Nota: Oi! Tudo bem com vocês? Espero que sim ! Aqui está o novo capítulo da fic, eu já o tinha escrito há algum tempo mas só publiquei agora porque tenho verificado que o número das reviews tem decrescido nas minha eem todas as fics, no geral...Por isso esperei que as coisas voltassem um pouco mais ao normal...Vá lá gente, comentem! É tão bom comentar! Não custa nada e faz alguém tão feliz! Bem mas voltando à fic epsero que gostem deste novo cap, que eu adorei mais do que nunca escrever, porque já começa a haver mais action entre todos os casais! O Draco e a Gininha vão encontrar-se e discutir (coisa rara de acontecer, não é mesmo?), a Harlene e a Liz também vão ter um dia em cheio e o Sirius...vai finalmente atrás da sua amada: o mistério vai ser desvendado (confetis e fogo de artifício !)!Ah, e esclarecendo uma dúvida do capítulo anterior que a Rafinha me colocou e eu achei que seria importante que eu explicasse a todos os leitores: o Sirius conhece a Harlene da Ordem de Fénix, em que ela também faz parte. Ahhhhh e outro aviso importante; por favor não imaginem o Sirius e o Lupin como aparecem nos filmes (que horror :s !)...O Lupin é mais estilo...Murilo Benício (ahhhhhhhf) :p e o Sirius...enfim, um lindão qualquer quevos venhaà ideia :p! Queria deixar um obrigada muito especial à Marta, que leu o capítulo e deu a sua simpáticaopinião e àLy, que leu e betou este capítulo e deixam também que esclareça: eu sei que é meio impossível mas os cães podem subir a varandas e os fantasmas podem bater a porta, ok (gente, estamos a falar de harry Potter em que as pessoas viajam em lareiras e voam portanto...porque não? )! Mas pronto, vou calar os meus dedinhos faladores e vamos passar à fic, espero que gostem!
Capítulo 8
O Primeiro Dia de Aulas
- Trrriiiim, trrrriiiim, trrrrriiiim! Hora de acordar! – um grito enérgico fez Ginny (que estava a sonhar que estava numa maravilhosa praia tropical, num dia de sol esplêndido, deitada numa cadeira-de-repouso à beira-mar, a beber água de coco e a ser abanada com folhas de palmeira por 10 Harrys de tanguinha), saltar na cama. Olhou para todos os lados, atordoada, e conseguiu vislumbrar algo a saltar para o seu lado.
- Bom-dia Ginny! Dormiste bem? Pronta para o primeiro dia de aulas? – só então a ruiva se apercebeu de quem era a suicida que a tinha acordado. Cheia de sono, voltou a deixar cair a cabeça na almofada e fechou os olhos.
- Por amor de Merlin, Amy, ainda é cedíssimo, deixa-me dormir! – resmungou.
- Não é nada, molengona! É o primeiro dia de aulas! Não te esqueças de que ainda temos que nos vestir, tomar o pequeno-almoço, receber os horários para este ano… - enumerou a amiga, puxando-lhe os lençóis para baixo.
- Pára com isso! Ainda é de madrugada, deixa-me dormir! – estrebuchou Ginny, puxando de novo os lençóis para cima.
- Não deixo nada, tens que te levantar! – exclamou Amy, tentando arrancar-lhe os lençóis das mãos.
- Ah, isso é que não levanto!
- Ah isso é que te levantas! – vendo que a amiga se tinha refugiado debaixo dos lençóis, Amy fez um sorriso malicioso e puxou da varinha. – Aha, isto exige medidas drásticas! Ok, Ginny, tu é que pediste! Titillatio!
Nesse momento, a ruiva saltou de dentro dos lençóis e começou a rebolar-se na cama, entre risadas e gritinhos, cheia de cócegas.
- P-pára hahaha! Pára, Am…hahahah!
- Hahaha! Agora só paro se tu te levantares!
- Ok, ok hahahah! Eu rendo-me, eu levanto-me, eu…hahahahah! – e Ginny deixou-se cair na cama quando a amiga findou o feitiço, tentando controlar a respiração e limpando as lágrimas dos olhos. – Meu Merlin, ias-me matando!
- Haha! Tratamento de choque! Viste como te levantaste? – riu Amy. – Vá, agora despacha-te, estou cheia de fome!
Pouco tempo depois, as duas amigas desceram a escadaria a correr e entraram no Salão a conversar alegremente. Sentaram-se numa das mesas de frente para a porta.
- Oh, que saudades que eu tinha destes magníficos crepes com chocolate! – exclamou Amy, com os olhos a brilhar, servindo-se imediatamente.
- Tens razão, são óptimos! – concordou Ginny, colocando também um no seu prato. – Hmmmm…Que delícia! Mas estás a ver, ainda não está quase ninguém, não era preciso aquela pressa toda!
- Então não era? – perguntou a amiga, com um ar deliciado. – Já viste, se demorássemos mais um bocadinho, se calhar já não apanhávamos nenhum destes magníficos… - engoliu mais um pedaço e fechou os olhos ao saboreá-lo. - …crepes!
- Não, a sério, é oficial, tu és doida! – riu a ruiva. Porém, parou de rir ao ver quem estava nesse preciso momento a entrar no Salão. – Oh não! Lá vem aquele maldito Malfoy!
Amy, que estava completamente concentrada no seu crepe, levantou os olhos e observou o louro a dirigir-se para a mesa dos Slytherin, seguido pelos seus dois gorilas guarda-costas e com o ar arrogante de sempre.
- Bem, olha que o Malfoy pode ter todos os defeitos do Mundo…mas é um gato! – Avaliou ela, mirando-o de alto a baixo com um sorriso maroto. A amiga olhou-a com ar incrédulo.
- Amy, será que endoidaste ainda mais, o que sinceramente é difícil? Meu Merlin, até já achas que o Malfoy é um gato!
