02/07/05
PARTE III
Eu acordei no meio da noite
e notei que a minha garota não estava do meu lado,
podia jurar que estava sonhando,
então eu tive que pensar nos anos passados,
tentando imaginar o que eu fiz para isso ter dado errado,
porque desde que a minha garota me deixou,
toda minha vida se tornou um caos.
Akon - Mr. Lonely
Draco acordou no meio da noite, suando frio. Havia tido um pesadelo: havia sonhado que Gina não estava mais ao seu lado. Que ela havia morrido. E só de relembrar sentia calafrios. Mas então quando se deu conta, de certa forma o seu pesadelo não era de todo errado. Pois simplesmente Gina não estava mais ao seu lado. Já havia se passado uma semana. E, Merlin, só ele sabia o sofrimento que estava sendo vê-la passar pelos corredores e não demonstrar nenhuma reação. Depois de tanta coisa que eles haviam passado juntos como ele poderia ignorar o fato de que estavam sozinhos e ele precisava dela mais do que tudo e simplesmente sozinho a vida não tinha mais sentido? E ele não estava hiperbolizando nada. Era simplesmente a verdade. Ele não sabia mais viver sem aquela pequena de cabelos vermelhos. Aquela ruivinha que fazia seu sangue ferver. A única pessoa no mundo todo que o deixava sem fala.
Até agora ele não havia tomado coragem de colocar seu plano em prática. Por incrível que pudesse ser, Draco Malfoy estava com medo de ser rejeitado. Um medo tão grande que o sufocava por dentro. E o pior de tudo era que se sentia o pior dos piores. Sua ruivinha estava 'doente' por culpa dele. Ela não havia explicado direito, mas sabia como era difícil a mesma tocar naquele assunto tão delicado para ela. Mas para chegar ao ponto de terminarem, era porque aquilo era realmente sério. Há muito tempo que Gina não tinha mais aqueles sonhos. Eles haviam trabalho naquilo juntos, fazendo Gina diminuir o estresse emocional. E haviam conseguido dificilmente Gina tinham aqueles sonhos. De fato, fazia tempos que não tinha nenhum.
Estive no mundo inteiro nunca conheci uma menina
que pode suportar as coisas que você passou
Nunca pensei que esse dia poderia chegar,
você levantaria e fugiria e eu estaria perseguindo você
Pois eu não quero estar em nenhuma parte do mundo,
e não há ninguém no mundo que eu quero ver
além da garota dos meus sonhos que me fez tão feliz,
mas agora eu estou tão solitário.
Akon - Mr. Lonely
---FLASHBACK---
Era uma visita para Hosmeadge. Os dois haviam se encontrado num lugar mais vazio. Onde havia um jardim, que só os dois conheciam, ou ao menos, ninguém de Hogwarts. Haviam combinado de ali se encontrar. E naquela visita, Dumbledore havia avisado que iriam ficar até as onze horas. Afinal, não havia mais perigo, Voldemort estava morto. Os comensais que haviam restado presos, então porque não dar um pouco de diversão aos alunos? Haviam sido longos anos cheios de tensão. Um tempo a mais em Hosmeadge mais do que merecido. E Draco e Gina haviam decidido aproveitar bem aquele tempo juntos, em um lugar onde só os dois conheciam.
- Draco... qual foi a coisa mais louca que você já fez em toda sua vida? - perguntou Gina, após um longo tempo em que eles estavam ali. A mesma se encontrava deitada no meio das pernas do rapaz, enquanto ele afagava seus cabelos e olhava para as estrelas que começavam a surgiu no céu.
- Não é bastante óbvio para você? - perguntou ele, não perdendo o tom sarcástico que todo um Malfoy que se preze possui, nunca.
