Um pedido de namoro

Gina e Draco tem seus destinos esbarrados. Draco é convertido para o bem por Gina. Fim de guerra. Lúcio Malfoy morto. Seis meses de puro amor. Mas para Draco não é suficiente saber que Gina o amo e vice-versa. Ele quer poder dizer que aquele amor é realmente verdadeiro, que ele se importa, que para ele é especial. Nada melhor para isso do que UM PEDIDO DE NAMORO.

Você é a única mulher que me satisfaz.

Não há no mundo alguém tão especial,

Com uns olhos que brilham como um raio de sol.

MC Pereira - Eu amo você

25/06/05Sábado de uma maravilhosa manhã de agosto. O raios de sol entravam pela janela do quarto que Draco, por ser monitor-chefe, usufruía de um particular. Draco abriu seus olhos lentamente e ainda deu algumas piscadas para saber se aquilo tudo era real mesmo. Já fazia seis meses. Seis meses de pura felicidade, por mais que houvesse brigas e discussões, o amor sempre prevalecia. Seis meses e ele ainda não conseguia acreditar que era tudo real mesmo. Às vezes sentia como se não fosse merecedor. Merecedor do quê? Daquele incrível ruivinha sorridente, de lábios vermelhos e carnudos, cabelos longos e encaracolados, olhos cor de chocolate. Aquele ruivinha que havia feito com que ele descobrisse que podia ser ele mesmo, que havia-o feito desafiar o pai e ir para o lado do bem enquanto era tempo, aquela ruivinha que havia despertado sentimentos que ele não achava que fosse possível sentir. Aquela mesma ruivinha que dormia profundamente ali, ao seu lado, tranqüila abraçada ao corpo dele. Incrivelmente aconchegada. Ainda por alguns minutos Draco ficou admirando os longos cílios ruivos da garota ali encontrada e lembrou-se da noite anterior. Eles haviam roubado suco de abóbora e sapos de chocolate com os elfos domésticos de Hogwarts que trabalhavam na cozinha e ido para o quarto de Draco, sorrateiramente apesar de não haver mais nada que impedisse o casal de espalhar para os quatro ventos que estavam juntos, ou seja, Lúcio Malfoy, eles ainda não o haviam feito. Ainda esperavam o momento certo para contar a Rony e toda a família Weasley e a Narcisa, mãe de Draco, que o mesmo tinha certeza que não iria se importar, ao contrário, até gostaria de Gina. Narcisa, afinal, era muito mais Black do que Malfoy. E Draco estava começando a suspeitar que também era assim. Já no quarto de Draco, haviam começado a comer e a conversar, rir, namorar. Até que começaram a ver um filme e Gina acabou pegando no solo, ali, sentada entre as pernas de Malfoy, aconchegada por seus braços. Draco havia se sentido tão bem estando ali com ela, quietinhos, abraçadinhos vendo filme, que resolveu apenas pô-la na cama e deitar-se ao seu lado. E agora, já de manhã cedo, ela ainda estava ali, ao seu lado. E era assim que Draco queria tê-la: sempre ao seu lado. Nunca mais deixaria ela escapar. Como quase acontecera, quando seu pai exigira que ele virasse um comensal e ele não sabia o que fazer. Mas foi com esse mesmo sentimento, o de perder Gina pois sabia que ela não aceitaria um namorado comensal, e também porque sinceramente, não era o que ele queria, ele desafiou tudo e todos. E a sorte foi que logo depois, ocorreu uma batalha entre Harry Potter e Voldemort, onde seu pai, Lúcio, morreu. E Draco sentiu que mesmo se não o tivesse ocorrido, ele enfrentaria o que precisasse, mas nunca, nem sequer por um minuto, faria algo em que pudesse correr o risco de não ter mais Gina ao seu lado. Foi então, no meio de todas essas divagações e lembranças que a ruivinha acordou:

Bom dia, ruivinha. - sussurrou Draco ao pé do ouvido da mesma e logo após dando-lhe um beijo extremamente delicado e cheio de carinho nos lábios. Realmente aquela garota mexia com ele. Nunca em todos os seus dezessete anos de vida havia se sentido dessa maneira com qualquer outra garota. Gina Weasley que ironia do destino! era única, e isso a tornava extremamente especial.

Hum... - disse ela, sorrindo com o beijo dado tão espontaneamente. - Nossa, se eu soubesse que você acorda tão bem assim suas convidadas eu dormiria aqui mais vezes.

Ei, você foi minha única convidada. Nunca trouxe nenhuma outra garota aqui. - Draco resolveu frisar bem a palavra única, para que Gina entendesse muito bem o sentido daquela palavra para ele. - Mas se você quiser, eu posso te receber muito melhor... - disse Draco, puxando Gina mais para si, com um sorriso malicioso.

Muito engraçadinho você, Sr.Malfoy. - disse ela afastando-se. - Mas caso não tenha percebido que dormi fora da Torre da Grifinória e se eu não aparecer lá quando todos já estiverem acordados, eu estarei em maus lençóis. Mirela não vai conseguir encobrir essa.

Draco sabia o que ela queria dizer. Ninguém sabia sobre eles. Bom, quase ninguém, apenas Zabini que havia se revelado um grande amigo, também porque ele estava namorando um grifinória, que coincidentemente era a melhor amiga de Gina outra ironia do destino, Mirela, a qual Gina mencionara. As duas viviam se protegendo, assim como ele e Zabini também faziam. E os passeios para Hogsmead estavam sendo muito mais divertidos naqueles últimos meses, ele e Zabini saíam escondidos, assim como Gina e Mirela e se encontravam em um lugar muito distante e jogavam conversa fora, namoravam, trocavam confidências, haviam se tornado muito amigos, os quatro. Draco se sentia feliz por isso, porque fora Gina quem encorajara a amizade dele com Zabini. Ele tinha que admitir, desde que aquela ruivinha havia esbarrado em sua vida, a mesma só estava mudando para melhor. Já tinha até amigos verdadeiros em quem confiar. E isso era reconfortante. Mas mesmo assim, nem tudo era um mar de rosa e ele ainda não podia pegar na mão de Gina nos corredores, muito menos roubar-lhe um beijo nos intervalos das aulas. Tinha tanta coisa que Draco queria fazer, mas ainda não podia.

