Após alguns anos das batalhas, a paz volta a reinar sobre a Terra, fazendo com que os cavaleiros de Athena, enfim, possam ter uma vida normal. Seiya, após tratamentos super intensivos, volta a andar e vive junto com Saori e Seika na mansão Kido. Shiryu, por sua vez, convida Shunrei para vir morar junto com ele, num apartamento que comprou à base de muito trabalho. Hyoga vive no orfanato Filho das Estrelas junto com Eiri e Mino, ajudando as crianças. E, por fim, os irmãos Amamiya; Shun pediu a Ikki que voltasse ao Japão para viverem juntos o tempo que perderam, durante os treinamentos e as batalhas que travaram. Ikki aceitou o pedido do irmão e começou a trabalhar, representando a fundação Kido, no Japão, indo de norte à sul, leste à oeste do arquipélago nipônico. Os outros, estudavam na maior das faculdades de Tokyo, sendo que Shun trabalhava numa biblioteca, sempre gostara de ler; Hyoga, ajudava Mino e Eiri no orfanato; e Shiryu, trabalhava junto a um escritório de advocacia, já que era a profissão que iria a exercer no futuro. Para a surpresa de Shun, sua colega de treinos e amiga, June de Camaleão, decidiu viver perto daquele quem ela ama. Em uns dois meses depois de June vir ao Japão, ela e Shun, começaram a namorar. Depois de mais um dia exaustivo, os quatro amigos se encontravam no corredor da faculdade.

- E aí pessoal? - Seiya, falava animado.

- Olá Seiya. - Shiryu, fala sorrindo.

- Olá. - falam Shun e Hyoga.

- O que estão pensando em fazer hoje à noite? Afinal é sexta feira. - Seiya fala contente.

- É verdade, já estava na hora de termos um descanso. - Shiryu fala, em seu tom frio.

- E que tal, nós irmos a um barzinho, beber uma cerveja? - Seiya sugere.

- Por mim tudo bem, mas que horas? - Hyoga pergunta.

- Lá pelas 22 horas. - Seiya responde.

- Tô nessa. - Shiryu fala.

- Seiya, você tem horas? - Shun pergunta.

- Ah...deixe-me ver...são...18:30. Ei aonde você vai com tanta pressa?

- Tenho compromisso, hoje.

Shun então pega o carro no estacionamento, vai para o seu apartamento, toma um banho e se arruma para encontrar a sua amada June.

- June, meu amor, já não agüento mais essa distância que há entre nós. Vou correr o mais rápido que puder. - ele falava para si.

Shun, tinha a mania de correr com o carro, criou essa paixão pela velocidade, ainda criança, quando via Ayrton Senna correr pela McLaren. Sempre sonhou em ter o seu carro, no qual pudesse pisar no acelerador à toda velocidade. Quando completou 18 anos, Shun ganhou um Mitsubishi Eclipse de Ikki, já que ganhava uma nota-preta trabalhando para a fundação. Carro o qual, já teve "algumas" multas por excesso de velocidade, mas que eram isentas por Saori, que era amiga do Ministro dos Transportes.

Meu bem qualquer instante que eu fico sem te ver

Aumenta a saudade que eu sinto de você

Por isso corro demais, sofro demais

Corro demais só pra te ver, meu bem

June, estava em casa se arrumando, enquanto Marin, lavava a louça. A mestra de Seiya, morava junto com June, eram muito amigas e dividiam o aluguel do apê. June que estava apenas arrumando o cabelo, ouve um barulho que para ela já era normal.

VRRRRRUUUUUMMMMMMM!

- Shun. - June falou em tom que não tinha nada de surpreso.

- June, o Shun chegou! - Marin fala da cozinha.

- Sim, eu sei. - a loira responde.

Logo, June foi ao encontro de Shun, que sentado ao carro escutava músicas românticas e rock dos anos 60.

- Shun, você é louco! - esbravejou a loira, que estava séria.

- Louco, eu? Por que? - perguntou o dócil rapaz.

- Andar nessa velocidade? Você quer morrer, ou ficar em cima de uma cama ou então de uma cadeira de rodas?

- June, entenda, eu não agüento estar longe de você. Essa é uma das horas que me satisfaz em meus dias, quando uno a velocidade e o amor que sinto por você.

- Shun, assim você me deixa preocupada. Eu tenho medo, que em uma dessas vezes que você corra, você poderia estar em coma, em uma cadeira de rodas, ou então, morto. - June falara isso com lágrimas nos olhos.

- Olha, não precisa ficar preocupada comigo, eu estou bem e é isso que importa. E se acontecer algo a mim, estarei feliz porque tenho a certeza absoluta de que você estará ao meu lado. - Shun falou isso acariciando o rosto de sua amada.

