Nocturne
Capítulo 8
A Rosa Inglesa
By: Anna Lennox
15 Dezembro de 1943- Quatro meses depois...
Virgínia ria da cara cômica de Jane, a amiga loira planejava a festa de natal. Ela queria guirlandas...Guirlandas? Num natal obscuro por tantas mortes? Isso sim parecia piada de um humorista que havia se inspirado no humor negro de Dante. Mas Jane não parecia entender. Para ela natal não era o mesmo sem um bendito circulo verde.
-Un dieu!-falou Jane revoltada.
-Haahaha, uma inglesa falando francês...só em uma guerra isso poderia acontecer.-caçou Ginny, limpando as mãos no avental sujo.-Deve ser influência de um certo soldat.
-Ultimamente tem andado muito feliz, senhorita Virgínia.-rebateu a revoltada loira, com os olhos faiscando.-Quem é você para falar da minha vida sentimental, sendo que a sua é pior que a minha... Parece que odeia homens.
Virgínia ficou indignada, não só pelo o fato de que sua melhor amiga falava alto para quem quisesse saber que ela era uma solteirona, mas também por está querendo trabalhar. Não era fácil cozinhar para batalhão, quando na verdade aquele não era seu dever.
-Eu não odeio homens... só não quero eles perto de mim!-clamou em voz alta.-É tão difícil entender isso...
-Claro que é!-respondeu no ato.-Não é todo o mundo que tem um Major aviador a seus pés.
Malfoy...
Arghhhhhh...
Parecia que passatempo favorito dele era persegui-la. Nem mesmo o constante não que levava todo o santo dia o fazia desisti, ao contrário parecia instigá-lo ainda mais.
-Aquele é uma pedra no meu caminho...
-Todas as enfermeiras queriam ter uma "pedra" daquela. -zombou a outra.
-Se quiser eu não faço nenhuma questão. Além disso, seria um favor...
-Sei, sei...mas eu não acredito em você.
-Então pense o que quiser, Jane.-deu os ombros experimentando o tempero com a palma da mão, sem seguida colocou mais sal.
Jane não desistiria tão fácil. Todos teriam um belo natal, festivo, alegre e longe da realidade cotidiana. Não fazia isso só por si mesma, mas principalmente por Ginny. Ela merecia se acertar com Major da RAF. Ambos eram feitos um para outro. E além do mais já estava ficando chato àquela brincadeirinha de gato e rato. Era mais do que o evidente o amor. E em uma guerra o tempo era contado...ou vivia agora ou nunca mais. Não queria vê à amiga perdendo aquela chance de viver a afeição em sua plenitude única.
-Bem, seja o que for Ginny, eu quero a sua ajudar para o natal.-falou animada, voltando a cozinhar com um belo sorriso no lábios.
-Continuo achando impossível temos guirlandas...
-Não importar.-falou dando alguns pulinhos, gargalhando o olhar interrogativo da amiga.-A nossa missão é animar os rapazes.
-Sei...os rapazes...-resmungou descascando o tomate seco.
-Para de ser mal-humorada ruiva.-concluiu com maliciar no olhar.-Nesse novo mundo nunca se sabe o minuto seguinte...então aproveite a vida...
-Bela desculpa para a sua pouca vergonha, Loira.-rebateu com humor negro.-Só espero que nessa festa de natal não falte "Santa Claus Is Comin' to Tow"...
OooooOOOooooO
Draco limpava o suor em abundância que escorria pela tez, o uniforme pesado e feio não ajudava. O que o amimava era saber que mais uma vez sairá com vida e sem nenhum ferimento, pelo menos não externo, naquele dia negro havia presenciado quatros B-24 explodirem no ar devido o forte flak inimigo.
