Aviso: Esse cap. ficou meio pornô. O-O Ah, sim, só para constarr: fanfic angst sem final feliz.

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A esfera opaca tapou sua vista com sua cor vinho, retornando novamente para as mãos típicas de aristocratas. Os dedos finos e longos fecharam-se entorno do maciço objeto, lançando-o sem muita vontade para cima, pela milésima vez. Os olhos acinzentados acompanharam o movimento sem prender-se a ele, posto que estava por demais perdido em meio a seus pensamentos. Tornando a segurar a pequena bola, jogou-a para o alto, maquinalmente, perpetuando a seqüência de movimentos naquele quarto frio.

Draco estava deitado de barriga para cima em sua cama, um braço por debaixo da cabeça loira, onde era firmada, enquanto que o outro estava a brincar distraidamente com a bolinha; as pernas descansando retas sobre o colchão reafirmavam sua elegância e graciosidade natural. Ainda vestia os trajes cerimoniais de sua Casa, com a diferença que estes já encontravam-se desalinhados pela sua posição.

Quem lá entrasse, depararia-se com a figura robótica do garoto, seus olhos vidrados em algum segredo dentro de si. Por mais que desejasse – ou assim tentava se enganar de que realmente desejava – não conseguia parar de pensar nele. Harry J. Potter. Hoje, pela manhã, ele se exibira naquela tola demonstração de poderes para os bruxos mais velhos. Harry podia não ter percebido, mas ele estivera observando-o o tempo todo, admirando a fantástica capacidade do Garoto-de-Ouro. Talvez ninguém tivesse notado, mas ele, ao final da mostra de talento de Potter, mantivera nos lábios um doce sorriso de orgulho, satisfeito. Afinal, o amava.

Cerrou os olhos amargamente, sabia que não devia amá-lo. Oh, céus, por que o amava tanto? Realmente, não o sabia, porém não podia permitir que Harry soubesse. E, por isso, obrigava-se a machucá-lo, feri-lo. Essa era a única certeza de que assim ele conseguiria resistir e não se entregaria de vez à esse louco sentimento. Mesmo sofrendo toda vez que o humilhava, o ofendia; mesmo que, quando via aquele véu de mágoa cruzar os olhos verdes tristes de Harry, fosse como se mil facas afiadas perfurassem sua carne, mesmo assim, tinha de fazê-lo.

Mas já estava tão esgotado, tão cansado de tudo aquilo. Por um minuto chegou a desejar que pudesse falar alto e claro para Potter tudo que por ele sentia, sem temer, sem ter que chorar mais uma única lágrima que fosse por não poder contar-lhe seu segredo. Isso estava acabando com suas forças pouco a pouco, era tudo tão... Perturbador, frustrante. Fechando os olhos com mais delicadeza, pôde esquecer de todos os impedimentos, todos seu motivos para ter aquela postura fria e maldosa com Harry.

E, nesse mágico minuto, foi como se seu mundo fosse mais leve, como se pudesse, depois de anos, respirar em paz, tranqüilo e sem amarguras. Mais que isso, foi tão intenso que dominou sua mente, todo seu corpo e, principalmente, seu coração. Um jato de luz calorosa inundou seu coração, aquecendo-o como jamais acontecera alguma vez em sua vida.

Então, para algum observador que por ali estivesse causasse um tremendo susto, a figura esbelta saltou da cama de uma só vez. Uma bolinha na cor vinho esquecida caiu no grosso colchão, emitindo um barulho sufocado, rolando por ele, para cair no chão e continuar seu caminho até ser impedida por uma parede qualquer à sua frente.

Draco sentou-se à escrivaninha, tirando um diminuto pergaminho em branco de uma gaveta e, molhando sua pena tão graciosa quanto ele no tinteiro, pôs-se a escrever rapidamente.

"Harry Potter,

Por alguns segundos fui abençoado e permitiram-me ver como seria o mundo sem que eu tivesse de me esconder atrás dessa máscara de desprezo e, a mim, foi como se eu finalmente pudesse ser livre e... feliz. Senti como seria se eu tivesse coragem de te dizer tudo o que sinto por ti, confessar-te todo o meu amor.

Sei que parece besteira, mas isto me é muito importante. Por isso, peço para que cedas alguns minutos de seu tempo e me encontre hoje, ao pé do relógio do salão, às seis horas da noite. Prometo não lhe incomodar muito.

Até lá."

E, puxando sua varinha, que descansava ao encosto de parede da escrivaninha, murmurou algumas palavras, fazendo a "carta" desaparecer, pronta para ser entregue ao seu destinatário.