- Claro que sim, meu amor. - June beijou a mão de Shun.

E você ainda me pede para não correr assim

Meu bem eu não suporto mais você longe de mim

Por isso corro demais, sofro demais

Corro demais só pra te ver, meu bem

- Shun, por que agora você anda tão devagar?

- É que quero aproveitar todo o tempo que tenho com você, quero olhar em seus olhos, sentir seus carinhos e ouvir a sua voz.

- Seu bobo.

- Você sabe que eu sou bobo por você. E sei que você gosta também.

Os dois se beijam.

- Aonde vamos? - perguntou o rapaz.

- Vamos olhar o mar, para lembrar-mos da Ilha de Andrômeda.

- Legal, vamos então.

Shun andara devagar até chegar à beira-mar, perto do porto. Lá, lembraram dos velhos tempos de treino e das conversas que tiveram na Ilha, e também dos tempos que não estavam juntos.

- Opa! - o rapaz se alertou.

- O que foi Shun?

- Já são 23 horas. Pôxa vida, nem vi o tempo passar.

- Que pena, estava tão bom, mas amanhã depois das 18, teremos tempo o bastante para estarmos juntos.

Shun, então corre à toda velocidade, deixando June apavorada ao seu lado. Até que chegaram aonde June morava.

- Shun! - Falou a loira naquele tom sério.

- Tudo bem, acalme-se.

- Por que você correu de novo?

- Para eu sentir mais saudades de você.

- Pra que se estamos juntos?

- Porque o meu amor só aumenta a cada distância e tempo que estou sem você.

Se você está ao meu lado eu só ando devagar

Esqueço até de tudo e não vejo o tempo passar

Mas se chega a hora de ir pra casa te levar

Corro pra depressa o outro dia ver chegar

Então eu corro demais, sofro demais

Corro demais só pra te ver, meu bem

- Shun, antes de eu ir, quero lhe fazer uma pergunta?

- Então, pergunte.

- Nós já nos conhecemos há anos, e o nosso relacionamento precisa evoluir, você não acha?

- O que você quer dizer com isso, June? - Shun falou em tom curioso.

- Pense com calma, e analise o nosso relacionamento, sei que chegará a uma conclusão.

O celular de Shun começa a tocar.

- É o Ikki

E logo aparece uma mensagem.

- "Shun, já cheguei de Sappoo, qualquer coisa, estou em casa, abraços, Ikki."

- Bem, já está na hora de ir.

- Por um lado eu detesto essa hora. - Shun resmunga.

- Calma, pense com calma no que eu te disse. - Daí os dois se beijam.

- Não se preocupe, eu pensarei, boa noite.

- Boa noite, Shun.

Então, Shun foi para casa.

- Finalmente você chegou. - uma voz surgiu da cozinha.

- Ikki. - Shun contente, chegou e abraçou o irmão. - Mas você não voltaria amanhã?

- Coisas da Saori. Queria que eu descansasse por lá, depois dos acertos com as empresas. Mas não gosto de ficar tão longe de casa.

- E como foi lá em Sapporo? Estava muito frio?

- Estava frio, sim. Mas foi tudo bem, os empresários, logo se acertaram, e pude voltar para o meu cantinho.

- Pra quem estava sempre longe de casa...- Shun fala sarcásticamente.

- As pessoas mudam, irmão. E você sabe porque eu não ficava muito por aqui. - Ikki fala, fazendo cafunés na cabeça do caçula.

- Por causa dos mimos da Saori e das chatices do Seiya, e blá, blá, blá...

- Você também mudou muito, hein moleque. Está mais sarcástico, mais vaidoso...só não perde essa ingenuidade.

- As pessoas mudam, irmão. - após Shun imitar o irmão, os dois caem na risada.

- E a June? Como ela está?

- É...você sabe, ela vai bem. - falou Shun meio pensativo.

- Shun, o que houve? - perguntou Ikki preocupado.

- Ah, Ikki, você sabe.

- Você sabe...você sabe... Para com isso Shun e me conta o que se passa?- Ikki remeda o irmão e tenta resolver a situação.

- Está se passando, que a June vive reclamando que eu corro com o carro.

- É só isso? - o cavaleiro de fênix, perguntou franzindo a sobrancelha.

- É. - respondeu em um tom desanimado.

- E ela está certa. Shun, eu sei que é difícil e que você gosta de correr à todo o vapor com o carro, mas ela está preocupada contigo, irmão.

- Eu sei, mas é que eu gosto de ir correndo com o carro até a casa dela. Parece que estou voando rumo ao paraíso.

- E enquanto você corre a Saori se despenca para cancelar a suas multas, que não se pode nem contar quantas infrações de alta velocidade que você cometeu.

