Seu Amor, Suas Leis.

"Todos os casais de almas gêmeas, no mundo, tem um guardião. Para os cavaleiros do Templo de Athena não seria uma exeção. (Yaoi)".

Desclimer:

Os personagens situados aqui são de um anime chamado "Saint Seiya" do criador Massami Kurumada. Portanto não me pertencem. Exeto pela Guardiã dos ventos e a Guardiã da Terra.

---

Abriu os olhos devagar e notou que não estava mais na clareira. Estava em algum lugar, que não sabia exatamente onde era.

O dono dos cabelos lilases se levantou meio dolorido e olhou em volta.

Estava em uma... Caverna?

-Bom dia Mu...

-Quem... É você?

-Eu...? –Riu de leve -Prazer, sou a guardiã da Terra. –estendeu uma das mãos a Mu – Ou como preferir, sua guardiã...

-Minha... Guardiã? –Apertou a mão de Terra.

-Sim... e eu vou te ajudar com o seu amor... Certo?

-Certo... Hunf, como se ele realmente me amasse.

-E te ama. Aquele loiro abusado te ama Mú.

-Não! Não ama! E eu percebi isso ontem!

-Se você afirma com tanta certeza.

-Só queria que ele me entendesse...

-E ele te entende. –fechou os olhos e depois tornou a abri-los olhando o céu do lado de fora – se quiser ir embora pode ir, mas se quiser ficar também pode... –sorriu – eu já volto.

-Espera. Aonde você vai?

-Visitar um amigo...

-Um amigo?

-É... Não se preocupe. Eu volto.

-Tá... –Sorriu e fechou os olhos, se deixando levar pela sensação de estar protegido.

---

Shaka entrou desesperado na clareira onde tinha encontrado Terra pela primeira vez, procurando por ela. Chamou uma, duas, três vezes e nada.

Ela não respondia. Tinha feito alguma coisa muito errada? Abaixou o olhar e sentiu um olhar sobre si.

-Me chamou loiro?

-Terra! Por... Por que você demorou pra responder? –disse o virginiano olhando Terra – achei que você não vinha.

-E não vinha mesmo. Estava Cuidando de um certo ariano. –disse séria- por que fez aquilo?

-Eu... Desculpe. Como o Mu está?

-Mal Shaka. Muito mal.

-Ele se machucou?

-Não. Quer dizer, não fisicamente.

-Como assim?

-No astral sua alma está deformada de tanto sofrimento.

-Quer dizer que...

-Você feriu o Mu muito seriamente.

-Eu... Não acredito...

Viu um sorriso irônico se formar no rosto alvo de Terra.

-Sério? Não parece que toda essa sua preocupação existe só por que Mú é seu amiguinho...

-Mas... Eu... Como é possível um homem amar outro?

-Shaka, entenda, o amor, ou melhor, os sentimentos não respeitam forma ou gênero. Se é homem ou mulher. Se é uma prostituta ou uma deusa. Se é um bravo guerreiro ou um simples camponês. Você vai amar de qualquer maneira. Não tem como fugir disso. Não tem como não amar.

-Como você pode dizer isso com tanta facilidade?

-Dizendo. Agora entenda Shaka. O Mu te ama. Um amor muito puro. Por que você o recusa de qualquer maneira. Medo?

-Me... Medo?

-Isso... Você tem medo de alguma coisa?

-Eu... Tenho. O Mu é uma pessoa especial pra mim. Não sei explicar muito bem, mas é! E se derrepente ele nunca mais quiser falar comigo? E se ele nunca mais sorrir ou conversar comigo? E se...

-Shaka. Eu já entendi.

-Mas...

-Shaka. Entenda, você ama ele. –Diz sorrindo de leve.

-Amo... Ele?

-Ama. Você nunca amou antes né?

-É...

-Então está na hora de aprender.

-E como?

-Só o tempo dirá Shaka. Só o tempo dirá.

-Mas... Espere!

Terra desapareceu por entre as folhagens, Shaka ainda tentou ir atrás de si, se embrenhando na mata, mas só conseguindo encontrar um campo de flores vazio.

Ninguém.

Nenhuma alma.

Nenhum Ser vivo.

Nada.

---

Os ventos tocaram suas faces.

Ainda sentia aquela sensação estranha.

O que estava fazendo mesmo? Onde estava? No que pensava?

Estava tudo tão confuso.

Sentou-se no chão, na sombra de uma árvore e pois-se a pensar. Tinha descido as doze casas, confere. Estava com uma estranha sensação de que os ventos lhe perseguiam, confere. E como fora parar naquele campo?

Alias, um belo campo.

Nunca tinha parado para reparar como a natureza é bela.

Ou melhor, nunca quis reparar.

Apesar de ser observador, nada da natureza nunca lhe atraiu.

Até alguns dias.

Pronto. Seus pensamentos tinham se voltado para ele. Como era possível nem conseguir descansar sem pensar nele?

Como era possível não conceguir parar de pensar nele nem um segundo?

Como era possível amar alguém assim...

...Tão loucamente.

...Tão cegamente.

...Tão... Friamente?

Não! Não podia! Ele tinha sido treinado para nunca sentir nenhum sentimento. E nunca demonstrar nenhum sentimento.

Então por que logo agora não estava mais conseguindo fazer isso?

Por que logo agora tinha que amar alguém com tanta força?

Por que...?

Tantas questionações, e a cada resposta mais duas perguntas.

Por que tinha que ama-lo?

Logo ele...

...Milo.

Kamus se levantou rapidamente. Já estava pensando nele novamente.

