Capítulo 7 – R.A.B.

- OK, agora quem não entendeu nada fui eu – disse Harry -. Você não disse que cada Horcrux se destrói de um jeito diferente.

- É, mas tem um Horcrux que se pode matar com ele. Na verdade, dois. Mas um deles não vale à pena, é simples de se destruir.

- Do que que cê tá falando!- Perguntou Rony.

- Voldemort.

- Você acha que isso vai matar Voldemort? – perguntou Harry incrédulo.

- E por que não?

- Quanto tempo você acha que acha que eu posso ficar parado na frente mentalizando essa palavra ?

- Não tinha pensado nisso...

- Pois é.

- Mas Harry eu li algo sobre esses talismãs. São muito raros e foi inventado pela mesma pessoa que inventou o espelho de Ojesed. Assim como o espelho só funciona para desejos profundos, não funciona para matar alguém com quem teve uma pequena briga. Só vai funcionar com alguém que você queira matar realmente. Então, eu suponho que só funcione com uma pessoa...

- Voldemort. – completou Harry.

- É.

Tentando não fixar seu pensamento naquilo, Harry mudou o rumo da conversa para águas menos perigosas.

- Certo, agora nós precisamos ir. Peguem suas coisa e me encontrem lá embaixo no bar do Tom.

- OK. – disse Rony.

Rony e Hermione saíram e Harry arrumou suas coisas rapidamente. E sentindo falta de tudo como era antes. Era ruim viver com a ameaça, mas era melhor quando não sabia que acabaria sendo a caça ou o caçador, por assim dizer. Estava decidido, não fazia a mínima idéia de para onde iria, mas seguiria o vento que o impulsionava para frente.

Ele desceu para o bar e lá viu que Rony e Hermione estavam à sua espera. De costas um para o outro, era verdade, mas pelo menos não estavam trocando juras de ódio eterno. O que já era um começo.

- Está bem, vamos. – Harry passou por eles e saiu para a Londres Trouxa.

- Para onde agora?

- É... bom... - Na verdade, Harry não sabia . Mas acabara de lhe ocorrer uma sugestão que parecia possível bastante – E se... Hermione você sabe onde podemos conseguir informações sobre orfanatos Trouxas?

- Talvez eu possa ir à alguma cabine telefônica e pesquisar alguns orfanatos em uma lista telefõnica.

- O que é uma cabine felefônica e o que é uma lista feletônica, felefônica ou o que raios seja esta lista!

- Coisas trouxas, Rony, você verá. – disse Hermione que não parecia estar mais zangada.

- Não está mais chateada comigo?- perguntou Rony com um sorriso débil no rosto.

- Sim, estou, mas temos que deixar isso de lado por enquanto. Harry, precisamos de um lugar pra ficar enquanto buscamos um orfanato que eu ainda não sei o que tem à ver com a história. Por que não vamos ao Largo Grimmauld? E se você pudesse nos dizer o que o orfanato tem à ver com isso seria ótimo!

- Tá, mas vamos para o Largo Grimmauld primeiro, você tem razão quanto à isso. – antes que Hermione pudesse fazer qualquer outra objeção, Harry dirigiu-se para a porta do Caldeirão Furado que dava acesso ao Beco Diagonal e Desaparatou seguido dos dois amigos. Aparatou na praça em frente ao número doze do Largo Grimmauld já tão conhecido.

- Harry, você sabe que é o certo. Então continua. – disse Rony com se pudesse ler os pensamentos de Harry.

Não queria ultrapassar aquela porta nem tão cedo, mas sabia que não podia dormir na rua e nem em qualquer outro lugar público. Pelo menos ali eles só seriam vistos pela Ordem da Fênix e ninguém mais.

Logo quando entrou deu de cara com Lupin e um homem que Harry ainda não conhecia.

- Harry, Rony, Hermione. O que fazem aqui? – perguntou Lupin surpreso.

- Tínhamos que ficar em algum lugar enquanto agimos por perto. Devemos ficar aqui por algumas semanas.

- OK, então. Ah, meninos esse é Frank Cartridge, um Auror renomado do ministério e novo na Ordem. Frank, esses são Harry, Rony e Hermione. – O trio estendeu as mãos para Cartridge que sorriu e, como sempre, olhou para a cicatriz de Harry.

