Every Breath You Take

Capítulo 7

A Rosa Inglesa

By: Anna Lennox

Beta: Fab Lang

Quem que a jovem enfermeira pensava que iria enganar vestindo aqueles trajes da idade da pedra? Pensou Malfoy, sorrindo irônico, colocando o quepe na cabeça no momento em que a Ginny fechava a porta de acesso do alojamento que dava para ruinha sem saída, que ficava atrás da campana da Cruz Vermelha.

-Você?

Reprimindo o riso, Draco olhou para as pernas cobertas de Virginia.

-E quem mais seria! O Papai Noel?-perguntou com uma pintada de humor.

-Não, o Rei Arthur.-rebateu, ácida, sem um pingo de paciência.

-Eu prefiro o Lancelot.

-Lancelot...-arqueando a sobrancelha, Ginny gargalhou.-Realmente... realmente...

-O que tem de mais eu querer ser o Lancelot?-indagou curioso, fazendo daquela questão a mais importante da sua vida. A jovem ruiva gozava da sua cara, ferindo seu ego infantil, no qual ainda era o Lancelot que lutava contra Dragões e domava o coração da jovem Guinevere (?).

-Com esse nariz fino, pele branca e cabelos loiros... Sinto muito mas nunca seria o Lancelot, Major.-comentou parando a frente do Major.-Você está mais para Humphrey Bogart.

-Essa foi boa... Eu prefiro o Lancelot.

Olhando para a ele, Ginny se permitiu sorrir com certa simpatia.

-Coitado.

Correndo até ela, Draco praguejou, segurando o pulso da ruiva.

-Olha a língua, Major!-sussurrou ela, suspendendo a respiração.-Não pense que tenho medo da sua divisa.-concluiu com o coração aos pulos.

-Não seria louco a ponto de arriscar meu nome por você, madame.

Atraídos por um imã, os rostos se aproximaram, as respirações ficaram presas e o tempo parou. Virginia não lutou contra a sua vontade, por talvez "querer" mais do que ele, que aquele momento acontecesse. Fechando os olhos, enlaçou o loiro pelo pescoço.

Draco permanecia com os olhos abertos, com medo de que aquilo fosse apenas um sonho e nada mais. O mesmo devaneio que o fizera acordar suado e excitado, à meia-hora atrás.

Seu corpo gritava, sentindo a pele formigar. Ela mantinha os braços em sua nuca e os olhos fechados à espera de uma atitude. Porém não tinha reação...estava bêbado...havia se embriagado com o cheiro dela.

Por que ele não a beijava? Estava se oferecendo...fazendo um papel ridículo, que não condizia com a sua personalidade recatada. Como se picada por uma cobra, Ginny empurrou o Major, que cambaleou, reclamando.

-Idiota.-sussurrou ela, começando a andar rápido na direção do Jipe.

-Hei... o que aconteceu?-perguntou seguindo os passos dela.

Com os punhos cerrados, Ginny continuou a andar, ou melhor, correr com as pontas dos pés.

-Virgínia...olhe para mim.-pediu ele em um sussurro, sentindo a escória do mundo.

Forçando a porta do jipe, ela foi impedida por Draco, que a segurou pelos braços forçando-a a olhá-lo.

-O que eu fiz para você?-perguntou com certa angústia. Parecia que cada passo que dava com relação a caçula Weasley regredia mais e mais. Estava desistindo de lutar contra a pimenta ruiva.

-O que você fez!-perguntou sarcástica, se negando mostrar o quanto estava magoada. -Nada...realmente nada, caro Lancelot.

Ela estava magoada. Na certa interpretara sua supresa como rejeição. Recatada como era, não é de seu feitio cometer atos impensados.

Droga...o que mais queria era beijá-la. Mostrar sua pujança de homem, porém duvidava que tivesse outra chance.

-Abra logo essa porta, Major. – pediu, retirando a mão dele de seu braço.-Estamos atrasados. E já que teve a brilhante idéia de ser rebaixar fazendo papel de um Cabo, eu desejo...não, ou melhor, peço que me leve em segurança até o meu destino. Caso contrário, irá se arrepender amargamente por ter ser metido em meu caminho.

Ameaças, ameaças, por que ela sempre agia assim? Não era mais fácil conversar? Claro, óbvio que era. Mas a pimenta Weasley parecia ser revestida do mais impenetrável mineral. Pensando bem, ela parecia um basalto.

Draco destravou a porta, permitindo a entrada da moça.