Estavam sobrevoando o adratico há semanas, era apenas um alvo fácil da fraca artilharia italiana. O que não conseguia entender, embora o aviso fora implícito para causar o maior estrago possível até a chegada dos anfíbios. Esse dia chegara, mas em vez da vitória, via apenas os companheiros morrem um após um, sem chegar até as ilhas de Egeu e muito menos até a tão sonhada tomada completa da Itália.
Anfíbios...hahahaha... estavam é sendo feitos de palhaço, fazendo-o a entrar numa carga de trabalho desumana para nada.
-Grande trabalho Mau-Foy!- congratulou Sean, olhando para o velho avião intacto, sem ao menos nenhum arranhão.
- O que foi agora, Sean?-perguntou ranzinza.
Erguendo as mãos, o moço riu.
-Credo que birra, Major.
-Você queria o quê? Que pulasse carnaval depois de cinco horas num céu minado!
-Não!-falou o jovem agora sério.-Mas esperava um pouco de senso de humor, afinal você estar vivo e tem que se manter vivo.
Quieto, o loiro caminhou até o vestiário que ficava perto do Hagar. Tomou um banho rápido e se vestiu com a mesma pressa. Queria sair dali o mais depressa o possível. Não desejava ser indagado sobre a sua proeza... sendo que nem mesmo ele sabia explicar.
-Me manter vivo...-isso sim parecia uma piada.-O que quis dizer com isso, Sean?-perguntou ao vê novamente o amigo.
-Simples... você tem alguém que o espera.-falou com o seu bom-humor típico.-E eu não quero consolar viúva...Seria uma tentação...e eu não resistiria a ela!-concluiu com um sorriso angelical, que de puro não tinha nada.
-Ora! Seu idiota!-gargalhou. -Eu não tenho esposa...
-Mas tem Virgínia.-falou.-E você sabe que é impossível não se apaixonar por ela.
Draco sabia disso. Tanto que estava indo vê-la...apenas ela conseguia acalmá-lo depois de uma missão estressante. Embora não fosse nada fácil lidar com austeridade do começo, mas que logo era substituída por um abraço e por cálido e casto beijo.
Era frustrante e ao mesmo tempo a única coisa de bom que ele tinha. E não queria perde por nada.
Sean estava certo...não queria morre. Queria viver para ter uma família ao lado da irresistível Ruiva.
OoaoaoaoaO
Aproveitando de seu raro momento de descanso, Virgínia estava sentada no banco feito de destroço de um muro. Tinha nas mãos uma barra de chocolate que havia ganhado após um turno inteiro na cozinha, fazendo ração para pessoas e não para ficara extremamente feliz com o "presente", era a oportunidade de mudar a dieta forçada que já fizera perder dez quilos em menos de um ano.
Estava chegando o natal... para ela não tinha grande importância. Geralmente se lembrava do frio e da missa que assistia na pequena capela de São Pedro. Não havia presentes, não havia musica e às vezes faltava até mesmo comida, mas no fundo eram felizes, estavam todos reunidos, seus irmãos não tinham perdido a vida inutilmente, seu pai não havia se deixado levar pelo o poder e a sua mãe chorava tanto por um passado que não voltaria nunca mais. Papai Noel era uma fábula, como tantas as outras feitas apenas para enganar crianças bobas. Virgínia Weasley não era uma! Era astuta, tinha as mãos calejadas, adorava ler tudo que Gui conseguia trazer para casa. Era realista... queria estudar e dar um futuro melhor a todos... mas em fim, pensou ela triste, a vida tinha mudado o seu curso, e ela estava ali feliz por causa de uma barra de chocolate amargo.
O dia estava frio, ela vestia dois casacos de lã e três pares de meia para se proteger dele, porém isso não lhe poupava as mãos, cujas unhas estavam negras e as palmas tinham mudado de cor, ganhando uma tonalidade vermelha. Há tempos deixara de ser enfermeira agora era mais um açougueiro que desossava humanos.
Todavia não queria fazer de sua escolha um drama. Não era necessário...a realidade falava por si só.
-Pensativa, Ruiva?
