um ofegante japonês.
"Ah Hee... eu... eu te amo tanto...". Roçou o rosto com o semblante sonolento contra a pele quente do peito de Heero ao sentir-se abraçado.
"Eu também te amo muito... muito, meu baka". Beijou o topo da cabeça do americano que se entregava ao sono.
O japonês ficou ainda acordado por algum tempo, vendo apenas como Duo ficava ainda mais belo ao dormir em seus braços. Com um sorriso que a muito não deixava aparecer em seus lábios, Heero aconchegou mais protetoramente companheiro nos braços e deixou-se ser tomado pelo sono.
CONTINUA...
Hey... Chegaram até aqui inteiros? Tão vivos? O lemon foi péssimo, ruim, passável, aceitável ou alguém verteu sangue pelo nariz até ir parar no hospital?
Sabe, eu gostaria muito mesmo que quem gostou, comentasse, e quem detestou também comentasse... Só assim posso saber onde tenho q melhorar, modificar e etc.
Ah sim... quem tiver alguma dúvida, pode perguntar que respondo aos coments, sejam eles logados ou não. Mas... se não se logarem, deixem pelo menos um mail de contato, ok!
Bjins
Litha-chan
20:20hs
Dezembro
2005