- E é! Desculpa, mas temos que ser realistas, à parte de tudo ele é muito giro! Olha-me só para aquele corpo, para aqueles olhos…
- Eu não estou a acreditar! O Malfoy giro? Claro que… - começou Ginny, chocada. Mas, mesmo involuntariamente, abstraiu-se de tudo o que achava dele, de todas as rivalidades que havia entre ambos e prendeu-se apenas ao exterior: o corpo perfeito, o cabelo louro muito bem penteado e aqueles fantásticos e misteriosos olhos de um tom entre o azul e o cinzento. Lembrou-se também do momento em que tinha caído nos braços dele, no comboio e recordou a sensação agradável que sentira ao ser agarrada por ele. Como que hipnotizada, a ruiva acabou baixinho a frase, sem desviar o olhar dele. - …sim….
Draco, sentindo-se então observado, virou a cabeça na direcção da mesa dos Gryffindor e cruzou o olhar com o dela. E Ginny sentiu então uma estranha força magnética a atraí-ça inexoravelmente para ele.
- Olha, a Liz e a Linny vem aí! – exclamou de repente Amy, acordando finalmente a amiga do transe, que desviou logo o olhar do do louro, sentindo a cara a ferver. "Meu deus, não acredito que me estava quase a babar por causa do Malfoy, mas o que é que me deu? Eu a apreciar o Malfoy? Só posso estar doente! Que vergonha!", pensou, abanando a cabeça violentamente, tentando tirar o louro da cabeça.
- …Mas coitada da Liz, vem cá com um ar! – continuou Amy, olhando a Ravenclaw, que, com efeito, se arrastava com um ar lastimável até à mesa, seguida por Kathlyn.
- B'm-dia… - resmungou Liz, caindo na cadeira. A outra Ravenclaw também articulou um debil cumprimento.
- Bem, Liz, que te aconteceu? Parece que foste atropelada por um bando de gigantes!
- Não me digas nada, Amy, estou a morrer de sono! – respondeu a Ravenclaw, encostando-se para trás na cadeira e fechando os olhos. – Odeio ter que me levantar cedo !
- Vá amiga, coragem, é o primeiro dia de aulas! Também me custou imenso levantar, ainda por cima esta louca estava com toda a pedalada! – contou Ginny, apontado para Amy, tentando abstrair-se da mesa dos Slytherin. Porém, a amiga não lhe ligou nenhuma, continuando de olhos fechados. – Ei, Liz! Acorda!
- Olhem quem vem ali! O professor Lupin! – informou então Kathlyn. De repente, Liz deu um salto na cadeira e, subitamente acordada, passou a mão pelo cabelo, com ar inquieto.
- Bem, que é que te deu Liz? – perguntou Amy, perplexa, ao ver a amiga dar leves beliscões na cara freneticamente.
- A mim…? Nada, nada, acordei de repente! Digam-me só uma coisa estou bem? – Perguntou a rapariga, continuando a compor o cabelo sem desviar o olhar da mesa dos professores.
- Estás…mas o que é que te deu para…? - começou Ginny. Mas não continuou porque reparou, com um sorriso, que Harry, Ron e Hermione estavam a chegar ao Salão.
- Bom-dia!– cumprimentou então Colin, sentando-se na mesa com as amigas.– Então, dormiram bem? Eu não podia ter um melhor início de dia, cruzei-me com a nova professora aqui à entrada! Hmmm…Ela é uma brasa!
Liz fungou com ar irritado ao ver Harlene Melpomene sentar-se ao lado de Lupin. Mas a sua visão foi tapada pela professora Mcgonagall, que distribuía os horários apressadamente. Todos concentraram então a sua atenção nas pequenas folhas escrevinhadas. A primeira coisa em que Liz reparou foi nas aulas de Defesa Contra As Artes Negras (porque será? ;)) que eram à segunda-feira à tarde, à terça ao primeiro tempo da manhã e à sexta ao último da tarde.
- Ehehe! Eu sei quem é que vai passar a adorar levantar-se cedo às terças-feiras! – segredou-lhe Kathlyn ao ouvido, fazendo-a rir. Ginny, Amy e Colin também estavam satisfeitos com os seus horários:
- Hmmm…A nossa primeira aula hoje é História da Magia…Três tardes livres…A única coisa que estraga tudo são as aulas do Snape! Olhem só para aquilo, acho que o homem deve tomar uma poção de mau-humor ao acordar! – Exclamou Amy, apontando com o nariz o professor de poções, que se estava a sentar nesse mesmo momento, com o ar azedo de sempre. – Sabem do que é que ele precisava? De uma namorada!
- Ahaha! Ainda está para nascer a mulher que vai conseguir aturar o Snape! – riu Ginny. – Além disso, olha-me só para aquele cabelo! Como é que alguma vez alguém se poderia sentir atraída por aquilo?
- Só se fosse para fazer uma publicidade a uma marca de óleo! – exclamou Colin, apontando para o cabelo do professor, fazendo rir as amigas.
- Ah, se ele se cuidasse um bocadinho, se ele lavasse o cabelo e principalmente se ele tirasse aquele ar de quem está a chupar um limão podre…até que era capaz de não se deitar fora! – comentou Liz
- Mesmo assim, acho que não… - discordou Kathlyn. O professor, parecendo reparar que estava a ser olhado, lançou-lhe um olhar mortífero. – Não, definitivamente não!
Passado pouco tempo, a campainha da escola soou, chamando os alunos e os professores para as suas primeiras aulas. Harlene Melpomene foi das últimas a levantar-se.
- Ai Remus! Estou tão nervosa! Vou ter a minha primeira aula! – gaguejou, com uma expressão preocupada.
- Oh, não sejas tonta, Harlene! Tiveste aulas aqui durante 7 anos e além disso és uma óptima profissional, por isso, confiança! Vai correr tudo…
- Remus, preciso de falar contigo. – interrompeu uma voz mal-disposta chegando por detrás dos dois. Harlene virou-se e deparou com uns olhos pequenos, escuros e completamente impenetráveis, que contrastavam abissalmente com as suas retinas azuis e límpidas e que lhe causaram novamente um arrepio eléctrico. Os dois observaram-se por uma fracção de segundo e ele, sem desviar os olhos dela, atalhou secamente: – A sós.
