Capitulo 4 –

Nesse mesmo dia, salão não se falava de outra coisa a não ser no novo namoro em Hogwarts. Quem mais falava era as amigas de Cho que viram no estado que ela ficou quando os viu. Num cochicho, Draco ouviu de relance algumas palavras dessas raparigas sobre Harry e Ginny

-Pansy tu que andas informada, sabes se o Potter namora para a Weasley?

-Sim, eu viu-os a passar por mim. Que cena ridícula. Aqueles dois devem-se achar um máximo. O Potter tem a mania que é herói e aquela Weasley não tem estilo nenhum, além de ser feia é metida e uma…

-CALA-TE… - Berrou Draco pondo todos a olhar para ele.

-Não me digas que estás a defender a cínica da Weasley! Pensei que odiavas os Weasleys todos.

-E odeio, mas não tem nada a ver. Tou farto de te ver a falar mal dos outros, nem que seja da Weasley. Agora eu vou dar uma volta SOZINHO para espairecer.

Draco dirigiu-se lá para fora. Porquê que não suportou ouvir Pansy a falar mal de Ginny? Porquê ficou tocado quando soube que Ginny namorava? E logo com o Potter? Draco sentia-se perdido com tanta pergunta que girava na sua cabeça, tantos Porquês que precisavam de resposta e não achava nada. Estava sempre á espera de a encontrar para pegar com ela. Adorava-a ver irritada e a discutir com ele. Habituou-se a uma tal maneira á presença dela que lhe custava saber que ela já não estava mais sozinha

Na manha seguinte Harry acordou bem disposto e dirigiu-se a janela e viu que o dia estava um pouco húmido e frio. Aproveitou para se vestir e depois acordar Ron que dormia que nem uma pedra. Lá em baixo, no salão estava Ginny, Neville e Luna que conversavam animadamente. Hermione lia o jornal. Naquele momento Ron chegou ainda cheio de sono.

-Então noticias más? Morreu alguém? – Perguntou Ron a Hermione que estava a ler o Profeta Diário

-Morreu o pai do Ernie Mcmillan. Foi por isso que a McGonagall o chamou logo cedo. – Lembrou-se ela coçando a sua cabeça. – Tem aqui uma notícia do Draco, a dizer que se tornou oficial o compromisso dele com Pansy. Diz que este compromisso liga mais uma família de sangues puros feita por Lucius Malfoy em antes de ser preso e Gilbert Parkinson.

-Bem feito, tão mesmo bem um para o outro. – Criticou Ginny olhando para a mesa dos Slytherin.

-Olhem eu preciso falar com o Hagrid, eu já venho. Ginny não esperes por mim. – Pediu Harry caminhando para fora do castelo. De repente Harry viu uma bela mulher de cabelos longos e negros, olhos azuis-escuros, pele branca e um corpo esbelto e usava umas vestes escuras com uma capa preta. Esta cravou os olhos em Harry e sorriu-lhe de felicidade. Ele não entendeu nada e resolveu aproximar-se dela

-Olá tu deves ser Harry Potter! – Disse ela passando a mão pelo cabelo dele. – Só pode, és tão parecido com o teu pai e tens os olhos da tua mãe…

-Quem é a senhora e de onde é que conhece os meus pais? – Perguntou Harry vendo ela abrir um sorriso naquela cara pálida.

-Chamo-me Ryane Black e trabalho como Auror no ministério e sou um membro do Ordem, mas andei a trabalhar longe. – Ela parou de falar e continuou a olha-lo. – Claro que o conhecia, eu andei na turma dele, da tua mãe, da Mary, do Peter, do Remus e do… - Ela suspirou e seu sorriso fechou-se – do Sirius

-Então também conheceu o Sirius! – Disse Harry tentando puxar conversa. Harry notou que ela tinha Black no nome. Talvez fosse parente de Sirius.

- Nos fomos casados. Ele nunca deve ter falado de mim porque na verdade eu fui uma verdadeira decepção para ele por não ter acreditado na inocência dele naquela época. Depois eu sai deste país pelos meus motivos e porque este pais trazia-me más recordações. Então resolvi ir em busca do meu passado, tentando então esquecer tudo, até que voltei quando soube que ele fugiu para tentar falar com ele.