- Não estrague o meu jogo... - disse ela fazendo muxoxo. E Draco sabia exatamente a que jogo ela se referia. Ao 'Pergunte e Responda' que ela adora fazer com ele. Simplesmente adorava e não tinha uma explicação lógica para isso. Do nada vinha com perguntas para ele. E o mesmo, sempre acabava entrando no jogo, respondendo perguntas e fazendo também. - Apenas responda. - sorriu ela.
- Ora, essa é fácil: a coisa mais louca que eu já fiz na vida foi me apaixonar por você. - E com isso depositou-lhe um beijo nos lábios, docemente, sorrindo. Mas logo sua expressão ficou séria e ele disse: - Minha vez, Gina: Como são esses sonhos que você tem?
A expressão de Gina também ficou séria e a mesma ficou muda. Porém, Draco não se deu por vencido e insistiu:
- Vamos, Gina, eu quero saber! Eu acho que tenho o direito. Eu não sei por que, mas acho que tenho.
Gina sorriu tristemente e disse:
- Eu não sei por que os tenho. Não é algo que eu posso controlar, sei quando eles vêm, mas não sei por quê. Na verdade não são bem sonhos, não sei o que são. Eu o escuto. Ele sussurra coisa para mim que eu não entendo muito bem. E eu sinto muita dor, sabe? Como se ele estivesse me machucando. Como se algo estivesse me consumindo por dentro. Sugando-me. Eu não sei por que, Draco, simplesmente acontece.
- Nunca passou pela sua cabeça procurar um médico ou pelo menos contar aos seus pais?
- Não torne as coisas mais difíceis e complicadas do que já são, Draco. Isso deve ser apenas um trauma que eu tenho por causa de toda aquela coisa do diário e tudo mais. Não deve ser nada mais que isso, está bem? Não se preocupe. Eu nunca mais tive sonhos. Começo a achar que eles finalmente me deixaram em paz. - e ela sorriu, aconchegando-se mais nele e olhando para as estrelas também.
Draco nunca mais tocou no assunto.
---FLASHBACK---
Até aquele dia. Se os sonhos haviam voltado, ele daria um jeito naquilo. Porque era sua culpa. Ela havia voltado a ficar 'doente' por sua culpa e ele daria um jeito naquilo. Mas antes de tudo, teria que recuperá-la.
Gina estava na biblioteca. Num canto mais isolado, como sempre. Estava muito concentrada escrevendo, provavelmente alguma lição de Poções, porque ela só ficava com aquela cara emburrada e concentrada ao mesmo tempo quando se tratava de Poções.
Draco suspirou, cansado. Era agora ou nunca. Não havia quase ninguém na biblioteca àquela hora da noite. Estava aberta até àquela hora porque estava na semana dos últimos trabalhos e provas antes das férias de julho, então era uma correria. A bibliotecária sendo muito compreensiva quanto a isso. Mas mesmo assim, já eram dez horas, e somente os mais CDFS se encontravam ali, ainda. Gina entre eles, claro. Mas os mesmo estavam muito concentrados, mesmo, de modo que Draco poderia conversar livremente com Gina sem ninguém perceber, o problema, era ela querer falar com ele. Mas eles não haviam terminado, haviam? Não, ele só queria um tempo. Só isso.
- Gina... - sussurrou Draco, sentando-se à frente dela. Fazendo a mesma se sobressaltar. - Desculpe, eu não queria te assustar. - Ele sabia que estava com uma aparência não muito boa. Olheiras, barba por fazer... E ela era a responsável por tudo aquilo. Ele precisava dela da mesma maneira que precisava de ar para respirar. Era sim uma coisa piegas para se dizer, mas era como ele se sentia.
- Draco... - disse ela, olhando para os pés, timidamente.
- Gina, eu preciso falar com você. - disse ele sério, mas hesitante.
- Draco, eu lhe disse, eu... - ela não conseguia encontrar as palavras. - Eu lhe disse que eu precisava de um tempo.
- Eu também quero um tempo. - disse ele, fazendo-a ficar mais surpresa do que já estava. - Mas eu quero um tempo com você.
A ruiva olhou-o confusa.
