Nota: Oi! Este capítulo é dedicado à minha graaaande amiga Aurita (que também é ilustradora da fic :)), que faz hoje aninhos! Parabéns:) ! Quanto à fic, demorei um pouqinho a actualizar porque entretanto só tive olhos (e dedos ;) ) para a minha fic de Natal, mas aqui está o novo capítulo! Inicialmente este e o anterior eram um só capítulo, mas tive que os separar para não passar muito tempo sem actualizar, porque ainda só vou a meio do próximo cap :p; por isso esta parte não tem DG action, mas o desenvolvimento dos outros núcleos secundários...Mas no próximo cap as coisas vão aquecer entre os dois ehehe! Espero que gostem e façam uma autora feliz, deixem uma review!Um beijinho muito grande!Nocas
Sirius Toma Uma Decisão
No quarto das Ravenclaw do 7.º ano o silêncio, a escuridão e a calma pairavam. Já todas as raparigas dormiam. Quer dizer, todas excepto uma certa menina de olhos verdes que continuava com eles abertos no escuro, com a cabeça a fervilhar e o coração a saltar no peito. "Ele voltou! Voltou mesmo! Por Merlin, ainda não consigo acreditar que o meu sonho se tenha realizado! E está mais lindo e querido do que nunca! E aquele encontro, no comboio, ai…!".
E Liz lembrou, de olhos fechados e com um enorme sorriso, o instante mágico em que ouvira Remus Lupin perguntar-lhe se precisava de ajuda a tirar a mala…Agora que recordava esse momento, apercebeu-se de que as suas reacções e as suas repostas tinham sido um bocado estúpidas e insípidas. "Ah, que nervos, Ele deve ter pensado que eu sou completamente parva e desinteressante!". E outra inquietação assaltava a cabeça da rapariga: "Será que ele tem alguma coisa com a nova professora? Eles pareceram tão próximos…Mas podem ser só amigos. Ai, espero que eles sejam só amigos!". De repente, Liz apercebeu-se que já se estava a empolgar com alguém muito mais velho do que ela, que era seu professor e que o mais provável era nunca olhar para ela como desejava. "Tenho que ir com calma, não posso deixar-me levar por o coração e criar muitas esperanças, se não posso sofrer e muito…", suspirou mentalmente.
Decidiu então levantar-se da cama, pois já não aguentava estar parada enquanto a cabeça quase explodia. Dirigiu-se até à janela e abriu-a lentamente, evitando fazer barulho para não acordar as companheiras. O odor da noite, fresco e intenso, invadiu-lhe rapidamente as narinas e acalmou a agitação que sentia. Mas ao olhar a Lua, um quarto minguante perfeito brilhante, o professor de Defesa Contra as Artes Negras voltou a penetrar nos seus pensamentos: "Remus…O que estarás a fazer agora?"
Remus Lupin entrava nesse preciso momento no seu quarto.
- Estava a ver que nunca mais vinhas!
O professor, que estava a fechar a porta, deu um salto e virou-se para trás bruscamente.
- Sirius! Mas que estás aqui a fazer! – Perguntou, surpreendido.
- Bem, que maneira agradável de receber um amigo! – Gozou o homem de cabelos escuros, que estava sentado numa cadeira em frente à lareira, com um copo na mão – Ah, e espero que não te importes, mas tomei a liberdade de me pôr à vontade…
- Fizeste bem! Mas não te esperava…
- Pois, amigo Moony, mas já sabes que o meu apelido é imprevisível! – Os dois amigos abraçaram-se.
- Já aqui estás à espera há muito tempo?
- Algum…Demoraste! Já estava quase a desesperar! Não, por acaso até estava muito bem instalado, mergulhado em profundas memórias, na companhia deste simpático whisky…Mas isso agora não interessa, então como correu a recepção?
- Bem. Se não te importas, vou desfazendo as malas…A viagem foi calma, agradável e a recepção também.
- E como é que os alunos reagiram? Quem me dera ter visto as caras deles ao verem que tinhas voltado!
- Sim, foi engraçado! Houve reacções para todos os gostos! – sorriu Remus, enquanto tirava roupa de uma mala para cima da cama.