Surpresa, Virgínia olhou para o homem, cuja face tão conhecida. Sonhava com ela a noite e se agarrava em uma oração desmedida, que o único teor era de proteção. Por mais que tenteasse negar, por mais que o mandasse embora, sabia que era dele e ele a amava.
Como queria continuar fingindo... Mas cada vez que o via bem, vivo e sem nenhum arranhão ficava mais difícil não se entregar àquele sentimento.
-Não Malfoy! Estou contando carneirinhos.-arqueando a sobrancelha, escondeu a confusão de sua alma.
-Parece edificante...
-Você não sabe como!-falou segurando o riso.-Quando você está no seu lindo "aviãozinho" garanto que faz a mesma coisa!
Gargalhando, o loiro sentou ao lado dela. Em vez de olhar para ruiva fitou o céu nublado. Não ele não tinha tempo para pensar quanto voava. Aliás, ficava tão concentrado que não se perdoaria se caso um flak o atingisse.
-Não, Virgínia. Eu não tenho tempo para conta carneirinhos.
-Não!
Negando com cabeça, Draco franziu a testa, logo em seguida uniu as mãos, arqueando as costas.
Ginny notou a inquietação no semblante do companheiro. Algo tinha acontecido afinal ele não era assim. Não perdia a chance de ter uma boa batalha verbal com ela...e jamais abafaria uma oportunidade como aquela, ainda mais no qual estava colocando a o profissionalismo dele em xeque.
-Aconteceu alguma coisa, Major?
-Nada...-negou ele incerto.
-Não sabia que na RAF eles ensinavam seus oficiais serem tão mau ator como você, Malfoy.-alfinetou ela sem medir as palavras.
-Mau ator?
-Sim!-assentiu Virgínia olhando para os olhos cinzentos do rapaz.-Por exemplo... vo-cê não é tão bozzinnhoooo assim.
-Não sou?-provocava a pimenta sem medo de ser atacado. Aliás, seria um bom motivo para ele "atacá-la" frontalmente não tendo tempo algum para ela desfiar de sua artilharia pesada.
-Não, não é! EUUU! Uma mulher de bem! Dona de uma bondade incomensurável estou sendo a vilã dessa fatídica historia, no qual o senhor é "a mocinha" indefesa.
Desprendido, livre de qualquer marra, Draco não segurou, em quando ela se perfazia no seu lado a pegou pelo o braço a trazendo para perto de si. Por milésimo a respiração ficou suspensa no ar e logo num mais piscar de olhos ele já se apoderava dos lábios delicados.
Não foi um beijo casto...
Foi a mais pura paixão. Ela não fugiu, aceitou o seu carinho, levando os braços em torno de seu pescoço entreabrindo a lábios, facilitando o acesso de sua língua no céu da boca.
Satisfeito, Draco afastou Virgínia que ainda permanecia com os olhos fechados. Aproveitando do momento apertou-a em seus braços, distribuindo vários beijinhos pela face branca da ruiva. Sensação única, indescritível a visão do próprio homem...palavras chulas, discrição nenhuma feita por nenhum poeta ou escritor estupidamente romântico poderia se fazer presente naquela no momento.(NA: Essa foi pra mim, Gente!). Com pernas devidamente posta de ambos da pedra tosca, não deixava nada a desejar para um casal de namorado em um dos poucos parques intactos de Londres. Entretanto, não eram namorados e tinha a certeza de que ruiva ficaria irada com aquele pequeno "interlúdio" quando caísse em si.
Parecia estar escutando as trombetas do anjos retumbando "Carmina Burana O fortuna " de Mozart, o ritmo acelerado de seu coração, a veia saltada em sua tez, o suor excessivo... Tudo a fazia parecer uma tola virgem. Deus! Ele a beijara... e ela (para sua própria incredulidade) gostara.
-Meu pai...