- Eu não entendi. Como assim?
- Gina, eu preciso de você. Será que você não entende? - disse ele, olhando-a desesperado. - Essas olheiras são sua culpa. Sem você na minha vida a mesma se tornou um caos. Eu apenas não consigo sem você, Gina. E me sinto o pior do mundo por ter de feito voltar à bem... você sabe... - disse ele olhando para os lados. - a ter aqueles sonhos. E eu vou consertar isso, ruivinha. Porque se for minha culpa, e eu acho que é eu conserto. Eu sinto muito por ter feito tudo o que eu fiz. Ou melhor, não fiz. Eu tinha medo, Gina. Às vezes eu nem mesmo entendia meus sentimentos por você. Tudo o que eu sabia era que nunca mais queria que você saísse do meu lado. E agora eu tenho certeza do que eu quero Gina, eu quero você do meu lado pra sempre porque eu te amo demais pra te deixar sair da minha vida assim, sem mais nem menos. Eu te peço apenas suma semana pra te mostrar isso e provar o quanto eu posso te fazer feliz do meu lado. Eu sei que você quer um cara estável e que te ame exatamente da maneira que você merece. E eu posso fazer isso, Gina, eu sei que posso. Me deixa ao mesmo tentar, eu sei que eu não vou falhar. - Draco falou tudo de uma vez, e parou, para tomar fôlego.
Gina olhava-o abismada. Num meio sorriso. E com esse meio sorriso Draco sabia que havia ganhado. Sabia que ela havia compreendido. Ela sempre o compreendia. Sempre mesmo.
Não posso acreditar que eu tinha uma garota como você,
e eu simplesmente a deixei sair da minha vida,
depois de tudo o que eu te fiz passar, você ainda ficou do meu lado,
o que realmente me machuca é que eu quebrei seu coração,
amor, você era uma boa garota e eu não tinha o direito,
Eu realmente quero fazer as coisas certas,
pois sem você em minha vida, garota, é tão...
Akon - Mr. Lonely
- Não vai falhar porque é um Malfoy? - perguntou risonha, provocando-o.
- Não. - respondeu ele, sério. - Não vou falhar porque te amo demais pra cometer uma estupidez dessas.
E no momento a seguir Gina fez a última coisa que Draco esperava que ela fizesse: começou a chorar. E o mesmo ficou desconcertado e desconfortável. Não sabia o que fazer porque simplesmente não sabia por que ela estava chorando!
---FLASHBACK---
Draco odiava quando Gina chorava. Simplesmente porque odiava vê-la sofrer. Principalmente, odiava fazê-la chorar. Sentia-se enfurecido consigo mesmo.
Era uma linda manhã de domingo. Os dois haviam combinado de se encontrar nos Jardins de Hogwarts. E era exatamente ali onde ele se encontrava naquele exato minuto, esperando por Gina. Pontualidade não era muito seu forte, ao menos não quando se tratava de encontrar-se com ele. E o mesmo tinha que admitir que valia a pena esperar, porque ela vinha simplesmente cada vez mais deslumbrante para encontrar-se com ele. Ou era apenas ele, que estava cada vez mais apaixonado. O dia tinha tudo para ser perfeito, não fosse por aquela pontada no peito que Draco estava sentindo. E aquela pontada tinha um nome: ciúmes. E um motivo também: Harry Potter.
Na noite anterior, na hora do jantar, havia visto Harry dando em cima de SUA ruivinha e isso havia deixado-o extremamente enfurecido. Sim, Gina já havia gostado de Harry quando era mais nova. Mas algum tempo antes de começar se envolver com Draco já não gostava mais de Harry. Porém, agora, corria um boato por toda escola de que Harry finalmente havia começado a retribuir os sentimentos da ruivinha. Alguns diziam: 'tarde demais' e outros davam o maior apoio. Draco estava no primeiro grupo. Sabia que Gina não nutria mais nenhum sentimento pelo garoto cicatriz, mas isso não deixava de provocar nele aquelas reações e porque ela tinha que se toda sorrisos com aquele garoto infernal do Potter? Não era necessário, realmente não era.