- Tudo bem. Eu te deixo ir. - disse ele por fim, soltando sua mão da de Gina. - Mas só porque eu estou de bom humor hoje. - sorriu ele, aquele sorriso sincero, que havia começado a surgir em suas feições Malfonianas. N/A: de onde eu tirei isso me0 de000s? o.0 Por Merlin... :X

- Olha... Draco de bom humor? - disse Gina, ironizando. E Draco sorriu ao ver isso, ao menos não era só ele que estava aprendendo com ela, a mesma também estava aprendendo com ele. - Isso não se ve todo dia. Posso saber porque o Sr. Bom Humor veio dar o ar da graça? - gracejou ela.

- Ah... nada demais... - respondeu ele, fingindo indiferença. - A não ser que uma ruivinha amanheceu aqui em meus lençóis. - Vendo o olhar reprovador de Gina, porque ele havai feito pouco caso. - E é claro, por causa da imagem que eu vi ao acordar, que foi a de uma deusa ruiva, de olhos fechados dormindo profundamente, parecendo um anjo. - Com isso ele desarmou Gina completamente e sorriu vitorioso.

- Tudo bem. Eu admito. Você sabe como me deixar completamente sem argumentos. - disse Gina, aproximando-se de Draco que a essa altura já estava de pé, e passou seus braços ao redor de seu pescoço enlaçando-o enquanto o mesmo a abraçava pela cintura.

Draco estreitou-a bem apertado por entre seus braços e beijou-a longamente. Como se estivesse esperando aquele beijo por muito, muito tempo.

- Tem certeza que eu só vou poder te ver de novo a noite? - disse ele, fazendo muxoxo.

- Certeza absoluta. - disse ela, firme, mas a expressão também demonstrando que sentiria saudade. - Tenho que terminar vários trabalhos.

- Ok. Eu também tenho, mas nem por isso vou deixar de sentir sua falta... - disse, agora depositando vários beijos no pescoço da ruiva, fazendo-a rir, sentia cócegas e ele gostava de ouvir o som da risada dela. Era revigorante.

- Eu também vou sentir a sua. Mas pense o seguinte: eu não vou estar deixando de pensar em você nem por um segundo. - disse ela, toda carinhosa. O que fez o coração de Draco se enternecer mais do que já havia se enternecido por ela. - A menos que apareça um garoto mais bonito que você esbarre comigo na biblioteca e...

Draco tapou-lhe a boca suavemente com os dedos, fazendo-a parar de falar. Colocou no rosto uma expressão séria.

- Você quase conseguiu fazer eu acreditar por um momento, apenas, que eu era o dono dos seus pensamentos. E isso teria feito valer o meu dia. - É claro que ele não estava bravo, só queria ver a reação dela.

A mesma ficou séria também, de brincadeira, claro. Afinal, conhecia a figura a sua frente.

- Pois então pode tirar essa expressão rabugenta do rosto e colocar um sorriso de orelha a orelha, Sr. Malfoy. Porque eu só estava bricando e você sabe muito bem disso. Mas se você quiser uma massagem em seu ego, então lá vai: Você realmente é o dono dos meus pensamentos.

Draco realmente sorriu de orelha a orelha e disse:

- Muito bom saber disso, Srta. Weasley. Mas eu não queria uma massagem no ego e sim saber se era seguro eu dizer que você é a coisa mais maravilhosa que já aconteceu na minha vida.

Gina ficou sem fala. Sim, ele havia desarmado-a de novo. E como a mesma continuava sem fala, ele prosseguiu:

- E agora que eu já falei o que eu tinha pra falar e de repente temos uma Weasley muda em meu quarto, vou ser obrigado a te expulsar, por mais que eu queira que fique, porque já estava ficando tarde e não queremos que dêem por sua falta.

Foi então que Gina saiu do transe, pulou no pescoço de Draco e disse:

- Ai, seu tolo, você é adora me ver se graça. Pois fique sabendo que você também é a coisinha mais maravilhosa que já aconteceu na minha vida e eu amo você. - disse isso e deu um selinho rápido nos lábios dele e saiu porta afora.

Minutos depois, aquela última frase ainda ressonava em sua cabeça 'eu amo você'. Ela havia dito aquilo sem perceber. E com tanta naturalidade! Seria mesmo verdade? Ela realmente havia dito aquilo ou fora apenas sua imaginação? Ela o amava. Não, não era mentira. Ela realmente dissera aquilo e ele estava confuso. Sim, aquelas últimos seis meses haviam sido ótimos. Ou melhor, estavam. Porque com Gina era o contrário dos que havia acontecido com as outras, ele nunca se cansava, muito pelo contrário, cada dia ele descobria algo novo. E por mais que ele ficasse assustado em admitir, cada dia ele se apaixonava mais ainda.

---FLASHBACK---

Lá estava ela, concentradíssima procurando um livro na estante, que Draco não fazia a mínima de qual poderia ser, mas com certeza, já que ela estava na seção de histórias, deveria ser algum de romance. Fazia exatamente um mês que estavam juntos. Draco observou-a de longe, os cabelos ruibvos, logo abaixo dos ombros caindo-lhe sobre os olhos chocolate, e aquele corpo escultural e sexy que ela nem se dava conta de que tinha. Aos poucos ele foi se aproximando, sorrateiramente, para que ninguém percebesse aonde ele estava indo.

- Me encontre nas últimas estantes da biblioteca que eu quero falar com você. - sussurrou ele para a ruiva, rapidamente, para que ninguém pudesse ver e/ou escutar.