Harlene franziu o sobrolho, irritada com os maus modos do professor de poções e pensou em responder-lhe, mas não quis causar confusão no primeiro dia de aulas e decidiu afastar-se.
- Bem, até logo, Remus! - despediu-se, virando as costas aos dois professores. "O Sirius é que estava certo! Este Snape é mesmo um grosseirão!". Insultou-o mentalmente durante mais algum tempo, mas rapidamente aquele episódio desagradável lhe saiu da cabeça, pois estava preocupadíssima com a sua primeira aula. Ao chegar à porta da sua sala, respirou fundou, fez figas e entrou.
Logo que a aula de História da Magia acabou, Ginny e Amy dirigiram-se apressadamente para a porta.
- Ei, meninas, esperem por mim! – gritou Colin, arrumando ainda as coisas, sem pressa, entretido a observar a escultural professora a apagar o quadro.
- Não vai dar, Colin! Encontramo-nos na sala de Encantamentos! – respondeu-lhe Ginny, impaciente, saindo da sala. – Anda, Amy, temos que nos despachar! Quero ver se ainda encontro o Harry a sair de Defesa Contra As Artes Negras!
As duas chegaram ofegantes à porta da sala do professor Lupin. Por um momento, Ginny receou que dono do seu coração já tivesse saído, mas ao espreitar para dentro do compartimento, viu-o a arrumar as coisas e sorriu, congratulando-se por se ter lembrado de dar uma olhadela ao horário do irmão. Harry finalmente saiu, sozinho e, quando viu a amiga, sorriu e cumprimentou-a.
- Olá Ginny! Tudo bem?
- Ah…Olá Harry! Eu…eu estava à espera do Ron… - mentiu Ginny, mordendo o lábio, nervosa.
- Bem, eu…vou ter com o Colin, até logo gente! – despediu-se Amy, piscando o olho à amiga.
- Ah, o Ron…Mas já não o vais encontrar aqui…
- Ah…já saiu, foi? – balbuciou Ginny, fingindo-se desapontada.
- Sim, ele saiu logo com a Hermione. Eu atrasei-me de propósito para os deixar a sós! – contou Harry, piscando o olho.
- Haha! Fizeste bem! Aqueles dois precisam mesmo de um empurrãozinho! – concordou Ginny, rindo. "Meu Merlin, bem que me podias dar um empurrãozinho também!", pensou Ginny, olhando para Harry sem saber o que dizer. Estava nas nuvens por estar ali, a conversar com o seu príncipe encantado a sós.
- Bem…eu vou andando, vou ter com…um amigo meu! – disse então Harry, com um ar comprometido, depois de alguns minutos de olhares e sorrisos tímidos. – Até logo, Ginny!
- Mas… - articulou ainda Ginny, mas ele já tinha virado costas. - Tchau Harry!
E a ruiva ficou a vê-lo afastar-se, com o coração aos pés, num misto de tristeza e fúria. "Que raiva, era uma oportunidade de sonho para estar com ele e ele…vai-se embora! Deixa-me aqui sozinha! Eu que fiz e faço sempre tudo para o ver, para lhe agradar! Ainda por cima deve ter ido ter com aquela estúpida Chang! Que raiva!". Estava ainda amaldiçoar os dois quando uma voz gozona, em falsete, a trouxe de novo para a realidade:
- Tchau Harry! Adoro-te Harry! Oh, Harry, será que me dás a honra de lamber as tuas botas?
- Oh, não, só faltavas mesmo tu para a minha manhã ser perfeita! Desinfecta, Malfoy! – exclamou a ruiva, revirando os olhos, furiosa, ao virar-se e dar de caras com um certo louro de olhos acinzentados que estava a sair da sala.
- Bem, Weasley, que bom-humor! Que é que te aconteceu, o Potty deu-te com os pés? – perguntou Malfoy, com ar de gozo.
- Malfoy, duas coisas: primeiro, não tens nada a ver com isso; segundo, basta estares perto de mim num raio de mil metros para o meu humor piorar drasticamente! – respondeu Ginny, com uma expressão irritada. "Já não bastava o palerma do Harry, ainda tinha que vir este idiooota!".
- Por Salazar, que eu sou um gostoso eu já sabia, mas causo assim tanto impacto em ti? – inquiriu o louro, com um sorriso convencido, aproximando-se mais da rapariga. Ela ficou, por um momento, desarmada, sem saber o que dizer, com aqueles olhos frios e magnetizantes poisados nos seus.
- Ahhhh, como é que tu ainda não morreste afogado nesse oceano de presunção? Ou então, por morderes a tua própria língua? Fazias um enorme favor à humanidade, como já te disse! – disse a ruivinha, exaltada. E, nesse instante, quem ficou sem palavras foi o louro, ao observar a sua cara furiosa. Por um momento, receou que as sardas dela saltassem, de tão ruborizada que ela estava. "Adoro pô-la assim! Ainda fica mais gira!", pensou. Mas esta ideia levou logo uma marretada mental, ao lembrar-se de que ela era uma Weasley.
- Ah, Weasley, não digas parvoíces! O Mundo bem que ficaria muito mais limpo, agradável e perfeito sem vocês, Weasleys, mas pararia de girar se não existisse um Malfoy! – afirmou ele, sem ligar muito ao que estava a dizer, só a querendo irritar ainda mais.
- Só se parasse de girar de tanta felicidade! E já agora, se a presença de um Weasley te incomoda tanto, porque é que não desapareces daqui e me deixas em paz, Malfoy?
- Tens razão, afinal estou a gastar o meu precioso tempo com alguém que nem merece respirar o mesmo ar que Draco Malfoy! – exclamou o louro, olhando-a com desdém. Porém, como que enfeitiçado, não lhe apetecia sair dali.