- Então finalmente conheci o Sr. Potter. Todos são um pouco coruja em relação à você, Harry. – disse Frank que lembrava um Lorde inglês. Era muito bem aparentado e tinha uma postura digna de uma família real. Seus cabelos eram louros e contrastavam com seus olhos muito castanhos. Era alto e musculoso e dava um pouco de medo. – Você deve ser o filho de Artur. Muito ouvi falar de você também rapazinho. E, Srta. Granger, não é? Minerva me disse que daria uma ótima professora embora não fosse sua principal ambição.

- Tem bastante contato com a Ordem para um novo membro Sr. Cartridge. – Observou Hermione.

- Sou novo na Ordem mas sou muito popular no ministério e em Hogwarts também.

- Certo, - disse Harry cortando o que seriam mais perguntas de Hermione. – Professor, queia pedir ao senhor que não contasse isso para outro Weasley que não seja O Sr. e a Sra. Weasley.

- Está bem, Harry. Na verdade nos próximos três meses só eu estarei na sede. Estão todos ocupados.

- Então, professor, por favor não conte a ninguém. E o senhor também, Sr. Cartridge.

- Claro, Potter. Pode deixar.

Harry estava muito grato por Lupin ter feito perguntas sobre nada do que estava fazendo ou pretendia fazer.

- Então, professor, nós vamos para os quartos.

- Se eu fosse vocês não faria isso.

- Por quê? - Perguntou Rony .

- Fadas Mordentes. Estão em todos os quartos dos andares superiores, menos no que eu estou, é claro. Mas, fiquem aqui em baixo enquanto dou um jeito nos quartos para vocês.

- Obrigada, professor Lupin. – disse Hermione enquanto Lupin já subia as escadas.

- Crianças, - disse Frank – eu já vou. Boa Tarde. – Os três sorriram e balançaram a cabeça.

- Olha, Harry, vamos aproveitar para falar abertamente na sala.

Aham. – concordou Harry.

Eles sentaram em sofá que ficava de frente para a tapeçaria da família Black.

- Harry, conte todos os fatos que sabe sobre a Horcrux que estamos atrás. Que eu inclusive ainda não sei qual é.

- Bom, eu estava pensando em uma coisa... – disse Harry – Mas primeiro vamos fazer algumas anotações mentais: Existem quatro Horcruxes por aí ainda intactos, certo? A Taça, a cobra, um que não sabemos ainda do que se trata e eu não sei se ainda existe o medalhão, já que R.A.B. está com ele. Não sabemos se ele o destruiu ou não. O que não nos ajuda muito.

- Ahhh! – gritou Hermione assustando Harry e Rony. – Harry! R.A.B.!

- Sim, o que é que tem!

- Régulo Black!

- QUÊ! – disse Rony.

- Alguém sabe o nome do meio dele? – perguntou Hermione excitada.

- Deve ter em algum lugar da casa. – disse Harry.

- Pergunte ao Monstro, Harry. – disse Rony.

- Certo. Monstro! – chamou Harry.

- Sim mestre. Olhe o porco Potter falando com Monstro!

- Monstro, qual era o nome completo do irmão de Sirius? Qual era o nome completo de Régulo?

- Ah... Régulo sim era um filho de verdade para a Sra. De Monstro! Seu nome era Régulo Auréolos Black! Auréolus pelo nome de seu pai, um bruxo traidor do próprio sangue.

- R.A.B., cabe certinho! Mas, o pai de Sirius não era traidor do sangue.

- Mas o pobre menino Régulo não teve o mesmo pai do também traidor Sirius Black. Ele era descendente de uma família bruxa muito antiga, mas amantes de trouxas com os traidores Weasley.

- O pai de Régulos era descendente do criador do espelho de Ojesed, Harry. – disse Hermione.

- Não vejo porque Régulo iria querer matar Voldemort. Era um de seus seguidores, não é mesmo? – disse Rony

- É, mas Voldemort o matou por não querer mais ser um Comensal. Talvez quisesse sair, Talvez estivesse só espionando. Ou Talvez quizesse se vingar de Voldemort por algum motivo.

