Capitulo 6 – Feridas

Catch me as I fall

Say you're here and it's all over now

Speaking to the atmosphere

No one's here and I fall into myself

Me pegue enquanto eu caio

Me diga que você está aqui e que está tudo acabado agora

Falando para a atmosfera

Ninguém está aqui e eu caio dentro de mim mesmo

Sakura vagava pelo cemitério. As almas mortas sussurravam-lhe a tranqüilidade e tristeza mórbida do lugar. Caminhava pelos túmulos imaginando as solitárias e sofridas mortes que abateram aquelas criaturas.

A lua cheia continuava a iluminar aquela noite. A grama molhada no sereno, exalava um gostoso cheiro de ervas. Sua mente incrédula ainda não conseguia crer no seu feito. Tudo que acontecera dentro da cidade proibida parecia um sonho. Um delicioso e triste sonho.

This truth drives me into madness

I know I can stop the pain

If I will it all away

Essa verdade me leva á loucura

Eu sei que eu posso parar a dor

Se eu quiser tudo irá embora

Ainda não acreditava que conseguira feri-lo, que quase o matara e que, agora, reluzia na lâmina de sua espada o doce sangue da vingança. Seus olhos carentes finalmente encontravam o túmulo desejado. Lá estava, no alto de um pequeno morro, abaixo da linda árvore florida, a lápide de Nadeshiko. Sua doce criadora estava enterrada abaixo daquele solo, mas sua tão pura alma encontrava-se junto aos deuses.

Após abandonar Syaoran, ela saltara da janela e, burlando a segurança real, conseguira chegar até ali. Sua face suada e manchada de pequenas gotas de sangue fitava, estranhamente satisfeita e deprimida, o local de descanso de sua amada mãe.

Don't turn away

Don't give in to the pain

Don't try to hide

Though they're screaming your name

Don't close your eyes

God knows what lies behind them

Don't turn out the light

Never sleep never die

(coro)

Não vire

(Não se entregue á dor)

Não tente esconder

(De qualquer forma eles estão gritando o seu nome)

Não feche os seus olhos

(Deus sabe que mentiras se encontra atrás deles)

Não desligue as luzes

(Nunca dorme, nunca morra)

O que diria ela se soubesse que sua filha, sua pequena Sakura, quase matara um homem, pelo simples desejo de prazer vingativo? Certamente ela choraria por sua pessoa e nunca mais conseguiria fitar seus olhos.

Este pensamento fez Sakura sentir-se horrível e lágrimas começaram a lhe brotar nos cantos dos olhos. Mas, o que ela poderia fazer? Sentia a necessidade de feri-lo, de fazê-lo sofrer! Ela necessitava sentir o gosto adocicado do sangue sujo daquele maldito Syaoran.

I'm frightened by what I see

But somehow I know that there's much more to come

Eu estou aterrorizado pelo que eu vi

Mas de algum jeito eu sei que tem mais para vir

Ela olha para a espada que carregava. Lá estava, a bela arma reluzente, mostrando-lhe a realidade. Aquilo representava tudo que ela era, que havia se tornado. Tudo que havia lhe restado. Seus olhos cansados observavam a lua. Suas lágrimas, agora, começavam a correr loucas e desenfreadamente por sobre o rosto manchado, lavando o pouco sangue de sua face.

De joelhos fracos, ela se deixa cair por sobre a frágil grama do túmulo. Estava exausta, acabada. Nada mais lhe parecia certo, correto. Sua vida, razão de viver, parecia extinguir-se naquela noite, naquele exato instante. Não conseguira matá-lo, mas o simples fato de feri-lo, de lhe arrancar um pouco de sangue do corpo, lhe completava, preenchia um vazio, lhe deixando satisfeita. Claro que ainda queria ser sua assassina, a carrasca de sua vida, mas era óbvio que ele contaria a todos sobre ela e à esta hora, a morte já estaria lhe aguardando no castelo. Assim que chegasse, seus suspiros estariam condenados.

Immobilized by my fear

And soon to be blinded by tears

I can stop the pain if I will it all away

Imobilizado pelo meu medo

E logo serei cego por lágrimas

Eu posso parar a dor se eu quiser tudo embora

Sentindo o coração apertado, ela se agarra a si a mesma, comprimindo a cabeça nos braços e permitindo a queda de sua espada. Seu choro não queria cessar e isto a estava deixando louca. Parecia estar chorando as lágrimas de uma vida inteira em um só momento.

Como se quisesse dar fim a todo aquele sofrimento, ela segura a espada entre suas mãos e, num ato desesperado, crava diante da lápide da mãe a lâmina ensangüentada, soltando um grito, amargurada.

Don't turn away

Don't give in to the pain

Don't try to hide

Though they're screaming your name

Don't close your eyes

God knows what lies behind them

Don't turn out the light

Never sleep never die

Não vire

(Não se entregue á dor)

Não tente esconder

(De qualquer forma eles estão gritando o seu nome)

Não feche os seus olhos

(Deus sabe que mentiras se encontra atrás deles)

Não desligue as luzes

(Nunca dorme, nunca morra)

Ofegante, ela se mantém de cabeça baixa, ainda segurando o cabo de ouro. Estava cansada e isso era claro. Lentamente, ergue-se e fita a cena a sua frente. Estava tudo acabado. Olhava tristonha e extasiada, a arma de seu crime, cravada no túmulo da mãe. Aquilo era a prova de que tudo chegara ao fim. Era a prova de que seu abandono fora vingado. Diante do túmulo da falecida, ela fizera justiça perante seu coração.

Finalmente, em parte, morreria satisfeita...

Fallen angels at my feet

Whispered voices at my ear

Death before my eyes

Lying next to me I fear

Anjos caídos aos meus pés

Vozes suspiradas nos meus ouvidos

Morte diante dos meus olhos

Deitando perto de mim eu sinto medo

She beckons me shall I give in

Upon my end shall I begin

Forsaking all I've fallen for I rise to meet the end

Ela acena à mim

Devo eu entregar

Sobre o meu fim devo eu começar

Esquecendo por tudo que eu cai

Eu subo para conhecer o meu fim

Don't turn away

Don't give in to the pain

Don't try to hide

Though they're screaming your name

Don't close your eyes

God knows what lies behind them

Don't turn out the light

Never sleep never die

Não vire

(Não se entregue á dor)

Não tente esconder

(De qualquer forma eles estão gritando o seu nome)

Não feche os seus olhos

(Deus sabe que mentiras se encontra atrás deles)

Não desligue as luzes

(Nunca dorme, nunca morra)

Os soldados, afobados, corriam para todos os lados, requisitando que os médicos fossem rápidos. "O Capitão Syaoran Li esta ferido!", gritavam pelos corredores. Logo a novidade chegava ao salão principal e a festa logo se resumia em cochichos sobre a noticia. Quando soube do ocorrido, o Imperador mandou que suas filhas e esposas fossem recolhidas e anunciou que a festa estava acabada, por questões de segurança.

Escoltado por vários generais e capitães, o Imperador, acompanhado por Kaho, logo chegou ao quarto onde se encontrava Syaoran. Adentrou o lugar e encontrou o jovem general, terminando de ser medicado. O médico logo se retira do quarto, quando o grande Filho dos Céus o pára.

- Como ele está, doutor?

- O corte foi profundo e ele perdeu bastante sangue. A pessoa que o atacou parece possuir bastante habilidade e conhecimento, pois quase atingiu órgãos vitais do Capitão! – Kaho franze a testa, ao receber tais informações - Mas, ele parece ter a sorte como companheira, afinal, está sobre a proteção dos territórios de vossa tão ilustre pessoa!

- Se ele tivesse tanta sorte e meus domínios fossem tão bem protegidos como diz, ele não teria sido atacado! – fala firme e frio.

- Se me permite senhor...? – fala o médico meio constrangido.

- Pode se retirar!

- Sim, grande Filho dos Céus... Deseja... Algo de mim?

Se aproximando do jovem guerreiro, ainda meio tonto devido aos remédios, o Imperador o observa calmamente.

- Diga-me, Capitão, como era o homem que lhe atacou?

Li permaneceu calado e Kaho viu, neste exato instante, a amargura e fúria se concretizarem nos olhos ressentidos. Aquilo a fez ficar mais desconfiada, e seu coração começou a bater de forma descompassada.

