E ae pessual! Temos muito o que falar nesse capítulo, neh?
Pois vamos falar!
Além do mais, o passado cada vez mais, se recusa a se calar! Conflitos esperam nossos amigos... esse capítulo promete ser grande!
E ainda mais: comecei à ler Dragões do Alvorecer da Primavera, o que quer dizer que provavelmente terei muita inspiração... se vc se prestou à ler até aqui, não perca essa fantástica trilogia épica que se passa em Krynn, mundo de Dragonlance...
Dragões do Anoitecer do Outono, Dragões da Noite de Inverno e Dragões do Alvorecer da Primavera!
Qualquer erro, por favor, perdoem-me u.u
Aí vai...
Capítulo 8 - Ecos do passado - Parte 1
O dia raiava.
Era o segundo dia que eles passavam na casa de Kysha. Hyo, que pela primeira vez dormia num local relativamente confortável em dias, queria dormir mais e cobriu os olhos. Como sempre, ele não conseguiu dormir novamente.
Sentou na cama que Kysha preparara para ele. A casa dela era simples, havia apenas a sala, a cozinha, um banheiro e um quarto.A sala, que Kysha disse ser o local preferido de Mezrik, pois ele podia olhar o céu e a cidade pela janela, além de ser o local mais confortável e aquecido, por causa da lareira, foi ocupada por duas camas preparadas no chão para Hyo e Chrono. Mihail, Dahna e Kysha dormiam no quarto.
Após ver Mihail chorando daquele jeito, mais humana e mais bela do que nunca, com seus olhos de cor de esmeralda sinceros e calorosos, diferentes do normal, Hyo decretou - de alguma forma, Chrono quase nunca contestava as decisões dele, pois segundo ele próprio, "Hyo era o 'espertinho' " - que eles permaneceriam na cidade por alguns dias, se não incomodassem Kysha, que, por sua vez, recebeu-os de braços abertos.
Hyo coçou a cabeça. No outro lado da sala, Chrono dormia, coberto.
A cena de Mihail caindo de joelhos e chorando por cima de onde Mezrik estava não saia de sua cabeça. Ela desabafara pra ele, dissera que o treinamento era duro, ela tinha de se arranjar até para dormir. Seu mestre era o único que desenvolveu algum afeto por ela. Embora ele afirmasse que os anjos não tinham emoções, ele sabia que aquilo era um opção e não uma regra. Mihail foi a única que conseguiu quebrar o gelo do mestre. Ela contou que não tinha contato com seu pai - que descobriu estar morto há mais de 10 anos, no Tempo das Perturbações (quando os deuses guerrearam) - e sua mãe morrera naquele fatídico dia em que todos eles tiveram perdas irreparáveis. Ela não sabia da existência de meio-irmãos, não tinha contato com Hyo ou qualquer um que ela conhecesse. E agora que descobrira Mezrik, o único familiar que ainda estava vivo, ele se fora.
Hyo sabia que o destino fora cruel com todos eles. Quer dizer, pelo menos com a maioria. Afinal, Chrono não falava muito do passado dele, nem Dahna. Mas sabia que eles, de alguma forma, sofreram muito, pois Dahna era errante até encontrá-los - o que mostrava que ela era solitária, de alguma forma - e Chrono, às vezes, ficava melancólico e passava o dia observando a estrela cromada em seu escudo, ou o rabo de lobo que ele tinha no elmo.
Mas, afinal, que fosse. O destino é inexorável, não há nada que se possa fazer contra ele. Levantou-se, e viu que Kysha já saia do quarto, com a cara inchada de sono.
Ela olhou para Hyo como se ainda estivesse dormindo, e abriu um sorriso.- Bom-dia! Dormiu bem? - Àquela altura, ela já recuperara o bom humor e já convivia com a morte de Mezrik.
- Dormi sim, obrigado. -Respondeu ele,afetivamente. -E você?
- Hm... também. - Coçou a cabeça. - Mas eu não vi Mimi hoje... - Ela já chamava Mihail por um apelido. Claro ela quase sempre fechava a cara quando ouvia, mas Hyo sabia que ela só fazia isso de birra, com certeza ela gostava.
- Ela não dormiu aqui?
- Dormiu, sim, mas ela deve ter saído mais cedo. De vez em quando ela é bem estranha...