- Mais positivas do que negativas, suponho!
- Sim…Acho que a maioria ficou contente…Ou pelo menos aparentou-o! Bem, a reacção que eu achei mais engraçada foi a de uma simpática Ravenclaw que encontrei no comboio! – Lupin sorriu ao pensar no encontro com Liz. - E o Harry e os amigos também ficaram muito surpreendidos, vieram logo ter comigo a seguir ao jantar, quase me mataram por não lhes ter contado que vinha!
- E como é que está o Harry? – perguntou Sirius.
- Está bem, pareceu-me contente e calmo.
- Ainda bem! É muito bom que tenhas voltado para cá, assim podes velar pela segurança do Harry e vais-me informando sobre o que se passa com ele!
- Sim, disso podes ter certeza, a segurança do Harry é uma prioridade. – Assegurou Lupin, que retirava agora pilhas de livros das malas. – Aliás isso foi…ai…um dos pontos principais focados pelo Dumbledore na reunião de professores.
- Queres ajuda aí? Qual reunião de professores?
- Não, obrigado. Então, todos os anos o Dumbledore gosta de ter uma conversa com os professores, no dia da recepção. Foi por isso que demorei tanto.
- Ah…Não sabia…E que tal? – Perguntou Sirius distraidamente, passando o dedo pela borda do copo.
- Correu bem…. – Remus finalmente acabou de tirar as coisas da mala e sentou-se ao pé do amigo, numa cadeira de baloiço. – Mas suponho que não vieste aqui só para perguntar como foi o meu dia…
- Porque é que dizes isso! Já não se pode visitar um velho amigo! – Questionou Sirius, sem olhar para o professor, aparentemente muito interessado no copo e com uma expressão algo comprometida.
- Vá lá, Sirius, conheço-te há mais de 20 anos! Essa expressão de estou-mortinho-para-te-contar-alguma-coisa não me engana!
- O.k, ok já vi que não te consigo enganar…Sim, eu vim contar-te uma decisão que eu tomei… – disse Sirius, num tom sério, o que não era muito vulgar nele.
- Então e qual foi? – Perguntou Lupin, curioso. O amigo ficou calado por alguns momentos, olhando o fogo da lareira e por fim disse, sem pestanejar:
- Eu…eu vou falar com Ela…
- Com ela…Aquela ela que eu estou a pensar? – perguntou o professor, erguendo uma sobrancelha.
- Essa mesmo. Eu…vou ter com ela. Amanhã, à noite…vou lá, a casa dela. – Sirius continuava sem desviar o olhar do fogo.
- Mas Sirius…estás a brincar, não é? Tu tens que estar a brincar! Não, tu não podes ir lá!
- Nunca falei tão a sério na minha vida Remus. – Sirius olhou finalmente para o amigo, com uma expressão séria e determinada. – Não percebes? Eu tenho que a ver. Já esperei tempo demais, preciso de vê-la!
- Oh Sirius, mas...tu não podes ir àquela casa! Imagina, se o marido dela te apanha, és logo entregue aos dementors! – Lupin esbracejava agora, desesperado.
- Remus, relaaaxa! Não vai acontecer nada disso. Eu sei bem o que fazer. Ele nem vai desconfiar. – Garantiu Sirius, com uma calma que ainda exasperou mais o amigo.
- Sirius, tu não podes estar no teu juízo normal! O que é que tu pensas fazer, hem? Ir bater à porta da casa deles "Boa-noite, posso falar com a…"
- Oh, não sejas parvo! – interrompeu o outro. – Vou fazer como tantas vezes fiz antes de…Bem, não te preocupes, eu não vou ser apanhado!
- Como é que queres que eu não esteja preocupado! Tu vens aqui dizer-me que te vais praticamente suicidar, como é que queres que eu fique! – O professor tinha-se levantado e andava de um lado para o outro.
- Hey, Remus, calma! Até parece que és tu que vais entrar furtivamente na casa da tua amada! Eu não vou ser apanhado por ninguém, Remus, eu fiz o mesmo montes de vezes e ele nunca desconfiou!
- Mas agora é tudo diferente, Sirius! Passaram-se quinze anos, nem tu nem ela são os mesmos! Tu sabes lá como é que ela vai reagir! Às tantas até virou para o lado negro, influenciada por ele!
