Capítulo 1- Afinal ela sempre existiu
De momentos parecia ter ficado ali durante horas sem fim, perdido em pensamentos, até que o piar de Hedwig o acordou daquela espécie de transe. Eram onze da noite e Harry começou a arrumar tudo á pressa em seu malão. A poucos minutos Dumbledore bateria naquela porta. Lá em baixou então ouviu o breve suar da campainha velha. Ouvia também o tio Vernon a resmungar. Num salto ele desceu as escadas e foi então que viu um velho de óculos de meia-lua na entrada. Este entrou de repente pela casa adentro e olhou Harry com um sorriso entre os lábios, este retribuiu aquele leve sorriso.
-Ora muito boa noite. Então Harry estás pronto? – Perguntou ele vendo Harry afirmando com a cabeça. – Óptimo, vais buscar as tuas coisas e vamos directos para a Toca onde já estão os teus amigos a tua espera. Pelo caminho preciso falar contigo sobre umas coisas.
Harry subiu as escadas numa correria imparável e pegou as suas coisas, caldeirão, malão, vassoura que Sirius haveria-lhe dado no 3º ano e a Hedwig. Harry desceu atulhado de coisas nas mãos e pousou as coisas em frente a Dumbledore. Este esticou a varinha e mandou as coisas directas para a Toca.
-Bem agora nos vamos! Srs. Dursley's como sabem pró anos, Harry atingirá a maioridade e com isso o encantamento de protecção deixará de fazer efeito, mas espero que recebam o Harry mais um anos na sua casa. – Os Dursley's torceram o nariz e Dumbledore ignorou, mas ambos concordaram em aceita-lo.
Na rua vazia de Prive Drive, iam os dois falando de tudo o que acontecera nos últimos tempos.
-Desculpa Harry falar nisto, mas como te sentes? – Perguntou ele vendo Harry baixar a cabeça. Nem mesmo ele sabia o que sentia. Era uma mistura de raiva, revolta e ao mesmo tempo infelicidade.
-Mal! Parece que tudo deixou de fazer sentido. Eu sei que devia de um certo modo estar feliz pois consegui limpar o meu e o seu nome, mas por outro lado sinto-me mal ao pensar no que aconteceu com o…- Harry fez uma pausa e o silencio instalou-se entre eles.
-Eu percebo! Deves estar de rastos, afinal vocês os dois estavam a começar a conhecer-se.
-Pois…mas eu aprendi neste tempo que passei na casa dos Dursley's que não me posso ir abaixo. Sirius não quereria que eu me fechasse. Sabe-se lá se eu posso ser o próximo! Mas acredite que em antes disso levarei comigo quantos devoradores poder…e arrastarei Voldemort comigo – Disse ele cravando seus olhos verdes nos olhos azuis de Dumbledore
-Digno de um Potter, vê-se bem a quem sais. Harry á mais uma coisa que precisas saber! O teu padrinho deixou-te um testamento deixando-te uma quantidade de ouro e alguns bens pessoais. Também herdarás a Grimmauld Place numero 12 …
-Podem ficar com ela, eu não fico com aquela maldita casa! Continuem a usa-la como quartel-general. – Dumbledore riu-se. Ambos viravam agora uma esquina.
-Muito amável da tua parte Harry, muito amável mesmo. – Dumbledore parou num beco sem ninguém á vista – Harry agarra-ta a minha mão e vamos aparatar na Toca.
Harry agarrou no braço de Dumbledore e notou que a outra mão estava meia murcha e negra. Harry sentiu uma pequena falta de ar e os seus óculos colarem-se mais no seu rosto. Numa fracção de segundos já se encontravam na Toca
-Harry cuida bem de ti! E se fosse a ti contava o teu segredo aos teus amigos, eles serão um elo importante para te ajudar. – Harry concordou com a cabeça – É verdade também terás aulas particulares comigo. Depois quando as aulas começarem eu explico-te melhor, agora vai, já se faz tarde e a Molly já deve estar a tua espera.
Harry dirigiu-se a porta da Toca e despediu-se de Dumbledore vendo-o Aparatar dali. Quando bateu a porta uma voz reconhecível veio-lhe abrir a porta. Quando Mrs Weasley o viu, tratou logo de o abraçar e de lhe dar as boas vindas. Este entrou e Mrs Weasley preparou-lhe algo para ele comer.