- É, Malfoy, o ar está mesmo irrespirável, portanto eu vou andando, porque não aguento estar nem mais um segundo ao lado de uma…fossa de mania! – e Ginny virou costas a Malfoy, quase a explodir de raiva. O louro pareceu ficar por uns instantes a digerir o que ela tinha dito e, depois, com uma expressão zangada, foi atrás dela.
- O que é que tu me chamaste, Weasley?
- Ouviste bem, "fossa de mania". – Respondeu a ruiva, sem olhar para ele, não parando de andar rapidamente. - Mas por acaso, nem foi uma expressão muito adequada, porque também podia acrescentar presunção, estupidez,…
- Charme, classe, perfeição…Escaparam-te esses, Weasley, mas eu percebo perfeitamente, já que são coisas que tu não conheces! – objectou Draco, com um sorriso felino, caminhando atrás dela.
- Olha Malfoy, nem me vou dar ao trabalho de te responder!
Nesse momento, chegaram a um cruzamento em que havia dois caminhos alternativos. Ginny meteu pelo da esquerda, sem pensar, só querendo ver-se livre daquele imbecil. Por um momento sentiu-se feliz e aliviada ao pensar que se tinha livrado dele, mas logo rosnou de raiva ao ouvir uns passos apressados atrás de si.
- Maldição! Mas será que tu estás decidido a não me deixar em paz? – perguntou, parando finalmente e olhando para ele, sentindo a cara a ferver.
- Não, tu é que deves estar decidida a não me deixar em paz. Eu vou ter aula de Transfiguração, tu é que deves estar aqui a mais! – elucidou Draco, apontando o sítio onde estavam. Só então Ginny se apercebeu que tinham chegado a um beco sem saída, no qual existia apenas uma sala: a da professora Mcgonaggal. A ruiva rosnou de raiva e virou costas, sem dizer mais nada. Draco ficou a vê-la desaparecer chamejando de fúria e sorriu. "Como eu adooro provocar a Weasleyzinha!". E, pensando bem, ela até era bem engraçada, sempre com uma resposta na ponta da língua, isto além de não ser nada feia… "Meu Merlin, não acredito que estou a pensar nela outra vez, devo estar a desenvolver alguma reacção alérgica a Weasleys!".
- Que parvo, que anormal, que idiota! Ah, seu eu pudesse… - rosnava Ginny baixinho, ao chegar à sua mesa na sala de encantamentos
- Quem, o Harry? – perguntou Amy, surpreendida.
- Hmmm? – perguntou a ruiva, meio alheada da realidade. – Ah, o Harry também, mas não estava a falar dele…
- Então…mas tu não estavas com o Harry? Pensei que ia chegar aqui com um sorriso de orelha e casamento marcado! – brincou a amiga.
- Pois, mas esse palerma deixou-me sozinha e depois tive que suportar aquele…aquele…
- Aquele quem?
- Ah, o idiota do Malfoy! Não sabes como me apeteceu…
- Meninas! – interrompeu de repente o professor Flitwick. – Se não param de cochichar vou ser obrigado a retirar pontos aos Gryffindor!
E as duas calaram-se, embora Ginny tenha continuado a insultar o louro em pensamento.
- Como é que eu estou? Achas que estou bem?
- Estás, estás linda! Mas agora anda Liz, ou ainda vamos perder a aula! – exclamou Kathlyn, enquanto a amiga penteava o cabelo pela milésima vez em cinco minutos.
- Se calhar os outros brincos ficavam aqui melhor…Ai, Linny, diz-me a verdade, estou horrível, não estou? – perguntou Liz, inquieta.
- Claro que não, tonta, estás óptima! Mas é melhor irmos, porque se não vamos chegar atrasadas! E tu, especialmente, não deves querer chegar atrasada à aula dele!
- Não, claro que não! Vá, vamos embora então! – disse Liz, olhando uma última vez para o espelho. As duas amigas saíram então do dormitório dos Ravenclaw e dirigiram-se apressadamente para a sala de Defesa Contra as Artes Negras.
- Boa-tarde…professor, desculpe o atraso!
- Olá, boa-tarde, meninas! Sentem-se onde quiserem! – disse Remus Lupin, sorrindo para as duas. Liz sentiu as pernas transformarem-se em gelatina quando cruzou o olhar com o professor. "Ele disse onde quisermos…Portanto teoricamente podia sentar-me ao lado dele!", pensou, com um sorrisinho malicioso e teve que ser a amiga a puxá-la pelo braço para uma mesa da segunda fila, já que as da primeira já estavam todas ocupadas. Sentaram-se e começaram a tirar o material das malas.
- Ei, Liz, posso-me sentar aqui? Liz!
- Hum…? – a rapariga, distraída a observar furtivamente o professor, levantou a cabeça e viu quem a chamava: David Ryan, um colega dos Ravenclaw. De estatura média e magro, o rapaz tinha uma face muito harmoniosa, com traços delicados e olhos castanhos, pequenos e doces. A cara era contornada por cabelos louros-escuros lisos. – Ah, sim, claro, Dave!
O rapaz sorriu e sentou-se ao lado de Liz.
- Então e…como tem corrido o teu dia, Liz? – David tentou meter conversa, olhando para a amiga, encantado: sempre tinha demonstrado um certo interesse por ela. Porém, ela não respondeu porque o professor pigarreou, fazendo calar todos os burburinhos da sala.
- Bem-vindos à nossa primeira aula de Defesa Contra As Artes Negras! Como sabem, estão a acabar este início de caminhada pelo mundo da Magia, portanto, este vai ser um ano muito importante e decisivo para todos! – Lupin fez uma pequena pausa e depois continuou. – Também é do conhecimento geral que estamos a atravessar uma fase…digamos menos boa do ponto de vista das artes negras…Por isso, este ano vamos apostar principalmente nos feitiços de defesa e de ataque, e tenho a certeza de que se aplicarem um pouco, vão tornar-se talvez não invencíveis mas capazes de enfrentar qualquer ataque negro. Assim, pensei que poderíamos começar por rever alguns dos mais simples feitiços de ataque: Expelliarmus, Impedimenta, Locomoto Mortis e Estupore. Quero então que façam grupos de dois, que se espalhem pela sala e que experimentem os feitiços e respectivos contra-feitiços nos adversários. Vamos começar pelo Expelliarmus!