Syaoran sentia sua alma doer com tudo aquilo. Jamais pensou que ela iria feri-lo daquela forma, com propósitos tão egoístas. Ela teria matado-o se os guardas não houvessem chegado a tempo e o que era pior, sem qualquer sentimento de culpa ou receio.

Por mais que a estivesse odiando neste instante, ele não poderia ser imprudente. Se contasse que Sakura, a 10º filha do grande Imperador, era uma habilidosa e infame assassina, a morte lhe seria certa, pois além de tornar-se uma traidora por ferir gravemente um guerreiro do império e de sua própria pátria, ela era mulher e a punição por tentar matar um homem, era o descanso eterno.

- Eu...- Kaho sentiu sua respiração falhar e seu peito comprimir-se em desespero - .... Não sei quem era. Ele usava uma máscara e tudo ocorreu de forma tão rápida... Eu bebi um pouco em vossa comemoração, grande Imperador, pois estava feliz por estar em sua presença, após tantos anos e... Não sei, ele me pegou de surpresa, eu nada tinha a meu dispor, não lembro muito bem... – fala cansado.

- Está tudo bem, jovem Capitão, entendo sua situação. Não se preocupe, daremos um jeito nesta confusão, por isso procure descansar, sim?

- Agradeço, divino senhor. És muito bondoso!

Syaoran vê o Imperador se retirar. Antes de fechar os olhos, nota que a mulher que o acompanhava, fica a lhe fitar por alguns instantes. Ela sabia! De alguma forma, ela sabia que ele estava mentindo.

Sentindo-se perturbado pelos olhos penetrantes, ele se vira com cuidado e fecha os olhos, tentando dormir.

O Imperador caminha até seu quarto, ainda acompanhado por Kaho e seus guardas.

- Bem, mandarei que vossa pessoa seja escoltada até sua casa, para sua própria segurança.

- Não será necessário. Meus criados são muito bons guerreiros e confio em suas habilidades, meu senhor. – fala docemente.

- Faço questão que a senhorita seja acompanhada por meus soldados. - fala firme.

- Já lhe disse que não será necessário, grande Imperador. – fala contrariada. – Confio fielmente em meus homens e, por isso, não aceito vossa ajuda. Por favor, entenda!

O Imperador sente o sangue lhe subir a cabeça. Mulher cabeça-dura! Sempre o desafiava e isso lhe deixava injuriado. Se estivessem a sós, ele continuaria insistindo em sua segurança, mas devido à presença de seus homens, ele não podia deixar suspeitas serem levantadas sobre o relacionamento dos dois.

- Está bem, se assim desejas!

- Agradeço, vossa majestade. Ah, se não for pedir demais, poderia me deixar ver sua filha Sakura, antes de minha partida?

Ah, finalmente uma oportunidade para vingar-se da teimosia da senhorita Kaho Mizuki.

- Creio que minha filha esta cansada e estressada, devido à festa. Acho que não podes vê-la hoje, senhorita.

"Oras, mas que homem petulante!", xinga mentalmente. Criatura vingativa, só não permitia que ela visse Sakura, pois ela recusara sua ajuda.

- Está bem... - fala de modo frio – Agradeço de todo jeito, senhor. Até outro dia grande Imperador. – faz uma reverência e se retira.

Kaho se dirigia para sua casa dentro de sua carruagem. As ruas estavam calmas e quietas, e ouvia-se somente o barulho feito pelos grilos que pernoitavam. Afundando em seus pensamentos, ela percebia que toda aquela situação parecia gritar o nome de sua protegida. Mas ela não podia acusá-la sem provas, até porque não queria acreditar nas evidências.

Sempre soube, desde o inicio, que Sakura tinha algum rancor, uma mágoa muito grande, com relação ao senhor Syaoran Li. Nunca conseguira descobrir detalhes a respeito, e por isso, nunca soubera entender estes sentimentos negativos de sua pequena flor.

No entanto, de alguma forma, sentia que aquilo havia sido obra dela. As informações do médico aumentavam ainda mais suas suspeitas, pois havia ensinado golpes mortais a ela. Explicara onde atingir os órgãos vitais dos oponentes e como realizar cortes profundos, de maneira rápida e precisa. Tudo isso se aplicava à situação em que se encontrava o capitão.

Além disso, golpes na região do abdômen eram os favoritos de Sakura, pois se o ferimento fosse profundo, o inimigo se desvalia em sangue rapidamente e as forças eram perdidas de modo que o corpo caía cansado em poucos instantes.

Era tudo tão óbvio e doloroso, que ela não queria acreditar. Por um instante, ela lembrara-se que uma espada sumira do salão, onde ocorrera a batalha. Por algum motivo desconhecido, chamou seu cocheiro.

- Fuyutsuki, vá para o cemitério!

- Mas, senhorita, está perigoso desviar o caminho hoje. Não achas melhor ir direto para vossa moradia, levando em conta o incidente dentro da cidade proibida?!

- Não me desobedeça, Fuyutsuki! Além disso, se minhas suspeitas estiverem corretas, não há perigo de um ataque contra nós...

- Se assim desejas... – fala temeroso.

O cocheiro pára os animais e os faz desviar. Os dois guerreiros que acompanhavam a carruagem estranham a situação, mas nada falam ou comentam, pois conheciam sua senhora. Ela era sábia e misteriosa e havia lhes ensinado a lutar, melhor que qualquer mestre bem aplicado. Eles jamais se dariam ao luxo de lhe contrariar, tampouco duvidar de sua sabedoria.

Vagando pelas ruas de chão batido, os cavalos relinchavam baixinho, como se não quisessem atrapalhar o sono das mentes sonhadoras. A noite escura era calma, fazendo companhia a pacifica lua cheia, que emitia sua luz brilhante, iluminando os corações perdidos na escuridão de suas almas.

De repente, Kaho sente o gostoso balançar da carruagem ser interrompido e seu fiel cocheiro lhe arquear a porta. Estendendo-lhe a mão, que se encontrava coberta por uma luva grossa, ele lhe auxilia na decida. De forma lenta e trêmula, ela saí e fita, com seus olhos afobados, o portão do cemitério. Fuyutsuki abre o portão, permitindo a sua passagem.

Com passos incertos e vagarosos, ela caminha em meio às lápides. Não queria estar certa, por isso rezava para não encontrar qualquer indício que comprovasse suas suspeitas. Ela não sabia o que procurava, tampouco o porque de estar ali, mas alguma coisa parecia lhe encaminhar até algum lugar.

Desde pequena, ela sempre teve estes estranhos pressentimentos. Às vezes, forças além da sua compreensão pareciam tomá-la e levá-la a lugares que ela nunca pensaria em ir, ou, em outros casos, o vento parecia sussurrar-lhe evidências e respostas ao ouvido, como se a verdade estivesse mandando-lhe um recado.

De repente ela pára. Lá estava. A sua frente, encontrava-se a resposta de sua dúvida e de todo aquele quebra-cabeça. Uma lágrima escorria-lhe pelo rosto solitário e seu coração comprimia-se dolorosamente. Diante do túmulo de Nadeshiko Tuang, encontrava-se uma espada, cravada no solo, profanando o local de descanso daquele anjo caído. A espada dourada, do salão de armas do Imperador. Lá estava, a espada que carregava no cabo dourado, o semblante da dinastia Tuang...

Sakura banhava-se em seu quarto. Suas roupas haviam sido escondidas, pois estavam manchadas e sujas. Arrancava de seu corpo todo o sangue imundo que lhe havia contaminado. A água límpida, manchava-se com a prova de seu crime e ela estava pronta para pagar por ele. Aceitava a morte como uma menina aceita seu pretendente: assustada e curiosa.

Ela sabia que nunca viria a se casar, tampouco traria crias suas ao mundo. Jamais seria tocada por um homem e morreria tendo beijado apenas dois homens: o gentil e doce senhor Tsukishiro e o desprezível e pervertido Syaoran Li.

De repente, Lang adentra seu quarto. Corre até o quarto de banho e lhe olha de forma espantada e ofegante.

- Ah, minha menina!!! – corre e abraça a cabeça molhada de Sakura – Pelos deuses, que bom que estas bem!

- Ai, Lang, estas a me sufocar! – a mulher lhe solta a cabeça – Ai, assim está melhor! Mas o que tu tens mulher?!

- Ah, menina! – Lang lhe puxa uma das orelhas.

- Ai, mas o que fiz?!

