Anime:
Gundam Wing
Autora: Litha-chan
Revisão:
Pipe
Personagens principais: 3x4
Personagens
secundários: 1x2; 13x5; (pode vir a surgir outros
personagens)
Classificação: Yaoi, Romance,
Fantasia, Lemon, Mpreg
Iniciada: Setembro 14 de 2005. Ás
16hs
Status: Em andamento
Re-editada: 27.08.2006
Disclamer: Gundam Wing pertence a Bandai, Sunrise, e Cia. Esta fic é feita de fã para fã e sem fins lucrativos.
Nota da Autora (leia com muita atenção): Esta fic pode vir a ter assuntos que muitos não gostam. Como já citado acima é yaoi – relação entre dois homens -, romance e também lemon, fantasia e mpreg (gravidez masculina). Então se você não gosta de nenhum destes assuntos, esta fic não lhe diz respeito. Agradeceria se ao invés de e-mails malcriados, que irei ignorar prontamente, você fizesse um grandioso favor e clicasse naquele "X" no canto superior direito. Eu fico feliz, você fica feliz e o mundo continua na eterna felicidade que nos ronda. Agora, se você se interessa por este tipo de fic, se você gosta do eu escrevo, agradeço a sua leitura e agradeço ainda mais se você comentasse. É a minha primeira fic no universo da fantasia e mpreg, então todo e qualquer tipo de comentário construtivo será bem vindo. Quanto à atualização desta fic, quanto mais comentários, mais eu ficarei feliz e animada para atualiza-la. Quem me conhece sabe que demoro a atualizar porque gosto de escrever com emoção, ou seja, inspirada. Deixem-me com ares de inspiração que atualizo mais rápido do que o normal 'sorrindo'. Já falei demais, então... Aproveite a fic.
Observações:
Quatre
até então nessa fic, originalmente e inicialmente
se chamará Asallam, depois as coisas podem vir a se
alterar.
As falas de Asallam (Quatre), vão estar
seguidas de... - :- Assim como os pensamentos que além
de estarem entre dessa forma, também estarão
em itálico.
Sumario:
Um acidente em uma noite de forte chuva coloca dois jovens frente a frente. Vidas diferentes, destinos que se cruzam e que pode ser alterado por tal fato. O que pode se esconder por detrás de uma figura tão misteriosa? O que nossos olhos não podem enxergar? Nada é o que aparenta ser... Nada é o que se parece ser...
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Nada é o que se parecer ser...
- Capítulo 1 -
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Em casa finalmente.
Assim que entrei com ele em meus braços ainda desacordado, direcionei-me para meu quarto. Era o único quarto disponível da casa, e também o mais aquecido, já que este possuía uma pequena lareira.
Coloquei-o sobre a cama com o maior cuidado que eu poderia ter. Havia infringido todos os conceitos básicos de remoção, se um para-médico soubesse disto eu levaria um belo sermão. Mas entre ficar na chuva aguardando sabe-se lá quando um atendimento, e arriscar... Eu preferi arriscar.
Tratei de colocar a lenha na lareira, acendendo-a logo em seguida. Em minutos lá estava eu com cobertores sendo retirados do armário e depositados ao pé da cama.
Ele ainda permanecia desacordado e enrolado em meu casaco, que a esta altura encontrava-se molhado com a chuva toda que pegamos no trajeto do carro até a casa.
Aproximei-me hesitando em fazer o que era necessário. Ali eu poderia ver a extensão dos ferimentos que eu lhe causara. Um certo pânico começou a crescer dentro de mim, e não me pergunte nada a respeito, porquê nem eu mesmo saberia explicar.
Senti um suspiro se esvair pelos meus lábios quando minha mão se direcionou ao casaco. A pele que fôra sendo descoberta, era tão alva, que digo de coração, poderia ser os vasos sangüíneos que irrigavam aquele corpo.
Engolindo em seco resolvi aproximar um dos cobertores depositando-o bem próximo ao corpo, e me enchendo de coragem acabei por vez de retirar a peça úmida.
Sabe quando você perde a palavra perante a possibilidade de estar frente a frente com um anjo? Pois bem, se neste momento eu dependesse do sentido da fala, Trowa Barton... Você estaria na melhor das expressões... Ferrado!
Tentei colocar minha mente prática – aquela que encontra solução para tudo -, em funcionamento. Meus olhos procuraram desde os pés até ombros, algum indicio de ferimento. Lógico, ele estava ferido, mas procurei algo extremamente grave. Notei que apesar de toda a gravidade dos acontecimentos, ele se encontrava apenas, externamente, com algumas escoriações e algumas marcas roxas. Tive que suspirar de alivio pelo menos por isto, mas algo me alertou. Se ele não estava gravemente ferido por fora, será que estava por dentro? Ele estava desacordado e não tinha como descobrir isto assim de uma hora para outra.