Demorou um pouco para Gina associar o que estava acontecendo, às vezes ela era meio desligada mesmo, mas minutos depois lá estava ela em frente a ele, tentando não sorrir e parecer zangada. Eles haviam brigado na noite anterior. Mas Draco não queria ficar brigado com ela, porém, ainda não sabia o porquê.

- Espero você ter uma boa explicação para isto, Malfoy. - rugiu ela entre dentes. - Porque eu estava muito ocupada, sabe? E eu não sou qualquer uma que você pode brinca e... Ah, esqueça! Mas afinal, o que você queria me falar? - perguntou ela, olhando fixamente para dentro dos olhos azuis cinzentos dele.

- Isto. - disse ele puxando-a pela cintura e colando o corpo dela ao dele num beijo cheio de paixão e desejo. Gina correspondeu à altura, colando-se ainda mais ao corpo dele e com um mão em sua nunca aproximando-o mais fazendo o beijo ficar cada vez mais intenso e a outra mão passeando pelos lisos cabelos loiros que ele tinha e ela tanto gostava.

E foi naquele momento, com aquele olhar achocolatado que ela dirigiu a ele e aquele beijo tão apaixonado juntamente com todo aquele turbilhão de emoções que ele estava sentindo, que percebeu o quanto gostava daquela Weasley pobretona. A Weasley número sete. A Weasley nojenta de cabelos de fogo. A Weasley sexy. A Weasley sorridente e simpática. A Weasley que fazia ele gostar de quem ele era. A Weasley que havia conquistado o coração de um Malfoy por ser exatamente do jeito que era, somente ela.

---FLASHBACK---

E foi nesse misto de presente e passado que Draco confirmou que o que sentia desde aquele tempo havia apenas aumentado. Dia após dia. Mês após mês. Aquela garota era tudo o que ele queria e precisava e mais um pouco. Ela sabia o que ele sentia com apenas um olhar. Sabia do que ele precisava com apenas um beijo. E com um simples toque suave que ele dava em sua face, uma felicidade invadia-o de tal maneira. Que ele percebeu que o que sentia por ela não podia ser nada mais, nada menos do que AMOR.

Amor? Malfoys nunca se apegavam a nada. Nunca amavam. Ninguém nunca havia-o amado antes além de sua mãe, que não era muito de demonstrações afetivas apenas agora haviam começado um relacionamento mais afetuoso, já que o seu pai não estava mais lá para incomodar. Pior, ele nunca havia amado ninguém. E agora aquela bomba. Aquele sentimento invadindo o seu coração. Então era isso o amor. Aquela felicidade e tristeza ao menos tempo. Aquela sensação de poder e submissão. Sentir-se desejado e desprezado ao mesmo tempo. Sentir-se só quando a pessoa amada não está junto de ti. Sim, agora todos aqueles clichês faziam sentido para ele. Todos, sem nenhum fora da lista. Mas por mais que aquilo fosse interessante por um lado, uma sensação deliciosa, era também assustadora. O que ele faria agora? Como agiria dali em diante? Ele sabia que não queria a Weasley por um dia, muito menos por um ano, ele queria ela pra sempre, ele amava-a. Ele, um Malfoy AMAVA uma Weasley. Mas que de explodisse o resto, que fosse tudo as favas. Ele a amava e não iria abrir mão disso. Não mesmo. Ele se lembrava perfeitamente do dia em que quase a havia perdido e Gina era a única coisa em toda sua vida que ele não admitiria perder. Porque já havia sentido aquela sensação de quase perda, e não estava nem um pouco afim de sentir a total. Simplesmente não suportaria.

Naquele dia que eu te encontrei,

De outra coisa nunca mais precisei,

assim to melhor, eu mudei por você.

Ai então eu te conheci,

E todo meu amor te prometi,

Agora entao, feliz vou viver.

Eu tenho tanto pra te falar,

Mas se pudesse me escutar,

Eu não consigo, te dizer.

Banda Menos 1 - Perder Você

---FLASHBACK---

Gina tinha uma doença. Bom, ao menos era isso o que ela dizia para quem assistisse ao episódio o qual Draco havia presenciado. E nunca explicava direito para ninguém, que preferia não perguntar. O que acontecia era que desde que Gina havia tido aquele diário o qual Tom Riddle havia mei que a 'possuído', ela tinha sonhos, mas esses sonhos pareciam ser reais e Gina sentia tanta dor, mais tanta dor, seu corpo ficava inerte no chão, como se ela estivesse morta. Isso acontecia principalmente em épocas as quais ela se sentia estressada, pressionada de alguma forma ou alguma preocupação, etc. Em geral, quando não se sentia muito bem emocionalmente. Ela estava estudando para uma prova de História da Magia em um lugar mais afastado do castelo, propositalmente, afinal, estava esperando por Draco já fazia três meses que estavam juntos. Mas a matéria estava tão chata que ela acabou pegando no sono. Porém, ela estava preocupada com a sua nota em Poções, com medo de reprovar. Juntando um mais um. Igual a 'doença'.

Quando Draco chegou, viu uma Gina pálida se contorcendo no chão e chorando muito, ela devia estar sentindo muita, muita dor. Em meio a isso tudo, ela devia ter mordido o lábio, pois o mesmo sangrava muito. Draco ficou extremamente desesperado, não sabia o que fazer. Correu desesperado ao encontro da ruiva inerte no chão e abraçou-a por trás, como se a estivesse ninando-a.

- Gina... Gininha... por favor, Gina, acorda! - dizia ele, desesperado. Ele estava chorando! Ele, um Malfoy, chorando! - Acorda, vamos, acorda! Eu tenho uma surpresa pra você, vamos! Você quer ganhar um presente, não quer? Eu sei que você gosta de ganhar presentes, eu sei. Gina... por favor, não me deixe.