-E chegou a encontrar-se com ele? Como disse, ele nunca me falou de si enquanto tava… vivo.

-Encontramo-nos em Hogsmeade, mas ele foi frio comigo e disse-me barbaridades, não deixando explicar o que se passou na verdade comigo, nem os meus motivos. Só me culpava por não acreditar nele. Agora tou aqui a tentar me redimir do que fiz e acabar com aquela Bellatrix Lestrange e do Peter Pettigrew. – Ela fez uma pausa – Harry há tanta coisa que precisas saber sobre…

-Mrs Black, Dumbledore aguarda-a em seu gabinete. Queira me seguir por favor. – Informou Hagrid.

-Hagrid deixa-te desses formalidades, a gente já se conhece ao tempo. Bem Harry espero te ver em breve e contar-te tudo o que precisas saber. – Disse Ryane com um aceno. Harry olhou para o relógio e saiu a correr para a aula de Transfiguração.

-Muito bem senhor Potter, sente-se e hoje esta perdoado porque e a 1ª vez que se atrasa este ano. Bom alguém me sabe dizer para que serve o nifexis? – Perguntou McGonagall vendo Hermione com a mão no ar.

-O nifexis é um elemento básico para descobriu um objecto que foi transfigurado, seja ele qual for.

-Muito bem miss Granger, 10 pontos para os Gryffindor. Bom como estava a dizer o nifexis servem…- Harry não prestou atenção ao resto da aula. Só conseguia pensar naquela mulher estranha. Parecia que em volta dela tudo era misterioso. A seguir daquela aula era Defesa contra as artes Negras.

-…e como já devem ter ouvido falar, os feitiços não verbais são usados contra adversários que não têm qualquer aviso sobre que tipo de magia vamos executar. Alguma duvida até agora? – Perguntou ele em tom sarcástico. – Muito bem, agora façam pares e tentem usar feitiços não verbais uns com os outros. - O resto da aula tinha sido a praticar feitiços não verbais até ao abençoado toque.

-Malfoy eu depois quero falar contigo. Vai logo ao meu gabinete. – Ouviu Harry, passando pela beira de Snape e Draco.

Na hora do almoço Harry encontro Ginny contou que tinha apanhado um castigo na aula de Snape por ter inchado um Slytherin. Harry comeu rápido e foi directo ter com Hagrid á cabana para lhe questionar sobre aquela mulher.

-Olá Harry tudo bem? Entra! – Pediu Hagrid gentilmente. – Já á muito tempo que não me vinhas fazer uma visita, pensei que embora não tivesses as minhas aulas que já não querias saber de mim…

-Oh Hagrid que disparate, eu tenho tado ocupado a estudar e com os treinos. Desculpa mesmo.

-Não faz mal, eu percebo-te. Mas o que te trouxe por cá? De certo que não vieste só para me ver.

-Hagrid quem era aquela mulher que levaste hoje ao Dumbledore? – Perguntou ele vendo Hagrid ficar meio atrapalhado, derrubando uma chávena de sumo de abóbora. -Porque ela disse-me que era mulher de Sirius… - Hagrid olhou-o de relance e sentou-se

-Harry á pouco acabaste de conhecer a tua madrinha. – Harry ficou sem reacção. – Ela era a melhor amiga da Lily e de Mary e gostava muito de Sirius. Quando saíram de Hogwarts os 2 casaram e viveram juntos. Ela chegou a acreditar que Sirius tinha traído os teus pais e desapareceu. Está certo que ela culpa-se até agora de nunca ter acreditado em Sirius, tal como Remus, mas ela teve os seus motivos…

-Ela fugiu, mostrou-se cobarde! Ela era minha madrinha e nunca se designou a saber como eu estava? Que raio de madrinha é essa? E que motivos eram esses?

-Os motivos só Dumbledore e ela sabem. E quanto a ela não ficar contigo talvez ela não te quisesse prejudicar. Eu sei que estás furioso, mas espera até ao dia em que ela te resolver explicar tudo. Agora sabias que ela é descendente de Rowena Ravenclaw? – Tentou Hagrid mudar de assunto, pois Harry estava com uma cara brava.

