Capítulo 3 no ar!
Tem muita coisa a ser esclarecida aqui...
E o que nossos amigos encrencados vão fazer?
Estão achando que eles estão encrencados? Esperem pra ver o que é encrenca!
Sem mais delongas, aí vai!
Capítulo 3 – A Carga do Herói
-TODOS OS GUARDAS NOS SEUS POSTOS! TEM UM EXÉRCITO SE APROXIMANDO!
O guarda continuava gritando. Hyo e Chrono saíram para ver o que acontecia.
-Dahna, fique aqui. Thaeron, por favor, tome conta dela.
-Certo, amigo.
Eles saíram e se postaram num suporte, atrás do muro de madeira que cercava a cidade. Havia um exército de Orcs na frente deles, há duzentos metros de distância. A imagem ainda era muito vaga, mas se podia ver que o exército estava organizado, com cerca de 1.000 Orcs. Talvez ele estivesse muito grande e muito organizado pra um exército de Orcs... Nenhum WarLord (Líder de Guerra) Orc iria organizar tão bem seus exércitos. Haviam também 5 ogros imensos nas fileiras deles. Haviam alguns orcs sendo carregados em cadeiras; o que significava que eles tinham Shamans entre eles. Eles podiam ver 3 deles. O exército daria uma boa luta. Seria muito difícil vencer.
Chrono assobiou. - Esses malditos vão dar um trabalho e tanto.
-Até mais do que você imagina.
A cidade era relativamente bem defendida. Ela ficava incrustada numa montanha e se estendia um pouco a frente, no campo. Tudo era cercado por um muro maciço de madeira de cerca de 4,5 metros de altura e meio metro de grossura, que tinha escadas com suportes no topo, para sustentar arqueiros. Haviam algumas torres também, que ofereciam mais proteção do que os suportes.
Pelas ruas eram visíveis homens armados correndo de um lado para o outro; Havia uma construção na qual vários homens comuns entravam, e saíam armados até os dentes. Os guardas comuns carregavam uma lança, uma espada longa e um escudo médio de madeira, cobertos com uma capa de couro enrijecido, que continha um brasão de um falcão dourado num fundo branco, e vestiam uma armadura de malha, que era feita de pequenos anéis de aço, e um elmo de ferro, que lhes cobria a cabeça completamente, só deixando o rosto exposto. Já o arqueiro comum levava um arco longo ou curto, duas aljavas ou bolsas de flechas e uma espada curta, e vestiam um peitoral de couro e um broquel, uma espécie de escudo bem pequeno que não atrapalhava o manejo do arco. Haviam ainda pessoas que se armavam voluntariamente, soldados irregulares, que levavam as mais variadas armas: bestas, arcos, armaduras, espadas, machados, maças, lanças, escudos, elmos...
Chrono e Hyo desceram do suporte, para dar lugar a cinco arqueiros jovens. A cidade estava em alerta total. O exército Orc parou e montou um acampamento. Logo, cinco emissários vinham andando, desarmados, com exceção de algumas adagas presas a cintura. Eles carregavam uma bandeira branca, indicando que queriam conversar. Uma atitude nada Orc, diga-se de passagem. Aquele com certeza não era só mas um ando saqueador.
Os portões foram abertos e os emissários entraram. Eles não eram Orcs, eram humanos. Logo encontraram-se com três magistrados e dois oficiais da guarda da cidade. Eles começaram a discutir na praça principal.
-O quê desejam? - Disse rispidamente um dos oficiais, um homem de cabelos grisalhos, longos, e olhos pretos.
-Queremos que vocês entreguem quatro indivíduos, que estão sendo procurados pelo nosso mestre.
-E quem seria esse seu mestre? - Disse um magistrado, um homem de cabelos loiros.
-Não interessa a vocês. Estamos tentando convencer vocês, agora decidam-se antes que percamos a paciência.
-Quem são esses quatro indivíduos?
-Esses aqui. - Ele entregou um pergaminho para os magistrados.
Eles analisara, o papel e conversaram durante algum tempo.
-Vimos três desses aqui. Os dois homens e a meia-elfa. A outra nós nunca vimos.
-Entendo. Entregue os três e nós vamos embora.
-Certo, vou pedir para os guardas...
Thaeron chegou na praça, e correu na direção dos emissários. Observou o pergaminho e chamou os magistrados para um canto.
-Esperem um momento, senhores. - Disse um magistrado e eles se retiraram para falar com Thaeron.
Ele falou algo com eles, e eles assentiram. Ele parecia ter muita influência na cidade. Thaeron foi até os emissários do exército inimigo.
-Se vocês os querem, que venham buscar. E saiam daqui logo se prezam por suas vidas.
-Vai se arrepender por isso. - Disse um emissário e todos eles se retiraram.
Chrono olhou para Hyo. - Atiro neles?