-Não irei pedir desculpas, Virgínia...-sussurrou ele com as mãos na coxa dela, abaixando a cabeça a vim de beijar o pescoço e o colo.-Gostei...gostei muito de poder tocá-la, beijá-la, sentir seu cheiro...
-Shhh...-pediu ela fechando os olhos e erguendo o pescoço.-Eu...eu também não quero...-gemeu, incapaz de controlar o próprio corpo e as suas reações.
-Quero-te muito, mas não aqui. -falou ele caindo em si, vendo que estavam se agarrando em um local publico no qual ela poderia ser a mais prejudicada caso fossem pegos naquela situação. -Vamos para...
Afastando-se dele, Virgínia pós de pé. Segurando fortemente a barra de chocolate na mão direita, tentando em vão arruma saia já toda amassada.
-Ginny...-tentou fazer ela volta a se sentar.
-Não, Draco!-falou concisa, desvencilhando.-Não posso...
-Mas a pouco você estava certa de que queria.
-Como sempre o senhor é afobado.-sarcástica, quebrou a barra de chocolate levando um pedaço a boca.-Não é porque aceitei seu carinho que tenho que ir direto para sua cama! Isso chega a ser até um insulto a minha pessoa.
Droga, sussurrou ele irritado pela a própria burrice. Fora novamente precipitado... Mas o que poderia fazer contra a própria impaciência? Nada! Coisa alguma se comparava com que estava sentido e num mundo em que tudo era improbabilidade tinha presa por viver aquele instante.
Como poderia falar para ele que tinha medo de morre sem nunca ter vivido plenamente o amor que germinava a cada minuto.
Não, não tinha palavras. E mesmo que se expressasse, vindo de sua boca parecia piegas para o ouvido dela.
-Não...não foi minha intenção.-desculpo-se com a cabeça baixa.
-Eu sei...-falou cabisbaixa.
-Eu tenho medo, Virgínia.-após um longo minuto de silêncio falou, mas mesmo assim não ousava a encará-la.-Chego até mesmo a ter medo do meu próprio medo...é ridículo, não?
Guardando o restante da barra de chocolate no bolso do casaco, falou:
-Não, não é nada idiota.-falou solidária.-É normal, e por isso você está vivo, Draco.-apontando para o hospital de campana continuou.-Olhe! A metros de você existem dezenas de pessoas que tiveram suas vidas arrasadas. Foram tirado lhes tudo, casas, bens, carro, emprego, a família...eles também perderam membros do corpo. Alguns nem ao menos estavam lutando nessa guerra, viviam em um mundo melhor que ficou deturpado como uma melodia qualquer tirada de um alaúde desafinado. Eles tiveram medo, e se deixaram se levar pelo o medo e estão em leitos feios, vivendo o pesadelo que no qual sempre temeram. Não deixe que essa obsessão acabe com você.
-Ginny, para essas pessoas nada mais importar.-falou colocando a cabeça entre as mãos.-Muitas delas não sabem qual é a verdadeira face do terror.
-Ledo engano...
-Não, não é um engano. É conclusão de quem nessa manhã viu quatro B-24 caírem como bolas de fogo, sem dar chance alguma de vida a nenhum dos tripulantes. -falou revoltado. -É o ponto de vista de um piloto cujo avião não foi atingido por nenhum Flak de pequenas proporções...e que tem medo de que ao ser atingido seja fatal.
-Esse era o destino dessas pessoas.-falou ela tentando esconder o choque.-Draco, tenho a certeza de que essa não é a sua sina...
Ela estava novamente a seu lado. Não mais como inimiga cheia de ressentimento, mas sim como uma querida amiga. Oferecendo o pedaço do chocolate.
Virgínia sorriu ao vê que ele aceitara.
-Chocolate...-falou levando o pedaço restante ao bolso.-Não é uma autentico suíço, mas é de boa qualidade.