- Bota estranha nisso. - Disse ele, coçando as costas e sorrindo.
- Ah, num fala assim dela não, ela é legal.
Ele sorriu mais ainda. - Eu sei... Bem, vou preparar um banho pra mim...
- Ah, deixa que eu faço isso!
- Que nada, esquenta não. - Lembrou de algo. - Não ofereça essas coisas a Chrono porque ele aceita mesmo.
- Mas eu ofereço é pra aceitar mesmo, oras!
- Se você diz... - Disse ele enquanto entrava para o banheiro.
- - -
Mihail estava sentada ao lado da lápide que ela mandara construir numa colina, em homenagem ao tio com quem ela não pudera conviver. Ela assistia o nascer do sol enquanto apreciava a compania de seus pensamentos. Com certeza seus amigos não se preocupariam com ela, sabiam melhor do que ninguém do que ela sabia se cuidar e que não era burra.
Ela resolvera passar aquele dia sozinha, para esfriar a cabeça. Nos dias que se passaram, muita coisa aconteceu. Profecia, Mezrik, Orcs, Trolls e tudo o mais, isso às vezes enlouquece as pessoas.
É... Grandes poderes vêm mesmo com grandes responsabilidades.
- Hunf... - Deitou na relva.
É por isso que o poder corrompe.
- - -
Kysha, em cima de um banquinho, fazia uma sopa para o café da manhã. Dahna entrou na cozinha.
- Bom-dia! - Disse ela.
- Ah, bom-dia Dah-na! - Ela falava as sílabas bem separadas.
- Deixa eu te ajudar...
- Não precisa!
- Claro que precisa... oras, eu só dou trabalho!
Kysha sorriu. - Tudo bem, então.
Chrono entrou na cozinha, atraído pelo cheiro de comida. - Comida?
- Bom dia pra você também, Chrono. - Disse Dahna, divertida.
- Ah, é. Bom dia pra todo mundo. - Disse ele, com um gesto preguiçoso, levemente mal-humorado.
Hyo chegou na porta, batendo no caixão da mesma. - Dahna, Chrono, se preparem, hoje nós vamos procurar um mapa pra a gente se localizar. Kysha, sabe onde podemos arranjar um mapa de Faerûn?
- Fale com uma garota ruiva de olhos verdes na taverna das Adagas Gêmeas, ela pode te ajudar. Mas cuidado, porque ela participa de uma guilda de ladinos e se você irritar ela...
- Bah, ele explode a guilda inteira. - Disse Chrono.
- Não esteja tão certo disso! - Disse Kysha, precavida.
- De qualquer forma, nós vamos. Como pode ser perigoso, levem armas...
Eles tomaram o café da manhã rapidamente. Chrono vestiu sua armadura, pegou sua espada e seu arco e foi com Hyo. Dahna, como não usava armas, apenas esperou eles se prepararem para sair. Hyo pegou sua bolsa de componentes mágicos, sua besta e sua lança, e partiu com eles.
- - -
Ela tomava uma bebida, talvez vinho, lentamente, saboreando aos poucos. Seus lábios, carnudos e sensuais, provocavam muitos olhares só de fazer o movimento de beber, apesar da taverna estar quase vazia. Ela ajeitou os longos cabelos ruivos com a mão, direcionou seus olhos castanhos-esverdeados para a porta e deparou com a última pessoa que esperava ver: Hyo Liark, o belo feiticeiro de olhos azuis escuros.
- - -
Chrono entrou na loja do ferreiro, para comprar uma pedra de amolar para sua espada e algumas pontas de flechas. Dahna parara para ver algumas jóias no outro lado da rua, então ele teria um bom tempo. Mulheres...
Espantou os pensamentos sobre essa raça complicada.
O ferreiro era um anão, o que já era uma garantia de material de boa qualidade. O anão virou-se pra ele e Chrono arregalou os olhos.
- Dorik?
- CHRONO!
Antes que ele pudesse dizer alguma coisa, um estrondo da porta se abrindo violentamente assustou Chrono, que se virou de supetão e deu de cara com outra figura: um meio-orc atarracado, quase tão grande quanto ele, muito mais forte que ele, mas muito lerdo... ei, ele conhecia aquela cicatriz de algum lugar...
- CONO! - disse o meio-orc, com um sotaque órquico ridículo de se ouvir. - VOCE CONO MADITO!