-Que desperdício.-murmurou, olhando para as pernas cobertas de Ginny, que quando não era a saia, que nem mais sua bisavó usava, era a meia-calça rústica de lã. Faltava apenas o óculo revestido com uma armação de ferro para ficar parecida com uma bibliotecária severa e chata.

-Respeito, senhor...

-Draco, por favor.

-Não vou dar ao desfrute de dirigir alguma sentença tão intima ao senhor.

-Desfrute? Essa é boa Virgínia riu-se dirigindo ao seu posto. -Bem que queria desfrutar de suas pernas que sinceramente devem ser lindas.-concluiu sentando no assento do motorista.

Ginny corou ao perceber o olhar de cobiça que Malfoy dirigia as suas pernas. Colocando as duas mãos sobre a saia, lançou um olhar mortal, por pouco não assassino, à tentação loira, que dava partida no jipe, com um sorriso malicioso nos lábios.

Não fora uma idéia ajuizada vestir roupas arcaicas. Talvez pelo o fato de estar vestida chamasse mais a atenção do que se tivesse com o uniforme seco da Cruz Vermelha.

Burra... Virginia como você é burra.

-Sinceramente, Major, não tenho mais adjetivos para xingá-lo.-falou seca, odiando-o por colocá-la em situação tão constrangedora.

-Sinceramente, senhorita Virginia, não tenho palavras para expressar o quanto praguejou com o seu irmão por ter me deixado uma tarefa tão espinhosa.

-Não cite o nome do irmão...

-Mas eu não citei. Apenas fiz uma menção.-gargalhou acendendo um cigarro.

Virgínia acompanhava os movimentos de Draco, odiando o cheiro do cigarro dele. Odiando cada ação, cada instante que sugava e dispersava a fumaça no ar.

Embora não fosse comprovado, havia lido uma tese sobre os malefícios do tabaco. E tinha que admitir que ficara impressionada. Ela que fumava ocasionalmente deixara de consumir ou até mesmo permanecer ao lado de um fumante. Mas era impossível fugir dadas as circunstâncias que se encontrava... O Tabaco causava o relaxamento dos músculos e uma paz ilusória. Era tão ou mais droga do que a Morfina. Era uma pena que poucas pessoas tivessem acesso a essa formação. O que não era o caso do Major...ele com certeza sabia dos danos do fumo.

-Incomodada com algo a não ser minha presença, senhorita?-perguntou ele em tom galanteador jogando a fumaça em seu nariz.

-Nada me incomoda mais do que a sua presença, Major.

-Não é isso que percebi há alguns minutos atrás.

-Há minutos atrás eu estava carente...ainda estou...porém não a ponto de ficar desesperada e agarrar qualquer um- admitiu envergonhada, vendo o olhar do Major saltarem de curiosidade.

-Hei!hei! hei!-entreviu, fazendo uma cara satírica.-Quem me agarrou foi VOCÊ!

-Isso é por que você quer?

-Olha, menina, eu não sou de "pegar" nenhuma mulher a força.-fez o sinal do aspar com os dedos se esquecendo da direção.-E pode ter certeza de que você não seria a primeira.

Ficou pálida, não pelo o insulto, mas sim por vê a maneira displicente que Malfoy dirigia. Colocando em risco sua vida...

-Primeiramente, caro senhor Major, não há maneira mais estúpida de ser morrer em uma guerra do que ser vitima de um acidente de trânsito com um jipe da RAF. Gosto de viver e tenho pessoas que dependem de mim! Não quero morrer nessa estrada onde ninguém passa ao lado de meu desafeto.-gritou ela apontando o volante.-Segundo, eu odeio cigarro! Por favor, jogue-o fora!

Sem dúvida a ruiva daria um excelente oficial se caso fosse homem. O que mais sabia fazer era dar ordens e distorcer suas palavras. Dons esses que eram admirados em um superior.

-Não tenha dúvida Weasley, você tem sorte de ter nascido mulher.

OooO

-Sinceramente, quem foi o dono dessa brilhante idéia!-resmungou Thomas Kinyross, capitão da quinta força aérea.-Sou capaz de matá-lo...Ah se sou...

Sean gargalhou entornando mais um copo de Gim. Ali no bar do "Brontë" não era contra lei falar mal dos seus superiores...e não tinha assunto preferido ali. Embora gostasse de Draco, sabia que o amigo havia exagerado na convocação daquela "palestra", que sem dúvida estava fadada a fracassar. Além do mais havia jeitos menos radicais de se conquistar uma dama. Mesmo ela sendo espinhosa como uma roseira ou venenosa como uma serpente.

-Bem, companheiro Kiny é mais fácil você padecer no inferno do que matar o nosso valente Major.