Os alunos começaram então a fazer o feitiço, enquanto o professor deambulava pela sala, observando como cada um se ia saindo.
- Então vá, começa tu! – disse Liz a Kathlyn, que era o seu par.
- Ok. Aí vai…Expelliarmus! – proferiu a rapariga, apontando a varinha à outra, que quase ao mesmo tempo bradou "Protego!".
- Muito bem, Liz! – exclamou uma voz atrás da rapariga, surpreendendo-a. – Rápida e eficaz! Parabéns!
Liz retribuiu o sorriso e murmurou, corada:
- Ahn…Obrigada, professor!
E a rapariga não conseguiu prestar mais atenção até ao fim da aula. Quando tocou para saída, demorou-se intencionalmente um pouco mais a arrumar as coisas, ao mesmo tempo que deitava uns olharezinhos rápidos ao professor. Kathlyn já tinha saído, pois queria deixar a amiga a sós com o professor, mas David continuava à espera dela
- É mesmo bom que tenha voltado professor! – exclamou o rapaz, sorrindo. – Isto sim, é Defesa Contra a Magia Negra!
- É…Já tínhamos saudades das suas aulas… - concordou Liz, aproximando-se também da mesa de Lupin.
- Obrigada meninos! Eu também adorei a ideia de voltar…Também estava com saudades da escola…e de vocês também!
Liz sorriu, ligeiramente corada, ao cruzar o olhar com o do professor. E não se teria importado de ficar ali para o resto da vida, se não fosse David a chamá-la para a realidade:
- Bem, vens Liz?
- Ahhh…sim claro! Até amanhã, professor!
- Até amanhã! – despediu-se Lupin, meio alheado. Estava preocupado com Sirius, pelo que lhe poderia acontecer se ele fosse mesmo avante com aquela loucura de ir atrás dela… "Ah, mas o que é que eu posso fazer? Quando aquele casmurro mete uma coisa na cabeça, é impossível demovê-lo! Só espero que corra tudo bem!"
Estava farta de andar de um lado para o outro, no quarto, sem saber o que fazer. Não sabia porquê, mas sentia uma inquietação, uma ansiedade, que não a largava nem a deixava fazer nada…Já tinha tentado, pintar, ler ou ouvir música mas não se conseguia concentrar. Sentia que algo importante ia acontecer, mas não conseguia perceber porquê…Por isso estava aflita por pensar que se sentia assim por ter acontecido alguma coisa de mal ao seu filho.
- Ah e o Sr. Rorrim que nunca mais vem! – exclamou.
- Falava de mim? – perguntou de repente uma voz vinda do espelho.
- Oh, Sr. Rorrim, graças a Merlin que chegou! Tenho estado numa aflição! – disse Narcissa Malfoy, preocupada, aproximando-se do espelho do toucador.
- Então porquê, minha senhora, passou-se alguma coisa?
- Sim…Não…Ai, não sei, sinto-me estranha, ansiosa…! Como está o Draco?
- O menino Draco? Está óptimo!
- Tem a certeza? Que alívio! – suspirou a mulher, levando a mão ao peito. – Estava com tanto medo que lhe tivesse acontecido alguma coisa!
- Oh, D. Narcissa, porquê tanta inquietação? Houve alguma novidade sobre… - o espelho não acabou a frase, mas Narcissa percebeu.
- Não, que eu saiba, não! Mas é que estava a sentir-me tão inquieta, pensei que era por ter acontecido alguma coisa ao meu filho! Mesmo assim ainda sinto uma ansiedade estranha…Sr. Rorrim, será que poderia ir ver como ele está e passar a noite lá em Hogwarts? É que eu estou tão afligida…pressinto que vai acontecer alguma coisa…mas não sei o quê, ou a quem!
- Oh, claro minha senhora, parto imediatamente. E não se preocupe, se ocorrer algo de nefasto informá-la-ei de seguida! – prometeu o espelho.
- Oh, muito obrigada, Sr. Rorrim, não sabe como fico agradecida e aliviada! – disse Narcissa, com um sorriso.
- Como poderia eu rejeitar um pedido a uma senhora tão encantadora e amiga de longa data? Faço-o com…hmmm….todo o prazer. – afirmou o espelho, embora não parecesse ter prazer algum em ir "servir de ama-seca ao menino Draco". – E não esteja preocupada, isso deve ser cansaço ou excesso de cuidado…Tente dormir! Até amanhã, então!