Sabia que ela não estava morta, apesar de estar num tipo de transe, mas não tinha mínima idéia do que estava acontecendo e estava preocupado, o que na verdade é pouco para o que ele estava sentindo. Sentia como se pudesse perdê-la a qualquer momento, o que não achava que fosse possível até alguns minutos antes e essa cruel verdade de que pudesse acontecer qualquer coisa a Gina qualquer momento fez com que ele percebesse o quão desamparado ficaria se algo de ruim acontecesse aquela ruivinha que lhe tirava o fôlego e pior, havia roubado seu coração, que ele nem sabia que ainda existia dentro de si.

Ele tentava desesperadamente achar uma solução, saber o que fazer. Não podia levá-la à Madame Promfey, porque simplesmente ela não parava quieta e também não podia chamar ninguém, porque não queria deixá-la sozinha. Mas então, enquando ele estava naquela indecisão, Gina acordou, como se nada demais tivesse acontecido.

- Draco... - sussurou ela, ainda fraca, com aqueles lábios vermelhos, por causa do sangue que dali havia escorrido.

Draco apertou-a ainda mais entre os braços, ainda com lágrimas que teimavam em rolar pela sua face. Gina percebeu isso e sorriu:

- Você está chorando... - e dizendo isso passou seus dedos pelo rosto dele.

- E isso é bom? - conseguiu dizer ele, por fim. Mas ela não respondeu, e nem precisou. Porque eles se entendiam assim, com meias palavras. E ele sabia perfeitamente o que Gina queria dizer, ele nunca havia chorado e agora chorava por ela, o que demonstrava o quanto ela era especial e o quanto a mesma se sentira lisonjeada com isso.

Depois de alguns minutos, os dois ainda abraçados, Gina se recompôs, porém ainda um pouco fraca. Sentou-se no meio das pernas de Draco e o mesmo, muito sério, perguntou:

- O que aconteceu aqui, Ginevra?

- Eu tenho uma doença. - disse, simplesmente. Mas Draco não iria se dar por vencido e ela sabia disso.

- Pois eu nunca vi ou ouvi falar-se sobre nada do tipo, e eu quero saber porque tenho de estar preparado caso isto venha a acontecer numa próxima vez, o que espero profundamente que não aconteça.

- Irá acontecer, Draco. - disse ela, suspirando infeliz. Ele sentiu que ela iria contar toda a verdade agora, porque sabia que a mesma não conseguia mentir para ele. - Eu tenho esses 'ataques' digamos assim, praticamente toda vez que me sinto abalada emocionalmente, mas abalada no sentido ruim da palavra. E sim, eu sei que você não acredita que isto seja uma doença e sim, você está certo: não é uma doença. - E Gina relatou tudo para ele, porque tinha isso e tudo mais. - Você foi a única pessoa para qual eu contei isso, Draco. Por favor, não conte a ninguém. - pediu ela, com um olhar suplicante.

- Pra quem eu contaria, afinal? - ela deu de ombros. - E sua família?

- Eles não sabem. Nunca aconteceu nada disso comigo em casa, acho que é porque lá sempre me sinto bem, perto da minha família.

Então Draco começou a se ligar de algumas coisas. No começo, quando eles haviam começado a ficar juntos, Gina às vezes chegava atrasada ou até mesmo não comparecia. Ele ficava irritado e até mesmo triste, achando que ele não era tão importante assim para ela, o quanto ela era para ele.

- Sim, Draco. No começo eu estava tendo muito mais desses ataques porque estava nervosa. Eu achava que você só queria brincar comigo e depois tinha medo que os outros descobrissem. - Draco fez uma expressão preocupada, que deveria ter sido captada por Gina, pois a mesma logo falou: - Mas agora está tudo bem. Não foi por isso que eu fiquei assim hoje, foi porque eu estou com medo de reprovar em poções.

Draco suspirou aliviado e disse:

- Ora, isso eu posso te ajudar. - e sorriu, simplesmente. Mas logo voltou a expressão séria de antes e disse: - Ginevra, nós precisamos dar um jeito nisso, juntos, entende? Você não pode se extressar por qualquer coisinha preocupante que aparece em sua vida, senão você vai ter esses ataques constantemente.

- Já pensei sobre isso. - disse ela, também assumindo uma postura séria. - Eu tentei, mas não consigo. - suspirou, triste.

- Eu vou te ajudar.

- Obrigada, Draco. - disse ela, aconchegando-se ainda mais. - Mas, sinceramente, não quero falar sobre isso agora. Você disse que tinha um presente, estou certa, não? - sorriu ela, toda contente, como uma criança. E Draco fez o mesmo, adorava aquele sorriso. Adorava aqueles olhos. Adorava tudo nela. E por um lado, mesmo sendo uma adoração meio estranha, gostava até da 'doença' dela pois assim podia cuidar da mesma e assumir uma posição superprotetora e mais carinhosa ainda sem se entregar, ou seja, assumir que ela era muito, mas muito importante pra ele.

- Sim, eu não tinha. Eu tenho. - foi então que tirou do bolso uma caixinha pequena. Tipo aquelas de anel, Gina abriu um enorme sorriso. Mas então quando abriu a caixinha, por um momento, Draco jurara ter visto decepção em seu olhar que logo foi desfeita dando lugar a um sorriso maior ainda: - Então, - perguntou ele - gostou dos brincos?

- Se gostei? - perguntou ela, toda animada. - Adorei! - e dizendo isso beijou-o apaixonadamente nos lábios.

---FLASHBACK---

Draco tentou concentrar-se no que tinha para fazer. Estando tão avoado como estava ultimamente havia acumulado vários lições e trabalhos que estavam por fazer. Teria um longo sábado pela frente na biblioteca. Bom, seu único consolo é que a noite poderia se encontrar novamente com a sua querida ruivinha dona dos seus pensamentos e, coração.