Draco mordeu o chocolate, não era boa a sensação de que era impotente e que nada aconteceria com ele. Isso o fazia parecer tão ou mais vulnerável que qualquer outro colega. Ele apenas não queria padecer, não queria batalhar e quando estava no céu se sentia o homem mais importante do mundo, mesmo sabendo que dezenas de pessoas no mesmo momento estavam morrendo. Execrava-se por isso... Odiava saber que sua hora iria chegar e que talvez jamais tivesse o direto de viver uma vida tranqüila. E acima de abominava os "donos da guerra" que os manipulavam como se fossem meras marionetes.
-E o que está fazendo há essa hora aqui, Virgínia?-perguntou ele acedendo o cigarro.-Geralmente esta ocupada e nem mesmo tem tempo para respirar.-argumentou ele ao perceber o ar interrogativo da pimenta.
Mexendo no botão do suéter não respondeu a indagação do rapaz.
-Responda, Ginntingy.-instigou curioso, usando o apelido de infância da moça.
Arqueando a sobrancelha percebeu que estava ficando vermelha de vergonha e não de raiva. Há anos que ninguém, nem mesmo a mãe, a chamava pelo apelido. Também não era por menos já não era uma menina indefesa e muito menos queria ser lembrada pelo o um codinome tão sem graça.
-O que você quer ganhar com isso, Major?
-Chamando-a pela a delicada "alcunha"?-rebateu no ato achando graça do acanhamento da enfermeira.
-Óbvio senhor!
-Simplesmente acho bonitinho esse nome!-falou fazendo bico.-Combina com você, Ruiva.-concluiu jogando o cigarro no chão.
Cruzando os braços ela se levantou indignada.
-Eu não acho "lidinho"... Aliais odeio que me chamem assim.
Caminhando até ela, o loiro a pegou pelo braço e aproximou os lábios da delicada orelha dando leve mordiscada, sussurrou:
-Eu já acho sexy...Muito, muito, muito sensual.
Fervendo de paixão e raiva, Virgínia precisou daquelas palavras para que o fogo incontrolável acendesse em seu intimo se alastrando por todos os poros de seu corpo. Olhando para os lábios dele compreendeu que não podia mais fugir de Draco. Mesmo sabendo que ele era tão impróprio para si e tendo a certeza de que poderia perdê-lo a qualquer momento.
Não queria amá-lo, mas já não podia se controlar. Estava apaixonada e não podia fugir...não podia mais fingir que o detestava...
-Depravado...-murmurou ela se afastando.-Devia mandá-lo para cadeia por assédio moral.
-Assédio? Essa é boa, pimenta.
Confusa, percebeu o absurdo que falara.
-Meu bem, sei que gosta dos meus carinhos.
-Sinceramente, Major...-arfando ficou de costa para ele.
-Sinceramente o quê, honrosa dama?
-Não posso processá-lo, mas posso falar com o seu superior e o senhor, major, irá contrair uma pena.
-É?-arqueou novamente a sobrancelha descrente.
-Olha que posso ser pior que Cleópatra...
-Eu certamente não serei tão burro como Marco Antônio, querida.
-Mas seria otário como Julio César, amor!
-Será?
Contrariada, Virgínia voltou-se para o homem.
-O senhor sabe me tirar do sério.-levou as mãos a cintura.-Eu vou indo antes que perca a razão...
Com auto-ego elevado, Draco não impediu a ruiva de ir embora. Sabia que aquilo não era o um final e sim o começo de uma paixão abrassadora, da qual nem mesmo o arcanjo protetor da bela Virgínia poderia protegê-la.
oOOOOOOoooooOOOOOoooooOOOOOOOOOooo
-Já estava ficando preocupada, Virgínia.-falou a amiga entrando no quarto semi-escuro.-Posso sabe onde estava? A estrondosa capitã quase me matou...
Colocando a sapatilha, Ginny olhou para a amiga sem mostra um pingo de vontade de se explicar.
-Estou no meu horário, Jane.-avisou, aprendo o cabelo numa toca feita com um pedaço de trapo.-Não houve nenhum ataque aéreo hoje e certamente a emergência não estar lotada...