- Somes assim, sem avisar ninguém e quase me mata do coração, criança teimosa!

- Ai, só saí porque estava cansada e queria tomar um banho, pois estou com calor!!! – Lang solta sua orelha.

- Criança, não soubeste o que aconteceu?

Sakura sente o corpo gelar. Então, todos já sabiam. Li finalmente havia contado que ela havia lhe ferido e ido contra as leis dos homens.

- O Capitão Syaoran Li foi atacado por um homem misterioso, que conseguiu penetrar a segurança imperial! Estava assustada, pois não lhe encontrava e achei que tivesse sido ferida também!

- O quê?! – fala surpresa – Já falaram com o Capitão?

- Sim...

- E ele contou quem foi?

- Sim, disse ter sido um guerreiro misterioso, com uma máscara. Não sabia ao certo, pois tudo foi muito repentino!

Sakura pára e fica fitando o nada. Ele não contara a ninguém! Ninguém, além dele, sabia que ela o havia ferido. Mas, por que não contou a verdade? Orgulho? Talvez, pois quase fora morto por uma mulher. Pena? Impossível! Depois de xingá-lo e trata-lo daquela forma, pena era a última coisa que ele sentiria por ela. Ou seria castigo? Talvez ele só a estivesse punindo, pois de alguma forma, sabia que ela se preparara, este tempo todo, para matá-lo e depois morrer. Era isso!!! Ele a estava punindo, deixando que ela continuasse a viver naquele maldito lugar, aprisionada sem qualquer escapatória. Ele estava negando-lhe o direito ao descanso eterno.

- Por quê? – sussurra em voz trêmula.

- Como? O que dissesses minha criança? – pergunta a velha, confusa.

- Como? Ah, nada, não foi nada! – lava seu rosto apressadamente, evitando que as lágrimas fossem vistas – Bobagens de minha cabeça, não se preocupes!

- É muito estranha, minha menina! – ri a velha com gosto – Hã? Sakura, que manchas são estas em tua água?

- O quê?! – olha espantada, percebendo que a coloração avermelhada do sangue de Syaoran, dissolvia-se em seu banho – Eu... Er...

- Tuas regras finalmente chegaram, menina Sakura? – fala Lang, com um grande sorriso.

- Ah, talvez! – fala meio sem jeito.

- Oh, que felicidade! Já é uma mulher, minha querida!

- Eu acho que... Não sei...talvez tenha sido só um aviso!!! – fala sem jeito.

- Aviso?! – fala desconfiada.

- Sim! Isso mesmo! Afinal, você vivia dizendo que eu andava meio atrasada com relação às outras! Talvez os deuses quisessem lhe avisar que não há com que se preocupar quanto a este problema! – fala, lembrando-se do quanto Lang era supersticiosa.

- Mas... – Sakura engole seco e sente um arrepio lhe atravessar a espinha -... É claro!!!

- Como?!

- Só pode ser isto! Ah, não vou mais me preocupar! Cada um tem o seu tempo, certo?! – fala alegremente.

- Ce... Certo...

- Bom, saia logo deste banho, pois esta ficando tarde!

- Sim.

Sakura retirou-se da água e vestiu-se para dormir. Estava esgotada, tanto física como mentalmente. Precisava descansar, merecia! Depois de tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, seu coração, mais do que ninguém, necessitava de um merecido descanso.

Sakura sentiu a maciez de seu colchão ceder, ao deitar-se sobre ele. A noite era quente, dispensando cobertas pesadas. Seu corpo foi tapado por um simples lençol. Seus cabelos, ainda úmidos, emanavam um perfume natural de flores, enquanto umedeciam o travesseiro.

- Bem, tenha uma boa noite, meu anjo. Que a tua mãe te encontre em teus sonhos... - sorri para a menina, que retribui.

- Obrigada. Bons sonhos para você, também, Lang...

- Obrigada, minha menina!

Lang começava a se aproximar da porta quando Sakura a chama, baixinho.

- Lang?

- Sim?

- Você... – ela hesita.

- O quê?

- Você sabe, com esta o Capitão?...

- Ele está muito ferido, pois o corte foi profundo e muito sangue foi perdido, mas ele ficará bem...

-...

- Te preocupas com ele, não?

- De todas as pessoas que o conhecem... – ela suspira profundamente -... Sou a que menos se importa, ou tem pena... Por mim, a morte falhou ao não levá-lo...

- Não sabes o quão triste me deixas, ao ver esta tua figura, tão amargurada... – ela pára e fita o quarto escuro – Não tenho necessidade de lhe perguntar o que tanto te deixa angustiada, pois não possuo este direito... Mas, ver-te assim me faz voltar ao passado e reconhecer em você a pessoa tristonha que tua mãe eras... – Lang fala, enquanto lentamente fecha as portas dos aposentos de Sakura.

- O quê?! – Sakura se levanta de súbito e olha surpresa para a porta que se fecha.

- Boa noite... – fala através da porta.

Sakura olha, de cenho franzido para a porta, em meio a escuridão da noite. A fraca luz que penetrava seu quarto muito pouco lhe permitia enxergar. O que Lang queria dizer? Diabos, aquela mulher teimosa parecia uma caixinha de surpresas e enigmas. Ela era bastante vivida, e por isso conhecia inúmeras coisas sobre o passado do Imperador e deste império. Pouco lhe falava sobre os antigos conflitos de sua mãe e do Filho dos Céus. Era uma mulher muito fechada para o passado, como se alguém houvesse feito algo terrível e isto até hoje assombrasse a vida de alguns.

Deixou-se cair na cama, novamente. Estava cansada desta vida. Tantos problemas, conflitos, enigmas indecifráveis, segredos envolvendo sua vida... Que ela não agüentava mais. Queria fugir, sumir da cidade proibida. Queria declarar falecida, a princesa Sakura Tuang...

Sorae caminhava lentamente até os aposentos de seu esposo. Mesmo com tantas confusões, ele mandara avisar a ela, que queria vê-la esta noite. "Humpf, animal desprezível! Mesmo com tantos problemas, insiste em me possuir esta noite!", pensa irritada e eufórica. Apesar de rejeitá-lo mentalmente, ela, mais do que ninguém, queria sentir o corpo repleto de desejo daquele homem. Já fazia tanto tempo, que até esquecera qual era a sensação de ser amada por ele.

Depois de todas as mulheres serem recolhidas, ela havia se dirigido a seu quarto, onde logo em seguida foi avisada sobre as vontades do grande abençoado. Sentiu-se boba, pois ficara feliz como uma consorte virgem, o que ela não mais era. Havia se lavado e perfumado para ele, e agora, enquanto era escoltada por suas criadas e dois guardas, odiava-se por arrumar-se tanto.

Chegando à frente das grandes portas que ela tanto conhecia, soldados lhe abriram caminho e a deixaram passar, fechando o local logo em seguida.

Viu a sua frente a cama de seu Imperador, que era adornada por grandes véus semitransparentes. Subiu a pequena escada que a levaria até seu destino, quando uma súbita friagem no estômago, começou a lhe incomodar. "Droga, Sorae! Pare com isso, você não é mais uma menininha! É uma mulher!", brigava com sigo, enquanto tremia.

Seu suspiro foi baixo, mas não menos cansado. Sentia-se triste ao ver que não mudara seus hábitos. Sempre que iria compartilhar carícias com Chon, suas reações eram as mesmas. Primeiro a revolta, em que ela dizia para si mesma que não cederia a ele, em hipótese alguma. Depois, a ansiedade; e por último, a completa e plena felicidade.

Suas pernas estavam bambas, deixando-a mais insegura a cada passo. O chão parecia tremer e impedi-la de prosseguir com sua missão. Seu coração, não mais batia, tamanho era seu nervosismo.

Aos poucos, via por detrás daqueles panos, o rosto de seu amado se formar. Ele vestia uma roupa confortável e de fácil acesso. Encontrava-se sentado, de pernas cruzadas, no centro da cama, parecendo o menino de tempos atrás. Seu belo rosto a encarava com olhos calmos e travessos, como se lhe dissessem que ela não tinha escapatória. Seu sorriso convertido em malícia, ria da situação, pois ela o havia desafiado e agora pagava por tanta ousadia.

Lentamente, ela se senta no leito e se coloca ao centro, de pernas dobradas, bem à frente do grande senhor dos céus.

