Capitulo seis – Volta para casa.

Os cinco desceram até os portões do castelo para pegar a carruagem para Hogsmeade.

Uma sombra azul escura recobria os céus e nevava levemente. Lily ia caminhando até a carruagem enquanto deixava suas ultimas marcas de neve em Hogwarts. Se todos os anos tivessem sido que nem os últimos dez dias que passara, tudo teria sido ótimo. Mas não se podia ter tudo.

Aliás, ainda teria o próximo ano até o final de Junho, mas os N.I.E.M's ficavam cada dia mais próximos. No ano seguinte, a tensão estaria carregada e todos os alunos do sétimo ano (e também do quinto) estariam estudando feito loucos. Exceto por Tiago e Sirius, que conseguiriam todos seus N.I.E.M's Excepcionais.

Lily se sentou do lado da janela na cabine. Tiago se sentou ao seu lado. Sirius foi atazanar a vida da monitora. Remo fora pedir informações com o motorista. Pedro foi ver se a mulher dos doces já estava passando. Era incrível como eles podiam sumir quando bem entendiam.

-Lily...

Ela desviou sua atenção da janela.

-Oi?

-Nada... Eu só queria que você soubesse que eu vou sentir sua falta.

Ela riu.

-Não precisa. – disse. – São pouquíssimos dias.

Ele hesitou, mas disse:

-Eu sinto sua falta todos os dias, Lily.

Ele fez uma pausa para ver a reação dela. Não queria forçar novamente.

-Eu sinto a falta da sua presença quando vai dormir mais cedo, quando temos aulas separadas. – ela ia dizer algo, mas ele levantou a mão, pedindo para ela não interrompê-lo. – Você não tem a obrigação de me amar. Só não me peça para deixar de te amar. É impossível, irrefreável. Irreversível até o fim. Que nunca vai chegar.

Ela ficou em silêncio por um tempo, pensativa.

-Tiago...

Ele se aproximou. Estava muito próximo. Lily levantou os olhos para encará-lo e mergulhou ali mais uma vez. Sempre acontecia quando ele a olhava de perto. Sentia agora a sua respiração próxima ao seu rosto. Não. Não podia acontecer. Mas era como ele disse. Irreversível até o fim.

-Espere... – ela disse, virando o rosto.

Tiago abaixou os olhos, encarando o chão, tristemente. Estava tão perto.

-E-eu não sei o que fazer. – Lily disse. – Estou confusa. Você não imagina o quanto...

-Não tem por que ficar confusa...

-É mais complicado do que você imagina. – cortou ela. – Mas eu concordo com você. É algo irreversível gostar de alguém, e vai ser sempre assim, mas...

-Mas o que? – ele interrompeu, um pouco irritado. – Esse alguém não sou eu? Por que você não fala logo ao invés de ficar me enrolando? Sei que não me ama! Estou cansado de saber, mas você nunca me fala direito o que sente! Você nunca confia em mim!
-Eu confio em você!
-Não, você não confia, por que se confiasse, me contaria o que está havendo!
-Eu não posso contar!

-Por que?

-É uma coisa muito antiga... Também é algo irreversível!

Tiago olhou para o lado, emburrado.

-Tem algo a ver com aquele seu amigo, não é?
-Não o meta na história.

-Mas tem, não tem?

-Em partes, mas...

-Eu sabia! Eu sabia! – exclamou Tiago e se levantou.

-Aonde você vai?

-Eu preciso pensar um pouco...

-Tiago, espere...

Mas ele não olhou para trás, e foi embora. Lily se desmontou em cima do banco e afundou-se em suas lágrimas. Estava sozinha de novo. E perdera todas suas chances com Tiago. Não queria perdê-las. Não queria quebrar a promessa. Não se podia ter tudo.

"Como eu sou egoísta". ela pensou "Sempre quero tudo para mim. Nunca penso nos outros. Por isso estou sozinha. Por causa do meu egoísmo"

Alguém abriu a porta.

