Desafio dos 100 temas: item 92 – Que tenha ou fale sobre poções.

AU YoI Viktuuri, Crossover YOI/HP

Beta: Slplima, minha doce e querida amiga, que mesmo a gente quase nem se falando, sempre que preciso está pronta a me socorrer. Obrigado meu anjo! Obrigado por tudo! Minha amizade e lealdade sempre!

Notas da Beta: Minha amiga.

Que deslumbre!
A combinação de fantasia, bruxaria e poções com nossos queridos, foi de encher olhos e coração de amor.

Viktor divagando sobre Yuuri é sempre um show à parte, sabe? Peguei-me divagando, enquanto lia, sobre a beleza dessa paixão genuína que há entre eles.
O quanto ambos mereceram essa cerimônia cheia de cores, sabores e detalhes incríveis. Cheia de carinho, amigos e familiares.

Terno e muito, muito romântico!

Parabéns, amada, por este primor! Agradeço, muitíssimo, sua confiança em mim para ajudá-la a moldar mais essa obra-de-arte.
Ficou, simplesmente, perfeito.

Fique bem, querida girl.
E conte comigo, forever and ever.
Bjocas.

Notas da Coelha: Quando eu imaginei essa fanfic, eu novamente estava pensando em um plot com os personagens de HP, mas a minha mente sonhadora e nem um pouco sã, idealizou, após ver uma linda imagem de Yuuri e Viktor jovens dentro da sala de poções. Assim, foi um pulo para que o plot de Casamento e poções fosse arquitetado. Espero que gostem do que irão ler, pois eu fiz o meu melhor!

Dedico essa Fanfic, ao aniversariante do dia, esse moreno de olhos achocolatados que não só roubou o coração de Vitya, como o meu e de muitas pessoas pelo mundo afora.

Katsuki Yuuri, Tanjobiomedeto!

Parabéns, moya snezhinka! 3

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Ainda era cedo!

Muito cedo!

O silêncio em que as masmorras se encontravam era sepulcral. Os archotes mal iluminavam os corredores de pedra. A movimentação pelo local estava tranquila, praticamente nula, visto que o período de recesso havia se iniciado ainda há pouco.

Mas mesmo sendo cedo, o apaziguado corredor se encheu de um barulho constante de passadas lentas, porém, cadenciadas, que podiam ser ouvidas por quem quisesse. O que não seria esse o caso, visto que Hogwarts há muito já não tinha o furor e risos divertidos a espantarem a monotonia em que aquele maravilhoso castelo mergulhara.

Com o recesso escolar, era estranho vagar pelos corredores sem escutar o burburinho e a agitação frenética dos muitos bruxinhos e bruxinhas, mas de certa forma, era melhor assim! Afinal, com eles ali, o que estava planejado para aquela noite, nunca poderia acontecer.

Apenas o corpo docente ainda se encontrava presente, e muito em breve, graças a generosa interseção da diretora Minerva McGonagall, pessoas queridas poderiam pisar naquele cultuado castelo escola e seus terrenos.

Com um sorriso bobo dançando nos lábios finos, o platinado parou bem à frente das portas da sala de poções.

Ah! Se aquela sala tivesse vida própria! Ou até mesmo se a biblioteca tivesse ouvidos...

"Oh! A Seção Restrita!" - pensou, extasiado. Apenas lembrar daquela área em que apenas alunos mais velhos podiam adentrar sem ter uma nota de um de seus professores, fez o russo suspirar saudosista.

Balançando a cabeça algumas vezes, Viktor Nikiforov, digo, o professor Nikiforov, adentrou em sua sala, onde já há uns quatro anos era o catedrático de Poções, assumindo o cargo deixado por seu antigo mestre.

Agora, com seus vinte e nove anos de idade, estaria dando um passo decisivo em sua vida. E mesmo sendo considerado um homem calmo, por vezes despistado, era senhor de si. Todavia, naquele exato momento, sentia-se um tanto nervoso, inseguro; não por duvidar de seus sentimentos e de seu querido noivo, mas sentia que precisava daquele momento.

Fechando a porta atrás de si, caminhou lentamente parando ao lado da bancada que costumava usar quando ainda era apenas um jovem bruxo sedento por conhecimento.