-Mrs Weasley o pessoal todo já chegou? – Perguntou ele comendo um bocado de pão com fiambre
-Já tá tudo aqui e aposto que se não estão a dormir, estão na conversa. – De repente Ginny desceu das escadas que davam para a cozinha. Esta estava com uma camisa de dormir de seda justa ao corpo, que lhe dava pelos joelhos. Harry engasgou-se com o copo de leite que bebia
-Boa Noite Harry! – Disse ela com o tom mais natural do mundo. A uns tempos atrás se o visse ou calava-se ou fugia a sete pés. O que aconteceu com aquela menina que costumava-se esconder por detrás das saias da mãe mal o via? Tornara-se numa adolescente bonita e sensual – Está tudo bem contigo? Pareces-me estranho.
-Estou… estou bem…e tu como…como estás? – Perguntou ele quase a gaguejar. Mrs Weasley soltou um pequeno riso disfarçado, esta nunca escondera que tivera sempre um certo interesse em vê-los juntos
-Estou óptima. É bom ver que estás de volta! – Respondeu ela rindo-se pegando num copo e virando um bocado de leite para dentro dele. "Que bonito sorriso" pensou ele
-Bem eu estou a ver que o Arthur não deve vir cedo. Meninos cama, para eu acabar de arrumar a cozinha e também ir descansar. – Harry e Ginny pousaram os copos e subiram as escadas juntos.
-A mãe não te disse, mas vais ficar no quarto que era do Fred e do George. Eles foram viver para um sítio perto da loja. Boa Noite Harry – Disse ela dando-lhe um beijo em seu rosto e virando costas, rodou suavemente o seu cabelo ruivo. Harry viu-a deslocar-se até ao quarto e de lá ela acenou-o. Este retribuiu o aceno gentilmente. Parecia estar meio desorientado com aquilo tudo.
Quando entrou no quarto viu que parecia intocável desde que os gémeos saíram de lá. Harry depois de vestir o pijama, sentou-se então na cama que era de Fred e olhou para o tecto. Porque estava ele com cara de Bobo? Desde que vira Ginny a pouco que as coisas ficaram diferentes. Porque aquela garotinha tinha mexido tanto com ele? Seis anos á sua frente e só notara que ela existia e que era uma rapariga realmente bonita e elegante. Deitou-se então debaixo dos lençóis e acabou por adormecer. De manha quando acordou sentiu do quarto o cheirinho a comida que vinha da cozinha. Aproveitou que ainda era um pouco cedo e foi tomar banho para descer para o pequeno-almoço. Quando se vestiu viu alguém a entrar de rompante pelo quarto adentro…era Ron e Hermione.
-Harry ainda bem que chegaste! – Disse Hermione abraçando Harry. Este riu-se para ela – Estou a ver que estás bem.
-Estou sim, apenas um bocado cansado. Estes últimos dias não foram fáceis para mim – Respondeu ele subindo os ombros.
-Pois. A gente lamenta tudo o que se passou Harry. Mas vamos tentar esqueceu um bocado isso, aliás tu vieste para aqui para tentares te divertires um bocado. – Disse Ron apertando a mão de Harry.
-Falar em divertir, eu tenho uma coisa muito importante para vos contar. Lembram-se da profecia? – Ambos que estavam sentados na cama afirmaram com a cabeça. – Bem aquela profecia que se quebrou não era o único registo dela. Eu ouvi-a, quer dizer Dumbledore contou-ma, e pelo que ele me disse parece que me vai caber a mim acabar com Voldemort. Quer dizer a profecia dizia que nenhum de nós não pode viver enquanto o outro viver. – Harry que estava a olhar para fora pela janela, virara-se agora para ver a expressão no rosto dos amigos. Ron não o parava de mirar e Hermione estava pálida
-Ó meu Merlin, ó Harry, isso é horrível! Tu deves estar com medo não? – Perguntou Hermione levantando-se e indo em direcção a Harry
-No princípio receei, mas agora já estou habituado! Aconteceu-me tanta coisa durante estes últimos anos que mais um fardo não me vai fazer diferença. Acreditem a sério, eu estou bem. E não se preocupem eu hei-de resolver isto. – Disse ele confiante. Ron ia a falar, mas nesse preciso momento Ginny entrou no quarto
-Meninos a mãe está a chamar-vos para tomarem o pequeno-almoço. – Comunicou ela – A maldita da Gosma não se cala, está farta de me chatear a mim e a mãe, fazendo-se passar por boa doméstica.
