Capitulo dois – Pegadas na neve.

Porque as coisas não podem continuar como estão?

Porque você tem que insistir tanto?

Meu pobre coração já não agüenta mais.

XX

Lily rabiscou a anotação no diário e começou a escrever embaixo:

As dez razões de porquê odiar Tiago Potter.

Por que ele é insuportável

Por que ele é odioso

Por que ele é insistente

Por que ele é metido

Por que ele não me deixa em paz

Por que ele me deixa confusa

Por que ele se acha o máximo

Por que ele se acha no direito de fazer tudo

Por que ele SE ACHA

E finalmente porque...

10- Eu o odeio

Lily olhou para a folha. Era algo totalmente inútil perder tempo com aquilo, mas o que mais ela podia fazer? Era um domingo de neve, estava sentada embaixo de uma árvore no jardim, não tinha nada melhor para fazer e estava sozinha. Aliás, ela sempre estava sozinha em Hogwarts, exceto quando Potter vinha encher a paciência.

Então ela voltou a escrever. Dessa vez foi escrever uma carta para seu melhor amigo.

Querido Matt,

Nada pra fazer. Está nevando aqui em Hogwarts. Obviamente também deve estar nevando ai. Nossa. Como eu sou burra.

Bem, que seja. É Domingo e não tenho nada pra fazer. Que tédio. Fiz um rascunho de dez razões para odiar o Potter. Vou mandar pra você. Não agüento mais esse lugar. Quer dizer, Hogwarts é incrível, mas não agüento mais ficar aqui. Me sinto muito sozinha e sinto saudades de você.

O problema é que não há lugar onde eu queira ir. Não quero ficar em Hogwarts. Não sinto falta de casa. Só queria conversar com você agora.

O que farei nos próximos Domingos, ou até mesmo Sábados? E nas visitas à Hogsmeade? Estar sozinha é tão chato e tão cansativo, Matty.

Que seja.

Devia estar estudando Transfiguração, antes que reprove. Te escrevo mais depois.

Te amo,

Lily.

XX

Ela colocou desajeitadamente as coisas no meio da agenda e se levantou. Ela precisava realmente de estudar. Estava com medo do resultado em Transfiguração e se sentia muito confusa. Ficar ali só confundiria ainda mais seus sentimentos.

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Ele se apressou para encontrá-la. Estava indo protegido. Já esperava receber uma patada. Achou as pegadas dela na neve, e elas o levaram até uma árvore. Lily não estava mais lá, mas um pedaço de pergaminho sim.

Sim, ele esperava uma patada por parte dela, mas não uma apunhalada. Pegou o pedaço de pergaminho, hesitante, e sua curiosidade falou mais alto.

XX

Querido Matt,

Nada pra fazer. Está nevando aqui em Hogwarts. Obviamente também deve estar nevando ai. Nossa. Como eu sou burra.

Bem, que seja. É Domingo e não tenho nada pra fazer. Que tédio. Fiz um rascunho de dez razões para odiar o Potter. Vou mandar pra você. Não agüento mais esse lugar. Quer dizer, Hogwarts é incrível, mas não agüento mais ficar aqui. Me sinto muito sozinha e sinto saudades de você.

O problema é que não há lugar onde eu queira ir. Não quero ficar em Hogwarts. Não sinto falta de casa. Só queria conversar com você agora.

O que farei nos próximos Domingos, ou até mesmo Sábados? E nas visitas à Hogsmeade? Estar sozinha é tão chato e tão cansativo, Matty.

Que seja.

Devia estar estudando Transfiguração, antes que reprove. Te escrevo mais depois.

Te amo,

Lily.

XX

Tiago leu cada uma daquelas linhas, ficando cada vez mais incrédulo. Lily se sentia sozinha. Lily falava dele para outras pessoas. Lily se dera ao trabalho de escrever dez razões para odiá-lo. Lily não suportava mais Hogwarts. Lily sentia saudades de um garoto. Lily queria vê-lo. Lily não gostava muito de sua casa. Lily AMAVA o garoto.