-Não sei porque Sirius nunca me falou nada dela. Talvez a quisesse esquecer e como ela andou desaparecida durante este tempo todo pouca diferença me ia fazer…

-…era, o mais engraçado é que ela calhou em Gryffindor. O chapéu lá sabe o que faz. A geração da família dela tem tido sempre como herança um medalhão com o símbolo de uma águia, só que esse medalhão desapareceu no tempo em que a avó dela foi assassinada misteriosamente. A partir daí o medalhão nunca mais foi encontrado. – Interrompeu Hagrid ignorando o raciocínio de Harry.

-Foi por isso que ela me disse que também tinha mudado de país em busca do passado dela e da família.

-Sim, ela anda atrás de quem possa ter roubado o medalhão e para quê o queria. Eu acho que segundo a conversa que ela ia ter hoje com Dumbledore que tinha descoberto alguma coisa. Bem Harry a gente vai ter de ficar por aqui porque tenho uma aula agora.

-Para a próxima venho com mais calma e trago o Ron e a Hermione que tão cheios de saudades. Xau Hagrid. – Harry saiu da cabana de Hagrid

Ginny chegou ao gabinete de Snape e bateu á porta, mas ninguém abriu. Então ela abriu a porta e entrou. O gabinete era um bocado apertado e cheio de livros de magia negra. Ginny estremeceu quando leu o título de um. Naquele momento Draco entrou e ambos se encararam.

-Ó pronto só me faltava encontrar um Weasley para o dia me corre as mil maravilhas. – Ironizou ele torcendo o nariz e sentando-se numa cadeira em frente a secretaria de Snape

-Será que te podes retirar ou nem por isso?

-Não me das ordens Weasley para isso dá ao teu namoradinho. E para tua informação o professor Snape chamou-me até aqui.

-Eu não quero saber o motivo que te trás cá. E tenho a ligeira sensação de não te ter perguntado nada. – Respondeu Ginny friamente, ignorando a presença daquele rapaz bonito, mas pretensioso. Este levantou-se e ficou frente a Ginny.

-Estás muito insolente para meu gosto…

-É assim Malfoy eu não tou para inchar a tua cara como fiz ao teu amiguinho, portanto se queres ficar inteiro ate o professor Snape chegar, cala-te. Miúdo ridículo.

-E muito agressiva também. Pensas que lá por vires do lixo já podes falar e ameaçar uma pessoa assim…

-Posso vir do lixo, mas a minha família é honesta e NUNCA se meteu no lado negro e foi parar em Azkaban como o nojo do teu pai – Ginny sabia que tinha ido longe demais. Draco tirou a varinha, mas naquele momento o professor Snape entrou e Draco escondeu-a

-Algum problema aqui? – Os dois abanaram a cabeça. – Muito bem. Draco, eu peço-te que me esperes lá fora enquanto eu dou uma tarefa para ela cumprir.

-Sim senhor professor. – Draco saiu e Ginny acompanhou-o com o olhar. Este ainda lhe disse baixinho. – Tu ainda me pagas.

-Bem miss Weasley tenho ali um livro que quero que copie o 1º capítulo que contem 100 páginas. – Ginny torceu a cara. – Por favor dê-me a sua varinha.

Ginny deu-lhe a varinha e Snape foi buscar um livro. Esta viu Snape a sair pela porta e ainda tentou aproximar-se da porta para ouvir, só que teve medo de ser apanhada e sentou-se novamente.

Harry encontrava-se na sala comum meio pensativo, ao lado de Ron e Hermione que estavam a discutir como sempre. Harry começava a ficar farto daquilo.

-Vocês são capazes de parar de discutir. É que não sei se deram fé, mas já estão a discutir desde que entrei.

-Desculpa Harry, mas tu viste que foi a Hermione que começou com aquela discussão ridícula…

-Ai agora sou eu que pago? Ron tu e que disseste que…

-Vêem, já vão começar outra vez. Conversem, não discutam…

-O que tu tens? Estás estranho Harry o que se passou?

