A Rosa Inglesa

Destino Traiçoeiro

Dedicado: Miaka e Paulinha

Revisora (e salvadora da pátria, ou melhor da fic): Lídia

Cabourg- Julho de 1943

Draco olhava desanimado para a paisagem fria e bucólica da fria Cabourg. Ninguém poderia dizer que ele não estava tentando levar a vida depois da batalha que marcara sua vida para sempre... Só em uma das missões perdera mais do que a vida de alguns companheiros; perdera a capacidade de sorrir da própria má-sorte. Tivera a sorte de sair vitorioso, mas não sentia nenhuma felicidade nesse fato, ao contrário, sentia vergonha de si mesmo por ainda estar vivo, quando muitos haviam morrido por uma estupidez. Por um erro que ele cometera.

-Até quando vai se martirizar, Malfoy-perguntou o tenente sentado ao seu lado.-O que realmente importa é que saímos vivos daquele inferno.

Carregava um fardo nas suas costas... a culpa o corroia a cada momento. Não fora fácil escrever as cartas de condolências. Redigir meia dúzia de palavras frias feriam seu coração. Sabia que as suas palavras não aplacariam a dor da família da vítima e nem amenizariam o seu próprio sofrimento. Mas mesmo assim telegrafava sozinho as cartas. Era uma forma de mostrar que se importava com o bem-estar de seus homens e o quanto lamentava a sua perda.

-O país inteiro o venera, Malfoy.-continuou o tenente animado.-Você é um herói agora! A sociedade aprovou a sua conduta, os senhores te veneram, as moças te amam, as crianças querem ser igual a você. Malfoy, você fez o certo.

-Não, não, eu não fiz o certo.-falou ele cínico.-Eu fiz apenas o que tinha que fazer, e por isso tantas vidas padeceram em minhas costas.

-Agora você está sendo dramático.

-Se ser dramático é enlouquecer com essa maldita guerra, então meu amigo eu estou sendo dramático.

-Ora, Draco, você nunca se importou com a vida alheia...-falou Sean.-A vida é assim, nunca se esqueça Malfoy, a RAF nos deu uma profissão, mas o mesmo tempo roubou as nossas vidas. Temos nossos códigos, e não podemos lamentar por perdas humanas, pois isso é inevitável.

A RAF era a dona da sua vida. Tinham deixado de viver para dedicar a sua vida a ela. Era proibido enxergar além dos muros da RAF, era proibido pensar nada além dela a não ser aniquilar o inimigo. A vida pessoal era inexistente, os poucos momentos de folga eram sempre interrompidos por ordens superiores. Mas mesmo assim a RAF era a sua paixão, além de ser a única família que conhecia. Havia colido mais espinhos do que rosas, mas quem havia lhe dito que vida de piloto era fácil? Não se arrependia de ter entregado o comando de sua vida nas mãos dos "senhores" da guerra, a sua sina não dependia dele próprio. Então por que agora depois de quase doze anos peregrinando em um terreno frio e arenoso, onde o escrúpulo e a moral foram renegados em toda aquela caminhada, sofria uma avaliação de seu caráter? Por que se sentia tão culpado sendo que o seu maior erro fora ter sido precipitado demais? Ele era Draco Malfoy, um homem que era temido por sua ousadia, respeitado por ter a face revestida por uma camada de aço.

-O que importa é que estamos vivos.-falou Sean sorrindo.-Não podemos trazer os mortos de volta... ou muito menos ficar de braços cruzados esperando a nossa hora. Ora, Malfoy, pare de chorar as pitangas e vamos aproveitar o nosso único dia de licença nessa cidade.-concluiu com o olhar brejeiro.

-Certamente mulheres é o que não falta aqui.-falou Ryan sorrindo.-Com os Franceses em rumo a Berlin temos o terreno livre para atacar.

-Cuidado, Ryan, numa dessa você encontra mais do que uma linda francesa.

-Não tenho medo de cara feia, Sean.

-Era para ter, asno.-falou o tenente.-Lembre-se de que temos as nossas regras. Além de tudo você viu o que aconteceu com Mark em Deauville.

-Mark foi precipitado.

-Sim, e ele pagou um preço alto por ter se envolvido com uma mulher casada.