No banho, as palavras voltaram à sua mente. Não queriam sair dali. Se ela amava ele e ele, obviamente amava ela... Qual era o problema? Porque ele se sentia naquele impasse? Não sabia dizer. E no meio de tantas divagações terminou seu banho e vestiu-se rapidamente, indo encontrar-se com Zabini no Salão Comunal da Sonserina. Juntos desceram para o Salão Principal afim de tomar o café-da-manhã antes de irem para a tortura da biblioteca fazerem o que tinham para fazer.

Sentado a mesa da Sonserina, Draco observava de longe Gina conversando animadamente com a sangue-ruim da Granger e o santo Potter juntamente com o irmão cabeça vermelha, Rony. Draco setiu um estalo, se eles fossem tornar público aquele.. aquele... relacionamento, seria obrigado a aturar aquelas criaturinhas grifinórias com quem Gina andava. Teria que agir decentemente com eles. E isso seria muito difícil. Já seus amigos não tinha problema, afinal, o que único que possuía era Zabini, que se encontrava na mesma situação que ele.

- Draco! - chamou Zabini. - Ô apaixonado, dá pra prestar atenção no que eu tô falando? - provocou o amigo, vendo que o olhar deste se encontrava pousado em uma certa ruivinha sentada na mesa da Grifinória.

- Desculpa, Zabini. Pode falar.

Então Zabini contou que ele e Mirela haviam começado a namorar. Ele finalmente tinha tomado coragem de assumir que os seus sentimentos por ela eram realmente mais do que um simples gostar e queria um compromisso sério. Zabini iria levá-la para conhecer a sua família e vice-versa e quando tuvo já estivesse ajeitado enfim poderiam andar juntos publicamente.

Draco ficou feliz pelo amigo. Aquilo era tudo o que ele mais queria no mundo. Há uns tempos vinha percebendo como ele estava estranho, pensativo, deveria ser isso então, aquela confusão de sentimentos. Exatamente como Draco estava se sentindo agora. E quando voltou a olhar para a mesa da Grifinória, Gina não estava mais lá. E ele tinha a impressão de que sabia exatamente onde ela se encontrava: armário de vassouras.

- Zabini, te encontro mais tarde. - o mesmo sorriu. Sabia exatamente onde Draco estava indo.

Desculpa amor, por não poder ficar mais tempo junto a ti

Desculpa amor, não ser talvez o homem exemplar

Eu sei, devia dar-te mais do que te dou

Estar mais aí contigo do que estou

Mas que te amo tens de acreditar...

Eu penso em ti, onde quer que eu ande penso em ti

E mesmo aí distante estás em mim

Basta fechar os olhos para te ver

Eu penso em ti, pra lá do horizonte penso em ti

E mesmo estando longe estás em mim

Eu faço amor contigo sem te ter

Desculpa amor, por eu nao estar presente mais do que uma vez

Desculpa amor, por acordares de noite e eu não estar

Eu sei, devia deixar tudo e estar aí e renegar a vida que eu escolhi

Mas que te amo tens de acreditar!

DJ Cool - Desculpa amor

---FLASHBACK---

Fazia quatro meses que eles estavam juntos. Draco se encontrava no mesmo lugar daquela dia, sentado na mesa da Sonserina com Zabini ao seu lado, ambos fingiam conversar sobre algo interessante e ficavam a olhar para a mesa da Grifinória, para uma certa ruiva e uma certa morena que faziam a mesma coisa que eles.

- Eu vou lá. - disse Draco por fim. - Eu preciso falar com ela. - Ele não sabia porquê, mas sentia que precisava falar com ela. Havia algo estranho no ar, sabia. Ele devia ter feito alguma coisa, mesmo não sabendo o que e precisava desesperadamente falar com ela.

- Não, Draco. - retrucou Zabini. - Você não pode ir até lá cara, espera ela fazer alguma coisa.

E não deu outra, minutos depois Gina se levantou e olhou-o de relance. Sim, era para ele segui-la. E foi o que ele fez, quando ninguém estava olhando. Ela se encontrava no armário de vassouras. E foi ali que ele entrou:

- Gina... - sussurrou ele, aproximando-se para abraça-la, mas a mesma se esquivou.

- Draco, precisamos conversar. - disse ela séria, mas tinha uma expressão triste no olhar.

Draco também assumiu uma postura séria, mas ao mesmo tempo preocupado. Não tinha a menor idéia sobre o que ela queria conversar, mas devia ser algo muito importante, era difícil ver a Gina sem aquele sorriso maravilhoso, tão iluminado que ele tanto gostava, no rosto.

- O que houve, Gina? - perguntou ele, aproximando-se mais dela, mas sem tocá-la. Apenas ficando frente a frente.

Gina olhou-o bem no fundo de seus olhos com os dela, achocolatados, como ele costumava dizer.

- Draco... você... - ela não encontrava as palavras certas. Respirou fundo e disse que uma só vez, porém, pausadamente. - Você...bom...me disseram que você..Você vai se tornar um comensal, Draco?

Aquilo soou como uma facada em seu peito. Como ela sabia daquilo? Deia ter sido o Santo Potter. Lúcio Malfoy estava cada vez mais impaciente, queria que Draco se tornasse um comensal o mais rápido possível, afinal a guerra estava cada vez mais próxima do fim e Voldemort precisava de mais aliados, muitos já haviam morrido. Draco não queria se tornar um aliado, mas também não queria decepcionar o pai. Pois o mesmo poderia fazer algo com Gina, ele não sabia o que fazer. Ele sabia que iria decepcioná-la, o que menos queria, mas tinha que dizer a verdade à ela.

- Eu realmente não sei, Gina.

E então, o mais inesperado aconteceu, Gina começou a chorar descontrolavelmente e atirou-se nos braços dele. O mesmo abraçou-a, reconfortando-a. Estava atortoado, não sabia o que fazer, tudo o que sabia era que queria que ela parasse de chorar. Ou melhor, não queria tê-la feito chorar.