- Grrr... - Chrono logo lembrou-se de quem era aquele meio-orc. Desembainhou sua espada. - Veio até aqui pararesolver nossos assuntos, Zog? Ou será que você ainda não é HOMEM ainda?
- Grrr... - O meio-orc puxou um machado orc das costas, pronto para lutar.
Chrono adiantou-se para golpeá-lo...
Mas um machado duplo, muito grande, se enterrou com força no entre os dois combatentes; o anão tentava parar a briga.
- Vocês dois ainda agem com crianças? Por Moradim (Obs.: Moradim é o Deus dos Anões), eu vivi quase 200 anos e nunca vi duascrianças mais brigonas que vocês dois! Vocês ainda brigam por causa de um mísero baú de peças de prata?
Chrono explodiu de raiva e apontou um dedo para ele. - Dorik, meu velho amigo, você sabe que ele me roubou quando estávamos na Guilda de Aventureiros que você fundou! Ele desrespeitou sua casa! Você sabe!
- Sei, sim! Pelas barbas do meu avô, são peças de prata! Você ainda se lembra disso! Eu expulsei ele, lembra?Se eu fosse te dar um socopor cada vez que vocêpegou moedas em minha bolsa pra beber quando você era moleque, você já estaria sem dentes!
Chrono ficou vermelho. Dahna, atraída pelo barulho da confusão, apareceu na porta.
Zog não pareceu se irritar com o anão, só tinha olhos pra Chrono. Dahna, ao perceber o que estava pra acontecer, pulou entre os dois pra tentar resolver as coisas diplomaticamente.
- Olha, eu não sei o que vocês tem um contra o outro, mas não vale a pena derramar sangue por isso... Olha, senhor - ela se referia ao meio-orc. - Por favor, vamos evitar brigas, eu não sei quem pode se machucar mais, e você não quer acabar morto, não é?
O meio-orc parou por alguns segundos e abaixou o machado. - Só não mata Cono poque moça bonita pediu... Se não, esmagava cabeça de Cono ladão!
- Tudo bem, então... Então... - Dahna tentava pensar um lugar pra onde mandar o meio-orc. Teve uma idéia. Pouco criativa, mas funcionaria nummeio-orc burro.- Porque você não vai na taverna beber um pouco pra pensar num jeitomelhor de esmagar a cabeça de Chrono ladrão?
-Hmpf, Eu fazer quaquer coisa pa sai de perto de Cono ladão. - Ele disse e saiu
Dahna suspirou aliviada.
- - -
Hyo entrou calmamente na taverna e uma garota acenou pra ele. Ele demorou um pouco, mas reconheceu ela de algum lugar...
- Hyo! - ela chamava enquanto mexia sem parar nos cabelos ruivos.
Hyo abriu a boca ao perceber quem era.
- Ayra?
Foi rapidamente até ela. Ela o recebeu com um abraço apertado... que o fez lembrar do que viveram no passado...
... Quando ele a conheceu, três anos atrás, na extinta Guilda de Aventureiros de Dorik, um anão metido à pai de Chrono, que criara a guilda para dar um lar à Hyo, Chrono e Ayra, pois ele os considerava muito, principalmente Chrono. Quando a guilda cresceu e outros vieram. Foi ótimo para Dorik, que recebia parte dos tesouros para manter a guilda, mas também acarretou o fim dela ...
Ela o soltou depois de um tempo. Hyo a observou e viu que ela havia crescido também. Apesar de ser mais velha que ele, ela ainda parecia muito jovem. Bonita, é verdade. Mas agora, suas curvas se acentuaram numa cintura fina, quadril largo e seios volumosos e firmes.
- Você cresceu, hein? - Disse Hyo, divertido.
- Hahaha... olha quem fala! - Ela olhou maliciosamente - Quando era moleque, você já era bem bonito... agora... hmmm...
Hyo sorriu igualmente malicioso. - Ora, não foi só eu quem ficou mais bonito...! - Percebeu então que ela era a garota que Kysha falou, e, então... ele deveria estar em uma perigosa guilda de ladinos! - Ayra, o que você anda fazendo?
- O de sempre... sou uma profissional das cidades, mas quase nunca ando por aí batendo carteiras... faço serviços mais... hmmm... complicados.
- Me disseram que você está numa guilda de ladinos.
