De Lilly para James
Lilly acordou e olhou para o pé da janela, onde encontrava-se uma coruja vistosa, preta, que ela sabia ser de James.
Abriu correndo a carta e lágrimas insistentes escorriam de seus olhos. Deitou-se em sua cama, abraçada a carta, como se fosse o corpo que ela tanto desejava ter bem próximo ao seu.
Levantou-se e limpou as lágrimas. "Não adianta chorar... eu preciso dar um jeito de voltar!"
Sentou-se em sua escrivaninha e olhou o relógio: estava atrasada. No entanto, ela sempre na hora certa... decidira que precisava fazer aquilo logo, aquilo que fazia com que ela se sentisse melhor.
Pôs-se a escrever:
"Sim, ó cavalheiro;
É realmente verdade que nos últimos três meses me pego pensando em ti nas horas mais impróprias...
Não mais durmo; sonho contigo. Acordo sorrindo com a falsa certeza de que estás ao meu lado, me abraçando firme pela cintura. Viro-me e não te encontro; choro, por infinitas vezes...
Preciso urgentemente dos teus beijos, das tuas carícias, de teu abraço apertado, das nossas lágrimas de saudades...
Só nos últimos meses em Hogwarts pudemos nos aproximar... e veja, que lástima! A nossa amizade desabrochou, e agora que estamos longe, posso entender o quanto me amas... e o quanto eu te amo.
Há algum tempo, eu achava que o amor era a coisa mais linda do mundo. E, em partes, realmente é; no entanto, pensei que viesse num cavalo alado, branco, como em todo e qualquer conto de fadas... mas não vem. Fiquei me prendendo em esperar meu cavaleiro perfeito, sendo assim, nunca que eu iria conhecê-lo.
Mas me fizestes entender que o amor sempre é incondicional ao extremo; não importa como você seja... eu te amarei.
Sem mais, te amando mais a cada dia,
Sua Lilly."