-Não, deixe-os ir.
Os dois rapazes foram falar com Thaeron.
-Quem eles queriam?
-Vocês.
Hyo arregalou de leve os olhos – Imaginei. E o quê você disse pra eles que eles não vieram nos pegar?
-Contei o que vi sobre o futuro de vocês. - Hyo fez cara feia. - Claro que não falei mais do que falei pra vocês. De qualquer forma, entendam que é perigoso saber do futuro. É por isso que tenho influência nessa cidade.
-Sei – Disse Chrono, irritado e dessa vez com muito motivo. - Qualquer coisa você pode arruinar a vida de alguém.
-Ora, falando assim você podia até me ofender... ainda bem que eu não faço isso, ou estaria mal...
-Bem, agora temos de ajudar na luta. Afinal, somos o motivo dela. - Disse Chrono.
Pelo resto do dia, nada aconteceu. Chrono e Hyo dormiram na casa de Thaeron, que era bem espaçosa e tinha quartos sobrando. Chrono entrou no seu e logo dormiu. Hyo não iria conseguir dormir tão cedo, e chamou Dahna para conversar.
Hyo sentou no chão, encostado na parede, sem largar sua besta leve e sua maça leve, pois não dava pra carregar a lança para lá e para cá.
-Dahna, sente na cama.
Ela obedeceu. - O que quer conversar comigo?
-Thaeron me revelou algo sobre meu futuro.
-Foi mesmo? - Ela parecia surpresa.
-Foi. E parece que você vai ter de ficar conosco. Me desculpe por incomodar, mas parece que nós temos uma ligação, de alguma forma...
-Claro que nós dois temos uma ligação... - Ela disse, sorrindo de lado.
Hyo engasgou. Coçou a cabeça, sem graça. - Er, sim, claro, mas... parece que é algo mais que isso... e você vai ter de seguir viagem conosco, até pelo menos descobrirmos o que é que nos liga. Ah, e não é "nós dois", é "nós três", ou até quatro... - Ele disse, lembrando de alguém. - Desculpe por isso...
-Que nada, é um prazer ficar com você e Chrono... Mas quem seriam os outros dois?
-Chrono... e... uma outra pessoa que vi... Não sei ao certo.
-Tudo bem... vou dormir... você tem mais algo a dizer? Quer conversar sobre algo mais?
-Na verdade não... mas é melhor você dormir aqui comigo... - Ele disse, distraidamente.
-O que você quer dizer com isso? - Ela disse, olhando para ele desconfiada.
Ele ficou corado. - Não, não é isso! É que... você não pode... correr perigo... nenhum. - Ele disse, desviando os olhos.
-Hum... entendo... - Ela disse, com um toque de malícia. - Tudo bem, então...
-Ok... deite aí na cama, eu me viro por aqui.
Ela deitou na cama e ele permaneceu encostado na parede. Ela foi até um outro quarto, trocou de roupa, e deitou na cama. Virou-se para o lado e viu Hyo encostado na parede, mexendo os cabelos revoltos e com o olhar perdido.
-Ei, você não vai conseguir dormir aí. Vem. - Ela bateu com a mão espalmada na cama.
-Er... você não acha que...
-Não, eu não acho... vem logo, ou eu vou dormir em outro lugar mesmo.
-Tá bom, tá bom!
Ele deitou na cama. Ela ficou apertada para os dois. Ele desarmou a besta e colocou as armas e a sua inseparável capa sobre o criado-mudo. Ele deitou virado para um lado e ela para o outro.
Ele não conseguia relaxar, até que sentiu um abraço por trás e um leve beijo nas costas nuas.
-Relaxe... você tem de relaxar, senão não vai conseguir fazer nada direito. Vocêẽ tem de descansar, meu amor...
Ele se sentiu confortável com aquelas palavras, principalmente com as duas últimas palavras, e com o terno abraço da garota e relaxou. Acabou adormecendo, abraçado com ela.
BOOM!
Hyo caiu da cama com um barulho de explosão vindo do lado de fora. ele vestiu a capa, pegou as armas e se preparou para correr.
-Dahna, não saia daqui. Thaeron vai te proteger. - Deu um selinho nela. - Eu prometo que volto pra você.
Ele saiu correndo do quarto. Trombou com Thaeron que vinha no sentido contrário.
-Thaeron! Fique aqui. Chame dois guardas e deixe-os aqui para proteger Dahna. Você, mais do que todos, sabe que ela deve ser protegida.
-Certo, não se preocupe. Agora vá!
Ele correu, e encontrou Chrono na porta.
-Ainda bem, pensei que o garanhão não ia acordar, afinal a noite deve ter sido pesada pra você! - Ele disse, olhando maliciosamente para Hyo.
Hyo corou e deu um soquinho no braço dele. - Não fiz nada demais. Só estava protegendo ela e...