- Não, isso nunca! – pela primeira vez naquela noite, Sirius exaltou-se. - Eu conheço-a, ou melhor, conhecia-a perfeitamente, ela era incapaz de fazer isso!
- Tu não podes ter a certeza Sirius. Eu também juraria que o Pettigrew nunca seria capaz de matar uma mosca e olha o que aconteceu!
- Ahhh! Não a compares a esse verme nojento! – rosnou Sirius, que parecia agora um cão feroz. – Bem, não vale a pena discutirmos mais, eu já decidi: vou lá e pronto.
- Oh Sirius! Sabes lá se ela…ainda sente alguma coisa por ti! Sabes lá como é que ela vai reagir, quando te vir! Tu és um dos homens mais procurados do planeta, muita gente ainda não acredita que és inocente e tu sabes como ela adorava o James e a Lily!
- É esse o meu único receio…E uma das coisas que durante todos estes anos mais me atormentou e fez sofrer…pensar que ela achasse que eu era culpado. – Sirius mostrava agora uma expressão de horrível sofrimento, parecendo mais velho e agastado. - Era o que mais me doía, Remus, percebes? Porque tinha a certeza que ela estava a sofrer, talvez mais do que eu…
- Sim, compreendo como deve ter sido horrível para ela. Tal como foi para mim, pensar que um dos meus melhores amigos, uma das pessoas que eu achava mais espectaculares, podia ser um assassino, um traidor! É por isso que eu acho, Sirius, que é muito perigoso apareceres lá, assim! Ela pode denunciar-te por pensar que és um assassino!
Sirius pareceu hesitar por um momento, pensando nas palavras do amigo. Mas logo a determinação voltou ao seu rosto.
- Não interessa. Eu vou lá, Remus. Não aguento passar mais um dia sem a ver. E tenho a certeza de que vai correr tudo bem. E, se acontecer alguma coisa, ao menos morro feliz! – riu o Animagus descontraidamente.
- Que parvo, Sirius! Bem, tu fazes o que quiseres, mas é uma loucura! Depois não digas que…
- Ok, ok, Remus, chega. Para a próxima não te digo nada, quase que pareces a minha mãe! Não desculpa, este foi um insulto muito baixo…muito baixo mesmo, desculpa! – E Remus não pode deixar de rir com o amigo. Nesse momento bateram à porta. O professor encaminhou-se para a porta e espreitou pelo óculo desta.
- É a Harlene. Posso mandá-la entrar?
- Oh, claro que sim! – Sirius, passou rapidamente pelo cabelo e compôs o casaco.
- Olá Remus! Desculpa vir-te incomodar, mas precisava de vir falar contigo! – Só então a professora reparou em Sirius. – Sirius! Que boa surpresa!
Os dois cumprimentaram-se efusivamente e Harlene sentou-se num puff ao lado dos amigos.
- Então, como está a professora mais gira de Hogwarts? – Perguntou Sirius, divertido.
- Ahaha, que favor meu é que tu queres, Sirius? – brincou a professora. - Está tudo bem, só estou um bocadinho cansada, só saí agora do gabinete da professora Mcggonagal!
- O que é que estiveste lá a fazer até agora? – Interrogou o Animagus.
- Ah, a Mcgonagall esteve-me a explicar as regras, o que devo ou não fazer, mostrou-me o Castelo, o meu quarto…Enfim, coisas de caloira!
- E estás a gostar? – Questionou Remus, levantando-se e dirigindo-se à mini-cozinha, num fundo do quarto, disfarçada atrás de uma estante. – Querem tomar alguma coisa? Um chá ou assim?
- Sim, se faz favor! E sim, estou a gostar muito! Um dos meus maiores sonhos era ser professora cá, em Hogwarts e, felizmente, isso realizou-se! Sinto-me mesmo contente!
- E o pessoal também é simpático, não é? – perguntou Sirius.
- Sim. Eu já conhecia a maior parte, porque foram meus professores: a professora Mcgonaggal, a Sprout, o Flitwick…Há só uns ou outros que eu não conheço: aquela dos óculos redondos, com um ar meio alucinado e …aquele homem estranho… - Harlene sentiu de novo um calafrio ao lembrar-se dele.
