N/a: Capítulo dois no ar!
A história praticamente vai começar agora...
aí vai!
Capítulo 2: Send me an Angel.
-De onde? De onde eles vêm? - Chrono perguntou, alerta.
-Espere...
Um movimento denunciou de onde os inimigos viriam. Chrono soltou a corda do arco, liberando uma flecha que penetrou no arbusto que se movera. Um grito agudo cortou o ar. De repente, criaturas de pele cinza-esverdeada, feições de lobo, cabelos pretos grandes, olhos completamente negros e com espadas ou machados na mão saíra de trás de vários arbustos.
-Fenlocks! Dahna! Fique atrás de mim!
Dahna obedeceu.
Hyo juntou os dois polegares com as mãos abertas e recitou palavras incompreensíveis e um cone de fogo explodiu na direção os arbustos. Três Fenlocks caíram no chão, chamuscados. Os arbustos se consumiram em chamas, revelando os adversários.
Eram cerca de cinquenta e um, sem contar os quatro que foram mortos.
Chrono disparou mais duas flechas certeiras que derrubaram mais um Fenlock.
-Três a dois! - Gritou Hyo, sorrindo de lado.
Ele apontou todos os dedos da mão para um deles e cinco dardos saíram de seus dedos, deixando um rastro roxo no ar enquanto corriam em direção ao alvo. Menos um Fenlock.
Chrono largou o arco e desembainhou sua espada. O cabo era bem trabalhado, com filetes de prata. O protetor da mão era reto e cromado, com uma ponta vertical na ponta. A lâmina era reta e polida, e refulgia ao sol.
Ele ergueu a espada. - Comam aço!
Ele correu na direção um Fenlock grande que carregava um machado. Ele aparou um golpe dele com a espada e enfiou-a no peito do monstro que caiu. Puxou rapidamente e trespassou um segundo monstro, empalando-o na barriga, logo após o levantando e libertando a espada com um puxão forte. Ao se ver livre por alguns segundos, ele pegou o seu escudo nas costas e amarrou a fivela ao redor do braço rapidamente. O escudo era completamente branco com uma estrela cromada no centro. Era feito de metal, feito para receber golpes de armas pesadas.
-Vamos! Lutem, covardes!
Afastou uma espada com o escudo e deu um corte vertical que feriu mortalmente outra criatura.
Hyo conjurou uma magia de proteção que fez seu corpo brilhar brevemente. Logo após, apontou um dedo para uma criatura que corria na direção de Dahna. Uma flecha de ácido vôou até ela e a acertou nas costas, se desfazendo numa poça de ácido. O monstro gritou e logo caiu no chão, com uma queimadura nas costas.
Um Fenlock pulou na sua frente. Logo após ele aterrisar, Hyo já o empalava com sua lança. Libertou-a do corpo do monstro e apontou-a para um segundo monstro. Um feixe de luz vermelha tomou forma e vôou para ele. No ar, a forma de uma flecha se formou e começou a se incendiar. O monstro foi acertado e caiu, trespassado por uma flecha flamejante.
Chrono girava a espada e movia o escudo, aparando alguns golpes e desferindo muitos. Derrubou mais dois. Girou a espada a redor da cabeça e acertou um golpe no pescoço de um monstro. O sangue escuro jorrou e ele rodou a espada rapidamente enquanto a puxava.
-Chrono, sai daí! - Hyo gritou, começando a gesticular e conjurar mais um encantamento.
Chrono percebeu o que ele tencionava fazer e correu. Ao ver que uma esfera de fogo se formava na mão do feiticeiro, pulou no chão e se cobriu com o escudo.
A esfera de fogo aumentou de tamanho e Hyo a liberou. Os Fenlocks perderam a reação por alguns segundos, o suficiente para a esfera chegar ao meio deles e explodir. Seis deles irromperam imediatamente em chamas e caíram, ainda queimando, e outros caíram por causa do impacto da explosão. Após três segundos eles levantaram, e deram de cara com Chrono, que corria gritando. Ele descreveu um arco a sua frente com a espada e mais dois caíram com um corte no abdome. Porém um atacou traiçoeiramente por trás. Uma peça do ombreiro o protegeu do crote, mas o peso do machado o empurrou para frente. Um segundo atacou-o com uma espada, estocando. Ele se protegeu com o escudo, logo após rolando no chão para tentar levantar.
