O grande e inesquecível amor
Faramir pensou que logo passaria, a sua louca vontade, e seu louco desejo de tocar, ou simplesmente ver, sua bela amiga, Ayka. Estava muito enganado, a vontade não só, não passou como aumentou ainda mais, se é que era possível. Às vezes, Faramir, se via observando Ayka de longe, e ela muitas vezes havia percebido sua presença, e retribuiu seu olhar com o mais doces dos sorrisos.
Se Faramir não era capaz de esquecer de Ayka, ela tão pouco conseguia de deixar de ficar feliz cada vez que ele a observava, ou quando ele lhe acenava. Estava sentindo algo proibido para ela, por muitos motivos. O primeiro, e mais importante deles, era o fato de que Faramir era noivo, sim ele era noivo de uma donzela bela e importante, e esse era o segundo fato pelo qual ela não poderia jamais se dar ao luxo de se apaixonar por Faramir, eles vinham de mundos completamente opostos.
Faramir estava sentado em sua saleta, com muitos papéis de Minas Tirith, papelada de divisão de terras e todo o resto. Não conseguia parar um segundo, sem que a imagem de Ayka, lhe viesse a cabeça, e por sua vez, sua cabeça parecia que iria explodir. Para poder se esquecer de tudo isso, decidiu dar uma olhada nas novas formas de vida próximas a Minas Tirith, ele estava pensando em ir até uma cascata de água entre muitas rochas, coisa que antes da guerra do anel, não mais existia, voltando agora a existir.
Ele deu uma escapada, torcendo para antes de chegar ao seu destino, encontra-se com Ayka. Infelizmente, não a encontrou.
Faramir não conseguia entender muitas coisas que ultimamente andavam acontecendo. Para começar, nunca se sentiu assim, era como se dessa vez ele realmente estivesse sentindo algo intenso, tão intenso, como quando ele viu o pai sucumbir, ou então como ele veio a saber as morte de seu irmão, mas mesmo tão intenso, era um sentimento, ao contrário desses outro, muito feliz. Nem mesmo Éowyn ocupava tanto tempo em sua cabeça, embora pensasse com freqüência na noiva, definitivamente na era a mesma coisa, era como se o que tivesse sentido todo aquele tempo por Éowyn, fosse uma grande amizade, e um sentimento de não querer ficar sozinho, precisando de seu carinho. Mas não mais que isso.
Logo que Faramir chegou a cascata, escutou a mesma encantadora voz, que cantava uma canção élfica a algumas noites atrás.
Era Ayka, estava apenas com os trajes de baixo, que uma mulher recatada usa, mas suas belas e torneadas curvas eram muito bem visíveis. Ela parecia até mesmo uma visão:
--Curvas perfeitas, para a mulher perfeita—Faramir não se conteve ao ver toda aquela graça, e não pode medir suas palavras na hora que anunciou sua presença.
Muito desconsertada, Ayka, correu para longe de Faramir, pegando rapidamente sua roupa, e correndo mais para dentro das vegetações do que para o início da montanha.
Ele a seguiu, não podiam ficar assim as coisas entre os dois, ao menos um pedido de desculpas ele teria que fazer a ela, ele não queria que Ayka ficasse zangada, ou jamais se magoasse com ele.
Conseguiu alcança-la, não muito longe, já totalmente na vegetação, perto de arbustos belos que antes também não cresciam por essas terras. Faramir a segurou com um pouco de força de mais no braço, ela acabou tropeçando, e os dois caindo:
--Ayka—Faramir tentava se explicar—por favor, não fique zangada, hora você está bem? Eu não queria que você ficasse constran...
Mas antes que Faramir conseguisse terminar esse seu pedido de desculpas, Ayka o surpreendeu com um mais precioso beijo.
Este beijo surpreendeu até mesmo Ayka, foi uma coisa que saiu de dentro dela, ela sabia que não deveria ter feito isso, sua mente a alertava todos os momentos "Ayka, ele é o regente de Gondor, e está noivo da irmã do rei Rohan, o jovem rei Éomer", mas quando percebeu, no momento em que ele caiu, caiu sobre ela, ao ver os olhos mais azuis e mais sinceros que já havia visto na vida, não pode agüentar, e os lábios de seu amado regente, eram como o mel, que agora ela bebia, como se ele nunca fosse acabar.
