Capítulo 4 –
Quando eles finalmente deixaram a antiga casa de Harry para trás, foram em direção a um lugar cujo Sirius uma vez tinha se referido. Harry nunca esteve no lugar, que não tem nenhum nome em especial, mas ficava depois do vilarejo de Godric's Hollow. Ele tinha agora o desejo de visitar o túmulo de seus pais. Segundo Sirius lhe dissera, ficava próximo ao pé da maior montanha que abraçava a cidadezinha . E lá estava ela, a maior montanha. Tinha o pico coberto de neve e parecia tocar o céu.
Seguiram numa caminhada de meia-hora ainda pelas ruas do vilarejo, mas logo a paisagem mudou, tornando-se mais arbórea e campestre. Ainda havia muito o que caminhar depois da meia-hora transcorrida .Quando já não aguentavam mais caminhar e sentiam a boca seca Hermione apontou para algo que jazia ao pé da montanha, exatamente como Sirius indicara a tempos.
- Tem certeza de que é aí? – perguntou Rony desconfiado. Harry não podia deixar de dá-lo razão, pois o lugar era meio sinistro. Cercado por mato e parecia que ninguém visitava à muito, o que não devia deixar de ser verdade. Mas algo o impulsionava à chegar mais perto. E ele não pode negar a seu chamado.
- Tenho. – disse ele decidido – eu posso sentir...
Quando se aproximaram do túmulo tiveram uma surpresa, o cenário mudara radicalmente. Grama verde, flores por todos os lados, duas estátuas de mármore carrara (uma de Lílian e uma de Tiago) e uma fonte belíssima onde um leprechaun sorridente extraía água da ponta de seu chápeu, e, ao lado de uma árvore de flores douradas e vermelhas.
- Paisagem enfeitiçada. – informou Hermione ofegante – provavelmente os Trouxas não conseguem ver.
Era lindo! Um dos mais belos lugares que já vira.
- Incrível! – disse Rony exasperado ainda pela longa caminhada.
- Eles merecem, - disse Harry – e eu vou fazer eles se orgulharem de mim. Minha missão será cumprida, nem que seja a última coisa que eu faça.
- Não será. – disse Rony colocando a mão em seu ombro esquerdo.
Harry aproximou-se ainda mais do túmulo e leu uma placa de ouro que estava à frente das duas estátuas.
" Aqui jaz o corpo de Lílian e Tiago Potter. Coragem nunca Faltou a eles e nunca faltará. Sua morte foi resultado de sua coragem e do fato de terem optado pelo certo ao fácil."
Harry não teve nenhuma dúvida de que tinha dedo de Dumbledore naquela mensagem. Ele repousou seu braço nas mãos de estátua de Lílian .
- Mãe, espero que não esteja muito atrasado. Sempre quis vir aqui, mas só agora achei que fosse o momento. Queria agradecer por tudo. Principalmente por me amar tanto à ponto de dar sua vida por mim. Tenho certeza de que nós formávamos uma família feliz antes de... de tudo. Apesar de Dumbledore e Sirius também estarem mortos, eu não vou desistir de nada do que pretendia fazer, e não se preocupe porque não vou desapontá-la. E... pai sei que foi um grande homem e tento me espelhar cada vez mais em você. Apesar de que, fisicamente eu já estou bem adiantado – disse Harry dando um leve sorriso, mas logo seu olhar se tornou turvo e duro - . Sempre soube que o senhor estava certo em relação à Snape. Podem dizer qualquer coisa sobre ele, mas eu nunca acreditei que ele fosse um homem confiável. Estou torcendo para encontrar ele no caminho até Voldemort. Só então eu terei paz e enquanto eu não vingar você, mamãe, Sirius e Dumbledore, não descansarei. Ninguém pode me parar, e eu não vou. – Harry disse a última palavra com a voz tremula de cólera. – às vezes eu fico imaginando come seria se nada disso tivesse acontecido. Talvez ainda fossemos aquela família feliz e unida. Quem sabe? Poderia ter tido um irmão... – ele abaixou a cabeça e sentiu uma lágrima rolar – pena que não foi possível. Mas não se preocupem, eu estpu bem e encontrei uma família. Não exatamente um pai e uma mãe, mas um irmão e uma irmã eu tenho.
Ele olhou para Rony e Hermione, ambos se aproximaram ao perceber que Harry acabara e Hermione conjurou um ramo de lírios aos pés do monumento.
- Obrigado. – disse Harry.
- Não estou fazendo isso somente por você, mas, de certo modo, sentimos um certo carinho por seus pais. Todas as histórias que você nos contou e tudo pelo que passaram... Não merecem só um ramo de flores, mas todas asflores existentes sobre a face da Terra. – Hermione sorriu e Harry sentiu-se grato.
O lugar onde ficava o túmulo dava vista para uma cadeia de montanhas mais baixas cobertas de verde. Não era à toa que escolheram aquele lugar. Harry poderia ficar olhando para a paisagem para sempre e nunca se cansaria. Como num passe de mágica o céu ficou limpo e o sol brilhou mais intensamente.
- Agora podemos partir. Já fiz o que queria fazer, não tenho mais que perder tempo.
