Nota: Os personagens de Inu-Yasha não me pertencem, mas eu sou louca pelo Sesshy.


Capitulo 5: Uma flecha na escuridão.

-Porque eles não voltam vovó? - perguntava aflito o pequeno kitsume.

-Já faz quatro dias. -pergunta o jovem houchi.

-Não adianta ficarem desesperados, só eles podem decidir quando devem voltar. -diz a miko anciã.

-Eles são fortes, logo estarão de volta... "Mesmo que isso pareça ser impossível". - a jovem exterminadora pensava, evitando ao máximo que sua preocupação transparecesse a seus amigos.

Meu coração bateu asas ao seu fixo olhar,

Quando você riu provocadamente.

Para alguém tão esquecível quanto eu,

Encontrar você é o melhor futuro de todos.

A temperatura começou a cair, mas aquele jovem casal não parecia se importar. Já que a ùnica coisa que possuía um significado maior ali, eram os sentimentos que os envolviam.

Mas como todo bom sonho tem um fim, com esse não seria diferente... Um barulho quebrou o silêncio e a harmonia da floresta. Ao mesmo tempo em que uma forte energia, porém triste e melancólica se manifestava.

Nesse momento, Kagome e Inuyasha foram obrigados a separarem-se do abraço em que ainda permaneciam, para de alguma forma procurar a fonte daquela energia.

Quando eles menos esperavam, uma sombra começou a tornar-se iluminada pela lua. Para espanto dos dois, não era ninguém menos do que Kikyou. A jovem sacerdotisa ressuscitada. Ela empunhava seu arco em uma das mãos, mantendo-se em posição defensiva.

Kagome e Inuyasha assumiram uma postura tensa ao vê-la. Mesmo Inuyasha não a amando, ele não tinha coragem de feri-la. Kagome por outro lado, sentia-se frustrada, por não estar portando seu arco, não podia se defender muito menos defender o amado de sua "vida passada".

-Inuyasha... Menina. - a sacerdotisa sussurrou.

Um arrepio sinistro cortou as costas de Kagome, aquele não era um bom sinal, muito menos um pressentimento agradável. Kikyou passou a apontar uma flecha para o casal. Temendo o pior, Inuyasha entrou na frente de Kagome, fazendo com que ficasse claro a prova de que ele defenderia Kagome, mesmo que isso significasse tomar uma flechada em seu lugar. Ele não permitiria que Kikyou a ferisse por uma vingança direcionada a ele.

Os olhos de Kikyou não demonstravam tristeza e nem ódio, o que chegou por um momento a confundir Kagome, originalmente os olhos da sacerdotisa já não brilham, mas agora eles demonstravam um outro sentimento. Demonstravam derrota. Derrotada pela própria reencarnação em sua própria era. O amor de Inuyasha agora pertencia a uma garota inocente de olhos brilhantes e sorriso contagiante, não mais aquela jovem responsável de olhar frio e cheia de obrigações para com todos, menos com seus próprios sonhos.

Derrotada em uma batalha de um inimigo só, a duvida em seu coração não lhe permitira uma segunda chance. Como a concedida ao casal. Ela não sentia ódio, pois já sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer, mesmo assim aonde quer que fosse, ela desejava que ele fosse feliz. Afinal, era pra isso que ela estava ali. Aonde quer que fosse... Ao pensar nisso, um pequeno sorriso moldou-se nos lábios da sacerdotisa.

-Inuyasha... Menina - ela repetiu mais uma vez, só que mais alto. - Espero que entendam o que eu tenho que fazer; Depois disso ela começou a puxar mais a corda do arco, a seta da flecha começou a adquirir uma luz rosada que ofuscava os olhos do casal. Sem dizer mais nada, Kikyou atirou sem hesitar a flecha, sem ter uma mira específica, ela mirou apenas o casal. Inuyasha estava atônito ainda na frente de Kagome.

Antes de se retirar, Kikyou só teve tempo de ver o que se sucedeu antes da explosão de luz. Kagome desesperada abraçou fortemente Inuyasha pela cintura, forçando-o a mudar de posição com ela. Antes da flecha atingir o alvo aparente, Kagome já estava na frente de Inuyasha, tentando com seu corpo proteger seu amando hannyou e evitar que a flecha o atingisse. Depois disso, Kikyou não viu mais nada, a flecha atingiu seu alvo, desencadeando uma grande explosão de luz rosada, mas que logo se tornou branca e preencheu toda a região próxima a árvore sagrada. A missão já estava cumprida, então a sacerdotisa se retirou, desaparecendo entre as poucas sombras que ainda restavam na floresta.

Continua...