-Hyo, EU ESTOU COM SÉRIOS PROBLEMAS AQUI! - Gritou enquanto aparava um golpe com sua espada.
Hyo também tinha problemas. Vários Fenlocks estavam ao redor dele, e ele não podia mais conjurar magias pois recebia ataques repetidamente. Enfiou a lança no peito de um e a arrancou enquanto girava o corpo para desviar de um corte vertical.
Ainda haviam cerca de trinta monstros em pé. Certamente não seria fácil.
Hyo pulou para trás e acertou com o cabo da lança a cabeça de um deles que saira em direção a Dahna. Enfiou a lâmina da lança nas costas da criatura.
Ao ver que se livrara das criaturas por alguns segundos, conjurou um raio que deerrubou mais quatro.
Chrono se levantara. Defendeu um golpe com o escudo e um segundo golpe o acertou na barriga. A armadura de placas que vestia resistiu bem, mas ainda assim recebeu o corte. Ele sentiu um espasmo contrair os músculos abdominais. Um segundo golpe acertou seu elmo. A espada não conseguira atravessar a proteção de aço, malha e couro, mas o golpe o deixou tonto.
Ele viu uma luz no céu e achou que deveria estar morrendo.
Mas não.
Uma figura de capa, totalmente coberta apareceu. Ela conjurou uma luz fortíssima e os Fenlocks cobriram o rosto para se proteger da luz intensa. A figura fez um raio azul borrado acertar Chrono, que sentiu a ferida na barriga fechar dolorosamente. Nesse meio tempo, Hyo girou sua lança e derrubou mais dois enquanto conjurava mais uma magia. Chrono levantou e, para a surpresa de todos, incluindo ele e excluindo Hyo, que sorria descaradamente, tinha o dobro de altura. Suas armas e armadura cresceram com ele.
Ele entendeu. Hyo o aumentara magicamente. Aproveitou a chance.
Usou o escudo para esmagar uma criatura no chão. Girou sua espada perto do chão e viu vários monstros caírem sem pernas, braços ou cabeça. Decepava pedaços inteiros e cortava algumas criaturas ao meio, aproveitando agora todos os seus recém-adquiridos quatro metros de altura.
A figura de capa tinha asas angelicais sobressaindo por detrás dela. Ela fez alguns gestos enquanto estava no ar e algumas flechas voaram, derrubando vários monstros simultâneamente. Ela voava de um lado para o outro. De repente, deu um vôo rasante e algo refulgiu em sua mão e ela decepou a cabeça de outro monstro que tentava encurralar Dahna. Ela voava baixo algumas vezes, acertando cabeças e ombros com a espada que tinha nas mãos.
Sobravam poucos agora. Hyo estocava e girava a lança, provocando pequenos cortes. Uma criatura atacou ele com seu machado. Ele tentou desviar, sem sucesso. O golpe acertou no meio o peito dele. A magia de proteção brilhou em um tom azul forte. Hyo não foi cortado, mas o impacto do golpe o empurrou para trás. Berrou algumas palavras mágicas e a criatura que o atacou congelou. Logo após, uma flecha de ácido acertou sua cabeça, e o monstro congelado derreteu.
Chrono lutava com o penúltimo Fenlock e Hyo já estava livre. Ele correu na direção da figura alada. Esta vôou para longe, mas ele estava decidido: murmurou algo e vôou atrás, gritando para Dahna e Chrono esperarem por ele.
Viu a figura fazer suas asas brilharem em azul e sumirem. Ele pousou rapidamente atrás dela e segurou-a pelos ombros.
-Espere! Quem é você?
-Você saberá na hora certa. Mas vá embora agora.
-Não.
Ele afastou o capuz e viu uma bela mulher cabelos negros ondulados e levemente cacheados, olhos intensamente verdes e pele alva, com feições delicadas e muito bela. A mulher afastou a mão dele.
-É melhor voltar pra seus amigos ou eles podem sofrer algo de ruim...
Ele piscou e se distraíu por uma fração e segundo, o bastante para a mulher se desmaterializar na sua frente com um barulho sibilante. Ele voltou flutuando e encontrou Chrono que apalpava a barriga.