- Gininha...- sussurou ele perto do seu ouvido e beijando-lhe o pescoço. - Eu não queria te fazer chorar, Gina. Eu não queria...

- Ah, Draco... - disse ela, triste. - Não é sua culpa. Eu que choro por tudo. Eu apenas não queria que você fosse um Comensal, entende? Entrar na guerra já é perigoso e no lado do mal então, é mais perigoso. Eu sei que é o seu destino e que você não quer enfrentar o seu pai e tudo mais.. Muito menos Você-sabe-quem. Mas eu não quero que nada de mal aconteça a você, Draco. Eu simplesmente não vou suportar, não vou.

Aquelas palavras fizeram Draco se sentir como num sonho. Ela realmente se importava com ele e afirmara que sem ele não iria ficar bem. Alguem sentia sua falta. E naquele momento Draco percebeu que enfrentaria qualquer coisa, qualquer coisas mesmo só para ver retornar ao rosto da ruivinha aquele sorriso que ele tanto gostava. Beijou-lhe os lábios calmamente e abraçou-a apertado.

- Gina... - disse, sério. - Eu não vou virar um Comensal. Eu vou falar com meu pai. Você sabe que não é o que eu quero. E já está na hora de eu ter uma conversinha com ele.

Gina deu um meio sorriso e beijou-o. Palavras não foram mais ditas. Eles apenas ficaram ali, um abraçando o outro. E a conversa que Draco queria ter com o seu pai, nunca chegou. Uma semana depois foi informada a morte de Lúcio Malfoy defendendo seu Lord. Como sempre. E duas semanas a seguir ocorreu o fim da guerra dando alívio para todos.

---FLASHBACK---

Relembrando do mesmo episódia que havia ocorrido há tempos atrás, Draco ficou apreensivo. Não podia ser boa coisa, algum ruim estaria para acontecer. Ele tinha certeza disso. Podia sentir. Assim como daquela vez, não sabia o que havia de errado, mas sabia que algo errado, isso havia. Entrou no armário de vassouras e lá estava ela, assim como ele previra. Ele tentou abraça-la e a mesma esquivou-se. Sim, estava tudo se repetindo e tudo o que ele menos queria, era que isso acontecesse. Porque ele sabia que dessa vez, deveria ser algo muito mais sério.

- Gina...

- Draco, precisamos conversar. - disse ela, deixando os cachos cobrirem boa parte de seu rosto ao baixar a cabeça e olhar para os pés.

Um sentimento dejavú percorreu todas as entranhas de Draco. Ele já havia presenciado todo aquele momento. Mas tinha que seguir adiante, porque não importava o que ele havia feito, mesmo sem querer, ele tinha de consertar.

- Mas o que aconteceu, ruivinha? Porque essa cara? - perguntou ele, referindo-se a expressão séria e triste no rosto da mesma.

- Os meus sonhos voltaram, Draco. - disse ela, sem rodeios. Bem diferente da outra vez. Ela havia amadurecido mais. Ficado mais forte.

Por um momento Draco não soube o que dizer. Sabia a que sonhos ela se referia, aquela 'doença' que ela tinha. Mas há mais de dois meses ela não os tinha mais. Eles haviam trabalhado naquilo juntos, porque agora estavam voltando a persegui-la?

- Mas ontem a noite você parecia tão bem... - foi tudo o que ele conseguiu dizer. Uma coisa estúpida a se dizer, mas disse. E logo consertou: - Quer dizer, porque? O que está acontecendo? O que está te preocupando, Gina? - perguntou ele, mais sério e preocupado do que nunca. Cenas daquele episódia nos jardins passavam em frente aos seus olhos como um filme. O corpo de Gina no chão, os lábios sangrando, o choro, os gritos... O medo de perder que ele não conseguia evitar.

Gina ficou em silêncio por alguns instantes antes de responder.

- Eu ando preocupada com nós dois, Draco. - disse ela. - E eu sei que pode parecer uma coisa estúpida, mas pra mim não é. - sua voz soava triste. - Nós já estamos há seis meses juntos e estão começando a desconfiar que há alguém em minha vida. E Hermione não é boba nem nada, ela já está até desconfiando que essa pessoa possa ser você. E essas dúvidas vão sumir completamente quando namoro de Zabini e Mirela se tornar público. - Draco ainda não entendia onde Gina queria chegar, mas achou melhor ficar quieto e deixá-la prosseguir. - Eu não agüento mais mentir, Draco. A guerra já acabou. Meus pais poderiam não gostar muito da idéia mas aceitariam e você mesmo disse que sua mãe não se oporia a nós dois e os meus irmãos, bem, eu dou um jeito neles. Com o tempo tudo se acertaria. Mas como é que eu posso te apresentar para minha família se eu nem mesmo sei o que você é meu? - Agora tudo fazia sentido para Draco, ela queria um compromisso sério, só podia ser isso. - Hoje cedo eu disse que te amava e fosse ficou quieto. Tantas vezes eu tive esperança que você fosse me pedir em namoro, mas você não pediu. - E mais uma vez a lembrança daquele dia no jardim, quando Draco havia dado aqueles brincos de presente à ela. Então era um anel de compromisso que ela esperava. A impressão de ter visto uma ponta de decepção no olhar dela não havia sido sua imaginação. - Eu não quero te pressionar nem nada, Draco. Eu entendo perfeitamente se você não quiser um compromisso mais sério. Mas eu não consigo mais, eu sinto muito. Estava fazendo mal para minha 'doença' e se eu continuar com você vou ficar cada vez pior. E não é só por isso, eu quero um compromisso sério. E eu preciso de alguém que também retribua meus sentimentos. Eu te amo, Draco. E sei que talvez você não sinta o mesmo por mim. Mas isso não é problema, acredite. Porque sei que você gosta de mim do seu jeito. Mas eu estou pior, Draco. E acho melhor nós não nos vermos, ao menos por um tempo. Está na época dos testes e eu já estou emocionalmente estressada até demais. Espero que você entenda.

