Capitulo quatro. – A Irracionalidade do Amor.

-Bom dia Lily! – disse Tiago sorridente, se sentando ao lado dela na mesa da Grifinória.

Lily suspirou.

-Mau dia, Potter.

Tiago murchou.

-Por que Mau dia? – perguntou ele. – Olhe só como o dia está belo. Os pássaros cantam. As nuvens se levantam. O sol raia tão forte.

-O que houve com você, Potter? – perguntou Lily, estressada. – Tá todo alegrinho...

Tiago sorriu ainda mais.

-Nada não, Lily.

Ela deu de ombros e voltou a comer seu café.

-Planos pra Hogsmeade nesse fim de semana? – perguntou ele.

-Nenhum... – respondeu ela, e só depois foi perceber o que ele queria. – Nenhum que seja perto de você.

Ele respirou fundo e continuou:

-Eu também te amo, sabia?

Lily também respirou fundo. Ia começar de novo.

-Não, não ama.

-Sim, amo sim.

-Não, não ama.

-Sim, amo sim.

-Potter vá pastar.

-Só se você for comigo.

Lily gritou.

-GR! Potter! Você ainda vai me enlouquecer!

-Você já conseguiu fazer isso comigo primeiro.

Ela colocou as duas mãos na cabeça e chacoalhou-a.

-Sinais da insanidade? – perguntou Sirius, que apareceu do outro lado dela.

-É Black. É. – ela confirmou. – Vocês enlouquecem qualquer um.

-Lily, querida, nós sabemos. – disse Sirius. – Por que acha que temos, cada um, um fã clube?

Lily bateu com o punho na mesa.

-Desisto. Vocês venceram. Eu desisto de tentar tomar café.

Se levantou e foi embora.

XX

Já no corredor, Lily estava mais calma. Algumas garotas que haviam saído do salão a olhavam atravessado. Outras vieram falar com ela.

-Evans.

Ela se virou. Um grupo de três.

-Pois não?

As três ficaram um pouco tímidas, mas uma loira falou:

-Olha só, acabamos de ver o que aconteceu na mesa da Grifinória e queríamos saber se você tem alguma coisa com o Tiago ou o Sirius.

Lily começou a rir. As três se zangaram. Uma de cabelos negros deu um passo à frente.

-Qual é a graça, Evans?

-Desculpem. – disse ela. – É só que vocês me fizeram uma pergunta tão absurda.

Elas franziram a testa.

-Por que seria absurdo?

-Por que eu odeio Tiago Potter. Bem... Sirius não tem culpa de ter nascido, mas como ele e Potter são uma espécie de dois em um também não gosto dele.

A loira não conseguia entender.

-Qualquer uma. – dizia ela trêmula. – Qualquer uma daria tudo para estar no seu lugar. Qualquer uma gostaria de receber tanta atenção do Tiago quanto você. No entanto, você nem dá bola pra ele. E ele insiste.

Ela fez uma pausa. Parecia muito irritada.

-Ele não quer nenhuma das que o querem, no entanto, ele quer a alguém que não o quer nem pintado de ouro. É incompreensível.

Lily deu de ombros.

-Eu sei lá. – ela disse. – Era só isso?
-Evans! – protestou uma baixinha, que estava calada até agora. – Você não consegue entender a chance que está jogando fora?

Lily olhou para ela surpresa, e sem entender.

-Chance?

A baixinha bateu com os pés no chão.

-Chance! Chance! Você tem Tiago Potter aos seus pés.

-Mas eu não dou a mínima pra ele. – disse Lily. – Eu não estou interessada. Avancem se vocês quiserem. Eu não tenho nada com ele e nunca terei.

E então ela se virou. Mas ao invés de se dirigir para a próxima aula, voltou para a Torre da Grifinória. Voltou para seu dormitório, sua cama. Ela se atirou nela como em muitas outras vezes. Afundou seu rosto no travesseiro e começou a chorar. Não conseguia entender. Se sentia frustrada. Não odiava Potter. Não era verdade. O que queria dizer aquela cena na enfermaria?