E ah! Viktor era um dos alunos que se destacava entre os demais. Sempre curioso, sempre buscando por mais, elevando suas notas e, com isso, fazendo parte do tão seleto e dileto Clube do Slug!

Um verdadeiro primor!

Lembrar-se do professor Slughorn explicando, claramente, como queria que fosse produzida uma poção de Veritaserum, ou mesmo a poção do Morto Vivo, o fez rir. Era impossível não se lembrar dos erros cometidos, dos acertos e até mesmo do que seus colegas aprontavam tentando buscar cair nas graças de tão sapiente professor.

Viktor nunca imaginou que iria gostar tanto da matéria lecionada por Horace, como acabara acontecendo, e grande parte do que o fizera se enamorar daquela disciplina, e que acabara o desviando de ser um renomado jogador de quadribol, foram as palavras do dito professor.

"Talentos como o seu, meu rapaz, não podem ser desperdiçados ou jogados ao leu! Sei que você espera ser um ótimo apanhador na Liga Britânica e Irlandesa de Quadribol, e temos provas que o será, não é mesmo? Todavia, não quero influenciá-lo para que siga algo que não esteja em seus sonhos! Mas pense com calma e sabedoria, o que lhe dará mais prazer: ser reconhecido e lembrado mais tarde como um exímio jogador, ou ajudar a inúmeros jovens a aprenderem como fazer uma excelente poção Wiiggenweld? Lembra dos Katsukis? Creio que seria interessante manter contato com o mais jovem deles, se é que me entende?"

Claro que fora difícil fazer sua escolha tão logo deixara Hogwarts. E também, como não se lembrar daquele jovem e de sua família? Como esquecer daqueles lábios levemente rubros e macios? Sinceramente, Slughorn sabia muito bem o que estava lhe dizendo. Se houvesse sido a professora Trelawney de Adivinhações ele até diria que ela estava prevendo o futuro.

Realmente, Hogwarts era muito especial para ambos! Cada lugar que costumavam se encontrar, as muitas conversas tidas em rondas pelo corredor, mesmo que sendo monitores de casas diferentes. O primeiro beijo roubado de um menino de quinze anos por outro inexperiente jovem de dezessete. E na bendita seção restrita, ainda por cima!

Ah! E o que aquele simples e inexperiente ósculo pôde causar?

Tapando os olhos com ambas as mãos, sorriu feito um adolescente! Não tinha motivos para se preocupar, não precisava buscar desculpas, ou mesmo algo que os impedissem de serem felizes!

E por falar em felicidade, Viktor estaria mais feliz se hoje, nesse dia especial, o ex-diretor de Slytherin estivesse presente para juntos comemorarem aquela data festiva. No entanto, o ex-professor, hoje aposentado, estava vivendo ao sul de Surrey, e evitava as festividades que anteriormente gostava muito.

Uma lástima!

E então, como seu exemplar pupilo sabia disso? Simples: Slughorn não aceitara convites para ir ter com eles, até mesmo quando haviam ficado noivos, mas de uma coisa ele tinha certeza: Horace havia prometido que quando Katsuki e Nikiforov resolvessem se casar que estaria presente, não antes disso! Assim, mesmo sem a confirmação deste, o jovem e brilhante bruxo sentia em seu coração que o mestre estaria ali por eles!

Com saudosismo, deixou a bancada um tanto surrada e observou o quadro negro. Este ainda tinha suas anotações, em letra caprichada, dos ingredientes para a poção Felix Felicis, a qual fora apenas uma preleção, visto que a poção só seria executada no retorno das aulas devido ao seu grau de dificuldade e também por demorar de seis a mais meses para ficar pronta. Pensou em apagar o quadro, mas ao pensar em agitar sua varinha para que, de fato, magicamente tudo desaparecesse, conteve o impulso rapidamente e se deixou sentar sobre a cadeira atrás da surrada escrivaninha que lhe servia de mesa.

Olhos cerúleos varreram com minúcia todo o local. A parca claridade dava um ar soturno ao ambiente, e era surreal ele ainda preferir que o mesmo se encontrasse com as antigas características. Viktor gostava de falar que deixando a sala como estava, parecia que assim podia sentir a presença dos grandes professores que ali lecionaram!

