Ayka e Faramir se conhecem.

Faramir e Ayka

Essa é a história que conta sobre a parte da vida de Faramir, o regente de Gondor, e sua amada, Ayka.

Faramir estava noivo de Éowyn, a jovem irmã do rei de Rohan, Éomer.

Algum tempo após a morte de Théoden, os dois haviam decidido se casar.

Faramir teve muitos compromissos para com Gondor, e fez uma longa viagem pelas terras pardas, para acabar com o mau que restou na terra média, enquanto Aragorn, se acostumava com tudo o que tinha a fazer como rei.

Logo quando Faramir retornou escuta uma boa conversa entre seus soldados, que ficaram em Gondor enquanto Faramir viajava:

-- Meu senhor, é bom saber que retornou!—Um dos soldados viera cumprimentar Faramir—espero que o senhor consiga botar ordem nessa bagunça, e nesse alvoroço.

--O que está acontecendo de tão grave Iargonath?—os soldados estavam com sorrisos largos—que tipo de desordem está se alastrando aqui?

--Ah sim, senhor, tudo culpa do rei!

--Culpa do rei—Faramir levará um susto—O que poderia ser culpa?

--Ele trouxe o sol para essas terras, primeiro a bela rainha Undómiel, que tirou o sossego de muitos, mas o que ninguém ousou demonstrar, pois ela é nossa rainha, mas isso agora!

Faramir cada vez entendia menos tudo aquilo:

--pode ser mais específico com o que anda acontecendo por aqui?

--Pois não meu senhor, o rei Elessar, trouxe uma bela jovem, aliás, esse é o problema, cada vez que ela passa tira toda a concentração de todos aqui. É ruiva, como um raio de sol, nunca vi uma mulher tão linda quanto aquela, está aqui porque é como uma irmã para o rei, e também para ajudar as aias da rainha, na gravidez.

--Ora, não acredito que vocês estão assim por causa, de uma bela cascata de cabelos ruivos?

--Se fosse só isso, se fossem apenas os cabelos, mas é muito mais, ela é muito mais que isso, para que o senhor nos entenda, é só a vendo, pondo os olhos naquela bela mulher!

--Quem sabe, eu a ache bonita, não tanto quanto minha noiva, ou até mesmo quanto a rainha.

--Se eu fosse o senhor que está sempre perto das aias, daria sempre uma olhada. Para ver que estamos falando a verdade!

Faramir só conseguiu rir de tudo aquilo.

Naquele mesmo dia ao entardecer, Faramir encontrava-se muito próximo à sala das aias, e resolveu dar uma olhada, já que isso não faria mal nenhum a ninguém, "o que custava?" Pensou Faramir.

Ele parou, diante a grande porta do salão, onde as aias teciam. Cada aia possuía seu aposento, de acordo com sua função, se a aia tivesse a função de ajudar Arwen, ela teria o seu aposento próximo ao a rainha, mas aquele salão era onde elas passavam a maior parte do dia, tecendo coisas para o povo.

A porta estava encostada, e Faramir pode ver belas moças, umas jovens outras velhas, algumas lindas outras simplesmente feias de mais, mas mesmo as mais belas delas, não eram de acordo com a descrição dos soldados. Mas foi quando Faramir estava pensando em sair, e continuar com seus afazeres, ele teve uma de suas mais lindas visões, lá estava, exatamente como a descreveram, bela como o sol, os cabelos ruivos, o rosto branco e iluminado, os olhos mais verdes que Faramir já havia visto, e curvas bem torneadas. Era incrível, como ela era, realmente, capaz de tirar o fôlego de qualquer um.

Antes que Faramir percebesse, os sensacionais olhos da bela dama, se encontraram com os dele, que ficou envergonhado naquele momento, e saiu rapidamente.

Ele não teve mais nenhum sossego depois disso, aquela expressão, a expressão daquele par de olhos verdes, e sedutores, não podiam mais sair da mente de Faramir, era como se ele jamais fosse conseguir pensar em outra coisa.

Uma semana depois, ele já estava mais tranqüilo, mas ainda podia ver se fechasse os olhos, aquela mulher.

E nessa semana, era aniversário do rei Elessar, onde todos de Gondor foram convidados, assim como a aia, e também como a noiva de Faramir, e o rei Éomer.

Já estavam todos reunidos, no grande centro de Gondor, e Faramir, já estava ao lado de sua noiva, Éowyn.

As danças típicas de Gondor, em breve começariam, e mesmo estando com Éowyn, Faramir, só conseguia pensar em quando a bela ruiva chegaria, para que ele pudesse vê-la novamente, já que ele nunca mais teve a coragem de olhar na sala das aias, para ver se ela estava lá.