-Nada…e verdade tenho uma coisa para vos contar. Eu quando tava a sair da sala, ouvi o Snape a dizer ao Draco que queria falar com ele.

-E o que tem isso demais? – Perguntou Hermione meia intrigada. – È normal que um professor queira falar com um aluno. Tu muitas vezes vais falar com Dumbledore.

-Mas isso é diferente, eu e o Dumbledore falamos por vezes de Voldemort e coisas relacionadas com isso, como o derrotar, da profecia, agora o Draco e o Snape é diferente.

-Tu ainda sismas que Draco é um devorador da morte? – Harry afirmou com a cabeça. – Esquece isso, Aquele-que-nós-sabemos não iria por o Draco como um devorador. – Disse Ron vendo a cara de Harry.

-E porque não? Ele precisa de um informante que diga o que se passa aqui em Hogwarts. Não sei porquê, mas á algo que me diz que temos de ter muito cuidado com ele.

-Harry pára com isso, parece que estas obcecado com esse assunto. Se te sentes feliz com isto, a gente este ano estará com Draco debaixo de olho. Falando em profecia, Harry agora que namoras para a minha irmã podias muito bem contar-lhe aquilo da profecia, ela tem todo o direito de saber isso. – Sugeriu Ron

-Sim eu sei, eu falo com ela quando ela chegar. – E continuaram a fazer os deveres de Poções. Naquele momento entrou Ginny meia abatida, dando um beijo a Harry. Ron fez sinal para ele lhe contar. – Ginny temos que falar! Vamos até lá fora.

-Muito bem – Ginny pousando as coisas e caminhou ao lado de Harry calada. Quando chegaram perto do lago ele começou então por explicar tudo desde o início, da profecia do ano passado até ás aulas com Dumbledore. Ginny levantou-se de repente e olhou-o assustada. – Quer dizer que…

-Que só eu posso matar Voldemort, ou melhor, só um de nó pode sobreviver. Por isso é que ando nestas aulas com Dumbledore, para ver se acho o ponto fraco de Voldemort. – Ginny abraçou Harry

-Harry eu tenho medo. Promete-me por Merlin que vais ter muito cuidado, eu não suportaria se te acontece alguma coisa. – Disse ela começando a chorar. Harry apenas limpou-lhe as lágrimas

-Não te preocupes, eu tomarei cuidado por ti. Eu vou ter de ir lá dentro ao castelo. Vens ou ficas?

-Eu fico, preciso de pensar. – Harry deu-lhe então um beijo e ela viu-o a desaparecer.

Ginny sentou-se debaixo daquela árvore e pôs-se a reflectir em tudo que acabara de acontecer. Tava com medo era por causa da maldita profecia, ainda para mais agora que tudo estava a correr bem. Naquele momento de paz alguém lhe apareceu a frente.

- Que fazes aqui, os teus amiguinhos abandonaram-te, foi? Acabaste a tarefa do Snape? – "Pois só podia ser aquele grosso do Malfoy" pensou Ginny levantando-se

-Ai Malfoy, o dia está tão lindo e eu não estou para te aturar outra vez. Vai te entreter com o teu brinquedinho de serviço, aposto que a Parkinson está por ai a tua procura. – Respondeu ela levantando-se

-Eu já á muito que te ando para te dar uma puniçãozinha. Andas a piar muito alto para o meu gosto.

-Não sei para que te dás ao trabalho de falares para mim, eu sou uma Weasley. Pensei que a tua raça não permitia nem sequer chegar perto de um, mas tou a ver que andas a tentar mudar as regra, não? – Draco ficou sem palavras. Ele sabia que era verdade, mas algo naquela rapariga fazia o tomar essas atitudes

-Tu és uma excepção…

-Malfoy eu tou nesta escola á precisamente 5 anos. Porquê que só agora é que resolveste atormentar-me?

-Ora porquê! Porque me apetece e porque basta seres um Weasley. – Era mentira, desde aquele dia no comboio, Draco percebeu o quanto ela era bonita e interessante. Talvez por ela se ter tornado numa rapariga interessante era o motivo ao qual ele começara a implicar com ela. O pior é que ela namorava o Harry.