Saindo do meu estado pensativo e da minha pequena inércia, fiz duas coisas. A primeira foi cobri-lo com um dos cobertores, afinal, ficar olhando para um rapaz tão belo e nu, era algo inapropriado para tal momento; e a segunda... Eu teria que pegar no meu escritório.
Não me demorei, mas ao retornar para meu quarto estaquei na porta. Ele estava desperto. Os olhos azuis encontravam-se observando o ambiente ao seu redor. Eu pude diferenciar um medo naqueles olhos tão claros.
Quando deitou seus olhos sobre mim, parecia-me que ele se encolhera tentando se esconder atrás do cobertor. Seria medo de mim? 'Claro seu imbecil, você o atropelou e ainda o trouxe para um lugar estranho!'. É eu sabia ser cruel comigo mesmo.
Me aproximei com todo cuidado e com movimentos cautelosos. Procurei limpar a minha garganta para que minha voz não lhe soasse ameaçadora. Por Deus, não queria parecer um assassino ou alguém perigoso. 'Você é perigoso'. A minha consciência estava se tornando algo insuportável. 'Cale-se!'. Gritei a mim mesmo mentalmente. Se não teria ajuda da minha 'razão', então era melhor mantê-la longe.
"Olha, errr... você... como você está se sentindo? Aonde dói? Desculpa ter lhe atropelado".
Sentia-me um estúpido assolando o pobre coitado com tantas perguntas. Minha extensa capacidade de verbalização não estava funcionando no momento. Ouso a dizer que naquele momento não era mais Trowa Barton, O escritor. E sim, um tímido menino de 11 anos que nem conseguia dizer uma só palavra sem se atropelar nas mesmas. Patético, não! Mas me senti assim ao fitar aquele rapaz que se escondia mais e mais por detrás das cobertas.
Ele não me respondia nada, apenas me olhava amedrontado com a barra do cobertor a lhe tampar o restante do rosto. Suspirei sem saber o que deveria fazer. Olhei para o meu celular largado no chão do quarto. Teria que tentar chamar alguém, alguma ajuda. Não poderia ficar com uma pessoa atropelada, sem que esta fosse devidamente examinada.
"Será que ele está com o telefone ligado? Se estiver de plantão não terei chances".
Acabei falando alto os meus pensamentos. Era a única pessoa a quem eu poderia pedir ajuda, e que, prontamente enfrentaria qualquer tempo, sol ou chuva ou até mesmo a neve, para ajudar.
Escutei um pequeno gemido vindo da cama e isto me arrancou dos pensamentos.
Olhei assustado quando vi que o rapaz tentava sair da cama. Já estava com as duas pernas para o lado de fora da mesma e tentava se levantar – sem êxito -, mas tentava.
"Hey, não se levante, você não esta bem!". Corri até ele apoiando-o antes dele ir ao chão, na tentativa frustrada de se colocar em pé.
Ele ficou tenso ao sentir minhas mãos em sua pele e começou a se debater, como se, desta forma pudesse evitar que eu o ferisse ou o tocasse.
Coloquei-o sentado na cama e me afastei. Seria difícil pelo que podia notar, o nosso entendimento.
"Olha, eu não vou lhe machucar, só estou querendo ajudar, mesmo. Você não está bem e eu...".
Passei a mão pela franja úmida que cobria um lado de minha face. Coloquei o cabelo todo para trás segurando-o com uma das mãos. Eu realmente estava me sentindo perdido e até incomodado com o silêncio que vinda da parte dele.
Olhei-o cansado, mas notei que ele me fitava com... curiosidade.
Acho que deixar meu rosto totalmente a vista era algo que chamava a atenção dele. Estranho para mim, que sempre usei a franja desta forma, mas, se deixa-la para trás momentaneamente pudesse fazê-lo não me temer... Bem, eu teria que fazer este esforço.
Meio sem jeito arrumei varias vezes a franja para trás de minha orelha. 'Droga! Isto incomoda'. Pensei ao sentir o leve pesar e incomodo por detrás da cartilagem.
Mais uma vez olhei para ele e estremeci. Ele estava descoberto me fitando. A pele alva demais como porcelana, os cabelos longos com uma parte caindo sobre um dos ombros e o restante espalhando-se pelas costas.
Se eu pudesse me chutar, com certeza estaria fazendo isto neste momento. Céus, eu estava olhando para ele de maneira que nem devia estar... Eu não presto mesmo.
"Bem, eu... eu vou te arranjar uma blusa pelo menos". Andei até o armário tentando desfazer aquela imagem.
Procurei algo que desse nele. Pelo menos, ele tinha o corpo menor do que o meu, então uma blusa poderia vir a calhar. Já as calças... Acho que calças de um homem de 1,95cm de altura, não ficariam bem em um que aparentava ter aproximadamente 1,80cm. Além de que eu sou um pouco mais forte. Eu disse forte, e não gordo.
Encontrei uma blusa de cor verde escuro. Virei-me para entregar a blusa. Pelo menos assim as coisas poderiam seguir quase que normalmente, mas estanquei ao ouvir o que ele estava dizendo. O problema? Eu não conseguia entender uma só vírgula do que ele dizia.