Ficou imóvel alguns segundos e, após analisar o que ocorrera, arregalou os olhos, o semblante assustado, levando uma mão à testa:

"Deus, o que eu fiz?"

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Terminava de fechar seu livro quando uma carta caiu sobre ele. Estranhou, franzindo as sobrancelhas, enquanto segurava o delicado pergaminho para cartas e olhava para os lados, a procurar por alguém que estava ali na biblioteca que poderia ter-lhe jogado aquilo. Contudo, os seis ou sete que ali permaneciam, estavam compenetrados em suas tarefas; bem como ele também estava, aproveitando a tarde livre para fazer seu dever, antes de receber a inesperada carta.

Garantindo-se de que mais ninguém via o que acontecia, a desenrolou, curioso para ver o que estava escrito. Espantou-se com seu conteúdo, o que leu parecia tão sincero, repleto de emoções, mas, acima de tudo, o que mais o impressionou foram aquelas letras bem feitas e cheias de laços. "Parece-se tanto com a letra de... Não, não pode ser! Draco nunca me mandaria algo do tipo", concluiu, mesmo achando a caligrafia semelhante à do sonserino, uma vez que, secretamente, admirava-a: era clássica e elegante como tudo nele; achava meio impossível receber uma declaração desse naipe de Malfoy – muito embora o agradasse pensar que a fonte de seus sonhos fosse o remetente apaixonado.

Não obstante ela não era assinada, o que só fez aumentar sua curiosidade. Grinfinórios são, por natureza, dispostos a descobrir coisas, de forma que sentem-se impelidos a desvendarem mistérios, ainda que singelos como este. Por certo, apresentaria-se ao local marcado do encontro, apenas para saber quem era a (o) autora (o) e esclarecer logo a situação: estava há muito, e já não adiantava mais negar, apaixonado por Draco e não conseguiria, muito menos teria vontade, de se envolver com outra pessoa que não ele.

Riu-se melancolicamente ao ter tal pensamento, sabia que jamais se envolveria com o loiro; certeza esta que o dilacerava por dentro. E, agora que se lembrara de Draco novamente e da total impossibilidade de ficarem juntos, aquela dor latente voltou a assolá-lo. Mirou seu dever incompleto; nem adiantava tentar terminá-lo, já não sentia-se mais disposto. Então guardou suas coisas e, em passos calmos, que nunca seriam capazes de indicar toda a angústia e desespero que o abatiam internamente, dirigiu-se ao seu quarto.

Ficar um pouco sozinho, martelando sobre seu amor não correspondido, sobre o quanto sofria com isso, definitivamente não poderia ser menos doloroso.

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Prostrou-se ao lado do enorme e antigo relógio que ocupava aquele salão igualmente grande. O relógio mágico, aproveitou para conferir o horário nele: seis horas da noite em ponto. Sorriu fracamente, ansioso ao mesmo tempo que triste pelo inevitável "fora" que daria em quem quer que fosse que tivesse mandado aquela carta. Levou uma mão à gola pomposa de sua camisa, ajeitando-a, pois, como a festa comemorativa do Dia das Bruxas logo se iniciaria, ele não teria tempo de se arrumar depois do suposto encontro, então fôra já trajado para o vento.

Apesar de que muitos alunos transitavam aqui e ali já arrumados para o baile, a grande maioria estava aflita se ajeitando, atrasada. Harry deu uma última checada no seu visual, para ter certeza de que vestira a complicada roupa corretamente. Deslizou a mão direita pelo conjunto marrom simples e um tanto quanto desgastado, que sempre usava naquela data, subindo para a gola farta, com várias dobras brancas, guiando a vista para aquelas que se sobressaíam nos pulsos, por debaixo de seu traje de passeio completo, volvendo, por fim aos sapatos sociais pretos. Sim, estava tudo bem alinhado, posto que não tivera muito tempo de se ater a isso se não quisesse chegar atrasado.

Soltou sua respiração, esperando por sua admiradora secreta. Tentou por um sorriso nos lábios, a fim de esconder que estivera triste a tarde inteira afogado em lamúrias e que até se esquecera do encontro, quase perdendo a hora. De certa forma estava lisonjeado por tal declaração que, embora curta e sem aprofundamento, era tão bonita e chamava tanto sua atenção. Só esperava que a garotinha que fosse – por ter presumido que se tratava de alguma menina mais nova e ainda ingênua – não se abalasse demais com o que tinha a dizer, a única resposta possível que seu coração se permitia dizer: não. Caso contrário, ficaria com tal remorso!