-Bem se não queres mais nada e se já te divertiste por hoje eu vou-me embora. Espero não te ver tão cedo. -

Ginny saiu da beira dele calmamente. Malfoy não tirava os olhos de Ginny que se encaminhava para o castelo."Garota metida, tenho de lhe dar um correctivo, ela não pode responder assim a um Malfoy e depois sair de leve." Os seus pensamentos foram interrompidos por uma vozinha irritante.

-Malfoy, andei louca a tua procura. A minha mãe mandou-me uma carta a dizer que quer convidar a tua família para ir lá a casa passar o Natal… - Pansy ia falando e Malfoy fazendo que escutava. "Isto têm volta Ginny Weasley, ai se tem. Não perdes pela demora"

Harry aproveitou o sossego e contar o que se passou de manha com Ryane Black aos seus amigos e o que Hagrid lhe tinha dito a cerca dela.

-Então quer dizer que tens uma madrinha e não sabias, que estava casada com o Sirius e que para complicar mais o assunto ela é descendente de Rowena Ravenclaw – Concluiu Ron meio confuso

-Sim foi o Hagrid que me contou. Ele disse que ela também desapareceu para ir a procura de um medalhão que foi-lhe roubado da família.

-É estranho. O que pensas fazer quanto a isto tudo? – Perguntou Ginny que estava encostada a Harry

-Não sei, é tudo muito confuso para mim. Eu acho que Sirius apesar de tudo tinha que me ter contado sobre Ryane. Mas vou esperar que ela venha ter comigo e contar-me tudo o que preciso saber.

Passaram algumas semanas, até que chegou sábado, onde o céu estava meio cinzento e lá fora estava mais frio que o costume. Ambos já estavam prontos para ir a Hogsmeade. O caminho para lá foi desagradável devido ao frio que estava. Quando lá chegaram foram logo para os três vassouras.

-Ron, vamos deixa-los um bocado sozinhos. E a primeira saída deles, era bom eles aproveitarem. Vamos aos Doces dos Duques. – Segredou Hermione a Ron

-O que vocês tão para ai aos segredinhos? - Perguntou Harry a eles.

-Nada, olhem a gente vai aos Doces dos Duques. Vão indo para os três vassouras que depois vamos lá ter.

Os dois afastaram-se e Harry e Ginny dirigiram-se para os três vassouras de mãos dadas. Os dois sentaram-se numa mesa ao pé do balcão e pediram uma cerveja amanteigada.

-Aqueles dois foram espertos. Disseram que iam aos doces só para nos deixar sozinhos. – Disse Ginny

-Fizeram eles bem, estava mesmo a querer estar sozinho contigo. – Harry puxou a namorada para a frente e deu-lhe vários beijos. Do outro lado Draco não tirava os olhos

-Dá para parares de olhar para lá? E que já me estas a enervar. – Queixou-se Pansy vendo Draco com cara seria, paralisado a olhar para a mesa de Harry

-Tu és chata. Tou só a apreciar aquela cena e tu não és minha dona ouviste? Agora vai-te embora daqui, sai, deixa-me em paz, tou cheio de te aturar.

-És um grosso. – Respondeu Pansy saindo dos três vassouras a chorar

-Harry posso falar contigo num instante? – Perguntou Jimmy Peakes da equipa dos Gryffindor. Harry concordou e foi até lá fora deixando Ginny sozinha. De repente Draco sentou-se a beira dela.

-Tão o Potter abandonou-te? – Gozou ele, vendo ela ficar irritada

-Não tens nada a ver com isso. Tou a ver que tu é que ficaste sozinho, o teu brinquedinho deixou-te, ou mandaste-a dar uma volta?

-Mandei-a dar uma volta, já estava falta de a aturar. Se não fosse o maldito casamento marcado pelo meu pai… – Desabafou Draco despercebido. Esquecera-se que estava na presença de uma Weasley. – Mas o que é que estou para aqui a dizer, tu não tens nada a ver com isso!

-Ora milagre, finalmente percebeste que a tua vida não me interessa para nada. Óptimo Malfoy, estás a fazer progressos, continua assim que vais num bom caminho.