E foi quando Faramir menos esperava, que ela desceu uma longa escada de mármore, vestia elegantes trajes verdes, q ressaltavam e muito a cor de seus olhos, e os cabelos, como na primeira vez que Faramir a vira estavam presos em uma bela trança.

Os músicos começaram a tocar, e Éomer, resolveu, tirar a bela moça para dançar.

Dançaram por muitos momentos, e Faramir se sentiu absolutamente estranho, um sentimento desconfortável o envolveu, e as idéias mais estranhas também, como por exemplo, Éomer poderia muito bem levar a jovem donzela para Rohan, para que está fosse sua esposa. Era ciúme? Ele não sabia ao certo.

A dança continuava com trocas de Peres, e Éomer, para a sorte de Faramir, ou para o seu desespero, quis dançar com sua irmã, e então o par de Éomer seria o de Faramir.

Quando Faramir sentiu a suavidade, dos dedos macios da moça, ele pode sentir que poderia voar, voar em seus pensamentos, e antes que ele pudesse se segurar, antes que ele parasse pra pensar, que sua noiva estava ao lado, ele tocou com maciez, no belo rosto, da ruiva, e perguntou:

--Teria nome mulher tão bela?

A jovem estremeceu, e num sussurro quase inaudível, ela respondeu:

--Ayka.

--Lindo nome, com toda a certeza.

Ayka ficou muda e não olhou mais para Faramir, pois seus belos olhos azuis, a incomodavam, assim como sua presença.

Faramir não conseguia parar de olhar para Ayka, e isso fez com que ela se sentasse, e parasse de dançar, deixando Faramir no meio da dança sem um par.

A dança logo acabou, e Faramir foi de encontro a Éowyn, e a Éomer:

--Faramir, onde está meu par—Éomer parecia animado, ao falar de Ayka—Não estava dançando com ela?

--Estava sim, mas ela não se sentiu bem, eu acho.

Ayka estava sentada a um canto dali, e Éomer foi se sentar ao seu lado, mas logo ela saiu dali.

Faramir estava hipnotizado, observando Ayka, para poder ver aonde ela ia:

--Meu amor!—Éowyn quebrou seu transe—poderia me buscar uma manta, estou com frio!

Faramir foi até seus aposentos buscar uma de suas mantas para Éowyn, e quando voltava apressado de seus aposentos, alguém virava mais apressada ainda, o corredor, os dois trombaram:

--Por favor, senhor regente, me perdoe, eu não tive a intenção de machucar o senhor...Eu...

--Não se desculpe—Faramir colocou sua mão sobre os lábios cor de rosa de Ayka—Eu é que deveria me desculpar, por ter batido em algo tão belo.

Mais uma vez Ayka saiu rapidamente da vista de Faramir. Ela ficava nervosa com a simples presença daquele homem, desde que o vira, pela primeira vez, ele estava a observando na sala das aias, e quando ela percebeu isso, ele saiu.

E está noite, esse mesmo homem, a quem ela sempre, depois da sala das aias, ela havia observado, falara com ela, e a deixara, muito mais nervosa.

A noite foi passando, e Éowyn, e Éomer, se foram, voltaram para Rohan, enquanto Faramir, não conseguia tirar o som da voz de Ayka de sua cabeça.

Ele estava em sua janela e ouvia o som da noite de sua janela. Mas foi nessa hora, em meio aos sons da madrugada que ele ouviu, o som de uma voz conhecida, o som de uma belíssima voz.

Ele decidiu descer e ver se era quem ele imaginava.

E lá no mesmo andar, estava ela, perto do seu quarto, Ayka, cantava uma linda canção élfica.

--É mesmo uma bela canção, combina com a senhorita.—Faramir olhava bem dentro dos olhos de Ayka, como se a desafiasse a fugir, enquanto ela ao invés de sair correndo dele, lhe deu um esplendido sorriso.

--Devo desculpas ao senhor, pois, em quanto me dava, os mais belos elogios, eu nem ao menos agradeci.

--Não me deve absolutamente nada, ao contrário, não tinha o direito de deixa-la encabulada, eu que devo pedir desculpa.—Faramir, pensou na pior de todas as desculpas—mas é que eu sei que veio de terras próximas ao mar, do oeste, e sempre quis saber mais sobre lá. Se pudesse me contar algo, me deixaria satisfeitíssimo.

--Conto com muito prazer, o que quiser saber.

E os dois conversaram sobre as terras de onde Ayka veio, até que ela se sentiu com muito sono e não pode mais continuar, indo se deitar.