Não podia ter nada com ele. Não mesmo. Ela prometera. Não teria nada com alguém que fosse machucá-la. Não queria sofrer. Mas será que o que estava passando já não era um sofrimento maior?

Mas Matt não faria isso com ela. Matt estava certo ao inventar aquilo de promessa. Ele só queria protegê-la. Jamais gostaria que ela sofresse. Então, por que ele não percebia o tanto que ela estava sofrendo? Não tinha como ele saber. Ela não contava. Não contava pois tinha medo de estar errada. Tinha medo de ferir os sentimentos dele, dizendo tudo aquilo ao amigo. Tudo deveria continuar daquele jeito. As coisas ficariam como sempre estiveram.

Lily abriu nervosamente seu diário. Não sabia o que fazer. Tinha que se expressar de alguma maneira, então escreveu, com as mãos trêmulas:

Vivo de mentiras,
Porque não consigo suportar
A fraqueza da raiva,
E não consigo admitir
A irracionalidade do amor...

XX

Tiago se remexia inquieto na cadeira. Lily não aparecera pra aula de Transfiguração. Era algo grave.

Ele já percebera que ela andava tendo alguns problemas na matéria e quando leu sua carta notou isso também. Lily não era "A Aluna", mas era uma boa aluna. Nunca mataria aula. Ainda mais de uma matéria em que não estivesse se dando bem. Ele ficou a aula inteira nervoso esperando-a e não conseguiu fazer nada direito. Quando foram liberados, ele saiu quase correndo para a próxima classe, ansiando vê-la.

XX

Meus olhos dizem
o que eu insisto em negar

Meu coração insiste,
com sentimentos
que eu não consigo carregar

As estrelas rejeitam
o meu desejo maior

Enquanto o tempo passa,
eu te espero
Quanto mais o tempo passa
mais eu te quero

Por que eu persisto,
e te amo tanto assim?

XX

Eram os últimos minutos da ultima aula do período da manhã. Nenhum sinal de Lily. Tiago estava seriamente preocupado. Quando foram liberados dessa aula, ele pegou o Mapa do Maroto e checou em todos os cantos atrás dela. Ela estava em seu dormitório. Ele se sentiu mais aliviado então. Foi pra Sala Comunal e falou com uma das meninas.

-Alguma de vocês pode me ajudar a subir? – perguntou ele indicando a escada.

Uma delas falou:

-Claro. – com um sorriso estranho para ele.

Tiago estava nervoso, então não teve reação. Os dois subiram as escadas, ele agradeceu a ela e foi se encontrar com Lily.

XX

Lily terminou de ler seu diário novamente, pela centésima vez. Sentia-se ridícula. Ficara a manhã inteira ali, no dormitório, escrevendo inúteis poemas de amor, relendo o diário e chorando. Perdera uma importante aula de Transfiguração. Estava perdida.

Alguém bateu à porta. Ela tentou limpar o rosto da maneira mais rápida e mandou entrar. Era Potter.

-Oi... – ela disse sem emoção.

Potter, por outro lado, parecia afobado, nervoso e preocupado.

-Aonde você se meteu?

Lily demorou um pouco para responder.

-Estive aqui o tempo todo...

-Por que?

-Porque eu quis...

-Por que você quis?

-Não é da sua conta, Potter...

-Claro que é da minha conta! – exclamou Tiago, indignado. – Eu estava muito preocupado com você, Lily. – e se aproximou. Ele se sentou na cama, ao lado dela. – Nunca mais faça isso comigo.

Lily assentiu com a cabeça. Tiago sorriu, aliviado.

-Fico feliz que esteja bem...

Ela sorriu, incerta, para ele.

-Estou ferrada em Transfiguração... – ela disse.

-Não, não está.

-Por que não estaria? – perguntou Lily.