- Ikki, você sabe, que desde criança eu gosto da velocidade.

- Sim, eu sei, mas isso um dia poderá acabar com a sua vida. Você quer ficar longe da June? De mim, o seu irmão e seus amigos?

- Não.

- Então pense, agora, se me der licensa, vou dormir, estou cansado.

Todas as palavras de Ikki fizeram algum sentido à Shun, que quando ouviu a palavra pense, se lembrou de June.

- Ikki, espere.

- Fale.

- Me lembrei que a June queria que o nosso relacionamento evoluísse, o que você acha?

- Shun, a quanto tempo vocês estão juntos?

- Oito meses e meio.

- E você a ama, certo?

- Mais do que a minha alma.

- Shun, então recomendo que a peça em casamento.

- Será Ikki?

- Escute, aproveite a mulher que você ama, curta-a. Viva com ela, faça o que eu não fiz. - Ikki falou aquilo meio triste.

- Ikki... me perdoe.

- Não, não foi nada, deixe-me continuar. - falou - Aproveite, eu não pude viver ao lado de Esmeralda, devido à covardia do pai dela. Eu tinha planos de trazê-la comigo para o Japão, mas as coisas nem sempre são do jeito que a gente quer. - lamentou.

- Ikki e se eu me casar, como você e a Marin vão ficar?

- Falei com a Marin semana passada e ela disse que ia voltar para a Grécia, para estar com Aiória. E eu, não se preocupe, vou continuar aqui com você e a June, se você não se incomoda, eu não quero morar sozinho.

- Claro, você pode ficar aqui conosco. Mas, como vou sustentar a June? Se estou de bico na biblioteca e nem terminei a faculdade.

- Se é esse o problema, parte do meu salário pode ajudar, mas, depois você me reembolsa.

- Ah, Ikki, muito obrigado. - Shun abraça o irmão.

- Calma, Shun! Assim você vai acordar os vizinhos. - Ikki que estava sendo apertado pelo abraço do irmão, que estava exaltado de alegria.

- É que estou feliz. VIZINHOS, VEJAM! EU SOU O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO! EU VOU ME CASAR!- Shun exaltava sua felicidade, de seu apartamento aos quatro cantos do prédio.

- Parabéns. Mas ao menos posso voltar a dormir? - reclamou um vizinho.

- Silêncio! Quero dormir!- reclamou outro.

- Gente, deixem o rapaz comemorar a felicidade dele. Parabéns Shun! - gritou uma senhora que adorava a simpatia de Shun.

- Obrigado. - Shun agradeceu.

- Shun, viu o que causou?- Ikki dizendo ao irmão indicando a discussão dos vizinhos. - Mas não vamos perder tempo. Vamos comemorar! - Ikki pega uma garrafa de champagne e duas taças.

- À sua felicidade, irmão. - Ikki ergue a taça.

- Amem. - Shun responde, batendo na taça do irmão.

Assim terminou a noite para Shun, que estava feliz e que causou um tumulto entre os vizinhos.

Se você vivesse sempre ao meu lado eu não teria

Motivo pra correr e devagar eu andaria

Eu não corria demais, corro demais

Corro demais, só pra te ver meu bem

Shun acordou feliz e se dririgiu à mesa, aonde Ikki estava, bebendo café preto e comendo pães torrados com manteiga.

- Ora, ora; então acordou. - Ikki brincando com o irmão.

- Que dor de cabeça. - reclamou Shun.

- Isso é o que dá! Você não sabe beber. - Ikki continuou com o humor negro.

- Mas pelo menos estou contente. Afinal, aquela conversa de ontem, aconteceu ou era um sonho?

- Que conversa? - Ikki começou a se fazer de sonso.

- Ahn, tsc. Então foi um sonho. - Shun lamentou.

- Você não sabe brincar hein? Claro que aconteceu, você vai se casar com a June. - Ikki franzindo a sobrancelha.

- Ainda bem. - o outro aliviou.

- Hoje então é um grande dia.

- É, não vejo a hora de conversar com ela.

- Acalme-se Shun, você tem ainda que ira para a biblioteca e também ir para a faculdade, daí depois, você vai falar com ela. Relaxe, vai dar tudo certo. - Ikki segurou os ombros do irmão.

- Valeu Ikki. - Shun disse ao irmão. - Você vai viajar hoje?

- Não, a Saori me deu cinco dias de folga, já que não fiquei em Sapporo.

- Certo, então nos vemos a noite.

- Claro.

- Então, até a noite.

- Até, Shun.

