Capitulo dez – Suddenly You're Mine.

Lily continuou a subir a rua, mais alegre. O ar frio que agora entrava em seus pulmões, se aquecia. Parecia que toda neve ao seu redor derretia.

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-Então... A Lily está demorando não é?

-É...

Susan olhou para Matt. Lá estavam eles na sala, sentados um em cada ponta do sofá e ele era incapaz de puxar algum assunto. Tudo bem, ela teria de fazer isso por ele. Mas por que ele não podia responder decentemente?

Ela olhou para todos os cantos da sala enquanto esperava que o silêncio mórbido passasse. Mas ela também teria de fazer isso por ele.

-Você acha que aconteceu alguma coisa? – ela perguntou.

-Ah... Acho que não.

E novamente ela esperou. Olhou de esguelha para ele. Ele estava olhando para o outro canto. Assim era difícil.

-Não seria melhor ir ver?

Ele deu de ombros.

-Não precisa se preocupar. Ela já sabe andar rua acima.

Susan fez um muxoxo.

-É claro que sabe. – disse aborrecida. – Eu quis dizer que talvez não tenham deixado ela voltar.

-Então ela volta quando puder. – ele olhou para ela. – Eu disse algo errado?

Ela se levantou.

-Não. Eu não posso esperar que todos façam tudo para mim.

-Aonde você vai?

-Embora.

Ela pegou na maçaneta da porta. Hesitou.

-Então tchau, Matt.

Abriu a porta e hesitou novamente.

-Você não precisa ir se não quiser. – disse ele.

Ela olhou para ele.

-Tudo bem. Eu estou indo.

A porta se fechou pelas suas costas.

Algumas lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. Desde quando? Quando foi? Quando aquilo aconteceu?

Aonde? Onde ela começara a se sentir diferente em relação a ele?

Como? Como ela poderia estar chorando por um fato tão banal? Como ele pudera se tornar tão importante para ela, da noite pro dia?

Por quê? Por que ela não conseguia parar de se sentir assim em relação a ele? Por que simplesmente não podia deixar aquele sentimento de lado? Por que era tão importante para ela? Por quê?

-Susan…

Ela saiu correndo. Antes que fosse tarde. Então parou. Sentiu algo apertando o seu braço.

-Você não precisa ir. Por que você quer ficar. – ele disse.

Ele soltou seu braço.

-Eu preciso ir. Por que eu não sou precisada.

Ela olhou nos olhos dele. Matt estava confuso.

-Eu preciso... Eu quero ser precisada. Eu preciso ser precisada.

Matt abriu a boca várias vezes, tentando dizer algo. Ele não sabia o que dizer.

-Eu não sei o que dizer. Não sei o que devo fazer.

Ela deu um impulso e encostou os seus lábios nos dele. Deu meia volta e foi embora.

-San...! Susan!

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-Ei Sue, o que...?

Lily parou no meio da frase. A prima passara correndo ao seu lado. Ela se virou. Susan já estava longe. Decidiu continuar andando e lá na frente avistou Matt.

-Matt! – ela chamou. – O que aconteceu com a Sue?

Matt ficou calado. Ela se aproximou mais.

-Matt?

Ele olhou para Lily.

-Aconteceu algo? A Sue... – ela parou.

Matt esperou mais um pouco, até conseguir dizer algo.

-É como se eu não entendesse, mas ao mesmo tempo eu entendo. Eu não sei o que fazer. – ele disse.

-O que houve?

-Eu acho que... Susan acabou de me beijar...

Lily riu.

-Qual é a graça? – perguntou Matt, perdido.

-Não tem graça. Não mesmo – disse ela. – Só que agora eu entendo o modo com que ela vinha agindo. Ela está gostando mesmo de você, Matt.

Matt pareceu ainda mais perdido.

-É eu acho que percebi. – disse – Mas não sei o que fazer.

-Como assim?