-O que é que ela quer desta vez? – Perguntou Ron indo em direcção a porta. Harry não percebera nada
-Quer fazer tudo e mais alguma coisa, até enerva.
-De quem é que estão a falar? – Questionou Harry vendo todos a olhar para ele
-Pois, a gente esqueceu de te contar. O nosso irmão Bill vai casar-se para o ano e com a pior pessoa do mundo…Fleur Delacour. Mas prontos e a minha triste sina. Agora vamos lá para baixo. – Harry riu-se dela e os mesmos pensamentos de ontem surgiram-lhe outra vez.
La em baixo encontrava-se apenas a Mrs Weasley e a Fleur. Esta fez uma festa quando o viu. Ginny olhou-a de lado. Todos se sentaram e tomaram o pequeno-almoço. De repente três corujas entraram pela janela. Todos viram Hermione a ficar tensa…"oh não são os resultados dos NPF's." Os três pegaram nas suas cartas e abriram-nas ao mesmo tempo. Ginny pode ver o variável tipo de expressão que cada um deles expressava. Harry leu e releu a sua carta
-Não são más as minhas notas! Consegui, posso realizar o meu sonho de me tornar Auror. – Comunicou Harry rindo para Ginny. Esta retribuiu-lhe o sorriso. Harry olhou em volta e virou-se para seus amigos.
-Eu também tive boas notas – Disse Ron vendo Mrs Weasley dirigindo-se a ele, dando lhe um abraço apertado. – E tu Hermione?
-Bem não foram más, tive dez brilhantes e um excede as expectativas.
O tempo parecia passar depressa enquanto Harry se mantinha feliz naquela casa tão acolhedora. Ia-se divertindo ao longo que o tempo passava. Ele considerava que a Toca era a sua verdadeira casa apesar de tudo. Por isso resolveu aproveitar cada momento ali. Jogava Quidditch com Ron, Ginny e Hermione, conversava com Lupin sobre o que se passava na comunidade magica. Este apenas lhe dizia que ocorriam desaparecimentos e mortes estranhas. Pela primeira vez teve um aniversário. Era estranho comemorar o seu aniversário, pois o único aniversario que assistia era o do seu primo. Em antes de acabar as ferias Harry aproveitou e deu uma volta com Ginny por volta de um pequeno lago que havia ao pé da Toca.
-Então Harry! Estás feliz? Quer dizer ao menos estás com melhor aspecto. – Disse Ginny sentando-se a beira do lado, tirando os seus pequenos sapatos e molhando os seus pés.
-Estou! Nunca me senti tão bem na minha vida. Este lugar é mágico e eu sinto-me bem aqui. Claro que eu considero vocês como minha única família. – Respondeu Harry observando Ginny. Ela também o olhava com aqueles olhos azuis. "O que se passa contigo Harry? Como é que uma garota pode mexer tanto contigo? Como é que só agora é que deste fé que ela existia?" Estes pensamentos atormentavam e invadiam a cabeça de Harry
-Engraçado estar agora a conversar contigo numa boa. Se fosse a algum tempo atrás eu estaria a fugir de ti. – Comentou ela rindo-se e olhando novamente para o lago onde via o seu reflexo
-Eu já dei fé disso. Uma coisa que eu sempre te quis pergunta…Porquê que fazias isso?
-Porque era uma criança na altura e porque…-ouve uma pequena pausa seguido de um suspiro– Eu gostava de ti, e sentia-me uma idiota! Tinha medo de me chegar a ti e de saberes a verdade. Tinha medo que te afastasses de mim.
-Mas isso nunca iria acontecer, eu nunca me afastaria de ti – Respondeu ele vendo ela corar. Era estranho estar a ter aquela conversa com uma garota que parecia estar só a conhecê-la agora.