- Little Hangleton? – perguntou Hermione.
- Não, largo Grimmauld.
- Pensei que não quizesse mais voltar lá. – disse Rony.
- Não queria, mas não tenho escolha, é o único teto que tenho e precisamos planejar tudo perfeitamente se pretendemos fazer tudo direito.
- Harry tem razão, - disse Hermione – devemos traçar um plano, algo que nos dê uma idéia por onde começar e que caminhos seguir.
- É, e também é um lugar onde temos toda privacidade do mundo para falar de assuntos mais... abrangentes.
- Certo, - disse Rony- mas eu estou FAMINTO!
- Eu também, vamos ao Beco Diagonal, tenho que pegar um pouco de ouro também. Aí nós aproveitamos e tomamos café no três vassouras.
- É, eu quero comprar uns livros também.
- Seria legal comprar umas coisas na loja de Fred e Jorge. – disse Harry.
- Então vamos. Minha barriga está roncando.
Harry deu uma última olhada no túmulo de seus pais e desaparatou.
Logo que chegou ao três vassouras escutou um "craque" em cada lado, Rony e Hermione.
- Como está... – disse Hermione olhando em volta – Quieto.
Harry também não pode deixar de perceber que em todo o bar haviam quatro pessoas: Ele, Rony, Hermione e Tom.
- Senhor Potter. Em que posso ajudá-lo? – disse Tom.
Eles tomaram café, fizeram compras no Beco Diagonal e enfim subiram aos quartos para tratar de assuntos mais sérios.
OK, então, primeiro nós devemos estabelecer algumas regras. Por onde começamos? – disse Hermione.
- Isso o Harry já disse, Little Hangleton. Certo?
- Certo. – disse Harry – mas temos que colocar os fatos em aberto. O diário e o anel já foram destruídos. Sobram quatro. A taça de Hufle-puff, o medalhão de Slitherin, Nagini e falta uma Horcrux que ainda não sei o que é. Provavelmente pertenceu à Revenclaw ou Griffindor.
- Harry, é só uma pergunta, mas... Você tem alguma idéia de como se destroem os Horcruxes?
- Pra falar a verdade? Não.
- Ótimo começo..! – disse Rony desesperançado.
- Para a informação de vocês eu andei dando uma olhada pela travessa do tranco e...
- Você é loca! Nesses tempos a travessa do tranco está mais perigosa do que nunca e você não vai encontrar nada de útil lá.
- Engano seu, Harry. Eu pensei que, para Voldemort ter conseguido fazer um Horcruxe ele deve ter lido em algum luga, então resolvi dar uma olhada lá pela travessa do tranco, só pra averiguar em alguns livros. Claro que não procurei nada que anunciasse a palavra Horcruxe na capa. E nem nada muito sinistro também... Então eu achei esse livro. – ela tirou um livro muito pequeno, mas muito grosso, de dentro das vestes e colocou em cima da mesa onde estavam reunidos. O livro tinha as palavras "feitiços sem lado definido." Cravadas em sua capa de couro negro. As letras eram finas e prateadas. – Fala sobre feitiços que podem ser considerados artes das Trevas mas que não foram criados com essa intenção. E, tem um capítulo inteiro dedicado aos Horcruxes.
- Hermione, eu te amo! – disse Harry examinando o livro mas não leu, só se deu ao trabalho de perguntar à Hermione – Então, como os distruímos?
- É só usar um exemplo do que aquele Horcruxe faria para acabar com o mesmo.
- Acho que não entendi. – disse Rony confuso, não muito diferente de Harry.
- Por exemplo. O diário, Harry o destruiu com a presa do basilisco, não foi? Riddle saiu do diário para se reerguer e para libertar o Horror que existia dentro da câmara, o basilisco. Então somente o basilisco acabaria com aquele Horcrux, ou, uma parte dele. Mas também existe outra forma. No caso da Nagini, que não é um objeto, talvez só matá-la funcione. E a taça...
- Sendo derretida.
- Quase isso, só derreter não adianta. Continuara puramente a taça, precisa ser derretida juntamente com um outro metal, para que se desfaça a liga que a poção que se faz o Horcrux se desfaça.
- Poção? – perguntou Rony.
- É, é um dos procedimentos para formar um Horcrux. Feitiços, poções e muita arte das Trevas.
- E o medalhão? - perguntou Harry, embora já soubesse a resposta.
- O mesmo. Mas...
- Eu já te disse que eu ODEIO quando existem mas? – disse Rony
- Há um meio de tronar um Horcrux indestrutível. Fundindo dois Horcruxes. Fazendo isso um não terá mais efeito, mas o outro além de mas forte ficará indestrutível.
- E eu não duvido nada que Voldemort saiba disso. – disse Rony.
- É, ele sabe... – disse uma voz seguida pelo barulho da porta sendo escancarada.
- VOCÊ!
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N/A: Oi pessoas! Esse cap foi... esclarecedor! Espero que tenham gostado, mas tenho uma reclamação à fazer: SÓ DUAS REWIES! Poxa vida... quero mais, toh ficando deprimida hein? Mas eu amo vocês assim mesmo.