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Tornou a olhar, impaciente, o relógio, que agora marcava seis horas e vinte minutos. Tentava se acalmar pensando que ela ainda devia estar ocupada se arrumando, atrasada como toda garota, para o baile. Mesmo assim sentia comichões no estômago, não gostava muito de ficar esperando, sem contar que se aprontara rapidamente e de qualquer jeito; se soubesse que ela se demoraria, teria ido com mais calma e se ajeitaria melhor.

Suspirou, não adiantava pensar nisso agora, o mais certo era ter paciência e esperar que sua dama apaixonada logo viesse ao seu encontro. Mas não conseguiu suprimir um sorriso maroto ao pensar que, se os fatos fossem na ordem que havia citado, não seria ele o príncipe a chegar com seu cavalo branco de encontro à mocinha; seria a mocinha caminhando para seu príncipe.

Porém, teria ficado bem mais descontraído se algum colega seu passasse por ali e se dispusesse a conversar um pouco com ele. Afinal, era cansativo e angustiante ficar plantado ao lado do relógio, à espera de não-se-sabe-quem, com várias borboletas de curiosidade na barriga. Com a festa, todos estavam demais ocupados e seus únicos conhecidos, que hora ou outra transitavam por lá, tinham muita pressa, pouco tempo a perder com ele.

E, no findar de mais quinze minutos, uma surpresa acometeu-lhe: estava distraído com alguma coisa qualquer quando Draco Malfoy apareceu à sua frente. Os olhos verdes levantaram-se rapidamente, congelando-se na direção do sonserino. Malfoy deteve-se ali, seus olhos cinzas de encontro aos verdes, que o fitavam com um ar de estranhamento. Contudo, o que os seus transmitiam eram hesitação, insegurança, medo e confusão. Tudo em rápidos segundos que, ainda sim, permitiram a Harry compreender todo o turbilhão que açoitava o loiro. Por um lado sentiu-se honrado em ser um dos poucos a poder ter essa visão: Draco não sustentando seu olhar superior, enojado, mas sim deixando seus sentimentos à flor da pele, tão expostos e vulneráveis; por outro, seu coração descompassou algumas batidas, acelerado, por uma pequena chama de desespero acometer seu estômago, gritando-lhe que era Draco, que ele lhe enviara a carta! Chama a qual tentou abafar de todas as maneiras, pois tinha em mente de que não poderia ser ele e que se ficasse se iludindo desse jeito, com falsas esperanças, apenas se machucaria mais que o necessário.

Draco precipitou-se um passo à frente, indeciso. Harry arregalou os olhos, era Draco? Não, não poderia... Ou... Poderia? Ficou atônito, como se por breves instantes suas ligações de neurônios fossem obstruídas, não lhe permitindo reação alguma. Porém logo o olhar de Draco foi substituído por um derrotado, cansado e melancólico que, de certa forma, chegava-lhe a doer. E, com um gesto de cabeça, inclinando-a levemente para baixo e para o lado, como se quisesse desviar seu olhar ferido, suspirou um inaudível "tsc", retirando-se do salão.

Harry, ainda confuso com o que acabara de acontecer, levou uma mão peito esquerdo, chegando a tomar parte do direito também, na vã tentativa de, assim, fazer com que seu coração voltasse ao seu ritmo normal e deixasse aquele apressado e forte, que o deixava com falta de ar. Xingou-se mentalmente, sabia que não devia ter sonhado tão alto, suposto que Draco seria quem ele esperava ao lado daquele velho relógio. Mas mesmo assim chegara a sonhar e, por isso, agora doía tanto a queda, a descoberta da falsa ilusão. Protestou contra sua idiotice chutando fracamente o grande relógio, conseguindo com isso só uma fisgada na ponta de seu pé ao invés de algum alívio para sua decepção.

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Draco saía apressado do prédio escolar, pisando duramente a grama e as folhas secas que caíam das árvores, causando estalidos, a denunciar que alguém as pisoteava; tão avesso à sua graciosidade natural para andar, praticamente deslizando de tamanha leveza. Mas agora não se preocupava com isso, que dane-se a compostura!