-Como te disse eu era uma criança. E depois começaste a gostar da Cho e eu senti-me muito mal. Mas isso é tudo do passado, estou pronta a começar uma nova vida…
-E ainda gostas de mim? – Perguntou ele sem pensar. Tinha-se arrependido daquilo, mas não iria voltar a trás. Ela por sua vez olhou-o e virou-lhe a cara. Ouve um silêncio entre ambos que parecia inquebrável
-Harry não se esquece uma pessoa de um momento para o outro. Embora eu já tenha namorado, eu nunca consegui gostar de alguém como gostava de ti. Sim ainda gosto. – Disse ela levantando-se do lago. Ambos ficaram frente a frente. Harry sentia a sua respiração descompassar-se "O que é que se está a passar?" Nunca tinha estado tão perto dela como estava agora, a única vez que se chegara tão perto tinha sido quando a tinha ido salvar na câmara dos segredos. Ele aproveitou aquele momento e começou a reparar cada traço do rosto da jovem. Era linda demais. Aquele cabelo ruivo fogo condizia com aquele azul mar de seus olhos. De repente começou a chover. Ambos começaram a ficar molhados e mesmo assim ficaram ali imóveis, apenas a olhar um para o outro, como quem espera alguma coisa.
-Ah…bem…e se fossemos ah…para dentro, ainda ficamos doentes. – Harry tirou o casaco dele e cobriu Ginny que estava com uma sai as pregas azul e com uma camisa branca. Harry pegou na mão da garota e correram até a toca onde se encontrava pousada na mesa uma carta de Hogwarts. Harry abriu-a e para sua grande surpresa encontrou outra carta que anunciar que ele seria o capitão da equipa dos Gryffindor.
-Ginny, olha…eu vou seu o novo capitão dos Gryffindor. – Disse ele eufórico – Eu não acredito
-Parabéns Harry, fico feliz por ti. – Felicitou Ginny. Por um impulso caminhou para ir ter com ele para lhe abraçar só que se arrependeu. – Tu merecias, depois de tudo o que fizeste pela equipa.
-Obrigado!
– Agradeceu Harry aproximando-se dela e abraçando-a. Foi
então que reparou que a casa estava vazia. - Bem onde está
todo o mundo desta casa?
-Não sei, mas devem ter ido
comprar as coisas para Hogwarts e como não nos encontraram
foram sem nós. – Supôs ela – Bem eu vou lá em
cima me trocar e se fosse a ti fazia o mesmo, ainda te acabas por
constipar.
Ambos subiram para o segundo andar e cada um foi tomar um banho quente. Depois de um bom banho Harry vestira uma roupa limpa. Este ainda continuava perdido em seus pensamentos
-Que droga, amanha já volto para Hogwarts. – Pela primeira vez Harry detestou a ideia de voltar para Hogwarts. Senti-a se tão bem na Toca que outro lugar era-lhe estranho. – Passei estes meses maravilhosos aqui, não me apetece ter de voltar-me a lembrar de tudo o que tenho que passar.
Este ouviu um estrondo lá em baixo e resolveu descer para ver o que era. No meio do caminho a descer as escadas vagarosamente estava Ginny que também se apercebera do barulho. Harry puxou o braço dela, assustando-a. Este para ela não soltar um grito tapou-lhe a boca e meter o dedo na boca dele para ela não fazer barulho. Ambos aprontaram a varinha e Harry foi á frente. De repente deram um salto e encontram Ron a pousar os livros.
-Ei, ei, ei…querem me matar é? – Perguntou Ron dando um salto para trás, indo contra a mesa.
-Isso pergunto eu! Entras assim de levezinho e fazes aquele estrondo todo, claro que mos assustastes – Respondeu Ginny guardando a varinha.
-Desculpem e que eu vim no pó de floor. Harry tenho um monte de novidades para te contar. A gente ainda vos procurou só que não vos achamos.
-Não faz mal. Agora conta que novidades são essas de tão importante. – Pediu Harry sentando-se no sofá
-Bem o Ollivander desapareceu e eu vi o Draco Malfoy a ir para a rua Bativolta, sozinho, longe dos olhares do resto do mundo. A Hermione ainda o tentou seguir só que foi barrada por aquela mulher nojenta.