BOOM!
Uma segunda explosão fez a terra tremer.
-Deve ser alguma magia... - Disse Chrono.
Eles viram homens correndo em direção ao muro carregando baldes de água.
-Bolas de fogo! - Disse Hyo.
-Faça algo!
-Vou tentar!
Ele correu até um suporte, onde tinham seis arqueiros com flechas nas cordas. Ele tentou canalizar sua energia mágica para bloquear as magias dos Shamans, pois eles não costumavam ser muito fortes.
BOOM!
Mais um explosão desconcentrou ele. Ele tentou focalizar os inimigos novamente. As explosões cessaram; Ele tinha conseguido bloquear as magias do inimigo.
-EU BLOQUEEI AS MAGIAS DELES! - Ele gritou alto, para todos ouvirem. - APAGUEM O FOGO! - Se virou para os seis arqueiros. - Atirem naqueles ali! São eles que estão usando magia!
Eles começaram a disparar flechas. A primeira saraivada foi eficiente e derrubou um dos três usuários de magia. A segunda saraivada não foi tão certeira, mas feriu um segundo. Eles já tentavam voltar para as fileiras, e a terceira saraivada matou o que estava ferido. O terceiro conseguiu se misturar a multidão. O ataque cessou.
Os homens apagaram o incêndio. O muro fico danificado, mas nada muito preocupante. Hyo parou a sua concentração e consequentemente o bloqueio. Apesar disso, não atacaram mais.
O dia passou calmo. Quando estava entardecendo, os orcs saíram de suas proteções da luz do sol e iniciaram um ataque sistemático.
Eles correram até a muralha, se protegendo com enormes escudos e ferro completamente negros, e mandando uma chuva de setas de besta. Muitos caíram feridos por flechas. Quando chegaram no alcance, Hyo mandou alguns raios de fogo em cima deles. Um ogro correu na direção do portão principal da cidade.
Hyo percebeu o que ele queria fazer. - MIREM NO OGRO! ELE VAI DERRUBAR O PORTÃO!
Ele lançou a magia da flecha de ácido, que feriu o Ogro de três metros de altura. Várias flechas voaram na direção dele. A princípio ele pareceu que não ia cair, mas quando chegou mais perto do portão, recebeu tantas setas que sua carcaça imensa caiu no chão com um estrondo.
Os orcs recuaram. Apesar de ter sofrido várias baixas, o exército Orc conseguiu o que queria naquele breve ataque: dar um susto na cidade. Aquele ataque não fora o máximo que eles podiam fazer. Mas com certeza não esperavam que o ogro morresse.
Na cidade, os homens carregavam pessoas feridas com setas de besta.
Chrono encontrou Hyo numa praça.
-Os malditos fizeram um estrago e tanto na torre onde eu estava. Aqueles orcs carregam uns martelões grandes!
Os ataques cessaram pelo resto do dia.
Hyo dormiu do mesmo jeito que o dia anterior.
Pela manhã, nada de mais aconteceu. Como era de se esperar, os orcs não atacaram sob o sol de meio-dia. Porém, ao pôr-do-sol, eles realizaram um outro ataque.
O exército marchou até os portõs debaixo de uma chuva de flechas. Eles mesmos também atiravam com bestas enormes. Houveram grandes baixas dos dois lados.
BOOM!
Uma bola de fogo explodiu na muralha.
Das fileiras dos orcs, saíram dois ogros, um pouco menores do que o do dia anterior e começaram a martelar a porta. Chrono chegou num cavalo até o lugar onde Hyo estava.
-FAÇA AQUELE MALDITO PARAR DE USAR MAGIA!
-Vou tentar!
Ele se concentrou e bloqueou o Shaman, que era fraco na magia.
-ISSO! DEIXE ELE ASSIM! - Chrono saiu cavalgando pela cidade. - CAVALOS! TODOS EM CAVALOS! SE ESSES MALDITOS QUEREM LUTAR, VAMOS DAR UM LUTA INFERNAL PRA ELES! VAMOS! - Ele arrancou uma trombeta da mão de um guarda.
Ele tocou a trobeta, que soou límpidamente, convocando os homens para a cavalgada. Os soldados, por incrível que pareça, assim o fizeram. Logo haviam cerca de 300 homens montados em cavalos. Hyo assim o fez também; Pulou em cima de um cavalo dentro de uma estrebaria perto dali.
-ABRAM OS PORTÕES! ESSES MALDITOS VIERAM AQUI MATAR VOCÊS E SUAS FAMÍLIAS! AGORA VAMOS MOSTRAR À ESSE BANDO DE ORCS QUEM MATA QUEM AQUI! VAMOS MATÁ-LOS! Matem eles! MATEM ELES! - Ele tocou a corneta.
O som cristalino da trombeta invadiu o ar. O portão se abriu.