- Até amanhã, Sr. Rorrim e obrigada! – agradeceu a mulher, ficando sozinha novamente. Um pouco mais calma, deixou-se cair na cadeira de baloiço e pousou os olhos no quadro da noite estrelada, que ainda estava no estirador. Desde que o tinha pintado que parecia não ter mais inspiração ou vontade de pintar, como se aquela fosse a sua grande obra-prima e nada a pudesse superar…Talvez porque na verdade aquele quadro reflectia perfeitamente tudo o que ela sentia: a solidão, a saudade, a melancolia, o desespero, a falta de esperança…E a desilusão perante aquela estrela mais brilhante, "Que há muito deixou de brilhar…" e sentiu toda uma amálgama de sentimentos dolorosos voltar à superfície. Por um momento, teve vontade de pegar no pincel e apagar a estrela de vez, preenchê-la de escuridão para sempre…Mas não era capaz…Além de estragar o quadro, isso significaria que o esquecera…E isso ela ainda não tinha conseguido….Mas não queria pensar mais nisso, eram recordações e sentimentos que lhe faziam muito mal, que corroíam penosamente o seu coração, por isso desviou o olhar do quadro e apanhou o livro de poesia que estava a ler, que estava caído ao lado da cadeira. Abriu numa página ao calhas e começou a ler; porém, foi começando a sentir as pálpebras pesadas, cada vez mais pesadas, insuportavelmente pesadas…
"Estou quase, quase a chegar!", pensou Sirius, com o coração quase a saltar do peito e olhos brilhantes de emoção. Depois de tanto tempo, de tanto sofrimento e de tanta saudade, ia vê-la novamente! Mal se conseguia equilibrar na vassoura, de tão alegre que estava. Queria tanto vê-la, há tanto tempo que esperava por aquele reencontro! 15 Anos…Há quinze penosos anos que não a via, que não estava perto dela, que não sentia o toque do seu beijo…! "Meu Merlin, passou tanto tempo…Como será que ela está agora?". E embora estivesse desejosíssimo de a reencontrar, tinha algum receio da forma como ela poderia reagir. Afinal, 15 anos eram muito tempo...E muita coisa tinha acontecido entretanto…Por um momento, Sirius pensou se não seria melhor voltar para trás e tentar esquecer tudo aquilo…Tinha medo de que ela tivesse mudado, de que não recebesse bem a sua visita, que ainda acreditasse que ele era um assassino ou que o tivesse esquecido…Mas rapidamente o espectro do medo foi rapidamente vencido pelo desejo colossal de a ver "E, afinal, quem suporta Azkaban acho que suporta tudo!".
Soltou um brado de alegria ao começar as vislumbrar os portões altos e de pontas afiadas da mansão onde ela vivia. Abrandou a velocidade, começou a descer e aterrou mesmo em frente aos portões. Saltou da vassoura e ficou algum tempo a observar a casa, com o coração a bater descompassadamente. Ela estava a poucos metros dele, ali, naquela casa…E essa ideia deu-lhe ainda mais vontade de continuar! Deixou a vassoura encostada ao portão, fez um gesto com a varinha, fazendo abrir um buraco grande debaixo dos muros da casa e, no momento a seguir estava a passar para o outro lado do muro na forma de um grande cão preto; tinha que entrar desta forma, pois a casa estava protegida com um feitiço de segurança anti-intrusos, que sentia a presença humana, mas não a animal.
Quando finalmente se encontrou dentro do jardim da mansão, dirigiu-se rapidamente e tentando não fazer barulho para o lado esquerdo da casa, "Só espero que ele não esteja em casa!". E finalmente, com um brilho de emoção nos olhos caninos, viu a varanda do quarto dela "Há luz no quarto, portanto ela deve estar lá! E felizmente deixou as portadas abertas, como costume…Assim vai ser muito mais fácil!". Animado, começou a trepar pela hera que circundava a casa (já que a varanda, que ficava no segundo andar, era altíssima) e, uns instantes depois aterrou com um salto dentro da sacada. Avançou até as portas que davam para o quarto e espreitou cuidadosamente para dentro do compartimento. E, o que viu, fez com que a sua face fosse iluminada por um sorriso enorme: ela estava lá, no quarto, aparentemente sozinha, a dormitar, numa cadeira de baloiço, com um livro aberto caído sobre o peito…Tomou então a forma humana e entrou no quarto lentamente e sem fazer barulho. Parou a menos de meio metro dela, que continuava adormecida, e ficou a observá-la por largos instantes. "Finalmente…Depois de tantos tempo…estou aqui com ela outra vez! Nunca, nem no melhor dos meus sonhos enquanto estava em Azkaban imaginei que a voltaria a ver!", pensou, emocionado. E uma lágrima silenciosa começou a descer pela sua face. "Narcissa…Minha Cissy! Tão linda, tão delicada…Tão igual à imagem que eu recordava!". E eram tantas as ideias e os sentimentos que passavam pela sua mente e coração que Sirius não sabia mais o que pensar ou fazer. Aproximou-se então mais dela e a sua mão pousou lenta e levemente sobre a face dela. Passou os dedos suavemente por aqueles traços que ele nunca esquecera e com que tanto sonhara durante a estada em Azkaban…
E ela, começando a acordar, esboçou um sorriso ao sentir-se ser acariciada ternamente. Há tanto tempo que não recebia um carinho! E aquele toque parecia-lhe tão familiar! Lentamente, começou a abrir os olhos. Mas quando deparou com aquela face inclinada sobre si, o sorriso transformou-se em espanto e inquietação. Esfregou os olhos, pensando que ainda devia estar a sonhar, mas mesmo assim ele continuou ali, à sua frente, mais real do que nunca.
- Tu…! Mas…mas o que é que tu estás aqui a fazer?
- Olá Narcissa! Eu…eu vim-te ver…Como estás? – balbuciou Sirius, sorrindo, um pouco surpreso pela reacção dela.
- Mas como é que tu…como ousas entrar aqui depois do que fizeste? – perguntou a mulher, com um ar enfurecido, levantando-se e pegando na varinha.
- Mas, Narcissa eu… - articulou ele, estupefacto, sem perceber a reacção dela. Tinha imaginado um reencontro bem diferente! – Não me digas que ainda acreditas que eu sou o culpado pela morte da Lily e do James!
- Então em que querias que acreditasse? Que eles próprios se entregaram alegremente ao Quem-Nós-Sabemos! – exclamou Narcissa e nos seus olhos além da raiva, brilhava também a desilusão. Ao perceber a ironia dela, a felicidade desapareceu por completo da cara de Sirius. "O Remus estava certo…Ela…ela pensava que…", nem acabou o pensamento, de tão angustiado que estava.
- Mas…mas Cissy…como pudeste acreditar que eu tinha morto a Lily e o James, as pessoas que eu mais amava nesta vida? Mas sim, de certa forma, pode-se dizer que os matei...mas apenas porque os tentei salvar… - acabou Sirius, num murmúrio, de olhos baixos.