-Se o Ollivander desapareceu, isso não é nada bom sinal, aposto que Voldemort esteja a aprontar alguma. Agora quanto ao Malfoy, isso já e normal. Ele agora vai tentar seguir as pegadas do pai, visto que ele foi preso. Aposto que não tardará nada e virará um devorador da morte, só para se vingar. – Disse Harry levantando-se e dando uma volta a mesa
-Vingar-se, mas como? – Perguntou Ginny meia confusa
-Não sei. Ele deve estar a preparar alguma coisa de muito ruim. Temos de nos por espertos para ver o que vem ai… – Ginny estremeceu com o som e o olhar sinistro que Harry disse aquilo
No dia seguinte ambos foram apanhar o comboio em King's Cross, acompanhados dos Aurores, Tonks, Lupin e o casal Weasley. Ambos só saíram da beira deles quando os viram a entrar no comboio. Ron e Hermione como era os prefeitos foram para o compartimento deles e Harry e Ginny procuraram um vazio.
-Este aqui está óptimo. – Disse Harry abrindo a porta. Ginny entrou e sentou-se a beira da janela. Harry sentou-se em frente a ela – Estás bem? Pareces-me abatida.
-Estou só pensativa mais nada. Harry achas mesmo que o Malfoy possa ser um devorador da morte só para se vingar de todos aqueles que se tenham metido no caminho da família dele? Quer dizer Voldemort aceitaria isso? – Perguntou ela meia confusa
-Acho que sim, eu já espero tudo de Voldemort. E eu sei o que te preocupa. Tens medo que o Malfoy faça algum mal a tua família. – Ela abaixou a cabeça. – Não te preocupes que o principal alvo de vingança de Malfoy serei eu, visto que o pai dele foi para Azkaban por ter sido apanhado no ministério.
-Tenho medo por ti Harry. Tenho medo que te aconteça alguma coisa. Quer dizer estes anos todos tenho estado com coração nas mãos por tua causa – Disse Ginny meia sem jeito. Harry soltou um riso
-Não te preocupes. Eu vou manter o Malfoy debaixo de olho e vou descobrir o que ele anda a tramar – Ele agarrou a mão dela. Naquele momento Draco entrou no compartimento sozinho.
-Ora, ora, ora que casalinho bonito. Até dá vómitos olhar, uma Weasley com um Potter, ambos vindo do mesmo lixo.
-CALA A BOCA MALFOY. – Berrou Harry vendo Draco rir. Ginny olhou para eles, meia baralhada.
-Cuidado como falas Potter, não te esqueças que eu sou o perfeito e posso-te dar uma punição por isso. Acho que a tua namoradinha Weasley ia ficar triste. Agora não penses que me esqueci do que fizeste com o meu pai. Vai pagar caro por isso, podes apostar. – Ameaçou Draco pegando na varinha. Ginny levantou-se e meteu-se a frente de Harry
-Malfoy se lhe fazes alguma coisa, quem vai pagar caro és tu. Agora se não te importas baza daqui e deixa-nos em paz de uma vez por todas.
-Quem te deu autorização para falares comigo desse modo Weasley. – Eles os dois olharam-se, Malfoy estremeceu com aquele inocente olhar e resolveu sair, – Muito bem eu vou-me embora, mas eu não me esquecerei de vocês os dois. – Quando ele saiu rodando sua capa, Ginny deixou-se cair no acento a beira de Harry. Parecia nervosa com o que acabara de fazer.
-Que te deu? Eu nunca te vi assim
-Estou farta das humilhações do Malfoy. Quem é que ele pensa que é para tratar todo o mundo assim. Harry assustou-me da maneira que ele falou aquilo.
-Não tenhas medo, ele vai acabar por morder o próprio veneno. E eu estou aqui para te proteger – Disse ele abraçando Ginny. Esta sentiu um conforto enorme nos braços dele, acabando então por adormecer. Harry apenas apreciava-a, mexendo nos seus cabelos.
Quando chegaram a Hogwarts lá estava Hagrid pronto para receber os novos alunos. A decoração do salão continuava perfeita como sempre. Harry e o resto sentaram-se perto da mesa dos professores. Ginny aproveitou e contou ao pessoal o que se passara á pouco com o Malfoy. Ginny aproveitou e olhou para a mesa dos Slytherin. Lá estava ele, Draco Malfoy a rir-se agradavelmente ao lado da nojentinha da Pansy. Ambos cruzaram o olhar e ficaram assim por segundos.
-É mesmo um otários esse Malfoy. A gente deve é ignorar esses casos de estupidez. – Disse Ron comendo uma coxa de frango.