-Ei, Hyo..! Quem era aquela?
-Não sei, amigo. - Virou-se para a garota. - Está bem, Dahna?
-Estou sim. Obrigado por me proteger...
Ele chegou bem perto dela e examinou-a dos pés a cabeça. Detectou um pequeno corte em suas vestes, na altura da barriga, e abaixou-se para olhar mais de perto. Era um corte só no pano, não tinha atingido ela.
Ele levantou a cabeça rápido e seu rosto ficou perto do de Dahna.
-Você parece bem... - Ele começou a dizer, olhando fundo nos olhos cor de safira da garota.
Ele percebeu o quanto estava próximo do rosto dela; podia sentir a respiração dela, um pouco de ar quente.. um leve perfume embriagante que exalava de seu corpo... gaguejou algo e tirou o rosto de perto do rosto da garota, levemente corado.
-Er... desculpe... - Ele disse, de cabeça baixa.
-Não foi nada... - Ela respondeu, igualmente cabisbaixa.
Eles se afastaram lentamente. Chrono ria de lado ao perceber o que quase acontecera.
Seguiram viagem. Hyo não parava de passar a mão no peito onde a magia de proteção o salvara. Também não conseguia tirar os olhos de Dahna. Só agora ele via o quanto a meia-elfa era bonita...
O grupo parou para descansar quando anoiteceu. Montaram duas barracas. Dahna dormia em uma, e Hyo e Chrono em outra. Chrono ficaria de vigia no primeiro turno e no terceiro turno, e Hyo ficaria no segundo e no quarto turno.
Chrono fez uma fogueira e sentou-se a lado dela para se esquentar. Eles comeram um pouco de frutas-secas e carne seca e se deitaram, a exceção de Chrono, que ficou de vigia.
Hyo, ao deitar, conjurou uma concha anti-magia ao seu redor. Ficou acordado pensando nos acontecimentos daquele dia. Pensou naquela mulher misteriosa, em Dahna, nos Fenlocks...
"Espera aí... Fenlocks não se juntam sem estar sob o comando de alguém... imagino se tem alguma coisa a ver com Dahna... Dahna..."
Mas ouviu um barulho sibilante de uma lâmina sendo retirada da bainha e levantou rapidamente. Só estava vestido com suas calças; sua capa estava no chão. Agarrou uma adaga que estava no chão ao seu lado e correu. Ao sair da tenda, viu alguém entrando na barraca de Dahna.
-Droga!
Correu na direção da tenda, Ao entrar, viu a figura abaixada ao lado de Dahna, que dormia sob um cobertor. A figura carregava uma lâmina curta e curva, que ele levantava para golpear a garota adormecida. Ele baixou a lâmina rapidamente na direção do peito dela.
Hyo pulou e acertou um golpe de adaga na altura do pescoço da criatura, que rolou para o lado, desfalecida.
Dahna acordou assustada com o baque seco de algo caindo no chão.
Hyo pulou em cima dela e puxou o cobertor para verificar se a garota tinha sido ferida.
-O quê.. - Ela ia perguntar, assustada com a reação de Hyo.
-Você está bem? Está machucada? - Ele perguntou enquanto examinava o torso da garota a procura de um corte ou perfuração.
Ele passou a mão pela barriga dela – Está bem? Alguma coisa está doendo? - Continuou procurando. Viu a faca fincada nas vestes dela e ficou extremamente preocupado. Arrancou-a de onde estava e passou a mão pelo local, no alto do peito dela.
-Você est... - Tirou a mão do local, subitamente vermelho – D-desculpe...
-Ora, ora, olha pros dois pombinhos. - Disse uma voz zombeteira, do lado de fora. Chrono botou a cabeça pra dentro – Espero estar interrompendo algo... hehehe.
-Issonãoéumaboahoraporquealguém... - Hyo ficava rubro e nervoso e falava rápido.
-Calma! Fale devagar!
Hyo respirou fundo e se acalmou. - Alguém fez você dormir, e veio aqui. Eu escutei e vim ver o que era. Ele quase deu uma facada nela, mas eu o impedi. Eu estava verificando se ela estava bem, não é NADA do que você está pensando.
-Tááá... mas quem é "Ele"?
Hyo apontou para o corpo no chão da apertada tenda.