- Ah, então admites! E como podes ser tão sádico ao ponto de dizeres que os entregaste para os salvares! Sai já da minha casa! – bradou Narcissa, apontando-lhe a varinha.
- Narcissa, por favor, calma! Eu posso explicar tudo, tu tens que me ouvir! – suplicou Sirius. - Eu sou inocente!
- Tu eras o guardador secreto deles! E entregaste-os ao teu Lord! Como tens a coragem de ainda dizer que és INOCENTE? Sai já do meu quarto ou eu chamo o meu marido!
- Narcissa, ouve-me, por favor! Deixa-me explicar-te tudo, eu prometo que depois saio daqui, mas por favor não o chames! – pediu ele, aterrorizado. Sabia que se Lucius o encontrasse, o entregaria logo aos dementors. – Por favor, Narcissa, por tudo aquilo que aconteceu entre nós, ouve-me, por favor!
Narcissa estremeceu ao ouvi-lo falar ao que tinha acontecido no passado e baixou a varinha. Sentia-se a naufragar num mar de emoções, sem ter nenhuma certeza a que se agarrar, sem saber o que fazer para não se afundar em lágrimas. Ele estava ali. Ainda tão igual ao que era mas, ao mesmo tempo, tão diferente! O olhar tinha perdido o brilho alegre de há 15 anos e várias rugas precoces começavam a delinear-se na sua face…Mas continuava lindo e charmoso como sempre! E agora estava ali, a dizer-lhe que estava inocente…Na verdade, durante esses longos 15 anos, sempre acalentara o sonho de que tivesse sido tudo um horrível engano, de que ele estivesse inocente e que voltasse para ela, para sempre…Aliás, durante os primeiros anos a seguir à prisão de Sirius, ela não tinha conseguido acreditar que era verdade, não podia ser verdade, ele amava a Lily e o James, e depois de tudo o que tinham passado juntos…recusava-se a acreditar…Mas com o passar do tempo a esperança fora-se dissolvendo e ficara apenas a desilusão e a dor…E agora ele estava ali…
- Explica-te então…Tens dois minutos para dizer tudo o que tens a dizer! E depois…sais da minha casa… - pronunciou ela com voz trémula. Sirius, mais aliviado, respirou fundo e aproximou-se mais dela.
- Narcissa eu…eu era sim o guardador secreto deles…Mas eu mudei à última da hora, porque pensei que o Voldemort acharia demasiado óbvio, viria à minha procura e que, de alguma maneira, com tortura ou veritaserum, ia conseguir a informação…E por isso eu mudei…E ao fazê-lo matei-os… - contou Sirius, com voz subitamente enrouquecida, sem esconder a mágoa enorme que aquelas lembranças provocavam.
-Mataste-os…como? – articulou ela num fio de voz. A chama de esperança de que ele fosse inocente parecia ter-se reacendido.
- Eu…eu troquei…com o Pettigrew… - cuspiu Sirius, com raiva.
- Com o Pettigrew? Mas tu tomas-me por tão idiota, Sirius? Se pensaste que eu ia cair nessa farsa, enganaste-te! Tu mataste o Pettigrew, tal como mataste a Lily e o James! – gritou Narcissa, de novo enfurecida.
- Narcissa, por favor acalma-te! Podes acusar-me da morte da Lily e do James, de que indirectamente fui culpado…Mas o Peter Pettigrew está mais vivo do que nunca e é um dos servos mais leais do Voldemort!
- Chega de mentiras disparatadas! O Peter morreu há anos e, aliás, ele nunca seria capaz de ser um devorador da morte, ele nem à casa de banho conseguia ir sozinho! – argumentou Narcissa, com rispidez. A última coisa que lhe passaria pela cabeça era que o Peter, tão tacanho e tosco, fosse seguidor de Voldemort.
- Não Narcissa, ele não morreu. Naquele dia, eu fui atrás daquele aquele traidor miserável, para acabar de vez com ele, mas ele fugiu e armou toda aquela cena, matou aqueles muggles todos e até cortou um dedo, para que eu fosse considerado o assassino dele, dos Potter e de toda aquela gente… - narrou Sirius, mantendo o tom baixo e revoltado. Narcissa caiu então na cadeira, tapando a cara com as mãos, extremamente perturbada. – Por favor acredita em mim, Narcissa! Eu sei que a história pode parecer mirabolante…Mas…
- E como é que eu posso confiar em ti? Como é que eu posso saber se o que me estás a dizer e verdade? – perguntou Narcissa, ainda relutante em acreditar nele.
- Narcissa…Se eu fosse um devorador da morte achas que estaria aqui, que te viria procurar? Achas que o Dumbledore me aceitaria na Ordem? E, principalmente, achas que o Harry confiaria em mim?
A loura ficou a olhar para ele, sem saber o que dizer. Não sabia mesmo o que pensar, em que acreditar. Por um lado, apetecia-lhe correr para os braços daquele homem que tanto amara e esquecer tudo, as feridas que o tempo e o destino tinham rasgado, todas as desconfianças, todas as lágrimas e todas as saudades, esquecer para sempre que era uma mulher casada e que ele era o homem mais procurado do planeta…Mas havia também o receio, a dúvida, a mágoa e o embaraço de tantos anos de separação…
- Narcissa…Será que não consegues acreditar em mim? – perguntou então Sirius, aproximando-se um pouco mais e pegando-lhe na mão, que estava gelada. Narcissa engoliu em seco ao senti-lo tão perto e ao encarar os seus olhos azuis-escuros, grandes e brilhantes, que pareciam tão sinceros e ternos! Fechou os olhos ao sentir a mão dele a acariciar suavemente a sua face…E não teve mais forças para se afastar, muito menos para pensar no que estava a fazer…
- Toc, toc, toc!
Narcissa, ao ouvir as pancadas na porta, abriu de repente os olhos e afastou-se de Sirius.