-Weasley, Weasley, não abuses da sorte. Olha que o feitiço pode virar-se contra o feiticeiro. – Ironizou Draco –Isto é apenas um aviso. Tou de olho em ti… - Draco saiu da mesa dela e foi para a dele. Ginny ficou pensativa e foi ter com ele.

-Sabes que mais? Quero que tu e os teus avisos vão para o inferno. – Ginny pegou no copo de cerveja amanteigada de Draco e virou-lhe pela cabeça abaixo. Todos se riram. – Ninguém ameaça um Weasley.

-Isso é o que veremos. – Bufou Draco, saindo disparado pelo três vassouras atropelando Harry

-Algum problema? – Interrogou Harry vendo Ginny levantada.

-Nada. Vamos embora, já tou cheia de tar aqui.

Lá fora estava Hermione e Ron que se encontraram com eles. Ginny sentia-se arrependida e se ele fosse outro qualquer ela era capaz de lhe pedir desculpa pelo sucedido, mas ele era um Malfoy, e nunca que um Weasley ia rebaixa dessa maneira perante um Malfoy. No meio do caminho, Harry viu um bando de devoradores a atacarem uma pessoa. Ele ainda tentou ver quem era só que estavam longe. Só conseguia ver essa pessoa a debater-se e a ser atacada, sendo muitas vezes lançada ao ar. O grupo resolveu ajudar e prepararam as varinhas, correndo para lá.

-ATORDOAR. – Berrou Harry a um devorador que acabara de atacar aquela pessoa. Hermione também fez a mesma coisa a um que estava a olhar para eles.

-EXPELLIARMUS. – Berrou Ginny e Ron para os restantes que estava lá. Os devoradores desapareceram todos e Harry aproximou-se da mulher que estava no chão enrolada a capa. Ele abaixou-se e endireitou a mulher, tirando a capa da frente do rosto

-É ela, Ryane Black. – Disse Harry surpreso.

-Sim, ai… sou. Obrigado meninos eu estou bem, só me magoei aqui. - Naquele momento membros da Ordem materializaram-se ali. Era Tonks, Lupin e Snape.

-O que se passou aqui? – Perguntou Tonks indo em direcção a eles.

-Ouve um ataque e Ryane estava sozinha a debater-se com um bando de devoradores…

-Ryane Black! Voltaste? Pensei que ainda continuavas na missão – Perguntou Lupin admirado por a ver

- Remus, velho amigo! Que saudades. – Ela levantou-se com dificuldade e ambos se abraçaram. –Eu voltei o mês passado para falar com Dumbledore sobre a missão que ele me mandou. Acabamos por falar no Sirius. – Snape baixou a cabeça. – Lembro-me do dia em que o econtrei para lhe explicar tudo, só que ele não me quis ouvir e insultou-se. Ele morreu a odiar-me…

-Também pudera, abandonas-te o meu primo, o que esperavas…que ele te recebe-se de braços abertos? – Resmungou Tonks meia bruta. Harry notou que Tonks também sentia raiva por ela o ter abandonado.

-Tonks por favor, agora não é altura de discutir problemas familiares. – Pediu Lupin. Tonks fez cara feia. – E Ryane teve os seus motivos para abandonar o país.

-Ela tem razão, eu fui uma cobarde e deixei-o no momento que ele mais precisava, pois simplesmente acreditei que ele fosse o traidor. Mas como o Remus disse, eu tive os meus motivos e estou aqui agora pronta para me vingar daquela Bellatrix Black e de Peter Pettigrew, custe o que custar. – Harry viu no olhar dela, a sede da vingança.

-Fazes muito bem Ryane. – Falou Snape finalmente. Ryane olhou para ele.

-Severus! Que bom ver-te outra vez – Ironizou Ryane fazendo cara feia.

-Bem tu precisas e de uma visita a St Mungus para te corares desses ferimentos. Depois falamos disso. – Sugeriu Lupin – Meninos vão ter com o Hagrid para irem para Hogwarts. A visita a Hogsmeade acabou.

-Remus, isto não é nada de especial. Não te esqueças que eu em antes de ser Auror, fui curandeira…é verdade a Mary tiveste noticias dela, depois dela ir embora.