E para Faramir, o beijo durou anos, anos de felicidade, que ele pensou que teria com sua noiva, ele se viu, os tendo com Ayka, o toque de seus lábios, macios, e cor de rosa de mais para ele, no auge de sua felicidade, porém, Ayka havia deixado sua sanidade falar mais alto, e o empurrou com uma tal força, que até ela mesmo ficou surpresa.
Ayka fugiu de Faramir, voltando para Gondor, mas ele estava tão maravilhado com o que acabara de acontecer, que não poderia segui-la, sem dar pulos no ar, ou até mesmo voar.
Nesse dia, Faramir não pode dormir de contentamento, e nem Ayka, de culpa.
No dia seguinte, Faramir, estava disposto a encontrar Ayka e conversar muito sério com sua amada. Porém, ele a procurou o dia inteiro, e ela parecia ter evaporado-se.
Só no final do dia que ele tomou coragem e a esperou em seus aposentos, que eram muito próximo dos dele, e do rei.
Ayka, já havia visto Faramir, muitas vezes de longe, mas fugiu dele como um gato foge d'água. No final de seu dia cansativo, de ter que ajudar Arwen com a gravidez, para lá e para cá, ajudando ela se locomover, pois o bebê já estava nos dias de nascer, Ayka foi até o seu quarto, assim que Aragorn apareceu para ajudar a rainha no seu lugar, iria tomar um bom banho em sua tina. Mas ao chegar em seu dormitório, teve uma surpresa, Faramir, estava sentado em sua poltrona esperando por ela:
--O que faz aqui?
--Preciso conversar, eu sei que você está se escondendo, mas precisamos conversar, sem rodeios.
--Regente, não sei o que andou pensando ao meu respeito, mais, não sou qualquer mulher que o senhor esteja acostumado a lidar—Faramir estava cada vez mais próximo de Ayka—Posso parecer boba, alienada de todos os fatos, talvez, mas eu não sou!
Antes que Ayka tivesse vontade de fugir, Faramir, colou seus lábios nos dela, mas ela logo saiu dali, saindo de perto dele.
Faramir sabia que não deveria ter feito isso, mas foi muito mais forte.
Passaram-se umas poucas semanas depois que Faramir esteve no quarto de Ayka. Ele também a evitou por um tempo, sentindo-se envergonhado do que fez.
Em uma tarda como outra qualquer para Faramir, ele a viu, sentada, em baixo de uma árvore, naquela mesma vegetação que os dois se beijaram algum tempo atrás:
--Ayka?
Ela tomou um grande susto com a voz dele, mas não conseguiu deixar de ficar paralisada, e até por um breve momento sorrir.
Ele se sentou ao seu lado:
--Poderia lhe pedir desculpas, eu confesso que foi isso mesmo que pensei que devia fazer quando a visse novamente. Mas sabe de uma coisa? Agora que a vejo, sei que não vou me desculpar, estou apaixonado, e encantado com o efeito que isso me causa.
Ela ficou sem palavras por um momento, mas logo se virou para Faramir:
--Deveria eu saber que não devia ter acreditado que queria ser apenas meu amigo! E sido menos tola, talvez tivesse evitado tanto constrangimento.
Faramir não respondeu apenas segurou suas delicadas e pequenas mãos, e a tomou para si, chegando muito perto, e beijando-lhe a face, e os lábios.
Ela foi se deixando levar, e se entregando a cada beijo, e retribuindo, a cada carinho. Até que foi inevitável que os dois se entrelaçassem em um abraço, onde se tornaram um, onde Faramir puxou Ayka inteira para si, coisa que nunca havia feito com qualquer mulher, mas sabendo exatamente o que era para ser feito, sentindo o doce cheiro de jasmim de Ayka, de seu pescoço, de seu colo, e de suas pernas. Enquanto a Ayka tocava no peito de Faramir, com muito amor, mesmo que fosse errado, mesmo que se arrependesse para sempre, ele acariciou seus cabelos brilhantes e vermelhos.
Acabaram dormindo ali, juntos, mas logo Ayka acordou se vestiu, e se sentiu culpada pelo o que havia acontecido com ela, deveria não ter cedido.