Foi então que enquanto ele relembrava os maus momentos que ele havia passado na noite anterior, que Gina chegou toda sorridente. Abraçando-o por trás, pelo pescoço e beijando-o:
- Ai, desculpa a demora... Mas você sabe como eu sou e... - então ela parou, olhando-o intrigada. Pois o mesmo mantinha imóvel olhando para o lago, sem demonstrar a mínima emoção. - O que foi Draco? O que aconteceu? - ela parecia preocupada. Mas ele não dava à mínima. Estava magoado. Muito magoado e irritado. Talvez consigo mesmo por ser tão estúpido e inseguro. Mas quando ele deu por si, já estava descontando todos aqueles sentimentos.
- E você ainda pergunta Gina? Você não sabe mesmo? - perguntou ele, irritado e irônico. - Afinal, quem estava ontem à noite toda sorrisos com o enjoado do Potter? Quem estava lá jantando ao lado dele? Sorrindo pra ele e...
- PARA! - berrou Gina, deixando Draco estático, mudo. - Porque você não confia em mim? Chega desse seu ciúme bobo, Draco. O Harry não significa nada pra mim. Ele é apenas meu amigo, será que você não entende? Você é o único garoto que ocupa meus pensamentos, Draco. O único que eu quero. Mais ninguém. Será que você não entende? - Gina sempre fora uma garota frágil e chorava com facilidade. Draco sabia disso. E em parte era por isso que gostava dela, a mesma despertava seu jeito protetor de ser. Ele gostava de ter alguém que precisava da ajuda dele. Mas naquele momento tudo o que menos queria era vê-la chorar.
- Gina... - sussurrou Draco hesitante, entre os soluços da mesma. - Gininha... querida, doçura, eu não queria te fazer chorar, ruivinha. Eu não queria mesmo, eu...
09/07/05- Pára! Eu não quero falar com você agora. - disse ela, chorosa. - Você acha que pode me pedir desculpas cada vez que me fizer chorar e que tudo vai ficar bem? Ah, claro, a tola da Gina sempre me aceita de volta, não importa o quanto eu magoe ela. Acha que é assim? Pois não é, Draco. Não é mesmo. Eu não sou um brinquedo.
Ela estava magoada e ele sabia disso. Era difícil ele magoar Gina, ou melhor, era difícil magoá-la para valer. E dessa vez tinha percebido que o tinha feito. E sabia também que tinha de consertar isso o mais rápido possível.
- Gina. Você sabe que não é assim que eu te vejo. Você não é um brinquedo para mim, você é muito mais e sabes disso. - Ele não sabia direito o que falar. Estava nervoso. Mas tinha de dizer, por mais acanhado que se sentisse. - Eu gosto tanto de você... - olhou bem fundo dos olhos dela. Que o olhava deliciada e espantada ao mesmo tempo. - E é por isso que às vezes eu faço essas besteiras... Eu.. ahh.. você sabe que eu não sou muito bom com as palavras...O que eu quero dizer é que...Me desculpa, Gina. Por favor.
A menina apenas sorriu e jogou-se nos braços do mesmo, ainda chorando.
- Essa é a última vez que eu te desculpo, Malfoy. A última mesmo.
Draco nunca se sentira tão aliviado em toda a sua vida. Beijou-a com muita paixão. Enlaçou-a em seus braços e apertou-a o máximo possível. Não queria deixá-la escapar nunca. Nunca mesmo. E dali em diante nunca mais brigaram. Nunca mesmo. Ao menos, nada sério. Tudo ia muito bem.
---FLASHBACK---
Tão pouco tempo
Tente entender que eu estou
Tentando fazer um movimento só para continuar no jogo
Eu tento ficar acordado e lembrar meu nome.