-Mal-Foy está envolvido nessa idiotice?-indagou o sargento Toy sem entender.

-Sim...

-Meu Deus, essas férias forçadas não estão fazendo bem para cabeça do Major.

-Eu acho que não são as férias, mas sim uma dama.-sussurrou Sean pensativo.

-A enfermeira?-perguntou Thomas malicioso.

-Sim. Aliás, estou doido para conhecê-la.

-Devo avisar meus homens para serem delicados no trato à beldade.-comentou Thomas sorrindo.

-É o melhor que faz, caro Kiny - falou Sean batendo nas costas do colega.-Malfoy costuma se impiedoso com quem se envolver com a mulher dele.-Continuou pensativo.- Mesmo que essa dama de fato nem seja dele.

OoooO

-Chegamos, princesa.-falou Malfoy desligando o carro.

Dirigindo um meio sorriso forçado, Ginny olhou para os lados e percebeu que era esperada por dezenas de pilotos. Acuada, por não se sentir nada bem no papel de bicho de zoológico, permaneceu parada.

-Nervosa?-perguntou Draco.

-Aterrorizada...-confessou.-Não sei se te xingo ou te mato nesse momento.

O acampamento era simples e precário. Havia tendas espalhadas por todos os cantos, algumas de pequeno porte e outras enormes que podiam muito bem abrigar dezenas e mais dezenas de pessoas. A pequena capela fora desapropriada e agora servia como ponto de reuniões.

-Venha eu vou levá-la ao auditório.-pegou pela a mão, mas foi reprimido com um puxão.

-Não sou cega.-falou ríspida- Mostre-me que te seguirei.

OoooO

Sean olhava admirado para a estranha Ginny...Não havia beleza, mas sim inteligência. Algo que prezava numa mulher. Era uma pena que já tivesse dono.

Malfoy!

Esse não cansava nunca. Estava feliz, orgulhoso, maravilhado com o sucesso da palestra. Embora a jovem tenha começado tímida, ao poucos foi se abrindo como uma flor e no final tirou risos e mais risos de todos.

-Não é uma beldade como tinha imaginado...-falou Kiny constrangido.-Mas é dotada de uma inteligência que nunca esperava encontrar em uma mulher.

-Olha só para a cara do Major.-falou Toy.- Parece um doente mental.

Doente não...apaixonado com certeza, pensou Sean feliz pelo amigo.

-Sempre soube que no dia que Malfoy se apaixonasse, iria ser para valer.

OoooO

Foram as horas mais penosas e longas de sua vida. Não estava sendo dramática, ao contrário, ainda estava trêmula. Tivera que contornar sua timidez e vencer o nervosismo e as piadinhas que mesmo em momentos isolados, houvera. O que era de esperar...

-Você foi perfeita, Ginny!-exclamou Draco se pondo na frente.-Soube conduzir a situação com calma, sendo séria e competente sem demonstrar o quanto acuada estava.

-Acuada! Eu?-perguntou levando as mãos as cinturas.-Nunca Malfoy!

-Será? Não foi isso que presenciei.

-Realmente além de burro, é cego...

-Cego eu nunca fui, senhorita Weasley.- sussurrou com malícia, despindo-a com a mente.-Aliais mesmo que me faltasse o dom da visão teria uma imaginação que não deixaria nada a dever a esse meu sentido primário.

-Isso foi muito engraçado, Major.-falou desdém, escondendo seu acanhamento. Colocando o casaco, encarou o jovem loiro.-Da próxima vez, o que acho pouco provável, me poupe de suas piadas sem graças.-concluiu dando as costas, começando a caminhar de maneira lenta e tranqüila.

Indo atrás de sua ave bicuda, Draco sorria como um palhaço de corda. Havia algo naquela montoeira de cabelos flamejante, que o encantava; que atiçava seus sentidos brincando com as suas fantasias. Fazendo de sua autoridade, uma alegoria sem vida, sem existência e sem sentido.

Queria Virgínia Weasley para si...

Senão perderia a cabeça.

-Hei! Onde pensa que vai, ruivinha?-perguntou colocando-se à frente dela, tampando a passagem.

-Ora, para o alojamento da Cruz vermelha! É claro, Major.-respondeu, levando as mãos à boca, em encenação barata de candura.

Controlou a vontade de desfazer o coque severo, e tocar cada fio de cobre. Em seguida tomaria os lábios suculentos para si e o sugaria, morderia, em fim, até a jovem, cujo nome devia ser inocência, gemer e implorar por mais e mais, deixando a frieza e hostilidade de lado.