Ele leu aquilo várias vezes, e várias vezes aquilo ficou martelando em sua cabeça.

Querido Matt,

Querido Matt,

Querido Matt,

Querido Matt,

Querido Matt,

Te amo,

Lily.

Te amo,

Lily.

Te amo,

Lily.

Te amo,

Lily.

Te amo,

Lily.

Te amo,

Lily.

Te amo,

Lily.

XX

Por fim ele amassou a carta e colocou em seu bolso. Voltou sobrepondo suas pegadas às dela. Aquelas coisas continuavam martelando em sua cabeça. Enfim, lembrou que Lily havia escrito dez razões para odiá-lo e pegou a carta de volta.

As dez razões de porquê odiar Tiago Potter.

1-Por que ele é insuportável

2-Por que ele é odioso

3-Por que ele é insistente

4-Por que ele é metido

5-Por que ele não me deixa em paz

6-Por que ele me deixa confusa

7-Por que ele se acha o máximo

8-Por que ele se acha no direito de fazer tudo

9-Por que ele SE ACHA

E finalmente porque...

10- Eu o odeio

XX

E novamente várias inseguranças surgiram em sua mente. Para ela, ele era odioso. Para ela, ele soava insuportável. Para ela, ele era insistente. Para ele, ele era metido. Para ela, ele não a deixava em paz...

Tiago pôs as mãos na cabeça e enterrou os joelhos na neve. Já sabia disso. Sabia muito bem. Porém, saber aquilo pela própria Lily doía ainda mais. Alguém se aproximava. Ele olhou.

-Hei.

Era Sirius.

-Hey...

-O que você esta fazendo? – perguntou Sirius.

Tiago sorriu, sem saber o que fazer, ou o que falar.

-Estava pensando...

-Cuidado, daqui a pouco começa a sair fumacinha.

Tiago riu, sarcástico.

-Como você é engraçado.

Sirius chutou um pouco de neve. Tiago permaneceu em silêncio.

-Vou entrar. – avisou Tiago se levantando.

-Que é isso! – protestou Sirius.

Tiago se assustou e olhou para o amigo.

-Que é?

-Você simplesmente vai entrar? – protestou. – Estamos na época de colheita.

E então pegou o amigo pelos ombros e virou-o, mostrando várias garotas bonitas sorrindo, embaixo de uma árvore.

-Hm.

-Vamos lá – disse Sirius e empurrou o amigo, que foi andando por conta própria depois disso.

As garotas, ao verem os dois se aproximando, ficaram desesperadamente alegres e tentaram disfarçar com um sorrisinho nos lábios. Sirius chegou primeiro.

-Olá, garotas.

Elas deram risinhos.

-Olá meninos. – responderam em coro.

Tiago permaneceu em silêncio e Sirius deu uma cotovelada nele.

-Tudo em cima? – perguntou Sirius.

-Melhor agora. – respondeu uma morena.

Sirius sorriu para ela, e esta corou. Tiago permaneceu em silêncio. Sirius pisou em seu pé. Tiago olhou para Sirius, irritado.

-Desculpem, meninas, hoje não é meu dia. – ele disse, e deu as costas para todos.

Sirius olhou para as costas do amigo, incrédulo.

-Pontas! – ele chamou, em estado de choque.

Tiago só virou a cabeça para olhar.

-Sim?

Sirius só ficou ali boquiaberto enquanto Tiago esperava que ele falasse. E ele não falou.

-Só isso? – perguntou Tiago.

Sirius continuou no mesmo estado.

-Pontas... Olhe a sua volte. Volte à razão – implorou Sirius.

-Eu já perdi a razão há muito tempo, Almofadinhas. – disse Tiago, e então se virou e foi embora.

Sirius estendeu a mão para tentar impedi-lo, mas ele se foi. Sirius se virou, com outro semblante, e sorrindo para a outra garota.

-Oi... – ela disse.

-Oi...