Everybody´s Changing - Keane
Enquanto esses pensamentos passavam pela cabeça de Draco e ele meio que se desligava do mundo, Gina ainda continuava chorando baixinho. Ela estava meio desconcertada. Ele percebia que ela não estava sabendo o que fazer, continuava sentada olhando para os pés. E enquanto ele pensava no que dizer, a mesma adiantou-se:
- Draco... o que você disse é verdade? Porque você não precisa dizer isso só porque eu disse e... - Gina sempre falava de mais quando estava nervosa. Draco sorriu por isso. Adora aquele jeitinho totalmente dela que a mesma possuía.
- Gina, eu sou um Malfoy. Malfoys não admitem tão facilmente assim que amam. Então, pode ter certeza que quando eu digo isso, é porque é pra valer. - A garota ficou desconcertada. Ele próprio ficou também. As palavras simplesmente pareciam vivas em sua boca e ele tinha de dizê-las.
- Draco, eu... Eu simplesmente não sei o que dizer. Eu também te amo. Mas eu estou pior, você sabe. E eu acho, sinceramente, que é por causa de você. - disse ela, timidamente. - Eu acho que toda essa situação de esconder e tal, não está fazendo bem pra mim. Você sabe que quando eu me estresse eu fico pior e...
Mas quando eu penso nisso
Eu não vejo como você consegue
Você está sofrendo, você está parando
E eu posso ver a dor em seus olhos
Everybody´s Changing - Keane
- Gina, eu sei disso. E eu pensei muito sobre, acredite. Eu tenho uma solução. E eu te peço que quebre a promessa que você fez há muito tempo dizendo que nunca mais me perdoaria de novo. - Draco percebeu que Gina ficou surpresa de ele ainda lembrar-se deste episódio. - E tudo que eu te peço é uma semana. Uma semana pra eu te provar que eu posso fazer você ser a garota mais feliz do mundo e fazer toda a sua dor, doença e o que mais apareça sumir. Eu simplesmente te amo, Gina e quando você disse que precisava e um tempo percebi que eu não posso te dar esse tempo porque eu não consigo viver sem você e... - ele estava falando tanto assim como Gina quando a mesma ficava nervosa.
Dedos contornam cada traço seu
Pintando um retrato com minhas mãos
Para frente e pra trás nós oscilamos como galhos
numa tempestade
Muda o tempo e nós continuamos juntos no final.
Sunday Morning - Maroon5
Nem percebeu que Gina já havia levantado e estava se aproximando. E então, foi pego de surpresa quando a mesma colou seu corpo ao dele enlaçando-o pelo pescoço e beijando-o apaixonadamente. Mas passado os primeiros segundos de desconcerto Draco apertou-a ainda mais contra si, acariciando as costas da garota e afagando-lhe os cabelos. Sentiu o perfume de jasmim, beijou a pele alva de Gina, apreciou o perfeito encaixe de seus corpos num beijo apaixonado. Era tudo o que ele precisava. Tudo mesmo e nada mais.
- Acho que eu vou ter que quebrar minha promessa. - sussurrou ela perto de seu ouvido provocando-lhe arrepios por toda a coluna vertebral. - Eu acho não, tenho certeza. Como é que eu posso viver sem você, Draco? Eu simplesmente não consigo.
- Isso é muito bom, Srta. Weasley. - disse ele, sorrindo. Um de seus sorrisos sinceros, o que era difícil de ver. De fato, apenas ela o via. Todos os dias. A ruivinha era a única capaz de fazê-lo sorrir várias vezes ao dia. Por tudo e nada ao mesmo tempo. - Assim eu sei que o sentimento é mútuo.
Sorriram um para o outro e beijaram-se mais uma vez. Cada vez mais apaixonadamente.