- Esconde-te…esconde-te aí na varanda! – balbuciou, aflita, com medo de que o apanhassem ali. Ele, morrendo de medo também, obedeceu. Narcissa passou a mão pelo cabelo e inspirou profundamente, tentando ocultar a sua expressão nervosa, e abriu a porta.
- Desculpe incomodar, minha senhora, vim informá-la de que o Sr. Malfoy acaba de chegar a casa! – comunicou Geofroy, o mordomo fantasma.
- Ah sim, obrigada, Geofroy! Diga-lhe…diga-lhe que estou cansada, que vou deitar-me, pode ser? – disse Narcissa, impaciente. Logo que fechou a porta, correu para a varanda.
-Sirius…Ainda estás aí? Ahhh! – exclamou, surpreendida, quando o viu aparecer a seu lado.
- Não me podia ir embora sem me despedir… - murmurou ele, com um sorriso maroto, aproximando-se mais dela, que, no entanto, o afastou com o braço.
- É melhor ires-te embora, o Lucius já chegou a casa e se ele te apanha…
- Eu vou sim…mas preciso de saber se acreditas em mim ou não! – afirmou Sirius, de novo sério.
- Eu… - "eu acredito!", era tudo o que ela mais queria dizer. Mas não conseguia, ainda se sentia muito confusa. – …eu…falamos depois Sirius, agora vai!
- Então, isso quer dizer que posso cá voltar! – exclamou ele, com o olhar ainda mais brilhante.
- Hummm…Sim, talvez, mas agora vai! E tem cuidado para não seres visto!
- Não te preocupes! Adeus…Cissy! - Sirius, com um sorriso, pegou-lhe na mão e beijou-a carinhosamente. No momento seguinte já estava a saltar da varanda, em forma de cão. E só quando ele finalmente desapareceu, de vassoura, por entre o céu estrelado, é que Narcissa entrou, sentindo o coração aos saltos e a cabeça a latejar. Tinham sido demasiadas e inesperadas emoções para um dia só: o reencontro com o homem que sempre amara, Sirius, a sua estrela, todos sentimentos e recordações que com ele tinham voltado e a possibilidade de que a sua intuição estivesse certa, se ele estivesse inocente…"Meu Merlin, estou tão confusa…tão confusa!"; de tão transtornada que estava nem conseguia raciocinar ou averiguar se ele poderia estar a dizer a verdade…Deixou-se cair na cadeira de baloiço e então todas as incertezas, todas as saudades, todos os medos e mágoas se transformaram em lágrimas…
Então pessoal, que acharam? Desde já agradeço a todos os que lêem a fic, muito obrigada mesmo por darem a vossa atenção ao meu trabalho! E por favor, por favor, deixem a vossa opinião, eu juro que o botãozinho azul que diz "go"não morde, não grita nemvos manda nenhum Cruciatus se carregarem nele! Portanto, é só carregar e comentar! Muito fácil, não é mesmo? E com esse gesto fácil e rápido, não sabem como fazem uma escritora tão feliz e motivada! Eu prometo que responderei a todos com muito carinho e, se tiver muitas reviews (vá lá, não peço muitas...só umas 7 ou 8...será que dá?), eu prometo que posto rapidinho os próximos capítulos desta e da "Cozinhando"...Negócio fechado? Montanhas de beijinhos docinhos para todos, até ao próximo capítulo!Nocas
Agradecimentos:
Meninas, OBRIGADÍSSIMA pelas reviews, eu fico felicíssima ao ver que gostam do que eu faço, um beijinho enorme para todas, adoro-vos muito!
Rafinha M. Potter - Oi moranguinho! Brigaduxa pela review, ainda bem k gostaste do capítulo (elogios vindos de uma óptima writer são sempre óptimos!)! Eu também adoro o Sirius e o Lupin (ahhh, novidade !) e sim, a a relação Lx2 vai ser interessante (ehehe, com um sorriso malicioso -a Liz é a minha participação especial na fic :p)! Ah e sim, como já expliquei o Sirius e a Harlene conhecem-se da Ordem...E também adorei escrever o Reminho a dar uma de "mãe" ao Sirius...Típico desses dois! Neste capíulo mostrei então o Sirius a ir atrás dela...ehehe o teu pressentimento estava certo , o grande amor dele é a Cissy mesmo! E vai ser lindinho sim, também amo esses romances irrealizáveis no passado que depois retornam...ahhhh...enfim, é mesmo romântico! Tanto o Sirius como a Narcissa já sofreram muito, já merecem um pedacinho de felicidade (mas ainda vai demorar praserem "felizes pra sempre"...ainda vou ser um pouco mazinha para eles :p...). Espero que gostes deste cap! Obrigada também pelo teuapoio e amizade, já disse que te adoro ?Beijinhos muito docinhos ;
Marta Santos Weasley Malfoy - Olá amiga! Mutio bigada pela review e pelo carinho! Fico feliz por teres gostado do capítulo e o teu pressentimento em relação à paixão do Sirius estava certo! Ehehehe, embora tu já tenhas tido este cap, volto a agradecer o teu apoio e tuas simpáticas opiniões!Um grande beijinho! ;
Lou Malfoy - Oie! Brigadinha pelo coment!Que bom que gostaste do capítulo, os teus pressentimentos também estava certos (Meu Merlin, acho que toda gente acertou, fui assim tão evidente?ehehe )!E como pediste, neste capítulo já há mais action DG, espero que gostes! Beijinhos fofinhos! ;
Musa K. Malfoy - Alô! Brigadão pela review! Fico muito feliz por teres gostado da fic (a dar pulinhos enormes!) e por teres apreciadoa históriados colares (ainda vai demorar algum tempo para o mistério ser revelado :p!) E quanto ao amor do Sirius é de facto a Narcissa ...Qual era o teu palpite?Espero que gostes deste capítulo, beijinhos docinhos!
Jaque Eberle - Oi! Brigadinha pela review! Ainda bem que gostaste da fic e, como já te disse, o teu pressentimento em relação aos colares está certo ! Espero que este cap também te agrade, beijoquinhas docinhas! ;