- Oras, mais quem eu encontro em meu quarto? – fala debochado – Minha bela esposa Sorae... Pensei que houvesse dito que não queria mais meus carinhos...? – fala com voz divertida

- Cumpro ordens, meu Imperador. Disseste que me queria em teu quarto e eu, como uma esposa obediente e leal, estou aqui à sua frente.

- Faz-me rir, se dizes que me és obediente. Mulher mais contrária as minhas vontades que tu não existe. És a única, em meio a todas as minhas senhoras, que desafias e contraria minha pessoa! – olha com olhos de criança travessa para ela, que se sente irritar e lhe olha atravessado – Não disse? Já me olhas com cara de "morra seu desgraçado!" – ri com gosto da situação – Admitas: jamais outra console ousaria me fitar com este olhar!

- Vá para o inferno, Chon!!! – berra na cara dele – Tento respeitar, com todas as minhas forças, o pouco da pessoa que ainda significas para mim. Não queria vir a teu quarto esta noite, ou em qualquer outra, mas se negasse teu pedido diante de teus servos, fariam pouco caso de tua pessoa! Eu, tola, me esforcei para te respeitar, mas você não merece nada! Nada, está me ouvindo! Nada!!!

Sorae começa a sair, às pressas da cama, quando Chon a puxa e ela retorna para o centro. Ele se põe de quatro sobre ela e lhe agarra os pulsos.

- Saia de cima de mim, seu verme nojento!!! – esperneia zangada.

- Não sabes o quão divertido é te irritar! – fala rindo.

- O quê?! – pára cansada.

- Desde pequena sempre foste estressada, Sorae. Não sabes como eu me divertia, incomodando-te! Era minha atividade preferida! – sorri de forma meiga.

- Seu idiota! Continua a mesma criança de antes. Não cresceste nada em teu caráter e maturidade. Saía, agora de cima de mim, ou irei gritar!

- Grites, mais nem um som irá sair!

- Como?

- Sorae... – ele solta uma de suas mãos e acaricia o rosto macio – É uma mulher muito especial para mim...

- Mentira!!! – ela acerta o rosto do Imperador e tenta se libertar, mas ele logo a segura novamente.

- Droga, mulher! Não posso nem tentar lhe ser carinhoso e tu me acertas na primeira oportunidade! – esbraveja zangado.

- Já te disse que não acredito em tuas carícias, tampouco em teus chamegos mentirosos! Pensas que eu não sei que anda enamorado da jovem embaixatriz, seu nojento?!

- O quê?!

- Vi como olhavas para ela, enquanto conversavam!

- Deixes de ser louca, mulher! Ela é como uma amiga para mim! De onde tirastes este absurdo, se eu mesmo a apoiei quando não passava de uma jovem inexperiente e perdida em sua carreira. Tenho um grande carinho por ela, sim! Isto não nego, mas estar apaixonado?! Além do mais, ela é mais nova que eu!

- Desde de quando idade é problema em nossa sociedade?! Além disso, tu vês as mulheres como objetos, e teu afeto não passa de desejo, seu animal!

No mesmo instante ele lhe acerta um tapa na cara. Ela permanece de cara virada e quieta.

- Nunca ouse me faltar com o respeito... Mesmo assim, peço perdão pelo tapa...

- Seu fraco... – resmunga em uma voz sufocada.

Isso... Era disso que ela precisava. Quanto mais ele lhe maltratasse, mais ela o odiaria e daria fim àquele sentimento revoltante.

- Tu pensas que me engana?

- Como?

- Te fazes de doce em minha presença, mas não passas de um animal primitivo, cheio de desejos pervertidos... – ri debochada.

- Sou aquilo que agrada minhas esposas... – ri – Mas, parece que nunca consigo ser o certo para você...

- Você não consegue ser o que eu quero, então seja o que você é, seu monstro...

- Se meus carinhos não funcionam... – ele lhe agarra os cabelos e aproxima os rostos -... Serei aquilo que sempre nos dá prazer!

Chon beija-a em seguida. Sem introduções lentas e calmas, seus beijos eram selvagens e descontrolados. Aquelas bocas nunca conseguiam beijar-se sem fulgor, pois sempre se amavam sem qualquer sentimento romântico. Aqueles corpos se satisfaziam com aquele prazer descontrolado, que sempre se originava de uma relação selvagem e sem controle.

Logo, Chon arrancava as roupas de Sorae, sem qualquer passividade ou cuidado, deixando marcas vermelhas na pele clara. Ele lhe agarrava os ombros, os seios, a cintura, com tamanha violência que estes sempre ficavam doloridos e marcados, como se ela pertence-se a ele. Este pensamento lhe revoltava, mas nunca conseguia parar de beijá-lo ou de tocar-lhe o corpo.

Sorae, apesar de mais recatada, não era menos passiva. Afastava aquelas roupas leves com fúria, faminta e descontrolada. Adorava marcar suas unhas naquelas costas firmes e tocar, abraçar, apertar, aqueles músculos bem torneados, resultado de treinamentos antigos.

Logo, suas roupas não mais cobriam seus corpos e eles se agarravam desesperados, um ao outro. Aquele prazer obtido era tão intenso, tão desejado e ambicionado, que os corpos suados não conseguiam cessar. Apesar de não serem o casal perfeito, ambos gostavam de estar juntos.

Apesar da culpa que o Imperador sentia, ela era irresistível à sua libido. Aquela mulher lhe provocava e debochava de sua pessoa, mas ao mesmo tempo, lhe instigava a fazer coisas, que nunca fizera com nenhuma outra. Com certeza era uma relação bastante complicada e pervertida, mas ele não conseguia resistir. Nem sabia explicar como conseguira agüentar tanto tempo sem chamá-la.

Sorae sabia estar errada ao ceder aos desejos dele. Toda a vez que se amavam, seu amor por ele só aumentava. Ela não conseguia evitar. Era tudo tão bom e errado, que a situação, por alguns milésimos de segundo, tornava-se cem porcento certa, sem erros ou contradições. Mas, infelizmente, bem no fundo de sua alma, ela sabia que isso só a machucava. Nada mais importava, seu destino era assassinar o pouco de dignidade que lhe restava, em nome do único homem que amara durante toda a sua vida...

O jovem guerreiro segurava sua amada em seus braços. O vento soprava calmo, por entre as árvores. O sereno caía lento por sobre seus corpos, deixando o refrescando o ambiente.

Ele olha, maravilhado, para a pequena criatura em seus braços. Pey-Meii era tudo em sua vida. Muitos lhe chamavam de tolo por amar uma feiticeira, mas ele sabia que todos estavam enganados. Diziam que ela seria sua ruína, mas desde que a conhecera tudo parecia perfeito.

Era bela, belíssima. De pele levemente morena, olhos negros penetrantes e cabelos escuros, como a noite; sua linda musa lhe inspirava nas batalhas e embalava sua alma. Mesmo nunca tendo tocado seu corpo, pois ela se guardava por assuntos pessoais, nunca se sentira tão extasiado nos braços de outra mulher, como se sentia com ela, beijando sua boca. Suas prostitutas e meninas apaixonadas, nada eram aos pés de sua adorada Pey-Meii, a razão do seu viver.

Sentindo ela lhe focar, com um olhar curioso, sorri levemente.

- Por que sempre me fitas com esta face apatetada? – fala desconfiada.

- Ei, não fales assim de mim! Apenas te fito desta forma porque é tudo para mim!

- Ai... – suspira cansada – Tu és um idiota, Camus. Fica o dia inteiro olhando-me desta forma que odeio. Quando acordo, estou sobre sua observação. Quando como, quando treino, quando faço meus rituais e quando vou dormir, teus olhos estão sempre a me seguir! Não tens nada melhor para fazer, não?! – fala irritada, ficando de joelhos, longe dos braços dele.

- Pey-chan... – sussurra macio, enquanto lhe agarra a cintura e a aproxima de seu corpo -... Será que não entende? Tu és a mulher mais linda deste mundo! A mais doce, sensual e desejada! Para mim, não existe criatura mais perfeita que você! Eu te amo, com todas as forças do meu coração! – fala lhe beijando os lábios.