Mais uma vez, fixou sua atenção para a lista de ingredientes no quadro ao seu lado esquerdo. Jogando um pouco a longa franja que caia displicente sobre seu olho esquerdo para trás, deixou que as lembranças de anos atrás aflorassem e com um suspiro saudosista, recostou-se na cadeira de espaldar alto e respirou profundamente. E por incrível que possa parecer, estar ali lhe fazia reviver muitas coisas. Até mesmo parecia poder ouvir uma das conversas com Slughorn.

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- Senhor Nikiforov, sei que o que vou lhe pedir pode soar estranho, mas não consigo pensar em ninguém mais do que no senhor para que ajude o senhor Katsuki, aluno de Hufflepuff, a entender melhor sobre poções. – Slughorn havia retido um de seus melhores alunos do sexto ano para que pudesse conversar sobre aquele assunto. – Sei que você está com seu tempo um tanto corrido, mas veja bem, o senhor Katsuki é descendente direto de fabulosos bruxos que executam maravilhas em novas poções. Lecionei para quatro gerações desta família, mas creia-me, como seu professor, mesmo prestando atenção no jovem em questão, não consigo entender o que acontece com ele. – fez uma leve pausa ao perceber o platinado com as sobrancelhas arqueadas. – Não me olhe assim, por favor! Você sabe que é um dos meus melhores pupilos, tente ao menos descobrir o que há de errado com ele, sim? - pediu o verborrágico professor.

Ganhar de Horace Slughorn no dom da palavra era uma façanha ainda não alcançada por nenhum de seus alunos, e claro, não seria Viktor quem o faria, e por mais que quisesse negar aquele favor, sentia-se impelido em o fazer, pois ele já conhecida, mesmo que apenas de vista, o tal japonês.

- Se o senhor quiser, pode marcar com ele após as aulas. – pensativo, o platinado mordiscou o lábio inferior por alguns minutos, tentando se lembrar de toda a sua grade de estudos e os tempos livres que tinha. – Eu estou livre dos treinos de quadribol todas as segundas e quintas. Creio que posso encontrar com ele aqui na sala sempre após o jantar. – propôs Viktor.

- Perfeito, Viktor, meu caro! – o mestre em poções quase ululou de alegria. – Irei intermediar o primeiro dia, depois fiquem a vontade de usarem minha sala o quanto quiserem! Deixarei isso por escrito para evitarmos dores de cabeça com o senhor Filch, está bem? – perguntou, enquanto via sua pena deslizar suavemente sobre o pergaminho, em um trabalho continuo, escrevendo o que havia dito ao jovem de longas madeixas platinadas. Sem dúvidas, de todos os Nikiforovs que tivera o prazer em ensinar, Viktor fugia a regra. Slughorn poderia jurar que ele seria um grande mestre em poções! – Posso, então, marcar para a próxima segunda o encontro acadêmico de vocês aqui nesta sala? – perguntou com ansiedade.

- Sim, pode ser, professor! Aqui estarei, sem falta, logo após o jantar! – Viktor concordou antes de deixar a sala apressadamente.

E como combinado por Horace, naquela segunda feira chuvosa, Yuuri Katsuki e Viktor Nikiforov oficialmente enlaçavam suas vidas, a priori, como uma amizade...

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Com um sorriso bobo, Viktor balançou a cabeça para tentar afastar as lembranças nostálgicas da época de estudante. Mas tudo era tão vívido em sua memória, que ao focalizar ao canto o caldeirão milenar que aquela sala acolhia, não teve como afastar novas recordações.

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Risos abafados e palavras desconexas poderiam ser claramente ouvidas fora da sala.

Um ofego e a quase perca do ar fez com que o jovem mestre de Transfigurações deixasse sua voz escapulir uma oitava mais alta.

- Vi-Vitya! – Yuuri tentou conter inutilmente sua voz.

- O quê? – gracejou o platinado ao imprensar o japonês mais de encontro a pequena estante de livros. Seus olhos brilhantes lembravam ao brilho traquina de quem está prestes a aprontar. – Eu não fiz nada! – e antes que o outro professor pudesse fazer ou falar mais, sapecou-lhe um beijo, que com uma mordida nos lábios rosados, o ósculo foi aprofundado consideravelmente, ganhando notas de amor e prazer intensos.