-Não, ele errou em ter se apaixonado por ela.-falou Ryan pensativo.-Foi um burro em pensar que ela largaria tudo por ele.

-No final ele acabou perdendo bem mais do que a mulher...

Sim, ele havia perdido a vida por Lucile Deauville, a mulher do prefeito da cidade. Literalmente podia se dizer que ele havia procurado a morte, porém não gostava de pensar na idéia de que um dos seus melhores homens tinha se suicidado por amor a uma vagabunda qualquer. Passando a mão no rosto, Draco percebeu que não era apenas a alma que havia mudado, mas também a sua aparência. Deixara o lado aristocrático de lado e passara a ter traços mais rústicos. A barba precisava ser aparada e os cabelos longos precisavam de um corte urgente, caso contrário sofreria com ele mais tarde... Dá ultima vez que isso acontecera tivera a sorte de não ter pegado piolho devido as condições de higiene da base que estava instalado.

-Aquela não era uma mulher, Ryan, e sim uma vagabunda.-falou Draco sério.-Além de tudo Mark mostrou que tinha o coração grande, porém o caráter fraco.

-Sim, mas mesmo assim ainda não me conformou com a morte dele.-falou Sean pensativo. -Em um minuto ele estava sorrindo e no outro estava estirado no chão com um tiro na cabeça.

-A vida é assim...

-Não, não é a vida que é assim, Ryan, são as suas escolhas que ditam as regras da sua vida.-Draco resmungou acendendo o cigarro.- Somos frutos das nossas decisões.

-Que teoria bonita, Malfoy.-falou Sean cínico.

-Não é uma teoria bonita, e sim a realidade, Sean.

-Que pena não podermos fugir da realidade sempre.-falou conciso.-Vamos, Malfoy, mude esse estado de ânimo. A vida é curta para quem lamenta.

-Eu nunca lamentei por nada.

-Mas está passando por uma crise.-rebateu.-Senão porque motivos fomos mandados para essa base?

Não estava passando por um dos melhores momentos em sua vida, a morte dos companheiros ainda pesava sobre o seu ombro. Mas se negava a pensar que estava passando por uma crise. Era apenas uma fase difícil, onde estava medindo os seus valores morais e éticos. Mas aquilo passaria e voltaria a ser o velho Malfoy de sempre.

-Sean, a mais verdade nessa missão do que você imagina.-falou Ryan tentando colocar panos quentes no ânimo dos dois companheiros.-Em Caburg estaremos mais perto de Berlim do que você imagina.

-Talvez sim e talvez não.-falou Sean sustentando o olhar seco de Draco.-Talvez fosse melhor termos permanecido em nossa base.

-Não importa o lugar, Redford. O que realmente importa é lutar, não contra a Luftwaffe nãoé contra a nossa própria covardia. É enfrentar todos os nossos medos e mesmo assim sair vitorioso.-falava Draco olhando para pastagem de Caburg.É saber que a missão certa está destinada a ser em qualquer lugar e a qualquer hora. Não é o lugar que determina a sua sina, Sean, e sim a sua sorte e conduta.

Draco ainda escutou um leve resmungo vindo de Sean, mas não ligou, simplesmente ignorou. Não estava disposto há brigar com um dos seus melhores amigos agora por causa de sua crise de identidade. A morte de cinco de seus melhores homens ainda pesava em suas costas. Sim, precisava de um descanso... Mas como descansaria se cada momento que fechava os olhos escutava a voz do bendito Weasley.

"Malfoy, se caso algum dia não tiver a sorte de voltar com vida de mais uma missão... Por favor, cuide da minha irmã. Ela está sozinha e sem o apoio de ninguém temo pela a segurança dela. Sei que não somos melhores amigos, mas mesmo assim vejo que você é o único que pode ajudá-la".

Quem era ele para proteger uma estranha? Nunca havia protegido ninguém na vida, a não ser cuidar do bem-estar dos seus homens. Mas era diferente...Nunca havia pensado em cuidar de uma mulher. Gostava delas, mas uma coisa era ter que zelar pelo bem-estar físico e outra coisa era ter que se envolver com uma por causa de uma maldita promessa.