-Pensei...pensei...-odiando a sua hesitação, Draco, descobriu que além de idiota, era gago.

-Pensou o quê, Major?

Burro, burro, devia ter ficado quieto. Não era a hora certa de jogar tudo a perder a convidando para um lanche. Ginny estava arredia, medrosa e com toda razão. Agira sem pensar. Não podia cometer o mesmo erro...seria fatal. Sabia!

-Não pode ir embora sozinha.

-E por que não, Major?-perguntou cruzando os braços.

-Não é hora de mulher ficar andando sozinha pela rua.-respondeu usando o primeiro argumento machista que encontrou.

-Sou responsável pelos meus atos.

-Eu não questiono isso, mas sim...

-Sinceramente não quero colocar novamente minha integridade física em perigo.-retrucou, lembrando do pânico que sentira, sem falar na vergonha que fora implorar por um beijo.

-Quer dizer que prefere enfrentar o risco de anda sozinha a ter que agüentar minha presença por mais meia-hora. Fracamente Weasley o que você tem na caixa craniana?

Ginny, sentiu os olhos penderem de cansaço, as pernas já não agüentariam uma caminhada. Tinha que ser sincera, era preferível aceitar a benevolência do estranho Major a ter que caminhar por duas horas. Teria poucas horas de descanso e depois daquela maratona de sentimentos não poderia ser dar a esse luxo.

-Então cabeça dura aceita ou não a carona?

Abaixando a cabeça, Virgínia não deu o braço a torcer. Imprimindo o tom forte e sem nenhum sentimento, disparou:

-Essa é a sua obrigação, não é Major!

OooOoooO

Afff... como a ruiva conseguia ser estressante e espinhosa. Sabia que o sinônimo de mulher era problema, mas nunca tinha se deparado com uma que preferia ver o diabo na cruz a ele. Geralmente eram elas que corriam em seu encalço.

Vivia uma situação ímpar e magnífica. O objeto de seu mais profundo desejo estava ali a seu lado, encoberta pela a noite e encolhida pelo o frio impiedoso, que caia como brumas, o vento bagunçava o coque já não tão severo. Os lábios estavam inchados de tanto ela mordiscar e os olhos estavam fechados.

-Estamos chegando.-esforçou-se a falar, devido o grau de desejo, que queimava sua pele mais do que a brisa cortante.

-Já não era tempo.-resmungou.

-Bravinha, você sem dúvida tem aço no lugar do coração.

-hahahahaha!

-Não é motivo para rir.

-Então é para chorar?

-Não! é para agradecer, afinal estou prestando um favor.

-Isso é por que quer. Essa não é a sua obrigação.

-Peste...

-Burro...

-Selvagem...

-Lorde de barro.

A batalha verbal continuou pelo o restante do percurso. Agiam como primos brigando por um mero brinquedo, que só não saiam às tapas e pontapés por medo.

Ginny queria quebrar aquele lindo pescoço...

E Draco queria arrancar aquela língua ferina...

Estacionando no mesmo lugar em que pará-la horas atrás, Draco desligou o jipe.

-Pronto, Weasley, está de volta a seu castelo, sã e salva.

-Você não presta, Major.-rosnou.

Nervosa, tentava abrir a porta do carro, sem sucesso. A porta estava

emperrada, como tudo em sua vida.

-É a segunda vez que tenta derrubar essa porta.

-Eu não tenho culpa se a manutenção da RAF não é tão eficiente.

-É a sua mão que é de ferro.-falou dando um soco leve na porta, que se abriu no ato. Deixando Virgínia frustrada e um Draco feliz, com ego maior do que sua inteligência.-Vai ficar aí parada, ou vai tomar uma atitude? Não é só a senhorita que está cansada aqui...

Bufando, saiu do carro,odiava receber ordens, ainda mais daquele paspalho, que acha ser gente, que acha ser inteligente, que se achar ser forte e que de tanto ser acha,r se tornava um ser estúpido e azucrinante. Odiava Malfoy!

-Adeus, Major.-pronunciou sentido o peito comprimir.

Adeus? Não! Aquele não era um Adeus e nem poderia ser. Gostava da aporrinhada Ginny e ainda tinha que cumprir a estafante promessa. Não que fosse tão estafante assim...afinal não era a questão só de livrar o caminho da ruiva de todo ou qualquer mau, mas sim de tê-la para si, nem que fosse por apenas um instante.

-Então é apenas Adeus e nada mais?-perguntou desconsolado, saindo do jipe, observando o jeito presunçoso que ela o encarava.

-E você queria o quê? Um até logo? Uma Boa noite e obrigado? Desculpe-me, senhor, mas eu não estou disposta a vê-lo...