Draco ficou atônito. Esperava por tudo. Menos por aquilo. Tudo menos aquilo! Como é que Gina podia pensar que ele não gostava dela do mesmo jeito que ela gostava dele? Isso era um absurdo! Ele a amava demais e por isso mesmo não podia deixar ela sair daquele jeito. E sentiu-se mais mal ainda por seu o culpado de ela ter voltado a ficar 'doente'. Não queria magoá-la, não queria fazê-la sentir-se mal. Não queria nada daquilo para ela.

- Você está terminando comigo, Gina? - conseguiu perguntar ele, por fim.

- Não. Eu só estou pedindo um tempo. - Draco sentiu-se mais aliviado, mas não muito. Porque não queria ficar longe dela, mas ao menos eles não haviam terminado.

- Tudo bem. - disse ele. - De quanto tempo você precisa?

- Eu não sei. - sussurou ela, tristemente.

- Um beijo de até logo então? - perguntou ele. Não queria dizer Adeus. Até mesmo porque aquilo não era um Adeus e sim um Até logo. Eles voltariam a ser como antes. Ele tinha certeza. Mas teve que admitir que até ele precisava daquele tempo, para colocar os pensamentos em ordem e saber o que fazer.

Gina aproximou-se mais dele. E beijou-o apaixonadamente, colocando os braços ao redor de seu pescoço. Draco agarrou pela cintura, e apertou-a bem entre os braços como se aquilo pudesse impedi-la de ir para longe dele. Beijou-a como se aquele fosse o último. Porque era como se sentia. E quando ela terminou o beijo, olhou-o e saiu pela mesma porta por onde havia entrado, Draco sentou-se no chão e colocou a cabeça entre as perna e chorou, sim, mais uma vez Draco Malfoy estava chorando e pela mesma razão: aquele sentimento de perda. Ele a amava mais do que tudo em sua vida e tinha que fazer algo para consertar aquilo e tinha certeza absoluta do que tinha de fazer.

Draco permaneceu ainda por uma meia hora dentro do armário de vassouras, chorando. Quando saiu, foi direto para o seu quarto, ignorou completamente Zabini, com quem esbarrou nas escadas. O amigo achou estranho, mas não falou nada. Sabia quando Draco estrava triste e/ou irritado. Draco usou um feitiço que seu pai havia lhe ensinado Lúcio havia ensinado muitas Artes das Trevas para Draco, e algumas realmente eram úteis para fazer com que todas as suas lições ficassem prontas. Apenas disse umas palavras mágicas e todas as informações sobre a matéria que ele possuía foram passadas para o papel e depois de meia hora já tinha feito tudo o que tinha para fazer. Draco até gostava de estudar, mas naquele momento, tudo o que ele queria era ficar sozinho e pensar. Deitou-se na cama e fechou os olhos, deixando seus pensamentos voaram para o dia que aquela ruivinha havia atravessado seu caminho.

---FLASHBACK---

Draco estava no seu lugar preferido dos jardins, num canto bem recluso. Gostava de ficar lá para pensar. E naquele momento, mais do que nunca. Aquela guerra estava mexendo com ele. Sabia muito bem que seu pai queria que ele se tornasse um comensal, e muito em breve. Mas não era bem o que ele queria. Podia não gostar muito de Dumbledore por ser calmo demais e nem do Santo Potter, por querer sempre bancar uma de herói, mas não era idiota de ficar do lado de Voldemort, como um escravo. Não gostava de receber ordens. Nem um pouco. Estava tão absorto em seus pensamentos que nem percebeu que não estava sozinho. Uma certa garota de cabelos vermelhos e sardas estava sentada há poucos metros dali, xingando Merlin e o mundo. Mas então ela começou a falar mais alto que Draco acabou escutando e, curioso do jeito que era, resolveu se aproximar mais um pouco e ver o que estava acontecendo, se posicionou estrategicamente atrás de arbusto para não ser visto.

- Que droga de vida! Que droga mesmo! - Draco pode perceber que o rosto da garota já estava da cor dos cabelos tamanha a raiva que sentia. - Se ele pensa que vai ficar assim, ahh.. mas não vai mesmo! Quem ele pensa que eu sou? Quem! Maldito Tribiani...

Draco sabia muito bem quem era aquele garoto, era do quinto ano da Sonserina. Tentava ficar com todas as garotas, mas não era como Draco, que fazia isso com o consentimentos das garotas, Tribiani fazia isso, muitas vezes à força.

- Eu o abmino! Eu o odeio! Eu... eu... - e então, para a surpresa de Draco, ela começou a chorar descontroladamente. Sentada, abraçando os joelhos. - E daí que eu nunca beijei ninguém? Ele não precisa gozar da minha cara por causa disso! - ela conversa consigo mesma como se fosse outra pessoa.

Se fosse outro dia, Draco acharia graça e até usaria aquelas informações contra ela, mas ele não sabia dizer bem, mas sentia que aquela garota, por mais Weasley que fosse, era diferente. Sim, agora que ele tinha se dado conta do que falava! Ela era uma Weasley, por Merlin! Mas que se explodisse, ele queria ver no que aquilo iria dar...

- E daí se eu estou esperando a pessoa certa? - e ela não desistia. Continuava conversando sozinha. Mais tarde Draco iria descobrir que ela fazia isso quando estava nervosa, em choque. - Ele não precisava ter tentando me beijar à força e... - foi então que ela começou a chorar mais ainda. Muito mais.

Draco sentiu uma repulsa enorme por aquela garoto. Não gostava de ver aquela garota chorando e nem sabia direito porquê, mas não gostava. Aquele crápula não tinha esse direito. Muito menos o de tentar beijar a guria à força. Por um momento, ele até se sentiu aliviado e feliz por Gina não ter querido ser beijada por ele. E não soube explicar a razão deste sentimento. E muito menos do que fez a seguir. Saiu de onde se escondia e foi para onde a ruiva estava.