-Pois é, mas a tua irmã foi muito corajosa. Nunca a vi assim, tão brava. Não foi Ginny! Ginny…
-Ah, o que foi. – Parecia ter acordado do transe. Harry repetiu novamente a frase. – Pois, eu já disse ao Harry, estou falta das humilhações daquele Malfoy
-Aquela gente abusa e tu tens que te impor Draco! Draco, estás a olhar para onde? – Perguntou Pansy que olhara para Draco que estava a olhar para algures na mesa dos Gryffindor. Este apenas continuou a ignora-la – Draco estás me a ouvir…
-Que é miúda chata? Estava distraído.
-Eu estava a dizer que tens que te impor com esta gentinha, afinal tu és…
-Eu sei o que sou e ninguém precisa saber ok. Espero que te mantenhas de bico calado antes que te tenha de calar com outros métodos não muito agradáveis,
-Draco tu deves-me respeito! Não te esqueças que o teu pai em antes de ir preso, marcou o nosso casamento, juntamente com o meu pai, para quando sai-se mos de Hogwarts. – Lembrou-se ela orgulhosa
-Não te preocupes que isso não é difícil de esquecer …
-Ainda bem. Agora dá-me um beijo. – Draco torceu o nariz. Não sentia nada por aquela rapariga a não ser desprezo. Ela podia vir de uma boa Família e ser um sangue puro, mas não gostava dela. Se não fosse o pai a decidir o que era justo e o errado, a esta hora tinha-a mandado dar uma volta. Só que quis cumprir com a promessa que havia feito a seu pai.
Na mesa dos Gryffindor estava tudo muito animado, os alunos novos já tinham sido seleccionados e Harry conversava com os seus amigos, Luna e Neville. Foi quando viu Dumbledore se levantar. Se certeza que ia dar as boa vindas como sempre. Dumbledore ia comunicando as eventuais regras, e depois passou então para um assunto que já interessava a Harry
-… e como estava a dizer o nosso corpo docente sofreu uma pequena alteração. Severus Snape assumirá o cargo de defesa contra as artes Negras. – Dumbledore fez uma breve pausa. No fundo ouvia os murmurinhos. Harry ficou chocado com a decisão de Dumbledore. "Porquê que ele fez isso? Aquele maldito conseguiu o que sempre queria" – E o cargo de porções será assumido pelo professor Horace Slughorn. Agora mudando de assunto. Como é do conhecimento de todos, Voldemort voltou e o seu poder tem vindo a aumentar. Peço que não quebrem nenhuma regra de segurança para vosso bem. Também devo informar que a segurança magica deste castelo foi reforçada. Peço-vos que se alguma coisa vos for suspeita ou estranha, dentro e fora da escola, não hesitem em contar a algum professor. Confio em vocês para me ajudarem nisto que vos acabei de dizer. Agora dirijam-se para as vossas camas, pois precisam de repousar e de descansar da longa viagem. Amanha começará as aulas e eu quero-vos bem preparados.
Dito aquilo o pessoal dirigiu-se todos para os dormitórios. Hermione e Ron levaram os miúdos do 1º ano para a sala comum. Enquanto Ginny e Harry dirigiram-se atrás conversando.
-Bem tou a ver que não ficaste com boa cara depois que o director disse que o Snape ia ser o novo professor de Defesa contra as artes negras. – Comentou Ginny já entrando na sala comum
-E não era para ficar. Aquele maldito sempre quis aquela área, não sei o que se passou na cabeça de Dumbledore para o escolher.
-Não te preocupes Dumbledore é justo. Ele sabe o que faz. Agora vou-me deitar, amanhã já começam as aulas e eu tou cansada. – Ela deu-lhe novamente um beijo na bochecha o que deixou Harry meio corado – Ah é verdade, obrigado por não me acordares no comboio.
-De nada sempre as ordem. – Respondeu ele vendo de novo o lindo sorriso de Ginny. Sentia-se bem ao vê-la sorrir, dava-lhe paz, como se tudo fosse sempre correr bem daqui adiante.
Harry olhou a janela mais próxima e viu e seu reflexo nela. Seria mesmo que iria correr tudo bem? Ou o futuro lhe reservava alguma surpresa à qual teria de estar muito bem preparado? A cabeça de Harry estava confusa como nos últimos meses e este tentava procurar as respostas para aquilo, só que recebia o silêncio como resposta