Deslizando os lábios pela pele acetinada do queixo do moreno, Viktor sapecou vários beijos e mordiscadas, até, por fim, chegar a base da junção do pescoço com o ombro, e deixar seus dentes cravarem ali com gosto.

- Ah! Ah! Auch... Viktor! Não morde! – reclamou num sussurro o japonês, não sabendo se pela dor ou pelo prazer que lhe chegava em descargas provindas do local mordido. – Pára! – exigiu Katsuki, tentanto soar irritado, mas sem nenhuma convicção em sua voz.

- Mas seu corpo não quer que eu pare. – contestou o platinado. – Veja como tens o rosto magnificamente afogueado. – e para dar maior ênfase ao que dizia, deslizou perigosamente uma de suas mãos até uma das nádegas firmes e arredondadas, apertando-a com gosto. O Slytherin sorriu abertamente ao notar que involuntariamente Katsuki buscava por estreitar mais seu corpo contra o dele. – Nossos corpos se buscam, snezhinka! Nossos corações batem acelerados em nossos peitos como se fossem um só!

- Mesmo assim... Oh! Céus! Vitya... – gemendo e já entregue, Yuuri escondeu o rosto no peito largo do noivo. Era muita provocação sentir aquela ereção contra a dele própria e continuar senhor de seus atos... de suas faculdades mentais!

- O que foi, lyubov'? – ronronou, maldoso, ao pé do ouvido do Hufflepuff. Com um movimento rápido de quadris provocou mais um pouco o amante esbaforido.

- Viktor, por favor! – arfou em agonia. Yuuri sentia que muito em breve sucumbiria aos desejos e anseios de seu noivo. – Nós prometemos sermos discretos para a diretora McGonagall! Se um aluno nos pega assim... Ah! Vitya! – novo gemido desesperado.

O platinado adorava aquele jogo. E estava se deliciando em ter seu homem tão entregue, apenas por estar tocando em pontos dos quais sabia... eram muitíssimo erógenos.

E isso quase fazia Viktor morrer, de tanto tesão.

- Ah! Moya lyubov'! Não precisa se preocupar, eu encantei a minha sala toda, e admita meu lindo Eros, você também me deseja! – com um sorriso matreiro, o platinado não perdeu tempo em avançar mais uma vez.

Adorava o lado que seu japonês parecia assumir quando estava tomado pelo seu ardente desejo. E Eros era a personificação do amor, da sedução. E até mesmo por isso, gostava de o provocar ao limite e se arder no fogo da paixão.

- Por Merlin! – exclamou Yuuri ao ter suas vestes retiradas de si rapidamente e sentir seu corpo todo em chamas ao ser devorado pelos olhos cerúleos do russo. – Vi-Vitya não é justo, você ainda está com muitas roupas...

E antes que ele pudesse completar sua frase, com um movimento rápido de varinha, Viktor teve todas as suas vestes retiradas, ficando em pé de igualdade com o noivo.

Antes, porém, que esse mudasse de ideia, o platinado lançou tudo o que tinha para fora de sua mesa, e fazendo o moreno se curvar sobre o tampo de madeira maciça, deitou seu corpo sobre o do outro, aproveitando para dar mais prazer a seu par.

- Oh! Vitya, isso me traz tantas recordações! – Yuuri ciciou entre um arfar e outro.

- Hmm... snezhinka! Como esquecer nossa primeira vez, não? – ronronou ao sapecar beijos furiosos, desde a base da nuca até os montes gêmeos arredondados onde cravou seus dentes marcando sem pudor a pele de alabastro e regozijando-se com o gemido de prazer que ouviu do outro. – Você foi o meu melhor presente de aniversário! – Viktor murmurou enevoado, ao mesmo tempo em que um gemido languido eclodiu da garganta do mestre de Transfigurações.

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Um barulho ao longe chama a atenção do russo e o faz voltar de suas quentes lembranças, deixando-o um tanto constrangido. Seu desejo latente doía dentro de suas calças, e o rosto corado não o deixaria mentir sobre seus devaneios nada inocentes.

Seguindo uma antiga tradição, Yuuri e ele estavam dormindo separados já há alguns dias. E ah! Como sentia falta de acordar ao lado dos trejeitos, cada pequeno tique ou costume que Yuuri tinha e fazia quando estava dormindo... essas coisas faziam Viktor enamorar-se ainda mais. Não sabia como isso era possível, mas era assim que as coisas aconteciam entre eles.