-Lily?

Ela virou o seu rosto, e viu Remo ali, em pé, no meio da cabine. Ele se sentou no banco oposto.

-Aconteceu algo?

Ela não disse nada.

-Fale comigo.

Desviou o olhar então falou, com a voz fraca:

-Não se preocupe.

-Como você quer que eu não me preocupe com você desse jeito? – perguntou ele.

-Eu só quero ficar sozinha...

Remo balançou a cabeça negativamente.

-Eu sei que você não quer ficar sozinha. – ele disse. – Você já ficou sozinha por tempo suficiente.

Ela olhou para ele. Como ele poderia saber? Será que tinha lido sua mente?

-Ah, Remo... É tão complicado... Eu só não queria que as pessoas sofressem...

Remo riu pelo nariz.

-Mas é complicado mesmo. – ele disse. – E também mais simples do que você imagina. Vocês dois se gostam.

Os olhos dela se encheram de lágrimas.

-Eu gosto dele. É óbvio – ela acrescentou – pois nós somos amigos.

Remo bufou

-Então tá.

Ela se levantou e foi ao banheiro. Caminhou lentamente pelo trem em movimento olhando para dentro de todas as cabines. Algumas estavam com a cortina baixa, outras possuíam pessoas que sorriam alegremente, contavam sobre coisas de suas vidas, partilhavam coisas com os amigos.

Ela foi mais apressadamente para o banheiro. A felicidade alheia não a ajudaria em nada. Abriu a porta, e foi entrando, mas parou no meio de seu primeiro passo. Sirius e a monitora estavam lá dentro, se pegando. Parecia que estavam tão ansiosos que se esqueceram de trancar a porta. Os dois olharam para ela.

-Ah... Desculpe... – disse Lily se virando.

Sirius disse:

-Espere, Lil's. Nós já estávamos de saída.

Os dois saíram do banheiro, Sirius rindo e a monitora mais vermelha que um tomate, e Lily entrou lá. Não fez o que fora fazer. Fora ali para ficar um pouco sozinha e pensar, mas ficou pouco tempo.

Voltou para a cabine, distraída, e quando chegou já estavam todos de volta. Sirius sorriu para ela quando ela voltou e Lily sorriu misteriosamente. Nunca imaginara Sirius e a monitora se agarrando. Tiago estava um pouco melhor, mas parecia não estar ouvindo direito, pois algumas coisas que Lily falava, ele não estava nem ai ou não prestava atenção.

A viagem foi melhor do que qualquer outra que ela já tivera, mas ela se sentira muito desconfortável com a "surdez" de Tiago. Na hora da despedida, ele ficou um pouco mais caloroso.

Pedro acenou de longe para ela. Remo sorriu para Lily e ficou um pouco deslocado quando ela o abraçou.

-Boas festas. – ele desejou. – Se cuida...

Lily sorriu.

-Você também.

Sirius a abraçou também e disse:

-A gente se vê... Espero que não seja na cena do banheiro do trem...

Ela sorriu.

-Não vai ser.

Então ele passou a mão pelos cabelos dela e os bagunçou com uma espécie de cascudo. Lily massageou a cabeça e deu tchau a Sirius.

Tiago se aproximou um pouco receoso.

-Tchau Lily. – ele disse.

Ela não se moveu e nem disse nada. Ele ficou esperando por alguma palavra. Ela baixou o olhar para o chão.

-Tchau então...

Os olhos dela lacrimejaram. Ele se virou, hesitante.

-Espere... Não é só isso.

Ele se virou para ela novamente. Ela o abraçou.

-Não faça isso comigo. – ela pediu. – Você é a última pessoa que deveria fazer isso.

"Você é muito importante pra mim".

Ele retribuiu.

-Eu não consigo ver onde eu sou tão importante.

Lily coçou os olhos, tentando dissipar as lágrimas ali presentes.