- Solte-me, Camus! – ela afasta os corpos e se senta na frente dele – Você é patético e meloso! – fala com postura de criança – Me trata como uma rainha, quando na verdade, não passo de uma plebéia. Sou impura para nossa raça e tratada como prostituta por teus guardas. Sou condenada pelas moças e rejeitada até por concubinas! Sou uma feiticeira e por isso me julgam falsa e traiçoeira! Não sou doce, nem meiga, quando sei que preferes mulheres assim! Sirvo para seduzir e matar, não para casar! Pergunto-me por que gostas tanto de mim, quando sabes que só uso-te a meu favor!

Camus a olha tristonho. Pey-Meii já havia sido tão maltratada, esculachada e malvista, que perdera a fé em si mesma. Era verdade que ela não era flor que se cheirasse; que por vezes o colocara em maus lençóis e que fora criada para trair, não servir, mas ele estava apaixonado! Sabia que falavam mal por suas costas. O chamavam de tolo, ingênuo, mas nunca ousavam dizê-lo na cara. Sabia, também, que ela só o usava. Mas, ele acreditava que poderia fazê-la se apaixonar! Ele precisava acreditar...

- Eu te amo... – olha-a sério - É tudo que tenho para lhe dizer...

- Sério?! – olha-o com os olhos contrariados – E continuarias a me amar, mesmo se eu disser que não será meu primeiro homem? – fala provocadora.

- Sei de tua missão e da importância dela...

- E se eu disser, que mesmo sabendo de teu amor, me submeterei a ser tocada por um qualquer, sem dar importância alguma a teus sentimentos?

- Sim... – engole seco.

- Que irei trocar juras de amor com outro, entregando palavras que deveriam ser tuas, que tanto te esforças para me seguir? – ela se aproxima um pouco dele - Que serei possuída, dia após dia, até que um desgraçado qualquer preencha meu ventre com uma criança que será fruto da minha desgraça e que sempre gritará em teus olhos que não fostes o primeiro a me ter?! Sim, ainda sim me amarias e jurarias que sou a única para ti?! – grita na cara dele, olhando fundo em seus olhos.

Pey-Meii vê os olhos de Camus encherem-se de lágrimas e suspira cansada.

- Ai...- ela caí para trás, deixando suas pernas abertas por sobre o colo dele. – Você é patético, Camus! Eu sou tão má com você. Esculacho teus sentimentos, descarrego minha raiva sobre ti, juntamente com minhas dores e tu nada fazes! Não te entendo, homem! Ou você é idiota ou é louco... – fala descrente.

- Sim... Eu estou louco! Eu estou apaixonado, como não poderia estar louco?

- Então pare! – ela lhe agarra a cabeça – Me esqueças! Deixe-me morrer, vá embora! Case-se com uma mulher bonita, direita e pura!!! Tenha filhos, muitos filhos! Envelheça com tua esposa e quando estiver bem velhinho, olhes para trás, ria com gosto e digas: "Como eu era tolo, idiota! Perdi boa parte do meu tempo seguindo aquela prostituta, que a estas horas, nem viva deve estar mais!!!" – fala com raiva e ofegante.

Ele a abraça forte.

- Não... Não vou te deixar! Eu já disse que te amo e nada vai me tirar de perto de você. – ele afunda o rosto nos longos cabelos negros – Mesmo que me rogue mil pragas, que me humilhe na frente de todos, que me provoques com tua língua afiada, eu continuarei à teu lado, pois você é tudo para mim! Não me importo com mais nada que não seja você...

- Idiota... – afunda o rosto tristonho, no pescoço dele.

- SEU idiota... – lhe beija o ombro.

Camus sabia que Pey-Meii se odiava. Odiava seu sangue impuro, sua íris obscura e olhares traiçoeiros. Odiava seus cabelos, sua pele, seu corpo sensual, tudo! Ela odiava quem ela era. Ela havia sido a causa do suicídio da mãe, da queda de homens direitos que a desejaram. Ela era o pecado encarnado e tinha consciência disso. Mas, ele sabia que por detrás de tanta desgraça, havia uma garotinha triste e carente, que necessitava de apoio. E ele seria este apoio. Seguiria sua amada até o fim. Daria sua vida pela dela, se assim fosse necessário...

Syaoran sentia os primeiros raios de sol lhe iluminar a face. Um gostoso calor lhe envolvia a pele, fazendo com que despertasse aos poucos. De seus sonhos nada lembrava. Tudo lhe parecera tão negro e sombrio... Mexendo-se devagar, sente uma pontada lhe fisgar no abdômen.

Lá estava, a prova do crime de seu anjo. Lá estava, impregnada, rasgada na sua carne, toda a angustia e raiva de Sakura. A tristeza não podia lhe ser menor, pois sabia que uma criatura que compartilhara de tudo com ele, agora o fazia alvo de suas habilidades.

Mexendo-se com cuidado, para não agravar sua situação, lentamente se põe de pé e caminha até uma mesa, não muito longe. Captura com uma de suas mãos um grande jarro de água e derrama por sobre uma taça de cobre, uma grande quantidade. Em seguida, de modo bastante afobado, engole às pressas o líquido refrescante.

Caminha até a janela e abre de leve as cortinas. O sol nascia e banhava a terra de luz. Os belos jardins pareciam acordar juntamente com os pássaros e uma ótima sensação de bem estar lhe tomava a alma. Olhava carinhosamente para a grande cerejeira central e lembrava-se dos bons tempos de infância. Este império um dia havia lhe servido de moradia. Um dia este fora, por um breve tempo, seu lar temporário. Mas ele abandonara tudo isso. Deixara para trás suas brincadeiras infantis, sua família, suas lembranças. E o mais importante: deixara Sakura, sua única amiga de verdade, naquela época.

Deixá-la fora triste e difícil, mas o destino não havia lhe dado escolhas. Ou melhor, seu pai e o Imperador não haviam lhe dado escolhas. Foram desumanos e rígidos, lhe mandando escolher entre duas coisas difíceis. Ele não podia decidir o destino de Sakura, e por este motivo aceitara se afastar e treinar para se tornar um guerreiro bravo e forte.

Escora-se de leve no lado da janela, apoiando a cabeça no canto desta. Observava com olhos cansados o imenso céu que se renovava. O grande império da capital um dia lhe dera abrigo, carinho e uma valiosa amiga. Mas, assim como as coisas surgem repentinamente, vão embora mais rápido e fácil do que chegaram. Não havia mais lugar para ele neste castelo. Não havia mais motivos para permanecer na intrigante cidade proibida.

Sorae lentamente arqueava seus olhos para a vida. Seu corpo estava cansado e deliciosamente extasiado. Sentia os braços fortes de seu amado lhe envolverem o útero e sua cabeça umedecida apoiar-se em seus seios nus. Seus longos cabelos negros espalhados pela cama misturavam-se facilmente com os lençóis de seda rubra. Seu corpo descansava silenciosamente, como se implorasse aos deuses que lhe deixasse mergulhar naquela imensa e prazerosa nostalgia, adormecendo para sempre.

Aquela era a falsa felicidade, pensava tristemente. Esta era a felicidade que ele podia lhe oferecer. Seu coração implorava por seu amor e sua alma rezava por sua destruição. "Maldita contradição...!", pensava irritada. Afastando-se de leve dele, retira-se do leito do Imperador. Coloca-se de pé e caminha até o espelho. Olha sua imagem refletida e não sente qualquer diferença.

Em seus primeiros anos de casada, costumava repetir o mesmo ritual. Sempre, em sua face séria, encontrava um grande sorriso inocente. Era sua alma mostrando-se para vida. Era um gesto simples, sem muita extravagância, sempre contendo uma tímida simplicidade. No entanto, o tempo encarregou-se de lhe roubar isto. Com o passar dos tempos, a felicidade de dar à luz a Chiu-Liang e Meiling passaram, e seu amor pelo seu senhor tornara-se algo amargurado e atormentado.

Vendo agora sua imagem madura e seus olhos vazios, seu sorriso, a sua pequena demonstração de amor, não tinha mais forças para mostrar-se ao mundo.

Enquanto olhava-se compenetrada, para sua face espelhada, o Imperador acordava. Satisfeito e melancólico, seu corpo encontrava-se mergulhado em êxtase pela noite. Procurando, com a visão embaçada, por sua Imperatriz, nota que ela não mais compartilhava de seus lençóis. Recuperando o foco, vira-se com cuidado e de forma calma. Nota a alongada silhueta de sua esposa diante do espelho.

