Nota: Os personagens de Inu-Yasha não me pertencem, mas eu sou louca pelo Sesshy.


Boa Leitura!


Capitulo 3: Juntos.

O hannyou parecia mal-humorado pra variar ao se levantar, muitas das flores haviam grudado em seus longos cabelos prateados e principalmente, aquele forte perfume o deixava atordoado. Foi quando entre milhares de pétalas de sakura, ele pode definir um cheiro que lhe era muito familiar. O único capaz de lhe trazer milhões de lembranças. O mesmo capaz de romper o lacre de cinqüenta anos existente em seu coração.

Quando finalmente pode fixar os olhos no lugar de onde vinha o cheiro, ele foi tomado por uma grande surpresa. Kagome estava com as mãos tapando os olhos e se virava pra encarar o hannyou. Eles estavam finalmente, frente-a-frente. Sem mais ninguém pra atrapalhar.

Sem acreditar no que estava acontecendo, Inuyasha fecha os olhos, como se isso fosse suficiente para apagar a imagem da colegial a sua frente, já que ele achava estar sonhando, achando que ao ouvir o senta, fora mais uma peça que seu coração lhe pregara. Mas mesmo que seus olhos estivessem fechados, seu nariz não o enganava, pois o cheiro da menina ainda permanecia no ar. Quando se deu por isso, sentiu a garota se aproximar.

-Não é um sonho - ele pensou.

"Quando a noite trás o silêncio...

Estou sozinho então eu penso...".

Hesitante. Kagome se aproximava de Inuyasha, aquele "senta" fora à prova necessária para lhe dizer que não estava enlouquecendo. E que o amado hannyou estava a sua frente. Pouco a pouco, ele abria os olhos e constatava que ela ainda estava ali. Foi quando notou, algumas gotas cristalinas tocarem seu rosto assim que a jovem lhe abraçou.

"Como fui deixar...

Você se afastar de mim...".

-Kagome... -ele sussurrou tentando manter sua voz calma.

-Inuyasha. -ela tentava, mas não conseguia controlar a queda das lágrimas. Quando ele pousou sua mão sobre seu rosto secando lhe algumas.

Com um olhar terno, porém surpreso, Inuyasha, encarava a colegial que até então, mantinha o rosto encostado em seu ombro e as mãos segurando fortemente o haori vermelho, o que fez o hannyou ficar corado ao sentir se tão próximo da garota.

"Vejo a vida passar sem graça...

No vazio dessa casa"...

O silêncio entre ambos estava se tornando incomodo, mesmo que estivessem com saudades um do outro, eles sabiam que aquele encontro não duraria para sempre. Contendo lentamente o verter das lágrimas, Kagome se soltou do hannyou passando a encará-lo até que finalmente lhe falou.

-Inuyasha... O que você queria me explicar?

Ele pareceu surpreso, como ela poderia saber que o que ele mais queria era uma oportunidade de se explicar! Mesmo porque ele não imaginava que havia falado isso enquanto dormia na arvore.

- K-Kagome... her! "Seu baka, vai perder mais uma chance". Os pensamentos se confundiam um pouco na cabeça do jovem. Se ele não falasse agora, talvez nunca mais tivesse essa chance.

"Fico a imaginar...

Você parece estar aqui.."

-...; - Kagome esperava paciente, que o jovem se manifestasse, mesmo que sua ansiedade para saber se aquelas palavras eram realmente sinceras ela tentava se controlar.

- Kagome, eu precisava... Hun!... Explicar, sobre o que realmente aconteceu naquele dia; O hannyou hesitava ao falar, como se mencionar aquele assunto novamente pudesse não só ferir a menina, mas como também lhe render alguns galos por causa do "senta".

-...; os olhos de Kagome começaram a ficar marejados de novo, mas ela conteve a vontade de chorar ao lembrar do que aconteceu. – Você não tem que me explicar nada Inuyasha, você fez sua escolha, eu não te culpo.-dizia ela friamente.

Nem mesmo ela poderia imaginar a reação do hannyou. Delicadamente ele a puxou de volta para mais perto de si. A abraçando ternamente, mesmo que aquelas palavras houvessem lhe cortado à alma, com tamanha frieza, ele ainda não podia deixá-la ir embora. Kagome podia sentir seu coração disparar com a proximidade. Tentando conter seus sentimentos, lutava para se desvencilhar do abraço, mas a cada tentativa sua, o jovem parecia lhe segurar com mais força, já para impedir que fugisse.

Finalmente, ela desistiu de resistir, permanecendo em silencio, tentando se acalmar e principalmente, esperando que seu coração diminuísse o ritmo, até que ele voltasse a falar.

"Eu me rendo...

Não dá pra te esquecer...

Sei que estou te perdendo...

Em cada amanhecer..."

"Vou vivendo...

Do pouco que ainda restou...

Desse amor..."

Continua...