-Não, não é isso.-falou sem paciência.-A madre estrondosa não nutre nenhuma simpatia por você, Weasley!
-Eu sei disso...
-Então por que age dessa maneira?
Coçando a testa, Ginny saiu do quarto e dirigiu até à enfermaria. A seu lado estava Jane que não se cansava de reprimi-la pela a falta de tato ao lidar com a oficial, que querendo não teriam que dar satisfação. Tinha a certeza de que a raiz de toda a divergência era Jonan. Mary amava o médico, e esse por si só não gostava do jeito escabroso da superior agi, preferia dar a sua atenção a delicada enfermeira ruiva, que para a mulher experiente que julgava ser era um insulto. E ela a inocente naquele jogo era a que mais sofria...por um lado agüentava o cerco romântico e do outro aturava os desmandos de uma doida, que era mais conhecida como "madre".
-Ela está a ponto de transferi-la, Virgínia.-sussurrou a amiga.
-Eu sei disso também.-silabou tomando a pulsação do jovem, cuja a mão estava presa numa tipóia fétida.- Eu sei cuidar de mim! Não precisa se preocupara, Janepi!-criticou.- Em vez de chamar minha atenção devia trocar a atadura desse garoto.
Deixando Jane bufando de insatisfação, Virgínia marchou até a ala onde o "senhor misterioso" se recuperava a olhos visto. Para sua felicidade mor!
OooooOOOOooooooO
Sean ria das piadas de Toy sobre DV e Sulfas que os soldados desprevenidos haviam contraído de prostitutas francesas.
-Isso porque disseram que as meninas de madame Die eram "limpas".-complementou o rapaz sério.-Não sei o motivo para sua gargalhada, Sean! Isso é uma questão séria...
-Sei disso, Toy, só não posso conter o riso.
-É porque não você que tem que passar por cessões de Sulfa.-queixou o outro mal-humorado.
-Ora, isso é que dá colocar suas partes intimas em qualquer buraco, amigo.-falou o outro malicioso e sem qualquer destreza.
O rapaz ficou vermelho, Sean gargalhou mais ainda. Pegando o copo de cerveja alemã caminhou até Draco que olhava pensativo para um bloco de notas alheio ao barulho da doca.
-Eieiei...lendo livro! Isso sim é um milagre.
O olhar irritado não amedrontou Sean que sentou ao lado do Major.
-Você é um incomodo!-falou Draco fechando o livro.
-Eu sei quem é operadora desse milagre.-falou relevando a frase anterior do oficial.-Ela é ruiva, dona de uma voz linda e com belos olhos...
-Não precisar descrever as qualidades de Virgínia, Sean.
Abatendo nas costa do loiro, o jovem virou o liquido azedo, que desceu pela a garganta no ato, fazendo-o fechar os olhos.
-Sorte a sua de ter encontrado...um anjo, amigo...sorte a sua...
Draco sabia disso... Por isso não morreria. Tinha uma vida inteira ainda e queria brigar muito com a sua pimenta.
Continua...
Oláa!
Bem, não demorou muito desta vez! Só um mísero mês! Além do mais cumpri o que tinha prometido! Aconteceu o beijo!
É não foi o beijo! Foi o beijão!
Sinceramente não sei se capítulo ficou bem, mas espero ter agradado quem ler a fic.
Aliás, obrigada a Miaka, Bebely, Jully, Anaisa, Mary Wood e a Cam-oba. Não vai dar para responder de maneira decente novamente, desta vez não é preguiça...e sim o tempo.
Ah, não se esqueçam de mim...ainda mais agora que fic tá acabando. Por favor!
E desculpe pelos os erros de concordância!É que desta vez não deu tempo para minha betinha revisar e eu estou morrendo de sono (então a revisão que fiz não ficou aquela coisa...).
Beijocas!
Anna C.