Suas pernas estavam moles, nem acreditava no que estava fazendo! Ou melhor, não tinha intenção mesmo de fazê-lo, mas ao chegar ali e encontrar seu objeto de desejo, que dominava seus sonhos todas as noites, por um minuto cogitou a hipótese de realmente dizer-lhe tudo o que sentia. Todavia, a razão e apreensão tomaram-lhe a mente, seus pensamentos de que não poderia revelar-lhe a verdade voltando e o atingindo em cheio. Não, não poderia. Também não poderia dizer que quase contara, pois sabia não ter forças o suficiente para fazer isso nesse momento, mas chegara tão perto que... o assustava, machucava. Tudo porque, ao menos desta vez, não o repelira, não o afastara de si com suas ofensas e injurias! Era isso o que sempre aconteceria se assim não o fizesse, se não o repelisse, e, de alguma forma, sentia que doía-lhe muito mais como estava agora do que quando o fazia, ao chegar tão próximo de seu amor e frustrar-se por nada conseguir.

Exasperado, arrastou-se a caminho da floresta, muito embora não tivesse nem noção de onde ía. Sua respiração estava claramente alterada, pois saía rápida e alta, a boca entreaberta, levemente a tremer. Toda a pompa de seu traje, negro com detalhes em verde-musgo, desfazendo-se se fores comparar todo o conjunto de fisionomia do garoto, que a esta hora, com seus gestos recentes, mais parecia um desvairado que tivera sabido da morte do avô. Encaminhou-se mais à dentro, enquanto o alaranjado do entardecer se tornava cada vez mais escuro, por vezes tornando menos pálida sua figura, escurecendo seus fios loiros; alguns galhos finos raspavam sua roupa, mas ele nem ligava. Só queria se acalmar, apartar a dor que sentia, que o queimava. Inconscientemente pôs a mão sobre o peito, esmorecendo-se.

Sem mais forças, caiu sobre as pernas. No tombo, sentira que esfolara os joelhos, rasgando pequenos fiapos de sua calça. Mas isso também não importava. Saiu da posição incômoda, os joelhos dando pontadas de dor, e escorou-se ao tronco de uma árvore, abraçando protetoramente as pernas, enfiando a cabeça ali entre elas. Ainda arfava, desequilibrado.

Já não sabia mais o que fazer. Potter estava lá, mais belo do que nunca com aquele traje surrado, esperando por alguém. Por ele. Por que fôra mandar-lhe aquela maldita carta? Por um ato impensado seu estavam os dois a sofrer. Logo Potter iría amargar por ninguém vir ao seu encontro, sentir-se menosprezado, talvez? Irônico, agora que não agira para magoá-lo, o fazia de uma forma tão sofrível quanto às calúnias e peripécias que lhe aprontava. A lembrança daqueles olhos verdes tão impressionados e surpresos... Podia jurar que, em certo ponto, vira uma certa alegria escondida ali dentro. Tolice, por que Potter ficaria feliz em vê-lo?

Suspirou, cansado, recostando-se mais ao grosso tronco. Oh, diabos, como doía! Doía, doía e doía... De repente teve a impressão de que quanto mais pensasse no quanto sofria com tudo aquilo, mais sofreria mesmo. Então decidiu, astutamente, tentar ignorar mais uma vez a tristeza que o abatia, desviando seus pensamentos para outra coisa. Algo alegre, de preferência. Mas, o que? Antes que pudesse formular uma resposta para essa pergunta, seus pensamentos foram invadidos pela imagem do belo menino com sua roupa marrom, ao lado do relógio. Harry estava tão lindo, como sempre, os fios negros, rebeldes, a conferir-lhe um visual de não tão Garoto-de-Ouro, os olhos que verdes expressivos, a peculiar cicatriz na testa que o tornava único, o corpo de proporções adequadas...

Um frágil arrepio o percorreu, mas não de medo. Seria capaz de perder-se em teorias sobre como o prazer muitas vezes deriva da dor, pois estava até agora aos prantos e, no instante seguinte, sentia seu membro tomar vida dentro de suas calças, porém desesperou-se o suficiente para deixar estava conclusão para depois. Como podia aquilo? Será que era tão sensível a esse ponto? Não que antes também não passara por essa situação, contudo ele mal começara a formar a imagem de Harry há alguns minutos atrás e já se encontrava nesse estado deplorável. Provavelmente isto se devia à sua fragilidade interior e debilidade momentâneas, ainda deveras abalado e sofrido pelo acontecimento de há pouco, quando vira o menino que tanto desejava, que tanto amava.

Levantou-se rapidamente, o que causo certo incômodo nas suas partes baixas, e olhou para o caminho que havia trilhado. Teria de voltar rápido – ou era o que gostaria que acontecesse – antes que não conseguisse segurar-se muito mais. Porém, já era tarde: quando tentou andar sentiu uma forte fisgada embaixo, como se faltasse espaço na sua calça, e, ao olhar, notou seu membro desperto – embora não completamente, o suficiente para atrair a atenção de todos por onde passasse. Arregalou os olhos cinzas, como aquilo era possível?