Seu corpo nu, coberto pelas longas e escuras medeixas, embriagava seus olhos e cegavam-lhe o coração. Tão desejada por seus instintos e tão repudiada por suas lembranças, fazer amor com a menina que crescera a seu lado doía-lhe fundo na alma. Ama-la, possuí-la sem um pingo de amor, que não fosse fraternal, machucava não só a ela, mas também a si próprio.

Ela se vira para a cama, sem qualquer preocupação e encara os olhos de Chon. Estáticos e sem palavras, fitam-se por vários minutos, que parecem durar horas, até que Sorae se dirige para perto de onde ele estava.

Sem lhe focar novamente, ela junta suas roupas do chão. Veste-as sem pronunciar uma palavra. Terminando de se vestir, começa a retirar-se.

- Não queres ficar mais um pouco comigo, minha Imperatriz?

- Já fui vossa concubina por esta noite, não precisas tentar me agradar por compaixão. Sei que me usas e que não toco teu coração. Não tente se fazer doce, pois teus truques não funcionam mais, homem abençoado.

- Por que me julgas tão mal, minha Imperatriz?

- Por que necessito... – retira-se do quarto.

Chon fita longa e demoradamente as portas fechadas. Com o olhar perdido, via, sem qualquer salvação, o relacionamento dos dois afundar aos poucos. Estava perdendo Sorae, apesar de parecer que nunca a tivera. Sua adorada prima lhe dizia adeus dia após dia, e ele nada podia fazer...

Sakura olhava de forma gulosa para seu desjejum. Lembrava-se, agora, que não havia comido nada na noite passada. Devido aos fatos ocorridos, nem se dera conta de que necessitava comer.

Esperou impacientemente que as criadas se retirassem de seu quarto, para atacar sua refeição. Tudo era tão gostoso. As frutas frescas e adocicadas pareciam desmanchar-se em sua boca. O pão, sempre quente, exalando seu gostoso perfume caseiro, convidando, incansavelmente, sua boca faminta. E é claro, sem esquecer do seu delicioso chá de pêssego, um de seus favoritos por sinal.

Apesar de tudo pelo que passava, a vida lhe proporcionava estes pequenos momentos de prazer, como se quisesse desculpar-se por tantos sofrimentos causados.

Enquanto terminava seu chá, um pensamento incômodo lhe cruzava a mente. Como estaria Li? Seu ferimento estaria melhor ou teria piorado? Será que ele estava sofrendo?

De forma rápida e desajeitada, balança freneticamente a cabeça. Por que, diabos, pensava nele?! "Idiota! Não pense naquele pervertido, que nem vivo deveria estar!!!".

Mas, como não pensar? Ele estava sobre o mesmo teto que ela, compartilhando do mesmo luxo e superficialidade. O maldito se abrigava nos domínios de sua família e por isto, não lhe saía do pensamento.

Matá-lo era necessário. Não só para satisfazer seus prazeres, mas para ocultar suas habilidades. Mesmo que ele não a tenha delatado agora, no futuro, nada o impedia de fazê-lo. Ela precisava livrar-se daquela alma desgraçada e assim, matar a si mesma.

Terminando sua refeição, se põe de pé e troca suas vestes. Caminha devagar até um canto de seu quarto. Abaixando-se com cuidado, desloca uma pequena parte do forro e retira uma adaga do esconderijo. Sim, aquela era uma das adagas que ela roubara do salão principal. Não daria descanso a seu Capitão, sua vitima.

Escondendo o objeto em sua roupa, mais precisamente em sua cintura, ela retira-se de seu quarto. A iluminação natural dos corredores criava sombras aconchegantes, que a escondiam do mundo. Seus orbes esverdeados tornavam-se pesados e obscuros. Ela daria origem a uma tragédia que ficaria marcada na história daquela dinastia imunda. Mataria seu infortúnio e se suicidaria logo em seguida. Ninguém jamais saberia o porque e era isso que ela queria.

Apressando seus passos, desejando não ser vista, ela chega à frente da porta onde ele supostamente se encontrava. Soubera de sua localização através das criadas que lhe serviram a refeição. Estava na hora.

Enquanto alcançava a maçaneta da porta, ouve passos aproximando-se.

- O que pretende fazer, Sakura?

- Kaho? – olha desconfiada.

O olhar de sua mestra estava estranho. Seus olhos achocolatados possuíam uma mistura confusa de sentimentos. O brilho falhado enlaçava-se com uma forte angústia e decepção. Era como se ela soubesse de tudo que acontecera na noite passada. Aquela sábia mulher tinha conhecimento de seus feitos.

- Vim visitar o Capitão...

- Onde estão os guardas?

- Devem estar comendo alguma coisa, mas isso não tem importância, pois não sou um perigo para ele... – fala irônica.

- Por quê...? – pergunta tristonha – Por que, minha flor?

- Como assim? – fala desconfiada, contendo um sorriso suspeito na face.

Kaho lhe agarra o pulso e a puxa de volta para seu quarto. Chegando lá, fecha a porta e lhe encara.

- O que é isso, enlouqueceu?! – pergunta a garota nervosa.

- Eu é que te pergunto, menina!

Sakura espanta-se com a reação de sua professora. Nunca vira aquela doce mulher enfurecida. Pela primeira vez ouvia um tom de revolta e raiva sair daquela boca. De cenho franzido e olhar apreensivo, Kaho Mizuki lhe focava de forma incriminadora e insatisfeita.

De forma rápida, Kaho se aproxima de Sakura e arranca a adaga de suas vestes. Mostrando, a arma, de forma injuriada, foca os olhos esverdeados. Surpresa, Sakura logo adquiri uma expressão séria e seu olhar torna-se ameaçador. De todas as pessoas que conhecia no mundo, nunca pensou fitar sua adorada mestra dessa forma, mas infelizmente, ela não lhe dava escolhas.

- Não me lance estes teus olhos zangados, cheios de ameaças, Sakura!

- Então não me foques como culpada, senhorita Mizuki. Devolva minha arma e me deixe seguir em frente.

- Não te criei para ser assassina. Tudo que te ensinei foi para tua defesa, por isso não ouses usar tuas habilidades, com as quais te eduquei com tanto carinho, para ferir inocentes!

- Não estou a machucar inocentes, pois só puno meus traidores sem coração!!!

- Por que falas assim? O que o Capitão te fez menina?!

- Tu jamais entenderias!

- Nunca necessitei saber de teu passado, pois sei o quanto estas feridas doem... – sua voz adquiriu um tom calmo -... Mas agora preciso que me digas! Preciso entender teus conflitos, pois senão, tua imagem, diante os meus olhos, ficará manchada com a dor da vergonha e da decepção... – seus olhos se inundam de tristeza.

- Por favor... – suas lágrimas despencam de seus olhos -... Não pense coisas erradas a meu respeito, Kaho. Tu és a única pessoa que possuo no mundo. Ter tua mente me julgando de forma equivocada, acabaria com meu ser.

Lentamente, a jovem dama se aproxima da garota. Arqueando seus braços, envolve a pequena princesa em um longo abraço, apoiando sua cabeça por sobre a da menina.

- Conte-me tuas dores, minha flor de cerejeira...

O Imperador encontrava-se sentado em seu gabinete, conversando com um de seus homens, Mu-Bai Liang.

- Como havia lhe dito, meu senhor, quase não restam mais rebeldes com os quais se preocupar. Estes revoltosos nada mais são do que selvagens que tentam, incansavelmente, recuperar a glória dos povos mongóis.

- Com certeza, minha preocupação não chega a tanto, mas rebeldes são rebeldes. Temo que eles convoquem outras nações revoltadas com a China e assim formem um exército com poder para nos enfrentar.

- Não tema, grande Imperador! Contra o seu divino poder, ninguém pode. Além disso, não creio que consigam chegar a tanto.

- Espero que estejas certo... – fala cansado.

- Bom, deixando para trás as más noticias, meu grande Imperador, gostaria de dar-lhe um presente, homenageando não só vosso poder e força, mas como uma prova concreta de meus sinceros votos de amizade e lealdade.

- Muito bonitas são vossas palavras, honrado amigo; mas, diga-me, do que se trata?

- Trata-se de uma das jóias de minha vida: minha filha. Para mim, nada me seria mais prazeroso, do que ter uma filha desposada por vossa ilustre pessoa!

- Quer me entregar vossa filha?

- Sim, Imperador!