A trombeta soou novamente. Em sua resposta, houve o grito de trezentos homens dispostos a morrer para defender sua cidade e suas famílias.
O grito foi alto. Os Orcs se silenciaram, paralisados, arrepiados pela combinação da alta trombeta e pelo grito de guerra dos homens. Os ogros mal puderam reagir e foram trespassados por várias lanças.
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHH! - Chrono gritou, incitando os soldados a luta. Os Orcs estavam desesperados, pegos de surpresa por aquela carga furiosa.
Os cavalos adentravam nas fileiras dos orcs, atropelando, empurrando e derrubando. Os soldados giravam espadas e arremetiam com lanças, empalando e cortando inimigos.
Hyo participava do ataque furibundo. Gritava como todos os outros. Sua lança empalava e derrubava orcs. Ele tinha cuidado para não quebrá-la. Seu cavalo era grande e pesado, e os orcs simplesmente voavam diante do peso, da velocidade e da fúria contida no ataque.
Se o cavalo de Hyo era grande, o de Chrono era enorme. O guerreiro girava sua grande espada prateada, decepando orcs. Ele viu um dos dois ogros que restavam e incitou o cavalo a correr mais ainda. Ele quase se chocou com o monstro, se não desviasse o cavalo no último segundo e estendesse o braço da espada. A força e o impacto foram tão grande que a espada atravessou a barriga do monstro e cortou-a até a espinha. Chrono girou-a e a libertou. O ogro caiu.
A carga adentrava nas fileiras dos orcs, mas perdia força. Logo Chrono percebeu que precisava reorganizar o exército.
Mas levou um susto quando viu os comandantes dos orcs se aproximarem.
Eles eram gigantescos, quase do mesmo tamanho dos ogros menores, usavam armaduras de placas e carregavam uma espada gigantesca, que eles giravam de um lado para o outro, cortando e esmagando os inimigos.
-REAGRUPAR! - Gritou Chrono.
Ele puxou a trombeta e soou ela três vezes. Os soldados formaram uma linha novamente. Dos trezentos que iniciaram o ataque, ainda restavam duzentos.
-ATACAAAAAAR! - Ele gritou e soou a trombeta mais uma vez.
Os guerreiros gritaram e arremeteram contra os orcs gigantescos.
A luta estava difícil. Vários soldados caíam perante as pesadas espadas dos comandantes. Hyo já se ferira e lutava desesperadamente. Ele sabia que aquela carga já fizera o que podia fazer e que agora a luta seria impossível de ser vencida. Se ele pelo menos pudesse usar magia...
BOOM!
BOOM!
BOOM!
Três explosões estremeceram o campo de batalha.
Hyo pensou que o bloqueio tivesse falhado. Mas teve uma surpresa: Viu a mulher alada acima deles, disparando bolas de fogo em cima dos orcs, que estavam ficando desesperados. Ela puxou a espada da bainha e desceu, ainda disparando algumas magias.
A espada reluzia sob a luz do sol que morria, dourado e vermelho. Ela desceu voando e decepou a cabeça de um dos Warlords com um golpe certeiro..
Chrono viu a mulher e percebeu que a agora eles tinham uma chance de vencer. Os orcs estavam com medo da figura alada, que estava coberta pela capa e pelo capuz.
Hyo cavalgou para perto dela e a ajudou a matar um segundo Warlord. Porém um segundo orc gigantesco acertou ela com sua espada enorme. Ela perdeu o controle do vôo e caiu rolando no chão. Ela começou a tentar se levantar, ferida. Suas asas sumiram numa explosão brilhante azul.
Ele cavalgou até ela e a agarrou pela cintura. Usou de toda a sua força para erguê-la. A posicionou na sua frente. Percebeu que ela estava tonta, e segurou forte a cintura fina dela.
-Você me salvou, agora é minha vez... - Murmurou mais para si mesmo do que para outra pessoa.
Ele levou seu cavalo para dentro da cidade novamente.
Olhou para trás enquanto adentrava os portões da cidade, e supreendeu-se.
Chrono levantava sua espada ensangüentada para o resto do exército, que respondia erguendo suas armas e gritando. O brilho dourado do pôr-do-sol fazia com que a pequena tropa parecesse uma legião de deuses, deuses da guerra, da morte e destruição, com armaduras e armas refulgindo douradas. Qualquer exército temeria a horda furiosa, eufórica e suja de sangue. Todos aqueles homens pareciam cães do inferno, gritando furiosamente.
Chrono acompanhava o brado que ressonava, vitorioso:
Os orcs estavam fugindo.
Eba! Eba!
Eles conseguiram!
Veremos no próximo episódio o que acontecerá com a misteriosa mulher e com Hyo...
O que será que ela quer? Eu também quero saber!
Hehehe...
Até a próxima!