-Mas eu quero vê-la...

-Nem sempre querer é poder.

Sem paciência para mais uma nova batalha verbal, Draco, a segurou pelos os braços, girando-a, imprensando o corpo frágil na lataria fria a e molhada do velho Jipe.

-O que você está fazendo, major?-rosnou lutando de todas as formas para escapar dos braços fortes. –Eu vou gritarrrr...

-Grite, mulher.-desafiou rindo, notando que a cabeça da jovem balançava de um lado para outro, desmanchando de vez o penteado certinho de outrora.-Não me importa, afinal ninguém irá socorrê-la e muito menos eu irei atacá-la.

Com certa desconfiança, Virgínia recuperou o bom-senso, notando o estado que estava na frente de seu pressuposto inimigo. A última vez que ele a agarrou não havia sido exatamente a sua melhor experiência...sim, fora frustrante.

-Então me solte...

Abaixando os olhos para os lábios suculentos, mordeu a língua, a fim de apaziguar seus sentimentos controversos. Porém não tinha força para lutar contra a corrente que o empurrava de encontro a aquele mar vermelho.

-Não vou soltá-la...não posso Ginny...

Ele estava sendo sincero...e terrivelmente perto demais de seu corpo...que estava trêmulo, ansioso, desejoso, irrequieto, nervoso e amedrontado. Não havia mais unívocos compatíveis, havia apenas a sua vontade de se "entregarr" a ele e formar apenas mais um. Deixar seu lado adolescente e agir como uma mulher. Entretanto não conseguia...não podia entregar seu coração a uma pessoa fadada a morrer...Um piloto que só não recebia o nome de Kamikaze, pelo o simples fato de não ser associado ao inimigo.

Draco era um bom piloto...bom demais para viver.

-Claro que pode!

-Eu quero beijá-la...

E assim fez, soltando os braços magros, Draco, segurou pela nuca, no momento em que abaixava a cabeça e dava um dos primeiro selinhos nos lábios fechados e rígidos da ruiva.

Estava tão ou mais dura que o uma rocha, os nervos tensos da nuca a impediam de aproveitar aquele contato. Estava...queria...mas não podia. Seria pedir demais a seu coração.

Draco, sentia o peito doer, a pulsação acelerada, os músculos estavam doloridos de desejo e ela ali como uma pedra gelo, mostrando que nada sentia por ele.

Droga...era um toque a mais...Fuja Malfoy e não volte mais. Essa era a mensagem. Será que era tão difícil de entender?

Em silencio se afastou, liberando a mulher de seus braços.

-Lamento...eu lamento muito...-sussurrou ela envergonhada.-Mas eu o avisei...eu tentei dizer...

-Shhh...-intercedeu sentido o gosto azedo da impotência. Uma emoção inédita, desconhecida...assustadora.-E...eu tenho que ir...

Quieta, Virgínia acompanhou, sem se mexer, cada movimento de Draco. Nada podia fazer...não gostava dele e nem queria lhe dar um chance. Era arriscado! A dor da perda era maior do que a certeza da morte.

O vento frio, a chuva pesada que começava a cair, que antes era tão esperada, já não era motivo para alegria. Não era mais jovem, não tinha a vida e nem o destino em mãos. Seus passos, seus atos, eram ditados pela guerra.

Definitivamente não era dona de seu coração, mas também não daria chance para o azar...Não iria se apaixonar novamente.

-Adeus...

Murmurou...

Draco, balançou a cabeça, e deu partida no carro. Sabia que não era uma despedida. Ginny era sua sina, e lutaria para vê-la livre das barreiras impostas por cessões cruéis. Essa seria a missão mais complicada de sua vida...disso ele não tinha mais dúvida.

Continua...

Não demoreiiiii! Eba!

Tá demorei um pouco, mas nem tanto dessa vez. Está quente demais, tenho que estudar para o vestibular e ainda escrever algumas outras fanfics. É difícil...mas NÃO IREI DESISTIRRR!

Hahahahaha

Bem, queria agradecer e pedi desculpas afinal não vou pode respondê-los como se deve... Tou com preguiça (ai bendita mania... Chega de três pontos).

Bebely Black, Miaka, Anaisa, Fioccos, Nana Malfoy e a Nick Evans.

Acho que não sou digna de pedir reviews. Sei que não mereço...que sou uma Herege, pecadora, mal-escritora...Em fim, mas eu peço a quem gosta dessa coisa que se manifeste. Faz bem ao meu coração. Eu ficooooo Tão felizzzz!

Beijocasss!

Anna L.