Esse era o motivo que o trazia até Caburg. Sabia que ela estava ali servindo na cruz vermelha... Maldito, Weasley. Que a alma dele queime no inferno. Como chegaria em Virgínia Weasley? Ela certamente pensaria que ele era louco.

Maldito, maldito, mil vezes maldito seja Ron Weasley.

(OOO.OOO)

Virgínia guarda o sono de um paciente... Um menino ainda, quase uma criança, que havia largado os brinquedos e pegado no fuzil. Deixando a inocência de lado para ser jogado naquele mundo podre de intriga e poder. Todos perguntavam porque tinha tanto carinho por aquele desconhecido? Ela não sabia explicar, simplesmente gostava de sentar ao lado daquele menino e passava horas a fio fazendo ele acordar do transe profundo. Era difícil, compreendia. Ele havia perdido mais do que a inocência, ele havia perdido a face, a visão. Nunca mais voltaria a ser o mesmo, e certamente nunca se acostumaria com a mutilação sofrida... Talvez nunca mais teria a identidade de volta. Por isso ele era tão especial... Ele precisava do apoio dela. Ela era única que conseguia chegar perto dele, era única que podia conversar de igual para igual... Era a única que não repudiava a aparência grotesca dele

-Você é tão bonita, Ginny.-falou ele quebrando o silêncio.-Há tantas pessoas precisando de sua companhia, então porque você insiste em passar o seu tempo livre ao meu lado?

-Todos me fazem a mesma pergunta.-respondeu ela levando a mão até a atadura dele.-Eu ainda não tenho uma resposta.

-Como assim?

-Eu gosto de estar a seu lado... é como se tivesse um pedaço do meu irmão novamente comigo.

-Ele morreu?

-Sim, isso já faz dois meses.-falou olhando para paisagem.-E logo em seguida você chegou... acho que foi carinho a primeira vista, embora aqui seja proibido qualquer tipo de afeto com o paciente, eu não posso deixar de sentir um imenso carinho de irmão por você.-concluiu com os olhos brilhando de emoção.

-Eu lamento muito pelo o seu irmão.-falou ele sem motivo para sorrir, a única coisa que o mantinha vivo era a presença de Ginny a seu lado. Ele já não tinha mais nada, nem aparência, saúde, amigos, nem mesmo um passado. Em sua mente persistia o breu, por mais que tentava se lembrar de algo que avivasse sua memória não conseguia.-Em que unidade ele estava?

-Ele servia na RAF, era piloto raso, ainda não fazia o trabalho dele mesmo, que era pilotar o Lancaster.-informou vendo a imagem nítida de Ron a sua frente.- Era sua primeira missão de grande importância...

Não podia fazer nada para apagar a dor da jovem, não podia saber se ela estava chorando, pois vivia na mais profunda escuridão. Era um homem coberto por marcas e cicatrizes que jamais sairiam de seu peito. O que poderia falar para ela se de seus lábios já não saiam nenhuma palavra de conforto... Não podia dizer o que pensava, pois a dor era única. Mas não podia deixar de invejar o irmão dela por ter morrido, pois a tranqüilidade da morte não se comparava ao flagelo da dor de viver.

-Agora preciso ir, já fiquei tempo demais com você.-falou sorrindo.-E não quero ter desavenças com a madre.

Segurando a mão dela com força falou:

-Mas você vai voltar, não é mesmo?

Sorrindo, Gina limpou os olhos banhados de água.

-Não tenha duvidas, senhor misterioso.

Ooooo.ooooO

Draco olhava para a cidade ainda intacta perante o terror da guerra. Os cafés ainda mantinham o brilho e o glamour, as casas ainda tinham conservado os belos jardins despertando em Draco a saudade de seu país tão distante e destruído. Algo realmente estava errado com ele...Nunca havia sentido saudades de nada e nem de ninguém, por que agora do nada começava a sentir saudades de algo que nunca tivera o prazer de ter.

-Major, essa será a sua casa.-falou o seu secretário parando na frente da casa arborizada e bonita daquele quarteirão.-Os donos a disponibilizaram ao senhor em sua longa estadia em Cabourg.

-E aonde eles irão ficar-perguntou estranhando aquela situação.

-O governo francês já arranjou acomodações para a família.-respondeu abrindo a porta.-Não se preocupe, senhor, pois ninguém ira incomodá-lo aqui.