- Onde ele deve ter colocado o medalhão? – perguntou Hermione.

- Espere. – disse Harry – Monstro, pode ir.

- Adeus, Potter podre. – e desapareceu.

- Deve estar aqui. Era aqui que ele morava! – disse Rony.

- Se algum dia esse medalhão esteve aqui nós o jogamos fora!

- É mesmo! Sirius não queria nada que fosse de Sua família, jogou tudo fora. – disse Rony desapontado.

- Ao menos que Monstro tenha carregado para dentro daquele ninho que ele dormia! – disse Harry já se dirigindo ao local onde Monstro havia guardado todas as bugigangas que conseguira na inspeção que Sirius fez no ano retrasado.

Eles abriram mais uma vez o armário que ficava em cima do aquecedor e vasculharam tudo o que lá havia até que Rony o encontrou.

- Aqui, Harry. É ele?

- É. – disse Harry analisando um medalhão com um "S" enorme na frente. – E já foi destruído o feitiço.

- Como pode saber? O objeto está intacto!

- Eu posso sentir. Quando tocava o diário de Riddle sentia uma pontada moderada na cicatriz e não sinto exatamente nada quando toco no medalhão.

- Então... menos um, certo?

- Não é tão simples assim. Até onde Régulo sabia ? Será que não pegou outros ? – perguntou Hermione.

- Claro que não! Ele morreu, lembram? – disse Harry- Além do mais, já tenho outra pista de onde possa estar outro Horcrux.

- Onde? – perguntaram Rony e Hermione em Uníssono.

- No orfanato onde Voldemort viveu quando era criança.

- É pra isso que você quer a lista de Orfanatos? – perguntou Rony.

- É.

- Você pelo menos sabe o nome do orfanato?

- Eh... não.

- Isso quer dizer que nós vamos ter que ir em todos os orfanatos existentes na Grã-Bretanha pra achar o lugar onde talvez exista um Horcrux. – disse Hermione incrédula.

- Resumindo... é quase isso.

- Você só pode estar brincando! – disse Rony.

- Seria isso ou procurar nos registros de Hogwarts, ou perguntar à McGonagall...

- Eu voto em perguntar pra McGonagall.

- Todos votamos.

Então, uma semana depois lá estavam eles em frente à um orfanato abandonado no Norte da Inglaterra, em um lugar chamado Gardens Tree. O Orfanato que também chamava-se Gardens Tree era um prédio de três andares estreitos. Por dentro estava pior. Fiações caíam do teto e canos quebrados jaziam em um chão úmido. As paredes descascadas de tinta verde-garrafa intensificavam a impressão de que ninguém passava por ali pelo menos nos últimos dez anos.

- Lumus!

Logo no primeiro andar havia um refeitório e uma cozinha que dava passagem à um porão que por extinto, Harry entrou e chamou Rony e Hermione para olhar o que havia encontrado.

- Arrrre! – gritou Hermione apavorada abraçando Rony e rapidamente "desabraçando".

- Incrível...

- ...mente maligno!- completou Hermione.

Um Inferi estava preso à uma porta. Colado nela para ser franco. Era um homem que usava roupa de vigia e tinha uma lanterna no bolso . No macacão azul-petróleo que vestia havia o desenho de uma cobra feito à sangue. Sem precisar que ninguém lhe dissesse o que fazer, Harry caminhou até a porta e disse "abra". Mas um sibilo, um sussuro, saiu de sua boca e a porta de repente abriu uma luz esverdeada encheu a sala inutilizando a luz que vinha de suas varinhas.

- Vamos, tenho certeza de que estamos indo pelo caminho exato! – disse Harry realizado empunhando a varinha à frente e entrando pela porta que acabara de abrir.

N/A: Esse cap meio que saiu naturalmente, fiz td d uma vez só e ñ deu tempo p/ betar. Só me resta saber c gostaram... quero reviwes!

E queria responder ao Anderson tb.

Vlw pelos elogios, mas não se preocupe que o Snape tá no caminho cert, vcs vão entender + tarde...

Bjão!

Tata Carter Radcliffe