Precisava se acalmar! Recordar que não estavam juntos não estava ajudando muito. Logo os convidados estariam chegando, e não seria de bom tom recebê-los daquela forma. Teria de se acalmar logo!

"Pensa Vitya! Vamos pensar nos ingredientes para a poção Polissuco!" – pensou, ao mentalizar cada um dos ingredientes e como deveria proceder para seu preparo.

Talvez, quem sabe, se contasse para Christophe, este não perderia a oportunidade de o atormentar. Não, definitivamente, não poderia cair nessa asneira!

Seria muito humilhante!

Isso mesmo!

Voltando sua atenção agora para a mesa logo a sua frente, sorriu de lado com o último vislumbre de ter o seu homem ali com aqueles olhos com chispas avermelhadas o mirando com desejo e ardor e... com um aceno rápido de mão, tentou se concentrar em outras coisas.

Batidas na porta fizeram Nikiforov se sobressaltar! Ainda era muito cedo para alguém estar de pé, mas antes mesmo que fosse liberado a entrada, a porta se abriu, revelando a silhueta do recém chegado.

- Ah! Viktor, meu caro! Que felicidade para esse velho poder participar de um dia como este! – Slughorn, usando uma bengala como apoio, se aproximou caminhando lentamente para dentro da sala.

- Professor! – Viktor, se esquecendo de seu avantajado problema, se dirigiu ao saudoso mestre. Mesmo com o passar dos anos, e dos cabelos grisalhos, seu sorriso jovial continuava o mesmo.

O abraço apertado fora inevitável!

- O senhor não faz ideia de como fico muito feliz de o ver, e saber que estará presente como um de meus padrinhos. – comentou o platinado.

- Eu não perderia isso por nada nesse mundo! – sorrindo o velhote deu alguns tapinhas nos ombros do platinado. – Mas espero que a sua felicidade em me ver não tenha nada a ver com algo mais, se é que me entende! – gracejou o mestre ao insinuar o que ele havia percebido, sustentando os olhos do russo.

- Ora... é... claro que não! – gaguejou o platinado. – Eu... eu... – parou ao ver o sorriso divertido nos lábios deste.

- Meu caro Viktor, não precisa se explicar, eu também já fui jovem uma vez, e tive os hormônios em efervescência! – e dando uma piscadela para o mais alto, continuou. – Eles ainda servem o café da manhã no horário de sempre, não? – perguntou ao começar a caminhar lentamente para fora, sendo acompanhado por Nikiforov.

- Sim, eles servem sim! – respondeu sem graça, mas sorrindo. – E ainda temos aqueles deliciosos bolos de abóbora! – comentou, pois sabia que o antigo catedrático gostava um bocado daquela iguaria.

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- E onde está Katsuki? – Horace perguntou ao levar novo bocado de bolo a boca, e o saborear com saudosismo. Ele sabia que poderia achar aquele tipo de bolo em qualquer lugar, mas estes nunca seriam como os que eram preparados pelos elfos de Hogwarts!

- Nesse horário... – começou Viktor ao mirar o grande relógio. – ele deve estar esperando por seus familiares que irão chegar pelo Expresso! Na realidade, muitos de nossos convidados chegaram juntos com a família Katsuki. E devemos tudo isso a diretora McGonagall que solicitou a ministra da magia a senhora Weasley! Ela foi aluna do senhor! – lembrou-o Viktor.

- Achei que Virginy Weasley...

- Não professor, a ministra é a senhora Hermione Granger Weasley! – informou Viktor, achando estranho o professor ter se equivocado.

- Ah! Uma ótima e esforçada bruxinha! Às vezes me esqueço que muitos de meus pupilos se encontram em posições de alta responsabilidade.

- Sim, temos outros ex-alunos do senhor aqui também. – o russo comentou ao acaso. – Neville Longbottom hoje leciona Herbologia, pois madame Sprout se aposentou uns anos atrás. Ele também assumiu a direção de Gryffindor. – Viktor continuou contando as novidades, mas parando ao ver a diretora McGonagall e Longbottom se aproximando deles.

- Bom dia! – saudou o russo aos recém chegados.

- Bom dia!