-Você não imagina o quanto é.

Então ela o beijou no rosto e foi embora.

-LILY!

Ela se virou e observou-o de longe, enquanto ele se aproximava.

-Acho que você já sabe. – ele começou, ofegante. – Mas você também é muito importante para mim. Eu te amo.

Lily assentiu. Ela abriu a boca sem saber o que falar, então a fechou e sorriu.

-Ah... Obrigada.

Ele também sorriu, sem jeito.

Ela caminhou pela estação puxando o carrinho com seu malão até sair de lá. No estacionamento, seu pai a esperava no carro. Ela bateu na janela. Ele sorriu.

-Lily. – e saiu do carro para abraçá-la. – Pode entrar, eu guardo suas coisas.

Ela entrou e se sentou enquanto o pai guardava as coisas. A viagem até sua casa durou pouco menos que quatro horas. Ao chegar, ela foi direto pro quarto. Petúnia a olhou com repugnância quando ela entrou pelo hall e sua mãe estava na cozinha. Ela deixou suas coisas e foi cumprimentar a mãe, e logo depois voltou para o quarto.

Desfez a mala e deitou em sua cama, pensando em algumas coisas. Então colocou o agasalho e desceu.

-Estava demorando. – comentou o pai.

Lily assentiu, incerta.

-Vou passear.

Ela caminhou rua acima observando em volta. Parou em frente a casa dez. Na mureta da mesma, estava um garoto de cabelos castanhos, com algumas sardas e olhos castanho-esverdeados. Como o de Tiago. Lily nunca notara como os olhos de Tiago eram os de Matt. Mas notara como os de Matt eram os de Tiago.

Matt virou a cabeça para observá-la. Tinha um semblante entediado, porém, sorriu ao vê-la.

-Lily...

Ela se aproximou para cumprimentá-lo.

-Você está pálido.

Ele pendeu a cabeça para o lado.

-Só um pouquinho...

-O que houve?

-N-nada...

Ela insistiu.

-Matt...

-Eu tenho uma coisa pra te falar...

Lily sorriu.

-Eu também.

A expressão dele mudou. Ficou preocupado de repente.

-É?

-É... Mas pode falar primeiro...

-Fala você...

-Pode falar... – insistiu ela.

-Te ouvir é mais importante... – ele disse.

Ela fez silêncio.

-Então eu digo que quero que você diga. – ela disse. – Você vai fazer esse favor pra mim?

Ele assentiu.

-Lily... – ele disse. – Vou falar algo muito importante. Queria que você prestasse muita atenção, e me desculpasse.

N/A: Fuuuuuuuuuuuuuu...

Desculpem a demoraa!

É que ontem eu fui na estréia de HP e tive prova hj de manhã...
Amanhã eu posto outro cap, se der tempo de escrever!

Vlw pelas reviews )

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ArthurCadarn: No comments.

xP

X

Carol Sayuri Evans: Hehe Ficou!

Mtoo fofaa… ehehe…

Tb axo o Remo meio um Hatori… O Tiago eh tipo o Ayame, exibido… mas n tem tanto a ver q nem os outros…

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LeNaHhH: Esse aki tb ficou pequeno… Mas tinha q ficar se não eu não postava hj…

Desculpe a demora/

Q bom q vc tá gostando.

X

nathyzinha malfoy: Sim sim, assim ke eu vi o Shigure eu lembrei dl

Gostou desse capitulo?

X

Thaty: …

Medo?

O.o

Hehehe… Parece que o Sirius SE apaixonou. Apesar d q eu axo q ele não se apaixonou, né? Só deu uns pegas na monitora… Qm resiste ao encanto dl?
X

mary evans: Q bom q vc gostou

Leia sempre

xD

X

Beatriz: Sim, vou mandar um e-mail avisando…

Bom q vc gostou D

X

.Miss.H.Granger: Brigaada…

Gostou desse capitulo?

Xáu gente…

:D