-Realmente não vejo motivo para tanto, Jimmy.-falou Draco entrando na casa, admirando tudo desde a porta de madeira até o lustre do teto. Era um ambiente rico e cheio de detalhes.-Ficaria bem no alojamento.

-Porém o senhor agora não é um tenente, Major. É um oficial, e essa patente lhe dá direito a regalias.

Sim, era perfeito. Havia tirado o teto de uma família para ele ter uma acomodação mais digna, o mesmo certamente não foi pensado para aquelas pessoas. Essas eram as regras da guerra, e alguns desses princípios já estava há séculos incorporados na RAF. Não lhe restava alternativa a não ser aceitar a comodidade daquela casa, que desde começo o agradara.

-Fique a vontade, Malfoy, que a casa é como se fosse sua.-falou Jimmy sorrindo.-O seu quarto é a suíte da esquerda onde há o maior conforto.-concluiu saindo da sala.

Sozinho com os próprios fantasmas, Draco jogou a mochila pesada em cima do sofá e voltou-se para explorar a casa. A sala era revestida de mogno puro, e nas bordas eram revestidas de ouro puro. As paredes eram enfeitadas com quadros raros, o que dava a ele a certeza de que as pessoas que moravam ali tinham posses.

Subindo a escada, Draco observava atentamente o ladrilho que era todo desenhado com cenas históricas. Era tudo muito bem cuidado, a casa fora planejada nos mínimos detalhes tanto que nem mesmo as janelas escapavam.

Não sabia o que iria fazer com aquela mansão, muito menos tinha noção de qual seria o seu primeiro passo. Desejava apenas um bom banho e uma cama quente onde pudesse repousar por mais ou menos cinco horas. Estava decidido a deixar os problemas de lado, mas tarde ele pensaria no melhor modo de se aproximar de Virgínia Weasley... Além de tudo duvidava que seus homens precisassem de sua presença agora. Certamente estariam em um bar arranjando briga.

Quando era jovem pensava da mesma maneira e agia como aqueles moleques. Agora percebia que o entusiasmo que o prendia a RAF havia evaporado junto com a morte de Ron Weasley.

(oooo.ooooo)

-Al Di lá...Al di lá...-gritava o senhor italiano de dor e sofrimento.-Per amore...

Sentindo uma vontade enorme de sair correndo da sala de cirurgia, Virgínia amarrou com mais força o pano que prendia seus cabelos. Era uma luta resoluta contra o seu sentimento e a sua vontade de querer acabar logo com tudo aquilo.

-Scusami...

Aquele pobre homem estava próximo de perder as duas pernas, após pisar em uma mina terrestre. Ele era inimigo de todos, mas ninguém negaria ajuda... Só de presenciar o sofrimento do pobre homem, fazia todos se unirem para salvá-lo. Sabiam que a perda de membro era dolorida e requeria do paciente muita garra e paciência, pois a adaptação era terrível.

-Por amore, signoria...-gritava ele segurando a sua mão com força. –Por amore...

Virgínia se limitou a segurar a mão dele, quando Jonan começava a cirurgia. Era cruel, mas naquele instante Jonan não seria um médico e sim um carniceiro. Era necessário, pois não havia sedativos ou analgésicos, o único sedativo e esterilizador seria o Run. Maldito fosse o exército... até quando eles os deixariam na mão, cuidando de casos dez vezes piores do que daquele senhor.

Era naquele momento em que o desespero vinha... Queria fugir para bem longe dali.

-Fique calmo, senhor.-falou tentando sorrir, para o homem desesperado.-Vamos salvar a sua vida.

-Dio... scusami...

-Não se altere...-falou com a voz embargada.-Seu Dio está segurando a sua mão nesse momento.

Jonan olhava encantado para Virgínia. Era sempre bom trabalhar ao lado daquela mulher...era como se a presença cálida de Deus estivesse ali naquele momento guiando a sua mão a fazer o certo.

-Continue assim, tenente.-falou ele sorrindo para Weasley.

Ela acenou com a cabeça, os seus olhos entregava o estado que se encontrava. Ela estava entre o dever e a angustia. A compreendia com perfeição...