- Olá Minerva! Quanto tempo, não? Espero que tenhamos tempo para tomarmos juntos um cherry! – Slughorn a saudou com o mesmo entusiasmo de quando ainda lecionava em dileta escola. – Se quiserem vocês também serão bem-vindos! – e mirou aos ex-alunos nos olhos, os quais negaram veementemente.

- Seja bem-vindo, Horace! – retribuiu a saudação. – Creio que no início da tarde teremos o salão principal decorado, e possamos relembrar os velhos tempos! – Minerva respondeu com seu olhar austero.

- Ah! Sim, minha cara, e se precisarem de ajuda extra... – deixou no ar sua oferta, pois Neville com o peito estufado se adiantara.

-Agradeço a oferta e gentileza, professor, mas tenho tudo sobre controle! – comentou ao apertar-lhe a mão.

Balançando a cabeça, o ancião viu quando Minerva e o ex-aluno se afastaram.

- Uma mente brilhante para Herbologia, mas uma pena, não puxou a seus pais que foram meus alunos, e devo dizer excelentes no preparo de poções! Bem, mas vá lá, Viktor! Sei que hoje seu dia será atribulado, e esse velho não quer lhe atrapalhar. Nós nos veremos mais tarde no momento de maior felicidade de vocês dois jovens! – e sem esperar respostas, Horace Slughorn o deixou.

Mal contendo o sorriso divertido, Viktor saiu apressado atrás da diretora e de Longbottom para poder ajudá-los nos preparativos.

Ao finalmente encontra-los, junto deles também estavam Christophe Giacometti, melhor amigo do platinado e professor de Voo, também Yakov, professor de Runas Antigas, e sua esposa Lilia, professora de Aritmância. Esses dois últimos eram como se fossem os pais do platinado. E desde que este perdera sua mãe, o casal se incumbira de olhar por Viktor.

- Cher, o que você faz aqui? – o loiro questionou ao mirá-lo com curiosidade. Giacometti poderia ser a sutileza em pessoa quando queria, mas por vezes, e muitas vezes mesmo, parecia ser um desastrado elefante em uma loja de porcelana. – Você não quer que o despachemos para longe como já fizemos com o Yuuri, não é? – perguntou. – Eu iria adorar te estuporar ou petrificar até a hora do momento tão esperado. – gracejou com um sorriso maroto a brincar em seus lábios carnudos.

- Vá lá, meu filho! Vá receber seus futuros sogros como se deve ser. – instruiu Lilia ao lhe sapecar um beijo estalado na testa.

- Obrigado, por tudo! – murmurou para somente ela lhe escutar, e retribuindo o beijo, saiu apressado.

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Como pedido por Lilia, e respeitando as tradições milenares do clã Katsuki, Nikiforov saudou seus futuros sogros e cunhada, e os poucos amigos que vieram e após uma pequena, mas animada conversa, o platinado se retirou para poder se aprontar. E mais uma vez seus nervos deram uma bambeada. Nunca fora covarde, mas tinha seus temores, e este só foi relaxar quando Lilia Baranovskaya Feltsman entrara em seu quarto.

- Você está lindo, Vitenka! Tenho tanto orgulho de você, meu filho! – elogiou a mulher austera ao fechar a porta atrás de si. – Tenho certeza que seus pais, principalmente sua mãe, haveriam de ficar contentes. – o abraçando com força acarinhou os fios agora mais curtos do homem à sua frente.

- Obrigado, Lilia! – agradeceu emocionado. – Obrigado por tudo! Saber que tenho vocês comigo desde sempre e que se orgulham de mim pelo que sou, não tem preço. – e sustentando o olhar esmeralda que a mulher lhe dirigia, sorriu.

- Venha, Vitenka, não é de bom tom o noivo chegar atrasado para o próprio casamento, mas creio que possamos deixar isso com o Katsuki, não? – gracejou ao puxá-lo para fora de sua habitação.

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O salão principal estava deslumbrante!

Viktor havia fica sem fôlego! E estava louco para ver qual seria a reação de seu noivo e de sua família. Era uma surpresa para eles, Yuuri até então, pensava que seriam camélias e rosas azuis. Mas o platinado havia mudado de última hora tudo com Neville e os demais.

Os convidados já se encontravam sentados nas várias cadeiras colocadas em um semicírculo, sendo divididas bem ao meio por um tapete azul turquesa que terminava na parte mais alta, onde geralmente ficavam as mesas usadas pelos professores.