"Deixe aquele idiota" – pensou. "Não sabe o que está perdendo..."

XX

Tiago voltou para o castelo sem saber o que fazer, e parou várias vezes para reler a carta. Lily não podia estar fazendo aquilo. Não podia estar com outro. E aquilo doía. Doía muito. Ele não sabia que estava apaixonado aquele ponto. Mas estava. E não sabia o que fazer. Estava totalmente perdido.

O que faria? Falaria com ela? Não... As coisas só ficariam piores. Mas então, o que fazer? Ele estava realmente perdido.

Voltou para o Salão Comunal e se sentou no sofá e ficou esperando. Não sabia o que esperar. Esperar não ia adiantar. Lily não ia olhar para ele de um jeito diferente do nada. Ainda mais com esse odioso Matt no meio.

Então ela entrou. Ela entrou no salão Comunal com sua mochila nas costas. Provavelmente tinha ido estudar na Biblioteca. Ele não teve nenhuma reação. Ela estranhou e fez uma coisa estranha de sua parte. Ela sentou do lado dele.

-Potter? Você está se sentindo bem? – perguntou Lily.

Ele não disse nada.

-Você está pálido... Pode ser gripe de Dragão... Há uma epidemia ai, acho melhor você se cuidar...

Continuou em silêncio.

-Potter o que houve? Fale comigo...

Ele olhou para ela.

-Você se importa?

Lily encarou-o sem entender.

-Como assim?

-Você se importa se eu morrer de gripe de Dragão? Você adoraria se isso acontecesse, aposto como adoraria. – ele explicou, ainda pálido.

Lily ficou boquiaberta.

-Não diga isso, seu imbecil! – Lily repreendeu-o.

-Eu achei que você me odiava. Por que não vai ver como anda a saúde do Matt?

Pronto. Acabara falando de mais. Lily arqueou suas sobrancelhas.

-Como você conhece o Matt?

Ele tirou a carta do bolso.

-Suponho que isso seja seu. – disse entregando a ela a carta. – Ah, é claro. Vá embora. Não sei por que você veio falar comigo. Eu sou odioso. Eu me acho. Eu sou insistente. Sou insuportável.

Ela não sabia se consertava a situação ou se ficava brava. Estava brava com ele por ele ter lido suas coisas, mas se sentia culpada com toda aquela situação. Quer dizer, Potter estava realmente pálido.

-Potter! – ela exclamou. – Você leu minha carta! Não é certo sair por ai mexendo nas coisas dos outros!

Os olhos dele lacrimejaram e ele a encarou de um jeito estranho.

-O que não é certo – começou. – É brincar dessa maneira com os sentimentos dos outros.

E então se levantou.

-Não sei do que você está falando! – protestou Lily.

Então ele olhou para trás e olhou-a uma ultima vez com aquele jeito que dava pena nela. Ela se sentiu estranhamente culpada, e Potter subiu as escadas para seu dormitório.

-Potter... – ela chamou com a voz fraca.

Ele não ouviu. Ela se sentou, ainda se sentindo culpada e surpresa no sofá.

Por que ela estava se sentindo tão culpada? Afinal de contas, era só o Potter. O desprezível Potter. O insuportável Potter. O metido Potter. O sensível Potter. O humano Potter. Então ela notou algo estranho. Não odiava Tiago Potter.

Então o que sentia em relação a ele?

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N/A: Bem... N tenho mta coisa a dizer... ;P...

To felicíssima pq vcs gostaram ;)

Então vlw pessoal...

Thay: Eu tb adoro os dois casais

Deu pra perceber né?

Q bom q vc está gostando... Espero q acompanhe a fic até o final...

Michelle Santos: Q bom q gostou ;)

Ñ só do começo né? Gostou do resto tb? Espero q sim...

Ñ demorei viu ;P

Leia sempre

Mah Clarinha: Q bom q vc gostou. Fico mto fliz.

Atualizei

Espero q vc leia viu?

Cya Ppl!