- Quem?
- Quem poderia ser? O Snape. – Respondeu Lupin, de costas, enquanto punha a chaleira ao lume.
- Ah, o meu querido amigo! – Rosnou Sirius, com uma expressão maliciosa. – Mas com esse não te preocupes! Eu já tenho experiência com Snapes, só estou à espera de um motivo legal para o esganar!
- Não ligues, Harlene, são ódios antigos! – brincou Lupin, sentando-se outra vez ao pé dos amigos.
- Pois, estou a ver…Alguma disputa de miúdas, não? Bem, eu agradeço, mas acho que não vai ser preciso! Ele não me pareceu ameaçador mas sim…sei lá…estranho….
- Estranho! Estranho para o Snape é um elogio! Ele é mas é…
- Não vale a pena continuares, Sirius, estamos na presença de uma inocente donzela! – Avisou Lupin, rindo. – Estás a ver, Harlene, eles amam-se! Ah, acho que o chá já está pronto!
- Oh, sim, Harlene, tenho que te confessar, o Snape é o grande amor da minha vida! – Gracejou Sirius, enquanto Remus desligava o fogão e, com um toque de mágica, fazia três chávenas flutuar à sua frente, até à mesinha em frente à lareira.
- Mas agora falando a sério, eu senti mesmo uma coisa esquisita quando o vi…Eu…foi um arrepio, uma coisa mesmo estranha, que eu nunca tinha sentido! – Harlene parecia mesmo impressionada com aquele encontro.
- Açúcar Harlene? E olha, esquece, isso é natural, o Snape é mesmo estranho, ríspido, ameaçador, …Não causa uma boa impressão, percebes? Se calhar, ficaste impressionada por ele ser tão diferente dos outros professores, que foram amáveis contigo e…
- Sim, se faz favor, só um cubo. Não, Remus não foi isso, foi outra coisa, eu…não sei explicar! Mas pronto, esquece, é uma parvoíce minha… - disse Harlene, bebendo um gole de chá.
- Também acho, por Merlin, estamos aqui tão bem, tão confortáveis, entre amigos, para que é que havemos de estar a falar em coisas desagradáveis e desprezíveis? – Exclamou Sirius. – Hummm, este chá está óptimo, Remus! E, já agora…não tens também umas bolachinhas?
P.S: Então, que acharam do capítulo? Aceitam-se apostas para desvendar quem é o amor secreto do Sirius!
Explicação do shipper Liz/Remus: Como é oficial, eu tenho um certo(leia-se imenso ;))apreço pelo Remus,por isso, eudecidi aproveitarpara meifiltrar-me na fic e dar asas ao que poderia acontecer se...suspiro, suspiro... E surgiu a personagem Liz,...Por isso, parecenças com alguma personagem real(como ficwritter,...) são MERA COINCIDÊNCIA !
Agradecimentos:
Taty M. Potter: muito obrigada, adorei ler a tua review! Ainda bem que estás a gostar! Quanto à história do colar, vai ser revelada ao longo dos próximos capítulos, qual é o teu palpite? Embora já fora de horas, espero que também tinhas tido um óptimo Natal e tudo de bom para 2006!
Ly:ehehe, a minha nova betareader! Como já te disse adoooro reviews por isso descontrola-te e mada as que quiseres!E ninguém resiste mesmoao charme do Draco hahaha!Beijinho grande a uma grandeamiga e recente "escrava"!
Marta Santos Weasley Malfoy: Um grande beijinho para uma leitora muito querida!
Rafinha M. Potter: Meu Merlin, uma review para cada capítulo, acho que foi o dia mais feliz da minha vida XD!Não,definitivamente oHarry não serve para a Ginny! E quem não queria cair nos braços do Malfoy suspiro?Ehehe e acho que os pressentimentos ficcionais estão certos ;)...E gostei da ideia do imperiusXD..E quanto ao colar estás perto da ideia...E quem sabe não será paixão ?Beijinho muito grande fofaaa!
Aura: Duas palavras para ti, lindinha: Parabéns e adorooooo-te!