Viktor e Neville haviam feito escolhas minuciosas que se uniram, harmoniosamente, as tradições japonesas e ocidentais para um casamento.

Lanternas e sombrinhas japonesas se misturavam entre as lindas rosas azuis, mini bonsais de Sakuras em flor, e o teto enfeitiçado estava estrelado, acompanhando a noite lá fora.

Ajeitando o Kimono de seda negro que o platinado estava usando, Lilia se incorporou, prestando atenção a cada detalhe que aquela maravilhosa vestimenta parecia ressaltar.

Sem nada dizer, e aceitando o braço de seu filho do coração, Viktor guiou Lilia até o final do tapete, onde com um beijo na testa dado pela bruxa, o russo assumiu seu lugar perante ao sacerdote xintoísta que celebraria a união dos dois.

Quando finalmente Yuuri surgiu nas grandes portas, acompanhado por seus pais, um de cada lado dele, este usava um Kimono parecido com o do russo. Para o platinado, era como ver um anjo se aproximar.

Aceitando a pequena mão entre as suas, finalmente, Viktor e Yuuri se dirigiram para onde o sacerdote se encontrava, onde eles se uniriam para todo sempre.

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- Eu nunca imaginei que vocês iriam ter um casamento unindo as duas tradições de cada família. – comentou Phichit ao lado dos recém casados.

- Nem eu também sabia, Viktor fez tudo isso sem me dizer nada! – Yuuri comentou ao mirar o marido com adoração.

- É... se for para eu casar um dia, só se for com alguém que olha para mim como o Yuuri olha meloso para o Viktor! E claro, que a pessoa faça surpresas também! – gracejando, Chris continuou. – Vocês não tem mais irmãos perdidos por esse mundo afora? – perguntou, apenas para não perder a piada, pois o suíço sabia que Viktor era filho único e que Yuuri era o caçula e, definitivamente, mulheres não eram a preferência do loiro.

- Chris... nem em sonho! – Viktor o advertiu ao vê-lo voltar sua atenção para o japonês.

- Eu não fiz nada! – respondeu ao mirá-lo maliciosamente.

A festa estava perfeita!

Para melhorar a mobilidade, o jovem casal trocou os Kimonos por ternos de cores parecidas; em azul cobalto e azul petróleo, e antes dos convidados se retirarem, cortaram o bolo, e em frações de segundos, os recém casados escapuliam da festa.

- Enfim, sós! – suspirou Yuuri ao enlaçar os braços no pescoço do russo.

- Sim, eu tenho tantas coisas em mente, uma pena que não estejamos mais com os Kimonos, pois eu iria adorar desnudá-lo, peça por peça. – Viktor confidenciou luxurioso.

- Ora! Podemos providenciar isso! – Yuuri respondeu ao agitar sua varinha e mirar ao seu homem com um sorriso malicioso.

- Por Merlin! Quem diria que as aulas extras de poções iriam acabar assim? – gracejou encantado, ao ver o seu talentoso moreno, em um piscar de olhos, estar novamente com o bonito Kimono de seda.

- Pois é, e eu creio, senhor Nikiforov, que esse seu aluno precise de mais umas tantas aulas particulares! – e ao terminar de falar, Yuuri ofereceu os lábios para que fossem tomados com maestria e luxúria.

- Acho que terei de lhe demonstrar qual o conceito da Felix Felicis mais uma vez. Tenho a impressão de que você ainda não captou toda essência da preparação! – gracejou Viktor ao unir novamente seus lábios nos de Yuuri e, com lentidão, começar a descartar peça por peça das vestes de seu amado.

Se alguém dissesse que casamento tem tudo a ver com o estudo de poções, somente Viktor e Yuuri acreditariam.

E esse amor, com certeza, era a melhor e mais preciosa de todas as poções que ambos já inventaram em suas abençoadas existências.

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Lembretes e explicações:

Catedrático: Referente a cátedra. Professor titular de escolas secundárias e superiores, geralmente admitido mediante concurso. Indivíduo que conhece a fundo determinado assunto.