-Traz ele pra fora.
Os dois rapazes arrastaram corpo para fora e, na luz da fogueira, tiraram o capuz. Chrono soltou um assobio.
-Nossa, um elfo negro, huh?
Era visível, pela pele negra e cabelos brancos, que se tratava de um elfo negro.
-Imagino porquê ele queria atacá-la... - Hyo disse para ele mesmo. - Eu vou ficar de guarda o resto da noite, estou sem sono mesmo. No último turno eu te chamo.
-Certo. Melhor pra mim.
Ele foi dormir e Hyo verificou o corpo do elfo negro. Não achou mais do que um saco de peças de prata, uma adaga bem bonita e uma espada curta com o cabo cravejado com duas pedras. Sentou perto do fogo e ficou imerso em pensamentos...
O dia seguinte foi calmo. Eles seguiram viagem e conversaram muito pouco. Essa foi a tendência pro resto da viagem.
Alguns dias depois, eles podiam avistar a cidade de destino de cima de uma colina, no final do dia. Hyo subiu, e Dahna foi atrás. Chrono estava descansando.
Eles subiram até a crista da colina. A vista era linda. A cidade ficava encravada numa montanha, se estendendo um pouco na pradaria a frente delas. A luz dourada do pôr-do-sol banhava toda a paisagem. A grama brilhava sob o sol; assim como os olhos de Hyo brilhavam. Dahna chegou também na crista, ainda sem ser detectada por Hyo.
Ela parou ao lado dele. Ele a encarou.
Como eram belos aqueles penetrantes olhos azuis escuros... uma brisa passou, agitando os cabelos do rapaz e fazendo sua capa esvoaçar, revelando o físico bem definido e sem exageros dele. Ela abaixou a cabeça, mas logo levantou-a, encarando ele.
-Eu... eu só queria agradecer por você ter me protegido por todo esse tempo... - Ela gaguejava um pouco. - Você s-sabe... é que... - Percebeu sua face perto da de Hyo. Podia sentir sua respiração...
Hyo tampou os lábios dela com dois dedos. - Shhh...
Beijou ela, carinhosamente.
Eles entraram pelos portões da frente. Chrono estranhou o fato de que Hyo estava muito sorridente e não largava Dahna. Sentia até um pouco de... ciúme...!
Hyo guiou eles para uma casa ampla que ficava na encosta da montanha. Bateu três vezes.
Um homem de cabelos ruivos atendeu.
-Oi... Hyo! Amigo, que saudade! A que devo sua visita?
-Também tive saudades, amigo. Preciso de sua ajuda...
-Ora, não tenha pressa! Entre, entre! Você e seus amigos... Boa tarde, bela moça. Boa tarde, rapaz.
-Esses é Chrono, meu amigo e Dahna minha... amiga... - Olhou para ela com um sorriso grandíssimo na cara. - Pessoal, esse é Thaeron (Lê-se Fáeron), um dos melhores adivinhos que vocês vão ter o prazer de conhecer!
-Legal. - Disse Chrono, um pouco irritado sem motivo, como sempre.
-Muito prazer, senhor. - Disse Dahna educadamente.
-Senhor? Nossa, eu estou tão velho assim? - Ele disse sorrindo calorosamente – Me chame pelo meu nome, por favor!
-Taeron... precisamos conversar. - Ele deu um olhar significativo.
-Sim... entendo. Venha aqui dentrro. E vocês fiquem à vontade!
Eles entraram em uma sala.
-Amigo... preciso que você decifre um augúrio que tive...
Ele descreveu as sensações que teve quando teve a visão.
-Entendo... naquele momento, entrou alguém na sua vida que vai te mostrar o propósito de você ter nascido. Essa pessoa provavelmente vai te fazer sofrer muito, mas vai valer a pena e muito... tem algumas surpresinhas que temo que você terá que descobrir sozinho. Ah... mais uma coisa.
-Sim?
-Não desgrude daquela garota... principalmente agora.
-Agora?
Um sino tocou alto. Vozes gritaram na rua.
-ALARME! ALARME! ESTÃO ATACANDO A CIDADE! GUARDAS! GUARDAS!
Continua...
O que vai acontecer? no próximo episódio, muita coisa vai ser esclarecida...
Continua...