- Ladinos? HA! Quem disse isso à você deve ser bem inocente. - Ela se aproximou dele, como se fosse contar um segredo. - Eu participo de uma Guilda de Assassinos... -Mostrou, entre as vestes, uma adaga e uma espada curta, curva e extremamente afiada, que ela carregava numa bainha excepcionalmente transparente, com certeza mágica. -Não é algo para se orgulhar, mas a culpa de eu estar aqui não é minha...
Hyo olhou para ela, um pouco abalado. - Mas... uh... de quem é a culpa, então?
- A culpa é toda de Lynn...
Hyo sentiu-se desgostoso. - Você ainda anda com ele?
Ela deu de ombros. - Não posso fazer nada. Ele que me treinou, eu segui ele porque ainda era inocente... agora sei no que estou metida... mas, de qualquer forma, é uma maneira eficiente de se ganhar dinheiro.
- Porque você não sai daqui? Você não era uma garota pra isso... - Ele parecia extremamente magoado pelo fato dela estar envolvida em algo tão sujo e nem sequer protestar.
- Eu já disse. Lynn não me deixa sair, é uma fonte de dinheiro muito boa, e se eu saísse, teria de sair dessa cidade que eu aprendi a amar.
Hyo estava sentia-se desagradável com isso. - Enfim... eu vim aqui atrás de um mapa de Faerûn. Você pode encontrar um pra mim?
- Tenho um comigo mas... resolvemos isso depois, Hyonnn... - Ele sentiu-se arrepiado com aquela voz dengosa dela...
- - -
Mihail tinha uma péssima impressão... era melhor ir pra casa e ver como as coisas iam. Ela sempre tinha um sexto sentido e sabia quando seus amigos iam se meter em encrenca... ou já estavam metidos.
Materializou suas asas e vôou até onde ficava a casa de Kysha, para saber onde estavam seus amigos.
- - -
Hyo pediu um pouco de comida e usou um pequeno truque para fazer a comida levitar até a sua boca e, eventualmente, até a boca de Ayra. Nesse momento, sentiu que seus poderes mágicos estavam mais poderosos... isso acontecia depois que ele passava tempo praticando magias - geralmente em monstros. Sorriu satisfeito, adorava isso... se perguntava que tipo de magia ele poderia usar agora.
Ayra estava extremamente satisfeita em reencontrar Hyo, uma vez que esse fora seu namorado, nos anos na guilda. Era um moleque bonito, nem parecia ter apenas 16 anos.
- Então... o que você fez depois que a Guilda fechou? - Perguntou Ayra, tentando parecer casual.
Hyo sentiu desgosto em lembrar dos sucessivos ataques que aconteceram à guilda... depois que Lynn e Zog foram expulsos pelo próprio Dorik, por ter roubado uma recompensa (merecida) de Chrono. Hyo sabia que Lynn que ordenara aqueles ataques furtivos, ele conhecia boa parte dos ladinos e assassinos da cidade... Dorik próprio fora ferido quase mortalmente... mas sobrevivera graças aos poderes de cura de Fieria, uma clériga de Selune, deusa da lua. A guilda era pequena e logo Dorik teve de fechá-la e se despedir de seus protegidos. Hyo suspirou. Era um bom local.
- Bom... depois que ela fechou, segui por um tempo com Chrono, mas agora também tem uma meio-elfa e uma... uh... uma humana, digamos assim, meio estranha, e uma halfling. Estamos procurando pistas sobre... uhm... sobre umas dicas do meu passado.
Ayra suspirou. Sabia que ele estava mentindo ou escondendo a verdade, mas que fosse, ela também não se sentia confortável com o que sabia dele. Ela se aconchegou mais pra perto dele, que aceitou o carinho.
- Hyo, sabe que eu senti muito sua falta...?
- Hmmm...
- É... de noite eu me sentia tão sozinha sem você...
Hyo sorriu de lado. Abraçou de leve a ex-namorada, lembrando do que passaram juntos. - Só terminou porque você seguiu com Lynn, sabia? Se você tivesse vindo comigo e com Chrono, podia ter continuado...
- Hmmm... Mas não pude fazer nada... - Ela virou-se e olhou para Hyo com seus olhos castanho-esverdeados. - Hyoonnn... - Ela disse, dengosa.