Mais que droga. Tudo dava errado para ele. Tudo...

Até mesmo o fato de seu amor nunca ser correspondido.

Não pode se expressar. Então. Como amar alguém?

Como...?

Sentiu novamente o vento fresco acariciar seus cabelos soltos e refrescar seu corpo.

Essa era a sensação.

Sensação de carinho.

Uma sensação que nunca recebera dês de sua infância.

Suspirou, inalando aquele vento e fechando os olhos.

Ouviu uma risadinha baixinha e abriu os olhos.

Uma garotinha o encarava...

-Oi pequeno!

-Quem é você?

Novamente a garotinha riu, e pediu com um sinal que o seguisse, correndo na frente de Kamus.

-Espera! Aonde você vai?

-Você vai ver pequeno! –continuou correndo, chegando em um belo precipício. Parou e olhou para a floresta abaixo deles e o santuário lá em baixo.

Agora sabia onde estava.

Estava na montanha próxima ao santuário.

-Pequeno, Já vi que você tem muitas perguntas né?

-É... E a primeira. Quem é você?

-Isso não é muito importante. Mas já que quer saber meu nome é Silver!

-E como entrou aqui Silver? –Abaixou-se, ficando de joelhos, e na mesma altura que a pequena Silver.

-Assim... –Tocou o braço de Kamus, o trazendo uma visão.

---

Fogo.

Medo.

Confusão.

Desesperança.

Era o que refletia os olhos das pessoas da aldeia.

Os guardiões estavam sendo atacados, e como conseqüência se defendiam como podiam. A garota de cabelos prateados tentava puxar uma outra de cabelos negros para longe dali.

Para onde seu coração mandava.

-Silver! Para onde está me levando?

-Para onde o vento dorme. Vamos! Não temos tempo!

-Mas...

-Vamos! –puxou rapidamente a outra garota e começou a correr por dentro da floresta, desviando das folhas rapidamente graças a Mayumi, quem carregava consigo.

Parou em uma clareira.

Estavam cercadas.

Os grandes guerreiros, que caçavam os guardiões do amor, demonstravam em seu olhar fúria, bravura, desespero... Morte.

Estavam mortos.

Eles seguiam aos guerreiros maiores, os guerreiros do ódio.

Silver e Mayumi já não tinham mais como se proteger, Mas não se dariam por vencidas.

Lutaram bravamente.

Para que?

Foram presas, acorrentadas, e machucadas, para depois serem transformadas em pedras.

Em estátuas.

Nas estátuas protetoras do santuário.

Com uma expressão de medo.

Com uma expressão de dor.

Cada qual pagando por seus pecados.

As únicas quais eles não conseguiram destruir.

As mais fortes guardiãs.

As mais amorosas.

As mais inocentes.

As únicas que protegeriam a história do amor.

As únicas.

Sempre.

---

Kamus abriu os olhos rápido e viu ainda a imagem da menininha a sua frente.

O que tinha sido isso?

-Pequeno. Aqui é onde o vento dorme. Sempre que quiser ajuda. Sempre que quiser uma resposta venha aqui.

-Mas... Espere! Você é...

-Sou pequeno. E agora tenho que ir.

Kamus sorriu de leve e murmurou um "Merci" vendo a imagem da menininha desaparecer na sua frente.

Silver, a guardiã dos ventos, tinha confiado a si sua verdade.

Estava protegido.

Sentou-se na grama perto do precipício, seu refugio de agora em diante, e olhou o sol se por.

-Onde o vento dorme... O que quer dizer isso? –fechou os olhos e se deitou na grama.

Chega de perguntas.

Hora da sua mente descansar.

Ao menos por um tempo.

---

-E eu achando que você estava completamente amaldiçoada... Silver, você continua a mesma. –sorriu de leve e virou-se indo para a caverna – hora de cuidar do ariano...

Adentrou na caverna e sumiu.

Cantando uma melodia fraca.

Quais só podiam se ouvir os versos:

"Diga sempre o que quer.

Diga sempre o que não quer também.

Seja sempre você.

O amor nunca é vencido.

Nunca.".

---

Mu estava sentado no mesmo lugar, não tinha mexido um músculo. Seus olhos ainda teimavam em derramar lágrimas.

Mas de que importava?

Ouviu a Bela melodia. Acompanhando a melodia com alguns "nanana" ou "lalala" e acabou adormecido.

Soletrando as ultimas frases...

"O amor nunca é vencido. Nunca".

---

N/a:

Gostaram do capitulo? Eu gostei de escrever. E eu não sou tão má com o Muzin e o Shakin. Eles logo vão se entender... Claro! Porque se não também eu não continuo viva.

Para o meu bem é bom que os dois se acertem né? Rs. E principalmente agora que estou com quase 500 hits nessa fic.

Bom... Agradecimentos vão à:

Deni Chan (que me achou no MSN e ficou me perturbando... XD zoa. Mas tudo bem, o shaka e o Mu logo vão se entender moça! Kissus!), Kate (eh! Outra pessoa alem de mim gostou do nome da Mayumi... é bonitinho né? Também achei o shaka suppper mal, mas não posso fazer nada. E pode deixar que ele vai sofrer bastante sim! A Silver tá dando um jeitinho lá na fama dela de maconheira sabe! Uahua XD brincadeirinha... ela já apareceu por ai esse cap! Kissus), Ia Chan (Concordo... Acho que ninguém... Pode deixar que logo eles vão se acertar! Se não eu me demito! XD zoa... Kissus moça!).

Tá... Já sabem... Três reviews!

Kissus

Teffy 21/12/05 às 14:51