- Agradeço a confiança e o presente, caro amigo Mu-Bai, mas tua filha só possui sete anos e, cá entre nós, tenho filhas da idade dela e me sentiria um monstro desposando tal anjinho. Além disso, nossas meninas têm um mínimo de idade para casar e tua filha é demasiada jovem.

- Oh, não meu senhor! Está equivocado! Não ofereço minha menina mais nova, Chiuhen! A filha que lhe ofereço, chama-se Pey-Meii.

- Mas pensei que tivesse só dois filhos: o mais velho, Jaulin e a mais nova, Chiuhen!

- Meu caro Imperador, como deves saber, estes filhos me foram dados pela minha segunda esposa, Subaru. Mas não te esqueças da falecida Chifan, minha primeira companheira!

- Mas, com todo o respeito, pensei que Chifan não houvesse lhe dado herdeiros.

- Isso é o que todos pensam, caro Imperador. Na verdade, quando viajamos para o norte, minha adorada falecida já se encontrava prenhe, mas, com a intenção de me fazer uma surpresa, não contou nada a ninguém. Pey-Meii nasceu em nossa viagem e foi justamente seu nascimento que enfraqueceu Chifan, fazendo-a falecer logo em seguida... – faz cara de triste e abaixa a cabeça. – Eu estava muito triste naquela época e com medo de afetar a pequena Pey-Meii. Acabei deixando-a sob os cuidados de sacerdotisas de minha confiança. Agora que minha pequena já se encontra com dezessete anos, gostaria de lhe arranjar um bom esposo, para compensar minha constante ausência, e como eu desejava muito lhe provar o valor de minha simplória amizade, gostaria de lhe entregar o único fruto de meu primeiro amor.

O imperador o foca calado. Achava muito gentil as intenções de Mu-Bai Liang, mas sua vida já estava por demais complicada. Do que menos precisava neste instante, era de mais uma esposa para atiçar a revolta de Sorae. Além disso, já estava com quase quarenta e cinco anos e não mais lhe agradava ter esposas com a idade de suas filhas. É claro que, além desses fatos, sua freqüente atração pela embaixatriz não o fazia desejar qualquer outra mulher como esposa.

- Mu-Bai Liang, sabe que te respeito e que nunca me destes motivos para qualquer suspeita ou infortúnio. És um homem direito e de princípios e apesar de muito prezar sua amizade, não posso aceitar vossa filha...

- Mas, por que, grande Imperador? Por acaso não lhe agradas ter uma filha minha em meio a tuas consortes? Se te preocupas com a beleza, lhe juro por tudo que é mais sagrado que minha menina é mais bela que uma ninfa!

- Não se trata disso, meu amigo. Muito me agradaria ter uma filha sua como esposa e de maneira alguma duvido de vossa beleza, pois se trata de uma filha de sua falecida Chifan... – ele apóia seu queixo em seus punhos, que estavam debruçados por sobre a mesa – Entenda que muito já vivi e belas mulheres encontrei. Tornei-me pai de mais de sessenta e quatro crianças, dando segurança a minha prole. Quero muito que tua menina arranje um esposo rico e honesto, mas que acima de tudo, tenha olhos só para ela. Apesar de amar cada um de meus filhos e senhoras, quase não tenho tempo para eles.

- Entendo... - olha-o pensativo – Mas, eu poderia pedir um favor?

- Fale...

- Poderias, ao menos, conhecer minha filha?

- Como?

- O maior desejo de Pey-Meii, é conhecer vossa majestade. Se o senhor a rejeitar, sem ao menos olhá-la, conhecê-la, minha menina ficará muito ressentida.

O Imperador da um longo suspiro e pensou por um tempo.

- Tudo bem, meu amigo. Traga-me sua filha quando puder...

- Obrigado, senhor, trarei minha menina assim que ela voltar de viagem... – ele se levanta e faz uma reverência – Se me dá licença...

- Pode se retirar.

O homem retira-se do gabinete. Enquanto andava em direção a sua carruagem, sorri de forma maldosa.

- O resto é com você, minha filha... Minha feiticeira... – sussurra malicioso – Vamos ver se você é tão perigosa quanto disse ser...

Continua...

OIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!

Eai gente?! Td blz?

Bah, toh feliz por te conseguido cumpri a promessa e posta antes do natal, apesar de ser encima da hora P ! ) Fiko grandinho o capitulo dessa vez, neh?! Hehehehe Na real era pra te fikado maior, por que eu pretendia te descrito outros fatos que vão fikar pra próxima.

Huff...Acabaram as aulas e agora eu posso escrever com mais calma. De agora em diante os únicos imprevistos podem ser bloqueios e falta de acesso ao computador! P Aiai...eu fiz um esforço danado pra pode escreve esse capitulo, por que eu acabei pegando recuperação de Física e tive que passa quatro dias inteiros estudando. Claro que teve que te uma folguinha pra sair umas três horinhas com os amigos, afinal, ninguém é de ferro, neh?! Mas, vcs não tem noção, eu já não agüento mais ver formulas de física!!!! .

Bom, deixando meus probleminhas de lado (¬¬), eu espero que tenham gostado desse capitulo, pois pode te parecido meio confuso no inicio, pq eu introduzi a Pey-Meii e o Camus na história, mas acho que jah deu pra entede um poko a função deles. Toh mais aliviada agora, por que eu consegui acaba esse capitulo logo depois de fazer a minha tão temida prova de recuperação! Droga, to falandu di novo dessa P#$!!! Ops, acho q me excedi um poko....er....

Vamu logo p/os agradecimento:

Analu: Oiiii! Concordo com vc, o Syaoran foi pego totalmente de surpresa pela Saki! Hehehehe Bom tah ai mais um capitulo para vc se "deliciar"( hehe gostei desse termo! Ai q safada! ¬¬.....) Bjaum e espero q continue gostando! Um feliz natal e ano novo!

Xianya: Ae, q bom ti vê aqui di novo minina!!! Hehehe q feliz! P Pois é fim di ano é fogo, q bom q tem gente q entende a minha situação. Eu também não devia fika me preocupando com as fics, até pq tava difícil arranja tempo pra escrever e ler algumas coisas (até pq não so di ferro, neh gente?!). Mas, como vc disse, é vicio, faze o q!!! Fiquei feliz em ver q vc gostou da luta deles, pq eu axo q não sou muito boa para descrever essas cenas, mas agente tenta, neh?! Bom, quanto a saberem se a Sakura sabe lutar ou não, isso fika na curiosidade (até pq nem eu decidi direito....¬¬;)!Em relação a Meiling, concordo que ela esteja um tanto amarga nesta minha versão, mas com uma criação como a dela, gente, até eu virava um suicida em potêncial....XD. Nossa, isso aqui jah tah mt grande, entaum antes de me despedir, soh quero dizer que: sim! Vai Ter "revanche-vigança"! hihihihihi Bjinhos mt fofus pra vc e um feliz natal e ano novo!!!

Marcella: Oiti pra vc minha querida! Adoro saber q vc sempre deixa uma review! Bom, como prometido, tah ai o meu presente de natal! Tentei fazer o capitulo um pouquinho maior dessa vez, pq afinal, é presente, neh?! #D Ti desejo um ótimo natal e ano novo! Bjkas

Kirina-Li: Ha, tah ai uma coisa rara: alguém q gostou do bj da Saki i du Yukito! Hehehehe Mais uma vez foi mal pela demora, mas meus últimos meses foram apertados...Mas se vc disse q valeu a pena, eu jah me sinto menos arrependida! . Bah, os comentários do Li foram foda msm! Ah, mas vai dize, ele precisava faze aquilo! Se não qual seria a graça?! Huhuhu ( q safada! .) Soh sei q isso combinava com a personalidade desse Syaoran! P Bah, quanto a sua fic, eu ñ curto mt HP, soh mais de SCC i di Inuyasha! Mas, se vc quiser q eu de uma passadinha la, eu vou com todo o prazer! Um bjaum pra vc! Feliz natal e um ótimo ano novo!