-Che me importa del mondo-gritava o senhor segurando cada vez mais as mãos de Gina.-Dio mio...

-Segure na mão de seu Dio.-sussurrava ela tirando a corrente do pescoço.-Seu Dio está do seu lado...segure a virgem em suas mãos.

Ele perdia muito sangue, que banhava a sua veste branca. Cada vez mais sentia o pânico tomar conta do seu coração. A certeza de que aquele senhor não iria resistir por muito tempo.

-Per Dio...-ele sussurrou no momento em que desmaiou.

Apavorada Virgínia perguntou:

-E ele... ele morreu?

-Não ainda, Tenente.-falou Jonan limpando a testa com um pedaço de pano.-Mas não dou muita esperança...

Com os olhos fixos no rosto enrugado, Virgínia sentiu uma forte vertigem...O mundo começou a tremer sobre os seus pés.

-Meu Deus...por favor...

Jonan prevendo a queda dela mandou uma enfermeira tirá-la da sala de cirurgia. Naquele momento a presença milagrosa de Virginia iria apenas desesperá-lo. Santo Cristo...o que ele havia virado!

(oooo.oooo)

Virginia se sentia impotente, fraca, incapacitada. Deixara que todos percebessem a sua fraqueza... Agora ninguém mais iria respeitá-la.

Segurando a corrente com a foto da virgem Maria, Gina pós chorar. Não por ela ou por seus problemas, e sim por aquele pobre homem. Um civil que nada tinha haver com aquela maldita guerra.

"Che me importa del mondo?"

O mundo não se importava com ele, porque ele iria se importar com o mundo. Era uma lógica que pode ser levada em consideração. Pois o que levava o homem a aquele ponto, se era capaz de minar a própria terra sem se importar com o próximo, e tudo isso para ganhar território? Para ter mais poder e dinheiro?

"Per Dio"

Sim, só por Deus que toda aquela situação iria se modificar. Colocando a corrente de volta ao seu pescoço, Virgínia sentiu um frio subir sua coluna. Estava sendo observada...

-Virgínia Waesley-chamou a voz rouca.

(oooo.oooo)

Draco não conseguia escutar nada mais a não ser o soluço desesperado da garota fascinante. A sua vontade era de abraçá-la, mas a única coisa que fez foi contemplar o formato do corpo através do uniforme branco.

Seria ela?

O cabelo ruivo preso num coque não negava que ela era uma Weasley.

Um frio desconhecido subiu a sua coluna espalhando uma sensação estranha pelo o corpo todo. Mais um enigma para ser desvendado, após descobrir outra faceta de sua personalidade.

Passando a mão no rosto, ficou aliviado por ter feito a sua higiene antes de vim procurá-la. Sem dúvida ela teria uma boa impressão de sua pessoa.

-Virgínia Weasley?

Ela virou na direção de sua voz... Era um anjo que estava em sua frente. Toda de branco ostentava o sangue de seu uniforme como um fardo.

-Sim, o que deseja, senhor?

Naquele momento foi desprovido do dom da voz. Ficou apenas a vislumbrar a beleza encantadora da enfermeira... Naquele momento ela era o anjo da luz banhado com sangue cruel da guerra. Naquele instante ele correu até ela e abraçou-a.

Havia encontrado um anjo...

Continua...

Pessoal desculpa pela demora, mas eu quis pensar sobre esse capítulo. Queria algo intenso, forte e cheio de significado...e acho que consegui isso em Gina. Uma mulher que pode despertar a amor e paz no meio de tanta tragédia.

Bem, eu não vou revela a identidade do homem misterioso... Eu sou má, muito má. Por isso mesmo vocês terão que descobri por si próprios a personalidade dele.

Agradecimentos: Ana Malfoy Riddle, Camille Castle (obaa castle), Nana Malfoy, miaka, Anaisa, Cassie Mcfallen, Lua, Warina-Kinomoto, Paula e a Paulinha Malfoy.

Obrigada a todas! Só Deus sabe o quanto fico felizzz por recebe as reviews. Não é mentiraé mais pura verdade.

Se esse capítulo for digno de algum comentário, por favor, não se abstenha e deixem o seu recadinho.

Beijos!

Até mais!

Tchau!