Hyo já sabia o que ela queria quando falava assim. Ele selou os lábios dela com um leve beijo. Então, sentiu arrepios nas costas. Soltou Ayra, e olhou pela taverna.
À princípio, não percebeu nada de estranho. Então... ele percebeu um par de olhos azuis-claros observando ele de perto da porta. Dahna estava com os braços cruzados na frente do peito, observando com cara de "Bonito, hein?". Ele sorriu sem graça.
Então sentiu um arrepio pior ainda, à ponto de tremer. Ayra perguntou o que fora e ele desviou os olhos de Dahna, apenas para encontrar os olhos esmeralda de Mihail observando ele friamente, com um toque de desconforto e raiva, sentada numa mesa, num canto escuro, com o rosto sombreado pelo capuz negro.
Hyo sentiu-se desconfortável. Com motivos de sobra. Mas o que elas tinham a ver com isso? Ele não era nada das duas... ou era? Sua cabeça girava em questionamentos quando ouviu uma risada mais alta que o barulho da taverna pouco movimentada.
Olhou novamente para a porta e viu Chrono rindo descontroladamente. Do seu lado, havia um anão com cabelos e barbas longos, castanhos, que sorria como um pai sorri ao sentir orgulho de um filho...
Sentiu um arrepio, pensanso em como isso seria desastroso.
Ele desviou a atenção de Ayra para que ela não visse o grupo. Ela deu-lhe outro beijo carinhoso e ele gelou ao sentir o olhar das garotas em suas costas e ao ouvir a risada de Chrono. Olhou e, pelo canto do olho, viu que Chrono, Dahna e o anão sentavam numa mesa e conversavam sobre algo. Mihail continuava no canto escuro, sozinha. Talvez ninguém a tivesse percebido... Ela olhava para ele como se fosse matá-lo em segundos.
Hyo virou-se ara Ayra novamente. - Então... você não quer ir conosco? Aposto que você já sabe que tipo de pessoa Lynn é...
- Ah... e-eu acho melhor não sair pra andar com você assim, Hyo... - Ela olhou para outro canto enquanto Hyo percebia que havia algo de errado.
- O que aconteceu? Ayra...?
- É que... Hyo... - ela olhava para o chão - Sua cabeça está à prêmio aqui, provavelmente já tem assassinos de olho em você...
Hyo olhou para ela com raiva. - Então você quer me pegar!
- Não... você sabe que eu devo minha vida três vezes à você, é uma dívida impagável, eu nunca farei nada de mal contra você, minha honra não permite.
- Honra? Que engraçado ver uma assassina falando de honra... - Disse uma voz que deu náuseas à Hyo... Ele olhou para o lado e viu um homem um pouco maior que ele, com cabelos negros e lisos até os ombros, olhos igualmente negros, a pele pálida e uma expressão doentia de prazer no rosto. Era Lynn, que destruira a vida que ele levava na guilda, levara sua namorada e quase matara seu mentor. - Acho que ganharemos um bom dinheiro com a cabeça dele, não é, querida Ayra?
Hyo ouviu um barulho de uma lâmina sendo desembainhada e viu que Lynn já desembainhara uma espada longa e fina - um sabre.
Foi o suficiente para ele ser cegado por uma magia de leque cromático e uma flecha acertar o alto de seu braço, quase no ombro, ferindo-o levemente.
Hyo olhou e viu Mihail em pé, desembainhando sua espada, Chrono e o anão correndo em sua direção. Então, ele reconheceu o anão. Era Dorik, o velho dono da Guilda.
O taverneiro, ao ver a confusão, gritou. - CONFUSÃO AQUI NÃO! FORA DAQUI!
Ayra percebeu o que aconteceria. - Hyo, deve haver mais assassinos vindo, Lynn não atacaria sozinho sem cobertura. Vamos embora. Rápido!
Eles se dirigiram até a porta, logo sendo seguidos por Chrono, Dorik, Mihail e Dahna.
Ao saírem na rua, viram que havia um grupo de doze homens do outro lado da rua, vestidos de preto com sabres e bestas penduradas no corpo.
Eles teriam problemas.
Então, o que acontecerá? Porque a cabeça de Hyo estava à prêmio ali?
E o que vai acontecer? Não percam! Ecos do Passado - Parte 2!
Dividi em duas partes porque se não ficaria muito grande...
Falow pessoal! Reviews & Reviews!