Kath Klein: Ai, ai...calma coração! Eu sei q um dos seus sonhos acaba de se realizar, mas calma! Ai, pro inferno com a calma: AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII, Q FELIIIIIIIIIIIIIIIZ!!!!!!! Soh podem tah me passando trote, mas eu ainda ñ acredito q vc tah lendo a minha fic, ou melhor, as duas! Hehehe Foi mal ai, eu sei q pode parece coisa di loka psicopata, mas é q eu toh mt emocionada! Vc e a minha querida revisora, são grandes inspirações pra mim e ñ importa se eu toh dizendo isso pela milésima vez, ou ñ, vc é um máximo e eu toh feliz em te uma pessoa tão respeitada por mim, me apoiando! Ai, deixando o xiliki di lado, o bj da Saki com o Syaoran, aconteceu no final do capitulo 3, só q a Sakura tava disfarçada pra ñ reconhecerem ela! Quanto ao meu fic novo, eu tbm jah vi o seu comentário e agradeço por ele tbm!!!! . Bjitos fofis pra vc e um feliz natal e ano novo!

SBy Li: Hehehe, pensei na proposta enquanto escrevia o capitulo e como, em outras vezes, já me fizeram perguntas q eu ñ podia responder, resolvi fazer o capitulo maior, q axo eu, agradaria mais a todos! Hehehe Bajum linda, quem sabe na próxima?! Feliz natal e um excelente ano novo!

Miaka: Meu deus, vc ficou pasma? Pasma estou eu! Valeu, toh até agora com as bochechas vermelhas! Hehehehehehe Quanto ao fato da Sakura ñ Ter matado o Li, eu confesso q soh ñ aconteceu pq os guardas apareceram ( até pq eu ñ ia dexa a Sakura mata um deus grego daqueles, neh?!)!!! Pra falar a verdade, essa Sakura, teria sim, coragem para matar o Capitão! Digo isso pq as pessoas, quando mt machucadas, tendem a fazer aquilo q alivia a dor de seus corações e no caso da nossa menina, a morte do Syaoran seria a vingança dela contra todos que já haviam rejeitado e maltratado ela. Quanto a participação do Yukito, estou pensando seriamente em mata-lo...( olhar de malvada da autora) Hehehehe, brinkdeirinha....talvez.....(olhar maligno di novo...¬¬;) Bom, não levem mt a sério os meus devaneios, pq nem eu sei se falo sério ou ñ....Bom, mts bjinhos e ataques de fofura pra vc!!!! Te desejo um ótimo natal e ano novo!

mistr3ss: IUPI!!! Mais uma pessoa q gosto da luta! Hehehe assim eu fiko com vergonha gente! Ah, intaum vc ñ achou q ele iria lutar contra ela, heim?! Pois é, vcs tem q ver q o Syaoran é humano e orgulhoso, msm gostando da Sakura, os homens deixam o orgulho passar por cima de td...( sem ofensas, mas é verdade....¬¬...ai,ai, já vi q da próxima vez q eu olha o meu e-mail posso encontra uma ameaça de morte...)! Bom, eras isso, te desejo td di bom no natal e no ano novo! Bjoks mt happys!!!

killera: Bom, agora sim eu toh me sentindo nas nuvens! XD Eu toh adorando a reação das pessoas, adoro pegar os outros de surpresa! Hihihi Capitulo novo postado e dever cumprido! Valeu pelo apoio!!! Bjaum e continua mandando a sua opinião, pq vale mt a pena ouvir o q os outros pensam! Feliz natal e ano novo!!!!!!!

Ifurita: Oi, Ifu-chan! Eu toh bem e vc? Curtiu a batalha, neh?! Valeu pelo elogio e quanto aos Syaoran, bem, na condição dele eu já teria me ajoelhado aos pés da Sakura...¬¬....hehehe Vc achou isso interessante? Espera soh pra ver o q esta por vir...haiuhauhuihaha( risada malvada da autora, seguida de um olhar assassino.....Tah, já chega de humor barato, nem eu toh me agüentando mais....XD). Bjs meigos e macios( bah, essa foi forçada....tenho q para com isso...--;)! Um ótimo natal e um excelente ano novo!

Lan Ayath: bah, vai dize q essas faltas de idéias e tempo não são foda? Bah, sem comentários...Mas, valeu pela review, querida! Bjitos fofixxxx! Feliz natal e ano novo!

RubbyMoon: Ah, vai dize q sede di vingança ñ é afu?! Hehehe eu axo! P Eu tbm gosto dessa coisa de amor e ódio, é tão típico e comum, mas eu ñ canso de ler! Bah, nem ti preocupa q eu ñ tenho a intenção de fazer coisas mt ruins com a Meiling, pq na real, ela ñ tem lá grandes motivos pra se tornar malvada...er...tah, esquece a idiotice. Pensando melhor agora, ñ decidi mta coisa sobre ela. Talvez com o tempo a trama decida o destino dela....só sei q eu gosto dela, entaum vo tenta ñ complica tanto as coisas! XD Quanto ao bj, toh arrependida, pq eu ñ gosto do Yukito, mas como eu disse antes, saiu sem querer! Ñ prometo nada pq eu mudo os detalhes da história o tempo todo! Ai, q bom, vc tbm gosta dessas duas bandas incríveis!!! Ai, agora q eu abuso da boa vontade! Hehehehe Bjões e abraços! Feliz natal e um ano novo cheio de mudanças ( sempre é bom mudar, neh?)!

Warina-Kinomoto: Oiti! Sério q vc tbm ñ conseguiu vê o filme?! Mas essa net é uma droga msm! Nunca passa filme bom e quando passa algo decente, é num horário ruim! Ah, ninguém mereceeeeeeee!!!! XD Bom, mas pelo jeito acho q vo te que baixa o filme da internet...droga....Mas, vamos deixar o mal humor de lado! Hehehehehe Feliz natal e um ótimo ano novo pra vc! Hehehehehe Bjões!!!!!!!!

Bom, valeu a todos mesmos!!!!

Ah, antes q eu esqueça, a musica desse capitulo se chama Whisper e é do Evanescence. Eu quero dedicar ela a uma pessoa q compartilha do mesmo amor que eu por essa banda: a RubbyMoon! Valeu pela review Rubby-chan e pode deixar q eu vou continuar colocando musicas das nossas bandas favoritas. Ah, e quem estiver lendo esse recado, pode me mandar dicas de bandas ou músicas legais q gostariam de ver aqui, quem sabe não aparece alguma cena em que ficaria legal a trilha de alguma banda de vcs?

Como tah chegando o fim do ano, eu preciso dexa uma mensagensinha, sabe como é, gente de coração mole é assim mesmo! P

Bom, se eu bem me lembro, foi ou – no inicio do ano passado que eu comecei a me viciar por fanfics! E eu quero agradecer a autora Kath Klein, pois foi graças a uma fic dela, que eu me apaixonei pela escrita virtual! Eu ainda me lembro que eu me sentia nas nuvens lendo a fic Flor da China e como eu tinha ficado triste quando ela acabou. Kath, mt obrigada, pois foi graças ao seu talento que eu descobri que também gosto de escrever! Um beijo mt especial pra vc!

Claro que a Kath não foi a única que me deixou maravilhada com suas histórias. Quanto mais eu lia e descobria novos autores, novas jeitos de escrever, de pensar, mais fundo eu mergulhava e me entusiasmava. Por isso, quero mandar mts bjs e abraços a todos da fanfiction, pois nós nada mais somos que pássaros aprendendo a voar e eu não poderia estar mais feliz ao alçar vôo junto a vcs!

Quero também, mandar um beijo mt especial pra M-chan, minha revisora maravilhosa, que foi e é uma de minhas grandes inspirações. Vc é mt querida M-chan e fiko mt feliz em ter uma amiga como vc, pois pessoas assim, estão tornando-se raras no mundo. Eu me julgo mt sortuda por ter encontrado uma alma gentil e carinhosa em meio a essa vida fria e tão superficial. Tudo de bom pra vc, minha amiga, pois vc concerteza merece!!! D

Um grande beijo a todos e um natal mt feliz! Desde agora, agradeço imensamente a colaboração de vcs, pois são seus elogios e suas opiniões que me fazem crescer na escrita. Sou apenas uma iniciante, mas me fazem sentir como se eu já fosse de casa!

Boas festas e até o ano que vem!!! ;D

Caroll

PS: A minha outra história tah um poko encalhada, por falta de idéias, mas não pensem que eu voh desisti! Bjaum, pq agora eu fuiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!

PS2: ( Oh, criatura chata q ñ vai nunka!!!! ¬¬;) Daniiiiiiiiiiii, Juuuuuuuuuuuuuuuu, eu amu vcs meus amores!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Hehehehehe agora eu fuiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!! .;