"EM CADA AMANHECER"
Essa é minha primeira songfic baseado em "Inuyasha", a musica é do Fabio Jr. Em Cada Amanhecer. Bem, espero que gostem, porque eu normalmente escrevo sobre Kaleido Star, mas ainda não tinha feito nenhuma song, por isso não se assustem ao notarem um ambiente um pouco deprimente, porque infelizmente eu não estava em um dos meus melhores dias quando escrevi! Mas prometo que com o passar o tempo esse ambiente muda para um menos tenso. Só mais uma coisa, essa fic já havia sido postada antes, mas como ela precisou de algumas revisões e correções, eu a estou postando de novo. Então...
Boa Leitura!
Nota: Os personagens de Inu-Yasha não me pertencem, mas eu sou louca pelo Sesshy.
Capitulo 1: Separados
Era feudal... Um hannyou deprimido.
Mas uma vez ele procurava se refugiar de seu coração passando as noites meditando em cima de uma árvore. Alem da indecisão que lhe toma o pensamento, algo pior o torturava, a lembrança da pessoa que mais amava lhe dizendo "Adeus" tão friamente. Com os olhos semimarejados, lutando contra o próprio coração para não chorar.
"Quando a noite trás o silêncio...
Estou sozinho, então eu penso...
Como fui deixar,
Você se afastar de mim..."
Era impossível não pensar nela, seria tolice tentar negar, que não sentia falta, da única pessoa que demonstrar preocupar-se com ele. Mas, não tinha o direito de impedi-la de ir, principalmente depois de ter sido tão covarde, medíocre e indeciso.
Era atual... Uma colegial de coração partido.
Nesse mesmo momento... Uma jovem colegial em prantos tentava abafar os soluços antes que sua mãe aparecesse lhe perguntando o motivo de tamanho sofrimento. Mas mesmo que ela perguntasse a resposta era evidente. Um hannyou. Que mesmo ferido ainda amava uma sacerdotisa que já estava morta.
Não estavam sendo fáceis aqueles dias, seus pensamentos estavam entre o passado e o presente, como se evitasse olhar pra trás e se arrepender de não dar mais uma "segunda chance" a ele. Mas cada coisa a seu tempo. Era difícil pra Kagome aceitar o Adeus, mesmo sendo ela mesma a dizê-lo, o que mais lhe fazia sofrer era que, tudo tinha sido por escolha dela, ficar ao lado dele mesmo ele amando outra e aceitar amá-lo somente com seu coração, sem nunca lhe revelar o que sentia. Talvez ela esperasse que com o tempo ele mudasse, mas se nem cinqüenta anos mudou, não seria agora!
-Se iria terminar assim, porque tinha que acontecer? - dizia a menina entre um e outro soluço. Milhões de perguntas lhe turbinavam a mente, impedindo que uma resposta clara lhe consola-se.
Mesmo os dias passando rápido, aquele em especial parecia teimar em não passar. Não fazia uma semana que ela havia voltado, mas ainda sim, parecia uma eternidade. Deitada na cama, Kagome olha para a janela, na esperança de que a qualquer momento ele fosse aparecer gritando o nome dela e mesmo a contragosto viesse lhe pedir desculpas. Mas quem ela queria enganar, ele já havia escolhido. Assim, ela adormece, derramando mais algumas lagrimas.
"Vejo a vida passar sem graça...
No vazio dessa casa...
Fico a imaginar...
Você parece estar aqui.."
-- Saudade e Covardia.
-Faz quase uma semana que ela se foi. Murmurava o hannyou pra si mesmo, enquanto permanecia ainda em cima de um dos galhos da árvore sagrada. Ao menos se ela tivesse lhe dado à chance de explicar, antes de gritar aquele maldito "Senta!", mas ela ainda tinha razão, mesmo que lhe custasse admitir, Kagome tinha todo o direto de nunca mais querer falar com ele.
Seu coração deveria estar partido depois de vê-lo abraçado a Kikyou em frente a arvore sagrada, mesmo lugar, onde ela o havia lacrado da ultima vez. Entre uma lágrima e um suspiro ele falava:
-Preferia ter ouvido mil sentas dela, do que ter visto aquele olhar; -Inuyasha ainda permanecia na arvore, sua expressão era muito triste, nem mesmo Sango e Mirok se atreviam a tirá-lo de seus devaneios.
-Seu baka, mais uma vez você deixou alguém importante partir, mas ela também deveria ter me dado à chance de explicar. Nesse momento a expressão do hannyou mudou se contraindo, de triste passou a indignado, como se as ultimas palavras pudessem de alguma forma lhe consolar e aplacar um pouco a dor que sentia pela falta dela.
Em cima da arvore sagrada, o vento cortava-lhe levemente o rosto, esvoaçando sua cabeleira prateada. Seus olhos dourados ainda estavam marejados, quando várias lembranças começaram a vir átona de seu coração.
-Kagome; -ele sussurrava.
Talvez a lembrança que mais lhe chamava a atenção, fora do dia em que eles se conheceram, melhor, do dia em que ela o conhecera. Ele não sabia ao certo o que o havia despertado, seria o cheiro que ele havia sentido ou o grito desesperado que a garota dera ao fugir da mulher - centopéia. Seu coração começou a doer mais uma vez, quando ele se lembrou das ultimas palavras de Kikyou antes de lacrá-lo. Agora, exatamente naquele momento, ele estava no lugar onde perdera e recontará a pessoa que mais amava, mas mesmo assim, fora covarde ao deixá-la partir. Até mesmo as brigas lhe faziam falta. A jovem colegial lhe mandando sentar por qualquer grosseria ou quando aquele lobo fedido aparecia com a intenção de lhe roubar o amor da jovem.
Ela mudara sua vida, depois foi embora, o que mais lhe doía era saber que um dia isso iria acontecer, mas não imaginava que fosse assim. Uma lagrima solitária, rolava de seus olhos indo perder-se no haori vermelho.
Como o hannyou poderia ter-se apaixonado pela colegial e a deixado partir. Teria sido sua covardia, ou o medo de declarar seus sentimentos. Talvez os dois, pois nem mesmo um taiyoukai como seu 1/2-irmão poderia suportar tal dor. Afinal, ninguém é perfeito.
"Pode ser que eu esteja sonhando de mais...
Só eu sei quanta falta que você me faz..."
Mesmo ele sendo um youkai completo, não seria capaz de tirar de seu coração o único sorriso que o confortara nos momentos difíceis.
"Eu me rendo...
Não dá pra te esquecer...
Sei que estou te perdendo...
Em cada amanhecer..."
"Vou vivendo...
Do pouco que ainda restou...
Desse amor..."
Continua...