Caminharam até o quarto de Draco. Não havia ninguém nos corredores a caminho do dormitório. Mas também se houvesse Draco já não se importava mais. Sentia um desejo tremendo de sentir cada pedaço do corpo de Gina colado ao seu, queria-a junto a si e não queria nunca mais tê-la longe. Estava com uma saudade tremenda e queria ela pela noite toda. Pela semana toda. Pelo ano inteiro. Na verdade, a queria pela vida toda. Mas não diria isso a ela, ainda.
Isso talvez seja tudo o que eu preciso
Na escuridão ela é tudo que vejo
Venha e descanse seus ossos comigo
Dirigindo lentamente na manhã de domingo
E eu não quero nunca ir embora.
Sunday Morning - Maroon5
O quarto estava escuro. Mas Draco nem se deu ao trabalho de ligar a luz. Conhecia cada parte de Gina. Os cabelos vermelhos, os olhos castanhos amendoados, a boca vermelha e as faces rosadas e sardentas, as curvas bem delineadas, a pinta que ela tinha na barriga, as covinhas do seu sorriso, a mancha que tinha desde que nascera em seu pé esquerdo. Conhecia cada centímetro daquela garota, assim como a mesma o conhecia. Amava com uma intensidade tão grande que achava que podia explodir de amor. Amor transbordando para todos os lados.
- Eu estava com saudades... - disse ele, sussurrando em seu ouvido. E fazendo-a deitar-se em sua cama, deitando-se ao seu lado logo em seguida.
A única luz presente no quarto era a luz da lua. Que fazia um contraste perfeito contra a pele branca, parecida com porcelana, que Gina possuía. Os cabelos ruivos jogados no lençol verde musgo da cama de Draco. As pernas esticadas e o sorriso no rosto. Ela era simplesmente linda. Draco sentiu o coração disparar, sem nem saber por quê. Aproximou-se mais da ruiva e beijou-a intensamente, puxando-a pelas costas para mais perto de si, de encontro ao seu corpo. Draco sentiu as unhas de Gina arranharem-lhe as costas suavemente. Isso provocou-lhe arrepios e o incentivou a continuar o beijo. Foi aprofundando-o cada vez mais. Sentia que Gina desejava cada carícia, cada beijo seu. Ele sentiu-se imensamente feliz.
- Draco... - sussurrou Gina, desviando-se do beijo dele. - Eu não.. você sabe.. eu..
Ele sabia perfeitamente ao que ele se referia. E ele a respeitava por isso. Não iria avançar o sinal. Queria a primeira vez de Gina fosse perfeita e também, quando ela se sentisse preparada para tal ponto.
- Eu sei amor. - sussurrou ele, ao pé do ouvido da ruiva. - Eu não passo dos beijos se você não quiser. - sorriu ele.
- Obrigada. - disse ela sorrindo e beijando-o ao mesmo tempo.
- Quer passar a noite aqui comigo? - perguntou ele, todo carinhoso, acarinhando os cabelos de Gina. - Eu prometo que me comporto. - disse ele, acrescentando: - O máximo que eu puder. - Sorriu malicioso. Mas pelo olhar de Gina sabia que a mesma conhecia-o suficientemente bem para saber que o mesmo nunca faria nada que a desrespeitasse, e comprou isso com a resposta que recebeu logo em seguida:
- Seu bobo. - sorriu ela. - Eu quero, mas não seja convencido, é só porque eu estou com muita saudade.
Desta vez foi Gina que o beijou ardentemente, mordendo o lábio inferior do mesmo.
- Não me provoque ruivinha. - disse ele, malicioso, entrando com sua mão por baixo das veste de Gina e acariciando a barriga lisinha da mesma que sorriu.
Sorriu, pois, como ele pensava, ela sabia que ele não faria nada. Ela confiava nele de olhos fechados. O que o deixou mais feliz e o motivou ainda mais a se segurar. Nunca faria nada que a pudesse magoar, não de novo. E a respeitaria sempre. Pra sempre. Para toda a eternidade.
...E você talvez não saiba
Que talvez seja tudo para mim...
Sunday Morning - Maroon5