Poção Veritaserum é uma poção incolor e inodora que obriga quem a bebe, a dizer a verdade. – Fonte Wikipédia

Poção do Morto-Vivo faz com que aquele que a beber mergulhe num sono profundo que pode durar indefinidamente. Nos livros não foi mencionado um antídoto, embora se presume que deve haver um. Essa poção foi mencionada pelo Professor Snape na primeira aula de Poções a que ele assistiu. – Fonte HP Wiki

Poção Wiiggenweld é uma poção curativa com o poder de despertar alguém em sono magicamente induzido. É considerada muito difícil de se preparar. – Fonte HP Wiki

Felix Felicis é uma poção especial, ela torna aquele que a bebe absurdamente sortudo, ou pelo menos traz mais sorte do que o usual. Fica da cor do ouro derretido. É uma poção complicada de se fazer, normalmente leva seis meses ou mais. Também é conhecida como sorte líquida. – Fonte Wikibooks

Poção Polissuco, é uma mistura complexa e demorada, é melhor deixada para bruxos e bruxas altamente habilidosos. Ela permite que o consumidor assuma a aparência física de outra pessoa, desde que tenha adquirido primeiro parte do corpo daquele indivíduo para adicionar à bebida (isso pode ser qualquer coisa - unha, recortes, caspa ou pior, mas é mais comum, o cabelo). A ideia de que uma bruxa ou bruxo pode fazer uso maléfico de partes do corpo é antiga, e existe no folclore e nas superstições de muitas culturas. O efeito da poção é apenas temporário, e dependendo de quão bem foi fermentado, pode durar de dez a doze horas. Você pode mudar a idade, sexo e raça tomando a Poção Polissuco, mas não as espécies.

É uma poção que permite ao bebedor assumir a forma de outra pessoa. É uma poção complicada e desafiadora que até bruxos e bruxas adultos lutam para preparar corretamente. A poção é incrivelmente avançadas e tem duas partes separadas que contêm etapas para cada parte, quando a preparação é concluída a poção tem que ser ensopada por um mês antes do uso. – Fonte HP Fandom

Aritmância é uma disciplina mágica que estuda as propriedades mágicas dos números, incluindo a previsão do futuro com números e numerologia.
Essa disciplina eletiva é oferecida a partir do terceiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, cujas tarefas de casa incluíam redações que exigiam a consulta e / ou composição de tabelas numéricas complexas. – Fonte HP Fandom

O Estudo das Runas Antigas (comumente abreviado como Runas Antigas) é um curso eletivo na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, que pode ser tomado por estudantes do terceiro ano e acima. Ele foi ministrado pela professora Bathsheda Babbling durante os anos 1990, pelo menos, e é o estudo das escrituras rúnicas, ou runologias. Runas Antigas é um assunto mais teórico que estuda os antigos roteiros Runicos da magia. – Fonte HP Fandom

Momento Coelha Aquariana no Divã:

*Ouvindo Magic Works enquanto arruma a fic no ar, e claro estando com o headset*

Kardia: Ela escreveu mais uma fic daqueles frescos do gelo! *fazendo cara feia ao falar*

Viktor: Mas que irritante você é, não? *enrugando o nariz* Ela fez um presente pro meu japinha!

Kardia: Humph... isso me irrita profundamente. Talvez eu precise...

Dégel: Você não precisa nada! Deixa a Coelha em paz, ou ela vai castigar você e a mim no processo parando de escrever conosco!

Kardia: Já sei... já sei...

*ouvindo tudo pois a música estava baixo*

Ah! Mas que ciumeira desmedida! Mereço esse escorpiano! E Viktor, sem ficar de guarda pra ver quando eu vou colocar o presente no ar! Vai ser adiantado sim, pois amanhã acordo cedo, e vou trabalhar! Assim, seu japinha fofo irá ganhar presente adiantado de minha parte, afinal no Japão dia 29 está em pleno pino!

Obrigado por quem aqui chegou, eu não resisti unir mais uma vez as duas obras que mais amo de literatura e anime juntos! E eu adorei escrever esse crossover!

Espero que me desculpem se algum fato ou mesmo nome estiver equivocado, pesquisei muito antes de colocar no ar!

Por fim, se gostarão... deixem seus comentários, afinal, ficwriter feliz escreve mais!

Assim, mais uma vez... Yuuri Katsuki essa foi para você!

Até meu próximo surto.

Bjs
Theka Tsukishiro