Ele sorriu.

-Porque eu vou te ajudar.

Ela ficou feliz e os dois ficaram em silêncio por um tempo. Lily ficou com suas dúvidas e incertezas, Tiago estava feliz, por poder passar mais um tempo com ela. Então ela fez algo inesperado. Lily o abraçou. Ela o abraçou e começou a chorar. As lágrimas espessas invadiram seu rosto sem permissão, e continuaram a escorrer, caindo algumas na camiseta dele.

Ele ficou sem saber o que fazer no começo, mas retribuiu. Acariciou a cabeça dela e esperou que se acalmasse.

-Lily... Vai ficar tudo bem. – ele disse.

Ela balançou a cabeça negativamente.

-O pior é que não vai. – ela disse, tristemente.

Tiago a afastou para olhar nos olhos dela.

-O que você está escondendo de mim?

Ela riu amargamente.

-Mais da metade da minha vida? – ela respondeu, com ironia.

-Então me conte.

-Você deve estar com fome...

-Não. – ele negou. – Eu quero te ouvir. Vá ao banheiro lavar seu rosto. – ele disse soltando-a completamente. – E depois eu quero saber o que você tem pra me contar.

Ela assentiu e se levantou. Tiago ficou ali esperando. Mexeu um pouco no edredom, e encontrou, sobre ele, o diário dela. Curioso para saber sobre a capa, ele o pegou. Era bem rústico, mas era bonitinho.

Ele se segurou um pouco. Abrir ou não abrir? Resolveu dar uma espiadinha... Abriu em uma página e começou a ler algo escrito ali, em letras meio tortas e trêmulas.

Vivo de mentiras,
Porque não consigo suportar
A fraqueza da raiva,
E não consigo admitir
A irracionalidade do amor...

Lily Evans 14/12

XX

N/A: Desculpem a demora. Mas é q se eu postar no meio da semana ngm lê P... Mas fiquem tranqüilos, nesse fim de semana tem mais:

-Tudo bem... Mas será que você pode parar de me chamar pelo sobrenome? Eu sei que você me odeia e tudo mais, mas...

-Eu não te odeio. – ela negou. – Acho que nós somos... Amigos.

Ele sorriu.

XX

Lily notou que era estranho andar com os Marotos. Não que fosse ruim, era engraçado. Sirius era o mais inquieto de todos. Tiago ás vezes fazia umas gracinhas, mas hoje estava quieto, pois queria passar uma boa impressão para Lily. Pedro ficava na dele, geralmente comendo algo, mas sempre aplaudia os feitos dos amigos e ria deles. Remo ficava todo sereno, mas, para a surpresa de Lily, não era nenhum santo, então, certas coisas realmente não eram o que aparentavam ser.

XX

Por enqto é sóó!

Vlw pelas reviews :
Luiza Potter:
Ahh, desculpe a demora... Eu já disse lah em cima pq eu n atualizei ;P.

Que bom q vc está gostando. Axu q n vai demorar naum... Por mais que eu tente aumentar as minhas fics elas acabam ficando pequenas... Eu n consigo ficar inrolando mto xP

Michelle Santos: Brigada.

Cedo ou tarde vc vai saber o q vai acontecer.

Pode acreditar

Hehehe...

ArthurCadarn: Opa, gostei desse titulo xD

Q bom q vc tah gostando

Ela é meio bobinha mais vai perceber sim... Se não não seria uma T/L... Heheh...

Mah Clarinha: Que bom q vc gostou.. Qdo eu tava escrevendo axei o porre dl mto bobo, qria q fosse engraçado /

Ok, não se pode ter tudo

Thay: Claro... Eu vivo de surtos... Seja construtivos ou inconstrutivos. Não me peça pra botar os inconstrutivos aki. Eles existem em montes. Os construtivos q são raros xP

N sei direito qtos capítulos... To escrevendo o cinco já... Axo q por volta de dez...

Cya o/