- Não chore... - disse ele, tocando-a de leve no ombro.

A mesma levou um tremendo susto, não só por ser ele, mas por ser um garoto sonserino. Ele ainda estava em choque, traumatiza.

- Não encoste em mim! Saia! - ela berrava. Estava apavorada. E Draco ficou também, por ser sido pego de suspresa por um tapa no meio de sua face.

- WEASLEY! - gritou ele, mas alto que ela e a mesma paralizou. - Desculpe, não queria gritar com você, mas estavas fora de si. Pronto, está mais calma agora? - Ela fez que sim com um aceno de cabeça. - Ótimo. Agora me escute. Eu não vou te machucar, está bem? Eu não sou aquele crápula do Tribiani, ok? E eu prometo que ele não vai encostar mais nenhum dedo em você. - Nem ele nem ela souberam explicar o que havia acontecido, porque ele havia tentado acalmá-la e porque ela havia ficado calma.

Mais tarde, mais calma, no caso. Gina havia explicado que ele havia puxado-a para dentro do armário de vassouras e praticamente tentado agarrá-la dizendo que era agora que ela iria aprender como se beijava. Mas ela conseguiu se defender e dar-lhe uma joelhada nas parts íntimas. Afinal, tinha seis irmãos.

- Obrigada. - disse ela, após alguns instantes.

Ambos se entreolharam. Um Malfoy acalmando uma Weasley. Uma situação realmente muito estranha.

- Hum..bem, agora que você está mais calma... - começou ele, meio hesitante. - Eu acho que eu já vou indo e... - Ele não queria ir embora, mas provavelmente ela não queria que ele ficasse ali, com ela. E nem ele sabia porquê queria ficar.

- NÃO! - exclamou ela e corando, o que ele achou uma graça e sorriu. Um sorriso sincero, que não passou despercebido a Gina. - Quer dizer, eu não quero ficar sozinha e... - Ela não encontrava as palavras e ia ficando cada vez mais vermelha. - A menos que você tenha algo melhor pra fazer e...Ah, mas o que eu estou dizendo? É claro que você deve ter algo melhor do que ficar aqui justo comigo e...

O movimento seguinte de Draco foi uma surpresa para os dois. Ele pegou-a pelos ombros e puxou-a para si e deu um beijo nela. Um beijo carinhoso e delicado. No início só um selinho, mas então Gina foi se soltando e se entregando ao beijo. E a língua de Draco foi abrindo passagem pela boca de Gina, e a mesma foi pegando o ritmo dele e acompanhando-o, levando-o a loucura. Seria mesmo este o primeiro beijo dela? Foi o pensamento que lhe veio a cabeça. O beijo estava tão bom. Despertando tantas emoções dentro dele. Havia sido o melhor beijo que ele já havia dado em toda sua vida. E olha que havia sido muitos... E não estava exagerando, não sabia explicar, mas havia algo nela que...não sabia explicar. Tudo o que sabia era que aquele beijo havia nascido para ser dele, somente dele. E esse pensamento o assustou-o.

- Eu quero ficar. - disse ele simplesmente, após o beijo.

- Porque você fez isso? - perguntou ela, ofegante e muito corada.

- Não sei. - sussurrou ele. - Fiz sem pensar.

- Ah.. então você acha que pode sair me beijando só porque deu na telha?

- Ei, você gostou! - e para sua surpresa ela corou, denunciando que era verdade. - E mais uma coisa, eu não fiz isso só por fazer... Eu fiz porque eu desejei fazer. Eu não sei porque, Weasley e muito menos como aconteceu, mas eu te quero. Te quero como nunca quis uma garota antes na minha vida.

Gina ficou sem fala. Estática. Draco pegou-a no colo e depois colocou-a no meio de suas pernas. A mesma nem tentava impedi-lo, o que Draco nunca soube foi se era porque ela queria ou porque estava mudo surpresa para se mover. Talvez fosse um pouco de cada coisa. E então o beijo novamente. Mais intenso, mais arrebatador, Draco colando seu corpo cada vez mais ao dela. E então foi pegando em sua cintura, para puxá-la mais para si, mas parou e pode ver uma expressão de decepção no olhar dela, mas achou melhor perguntar:

- Tudo bem pra você? - perguntou ele meio receoso. E Gina achou a coisa mais fofa do mundo!

A garota fez que sim com a cabeça, sorrindo. Nem ela sabia porquê, mas estava confiando nele. Estava sentindo algo por ele. Ela também o queria como nunca havia querido algum outro garoto antes.

- Isso é bom, porque dessa vez eu pensei antes de fazer e percebi que era o que eu realmente queria. - disse ele sorrindo e beijando-a novamente.

E à partir desse momento eles nunca mais se largaram. Algo havia acontecido naquele jardim, um sentimento havia brotado no coração dos dois, assim, do nada, sem mais nem menos. Eles não sabiam explicar. Apenas se queriam e com o tempo iriam descobrir que era muito mais do que atração física ou um simples gostar. Era realmente amor.

---FLASHBACK---

Não. Ele não conseguiria viver mais sem ela. E havia percebido isso no exato momento em que lhe havia dado aquele primeiro beijo no jardim. Naquele dia não havia admitido, mas agora admitia. E sabia muito bem o que queria com aquela ruivinha. Sim, ele sabia perfeitamente. Iria provar para ela que ele a amava demais para deixá-la sair assim da vida dele. Afinal, sem ela ele não era nada. Draco enfrentaria pai, mãe, seis irmãos e Hogwarts inteira, estava disposto a tudo. Agora estava disposto a tudo, o que bastava era saber que ela estaria do lado dele. E agora sabia exatamente o que tinha de fazer. E não faria aquilo simplesmente porque Gina queria que ele o fizesse. E sim porque ele queria também. Porque ele a amava. Draco faria a Gina UM PEDIDO DE NAMORO.