- : Minha perna dói, mas tenho que voltar. Quem é você? Onde estou? : -
Sinceramente eu não sabia e nem entendia nada do que ele havia dito. Não se parecia com nenhuma das línguas que estudei. Ele me olhava ainda assustado e até mesmo com um quê de curiosidade.
Aproximei-me de novo, mas parei ao vê-lo se mover na cama como se tentasse recuar.
Nos fitamos por alguns segundos antes que eu começasse a falar.
"Tome, coloque esta blusa antes que você fique resfriado". Joguei a blusa em cima da cama. 'Mentira, coloque antes que ele te agarre'. E lá vinha a megera da minha voz interior.
Ele fitou a peça de roupa e me olhou novamente com uma cara de quem não estava entendendo.
"Coloque ela porquê você pegou muita chuva. Assim você se agasalha um pouco".
- : O que é isso? : -
Ouvi sua voz novamente. Era melodiosa, suave até, mas eu não conseguia entender nada. Aquilo já estava me deixando mais nervoso do que já me encontrava.
Ele tocava a blusa de maneira curiosa.
'Oh senhor... Porque tenho a nítida impressão que o nosso entendimento será mais complicado ainda?'. Pensei ao sentar-me na única poltrona do quarto enquanto olhava-o.
Teríamos que chegar a um entendimento, certo? Então que tal começarmos com as apresentações de maneira formal? Afinal, até que me certificasse que estava tudo bem com ele, o rapaz seria meu hóspede.
Fitei o belo rosto por alguns instantes a mais.
"Me chamo Trowa Barton, e você?".
O jovem loiro pouco entendia a língua do belo rapaz. Mas sabia que ele estava se apresentando. Pelo menos já tinha um nome. Agora, se aquele ser humano a sua frente fosse de índole boa ou não, isto seria algo que ainda teria que descobrir, afinal, ver a pureza das pessoas era algo muito fácil, mas ver a bondade dentro delas... Era uma coisa mais trabalhosa.
Fitou-o como se tentasse ver a aura pura, mas apenas constatou que o jovem, já não era mais um 'Intocado'. Já fôra corrompido. Suspirou um pouco desanimado. Lógico, se ainda fosse um 'Intocado', ele saberia ou até conseguira distingui-lo.
- :Asallam, o terceiro. :-
Trowa mais uma vez não entendeu. Não sabia se era um nome ou se era alguma outra coisa que o jovem havia dito.
"Olha, eu não consigo entender o que você está me dizendo". Falou com um tom de voz baixo.
O
loiro também não entendeu tudo, mas ao que lhe parecia,
sua língua não era compreendida pelo jovem que tinha um
nome estranho. - : Terei que aprender a forma como ele fala,
não quero ficar aqui por muito tempo. : -
"Não vai vestir a blusa?". Apontou para a peça de roupa que se encontrava entre os dedos do loiro.
Asallam olhava para onde Trowa apontava e lhe devolveu um olhar bastante interrogativo.
'Oh não... Não vá me dizer que não sabe para o que serve uma blusa? De onde você veio? Céus, eu terei que vesti-lo?'.
Trowa não soube o que fazer. Estava sentado longe, procurando olhar somente para o rosto do loiro, em vez de olhar para o restante de seu corpo. Agora teria que se aproximar e... ajudar a vestir?
'Ele deve estar dolorido seu estúpido! Pare de besteira e vá logo ajuda-lo'. Bom, pelo menos uma certa parte de sua voz interior esta certa, não estava? E se o jovem não conseguisse se movimentar direito? Poderia estar sentindo dor para movimentar os braços.
Trowa se levantou relutante, mas tinha que fazer aqui. Aproximou-se do loiro com cuidado. Apontou para a blusa verde, e pegou-a lentamente.
Com movimentos calmos, que eram acompanhados por olhos bem atentos, Trowa preparou a blusa para colocar no loiro.
Algo em seu peito se apertou ao fitar os olhos azuis cristalinos.
"Por favor, não vou lhe machucar...". Disse de forma baixa ao estender uma das mãos para pegar a mão direita do loiro.
Para sua surpresa, o jovem a sua frente estendeu a mão. O toque foi leve, mas bem surpreendente.
A mão do loiro estava bem quente, a pele era até sedosa, enquanto sua, encontrava-se fria e transpirando.
Fitavam-se sem nenhum movimento. Trowa mergulhado nos olhos azuis puros e cristalinos, enquanto Asallam, parecia querer desvendar o interior daquele jovem rapaz chamado Trowa Barton...
-
Continua...
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Agradeço
a todos que aqui comentaram. Fiquei feliz, pois não esperava
tanto comentários para esta minha fic. Afinal sou uma
iniciante na área de fantasia e mpreg.
Domo arigato a
especial, a Pipe por betar a fic e por ser uma pessoa
maravilhosa.