Shun caminhava em direção à biblioteca, apreciando as ruas e avenidas que passava. No meio do período em que trabalhou naquele dia, andou distraído e ansioso, parecia que as horas não passavam para ele. Terminou o expediente na biblioteca e correu até a faculdade, assistiu à todos os períodos. E se encontrou com seus amigos, de longas batalhas.

- Oi pessoal. - Shun falou aos outros cavaleiros de bronze.

- Olá, Shun. - Falaram Seiya, Hyoga e Shiryu em unissono.

- E essa cara de bobo, hein Shun? - Seiya pergunta ao amigo que esperava ansioso o seu encontro com June.

- É que hoje é um dia especial pra mim.

- Por quê? - Shiryu pergunta.

- Eu pedirei a June em casamento.

- Aê garoto! - Seiya cumprimenta o amigo.

- Mas quem diria! Shun vai se casar primeiro que o Seiya e que o Shiryu. - Hyoga fala satíricamente, fazendo Shun cair na gargalhada.

- Parabéns, Shun. - Shiryu também cumpriementa Shun.

- Temos que ir comemorar. - Seiya sugere.

- Mas hoje, ele vai se declarar. - Shiryu recordou.

- Shun vai se casar, Shun vai se casar...- Hyoga pula, cantando.

- E o Ikki? Concordou? - Shiryu questiona.

- Sim, o Ikki foi quem me sugeriu.

- Mas aonde ele vai morar? - Seiya pergunta.

- Comigo e June, ora! No apartamento tem 2 quartos, podemos viver os 3 juntos.

- E pra quando vai ficar a comemoração? - Seiya insiste em uma festinha.

- Pode ser pra amanhã? - Shun pergunta.

- Sem problemas. - Seiya responde.

- Agora se me derem licensa, tenho que ir. - Shun fala.

- Claro, boa sorte. - Shiryu fala.

- Será que ele não vai querer uma despedida de solteiro? - Seiya se anima perguntando.

- Creio que não. Shun é apegado demais à June, e além do mais, não é uma boa idéia. - Hyoga responde.

- Por quê? - Seiya pergunta.

- Porque se a Shunrei, a Eiri e a Saori nos pegarem numa despedida de solteiro, nos matam! - Shiryu fala com um temor na voz.

- Ei, nem fale um negócio desses!- Hyoga comenta.

- Tem razão, Shiryu. Eu não quero ser morto. - Seiya fala.

- Você nem sabe o que é isso, Seiya. - Hyoga responde, lembrando que todos batiam as botas, mas Seiya era o único a não ter feito tal ato.

Shun saiu disparado, foi para casa, tomou um banho e foi correndo com o carro até o prédio aonde June morava, dessa vez mais disparado do que as outras vezes.

- June! - Marin gritava.

- Sim, eu já sei! - June falou.

- Hoje é o dia?

- Espero, Marin. - June pensava apenas numa promessa de Shun parar de correr, e não em um casório imediato, talvez em um noivado, mas casar não vinha à cabeça de June.

- Boa sorte.

- Obrigada.

June desceu das escadas, estava linda, em um vestido longo azul. Fez isso para estimular a resposta de Shun. Com as mãos nas cadeiras olhou para ele, com aquele olhar de reprovação que ele já conhecia.

- Desculpe, hoje estive muito ansioso e feliz.

- Pensou no que eu pedi?

- Sim, e tenho uma pergunta a lhe fazer.

- Diga, Shun.

- Er...você...

- Eu...?

- Quer casar comigo?

- O quê? - perguntou a loira, surpresa.

- É o que você ouviu.

- Eu...não esperava isso.- June nervosa, responde.

- E o quê você esperava?

- Uma promessa e um pedido de noivado, mas casamento...

- O único jeito de eu cumprir a promessa que você quer que eu faça, é eu me casando com você. E então aceita?

- É claro que aceito, meu amor.

Os dois se beijam

- E eu te prometo, não correr mais. Mas só depois do casamento, preciso me despedir da velocidade, pode ser?

- Só mais uma vez. - June bate o pé.

- Tudo bem, então.

Se você vivesse sempre ao meu lado eu não teria

Motivo pra correr e devagar eu andaria.

Eu não corria demais, agora, corro demais

Corro demais, só pra te ver meu bem

Só pra te ver meu bem.

Só pra te ver meu bem.

Só pra te ver meu bem.

FIM

Oi pessoal, é o seguinte, fiz essa fic, em homenagem ao casal mais bonito do anime, na minha opinião, é claro. Admirei a canção do Roberto Carlos, e achei que a melodia (da versão Acústica) combina com o Shun. Então se forem ouvir, de preferência, ouçam a versão do disco Acústico MTV. Ok? Abraços. E perdoem pela demora da fic do BB, vou continuar escrevendo, mas por favor, votem lá, mais uma vez, obrigado.