Não, não podia ser! Ele, Draco Malfoy, necessitado no meio de uma floresta! As bochechas coraram ferozmente, não podia voltar ou todos saberiam de seu "estado", todavia não era de seu feitio se sujeitar àquele lugar para se aliviar. Sentiu vergonha de si mesmo, um Malfoy numa situação dessas era deprimente! Jogou-se contra a árvore em que estivera apoiado, inclinando sua cabeça para trás, de forma a encostá-la em seu tronco, cobrindo a face rubra com as mãos. "Céus, Harry, olha o que fazes comigo!", pensou, desnorteado. Contudo a simples menção do nome "Harry" fez com que voltasse a imaginá-lo; desta vez pensamentos mais sensuais que só fizeram seu membro latejar em sua cueca, quase a rasgá-la.

Descobrindo o rosto, revirou os olhos e louvou aos céus por estar embrenhado no meio da mata e ninguém mais poder ver sua humilhante situação. A dor que lhe afligia nas partes baixas era tamanha e, como a opção de voltar para a escola já fôra desconsiderada, abandonou toda sua dignidade e compostura.

Retirou com pressa seu casaco negro, ficando só com a igualmente pomposa camisa branca como a de Harry, cujas mangas quase cobriam suas mãos, cheias de babados, onde a gola era tão ou mais babada que a do moreno, jogando-o no chão. Em seguida desabotoou a calça preta, a deixando cair até as canelas, e, num rápido movimento, desceu também a cueca branca que usava. Assustou-se ao ver a que nível estava seu pênis e, sem mais delongas, levou as mãos a ele.

Iniciou então uma leve fricção contra ele, no começo machucando-o um pouco, para logo depois se acostumar com a sensação. As mãos subiam e desciam, estimulando-o, ao passo que tentava imaginar Harry a ser quem lhe tocava tão intimamente. Suas pernas estavam moles e desprendia grande força para manter-se em pé, o corpo febril tremia em espasmos, ao passo que baixos gemidos escapavam de sua boca entreaberta. Seu cabelo já estava desgrenhado, algumas mechas loiras colando em sua testa brilhante de suor, e seu abdômen contraía-se e descontraía-se, o que ajudava, de certa forma, a sua respiração a sair mais descompassada que o normal.

"Harry..." – um baixo murmúrio escapou de sua boca, todavia outros mais foram surgindo à medida que aumentava a intensidade dos movimentos, passando a gemer consideravelmente alto – ou ao menos não tão baixo quanto antes – o nome de quem secretamente amava – "Harry! Ah... Potter, Potter!"

Demorou-se mais alguns minutos naquela tarefa, até suas mãos se fecharem com força entorno de seu pênis e ejacular de vez, expelindo sua semente que sujava seus dedos e a parte interna de suas cochas. Soltou um último suspiro, antes de cair de joelhos sobre suas calças arriadas, ofegante. Apoiou a mão direita sobre o mato amarelado que rodiava o local, tremendo. Então ouviu um barulho de passos e levantou a cabeça velozmente, sentindo uma certa tontura pelo movimento brusco. Arregalou os olhos, uma pontada cortando seu coração. À sua frente três garotos o encaravam com sorrisos marotos.

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Continua...

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(1) obviamente que inventei esse relógio, já que meus conhecimentos são nada profundos sobre Harry Potter

(2) li em fanfics que seus olhos são verdes, embora me pareçam azuis no ator que o interpreta.

Oiii! n-n Pretendia escrever este cap. antes, na semana seguinte ao primeiro, mas não pude. De qq forma, cá está ele. Queria dizer uma coisa sobre a fic: ela não se preocupa com as causas e sim manifesta as conseqüências; ou seja, eu não vou ficar detalhando que o Draco estava tão abalado agora há pouco porque tinha encarado seu amor de frente e percebido que jamais teria a chance de ser feliz com ele, ao contrário, eu só fiz dizer que a conseqüência disso o feria e machucava. Okey?

Também a idéia original era outra, mas tão logo percebi que não daria certa. Então modifiquei um pouco os eventos... Mas creio que a idéia de ser algo angustiante não tenha falhado de todo... Apenas em parte (uma boa parte, no caso) E só queria dizer que o "groan" é mais no sentido de lamúria do que de suspiro, tá bem?

Obrigada gente e, please, deixem reviews para eu saber o que estão achando!

Até mais

Feliz Ano Novo!

27/12/05