-Não, ela ficou muito magoada comigo por ter achado que Sirius era o verdadeiro traidor! Mas mudando de assunto, eu é que sei, tu vais ao hospital ver isso, agora anda ao meu colo. – Lupin pegou nela

Em pouco tempo se encontravam em Hogwarts. O passeio em si não tinha prestado para nada, mas Harry ficou contente por ter ajudado a madrinha dele. Foi pena não ter conseguido falar sobre o que ele queria saber. A noite foi ter com Dumbledore para mais uma das suas aulas.

-Harry desculpa ter andado desaparecido, mas tenho tado a tratar de uns assuntos, que mais tarde quando for o momento certo contar-te-ei…

-Professor, eu queria-lhe falar sobre a Ryane Black. – Dumbledore fez uma cara confiante.

-Já deves saber que ela e tua madrinha. Ela esta bem, graças ti. Soube que foste muito corajoso hoje. Agora quanto aquilo de ela ser descendente de Ravenclaw, eu explicar-te-ei também mais tarde, quando te contar da minha saída e também da minha mão.

-Mas professor, isso está tudo ligado?

-Sim Harry, está tudo ligado. Agora o resto quando um dia tiveres com Ryane, ela explica-te tudo o que quiseres saber. Bem Harry vamos mas é voltar ao assunto que te trás por cá. Lembras-te donde paramos.

-Na parte em que a Merope foi abandonada e o Tom Riddle voltou para a sua casa, enquanto Merope ficou sozinha em Londres.

-Então, vamos nós novamente ao pensatório…

-Então Harry o que viste hoje no pensatório? – Perguntou Ron exaltado.

-Na primeira lembrança vi Merope a vender o medalhão de sua família a um homem, para que ela pudesse sobreviver. Ela dirigiu-se depois a um orfanato, onde já estava quase a ter o bebe. Quando o teve morreu a seguir. Depois na segunda vi Dumbledore a ir a esse orfanato para oferecer a Tom uma vaga na escola. A mulher que estava lá começou a dizer que Tom era um rapaz esquisito…

-Também pudera, ela era uma muggle, e na altura não sabia nada do passado do Voldemort. Era normal que ela achasse-o estranho – Reflectiu Hermione. Harry concordou

-Ela queixou-se que ele assustava as crianças, e contou uma história que o Tom levou dois miúdos a uma gruta e que eles nunca mais foram os mesmos. Depois Dumbledore foi falar com Tom para lhe dizer isso. Nessa altura ele estava com uma caixa que tinha brinquedo, roubados que tinha escondido. É engraçado que Tom acreditou mais depressa que era feiticeiro do que eu. – Concluiu Harry

-Talvez até se sentisse "especial" e com capacidades de fazer magia.

-Talvez. Ele era um rapaz muito desenvolvido para a idade dele tanto como rapaz e como feiticeiro. Tom tinha poderes muito desenvolvidos para a idade dele. Dumbledore disse-me que o que mais o impressionou foi que ele já estava a começar a descobrir como o controlar e como o poderia empregá-los.

-Isso é assustador. – Disse Ginny estremecendo.

-Dumbledore alertou-me para certas cenas que acabara de presenciar, como a reacção do Tom, quando Dumbledore pronunciou um outro homem que tinha o mesmo nome que ele. Que Tom detestava tudo o que o fazia vulgar. Já naquela altura ele queria ser diferente, distinto e famoso. Depois também me alertou para o facto de ele ser auto-suficiente, reservado e que não tinha amigos. E por fim lembrou-se da caixa de brinquedos que Tom guardava. Aqueles eram troféus que Tom guardava dos seus feito mágicos. Lembrou-me da tendência que para Tom coleccionar coisas e que aquilo seria muito importante mais tarde.

-Importante? O facto de Voldemort coleccionar coisas? Não tou a ver o que isso tenha a ver! – Disse Ron meio ensonado.

-Também não sei. Dumbledore sabe o que diz, por isso, tou morto para chegar a próxima aula. Agora vamos para a cama pois já é tarde, e vocês como monitores deviam dar o exemplo. – Brincou Harry empurrando Ron para as escadas. Os dois desataram a rir