-Lily, eu mal conheço a sua prima. Eu não sei o que eu faço. Não podemos começar assim do nada. E depois do que aconteceu...

-O que aconteceu não foi o fim, Matt. Foi só o começo. Só será o fim se você quiser.

Ele desviou o olhar.

-Eu não sei o que eu quero.

-Então pode tentar descobrir. Chame-a de volta. Eu vou esperar vocês dois lá na sua casa, enquanto eu arrumo tudo. – disse indicando as coisas que trazia nas mãos.

Ele hesitou.

-Certo? – perguntou Lily.

Matt continuava confuso, mas disse:

-Certo.

Assim, ele desceu a rua enquanto Lily subia. Ele olhou mais uma vez pra traz, mas continuou, até chegar à porta da casa dos Evans. Susan estava sentada em um balanço, na varanda. Estava com a cabeça baixa. Matt se aproximou, cautelosamente,

-Susan...

Ela levantou a cabeça, surpresa. Estava chorando.

-Você não precisava ter saído daquele jeito. Vamos voltar.

Ela sacudiu a cabeça negativamente.

-Não faça isso. – disse ele pegando na mão dela. – Se você não vier por bem eu vou ter que te puxar.

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I never understood before
I never knew what love was for
My heart was broke my head was sore
What a feeling

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Ele puxou e ela se levantou. Deu outro impulso e começou a andar. Ela foi atrás dele. Os dois continuaram subindo, em silêncio. Susan levou a mão livre à boca para tapar um pequeno sorriso. Ela olhou para o céu.

X

Caught up in ancient history
I didn't believe in destiny
I look up you're standing next to me
What a feeling

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-Obrigada.

Então ele parou. Os dois ficaram se olhando por um instante. Ele a puxou para perto através da mão que segurava. Segurou a outra mão dela e a beijou.

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What a feeling in my soul
Love burns brighter than sunshine
It's brighter than sunshine
Let the rain fall I don't care
I'm yours and suddenly you're mine
Suddenly you're mine
And it's brighter than sunshine

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-Ha-ha, você é tão engraçada, Lily.

-Eu sei que sim. Eu vou buscar os guardanapos.

-Não precisa sumir. – adiantou-se Susan.

Lily riu.

-Fique tranqüila, eu vou continuar com o meu papel de candelabro. É interessante. – retrucou Lily.

-Já mencionei que você é engraçada? – perguntou Susan.

-Milhares de vezes. – respondeu ela.

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I never saw it happenin
I'd given up and given in
I just could'nt take the hurt again
What a feeling

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-Nervosa? – perguntou Susan.

-Por que estaria?

-Por que você vai revê-lo!

-Eu já o vi. – disse Lily.

-Quando? – perguntou ela.

-Ontem à noite. Ele veio aqui. – disse Lily.

-E você não me contou? – perguntou Susan, indignada.

-É.

-É? Olha só o que é, sua vaca! – disse ela, pegando um travesseiro e atirando na prima.

A costumeira guerra de travesseiros começou, até que a mãe de Lily chamou:

-Lily, está na hora!

-Certo!

Lily tirou a varinha do bolso para enfeitiçar o malão, mas Sue a impediu.

-Meus pais ainda estão ai. – advertiu.

-Ah é – lembrou-se Lily e guardou a varinha. Susan pegou o malão.

-Pode deixar comigo!

-Eu levo...

-Não insista. Nem por educação. Você sabe que eu vou levar sua mala e pronto.

Lily deu de ombros e as duas desceram. As primas se despediram, e assim Lily se despediu de sua mãe e dos outros para ir pro carro, sem antes ouvir:

-Sabe, minha irmã, eu sempre me perguntei o por que de Petúnia não ter ido para o colégio interno se Lily foi. – alfinetou a tia.

-É por que Lily conseguiu uma bolsa muito boa. – respondeu a mãe. – Boa sorte no seu último semestre, Lily.

-Obrigada, mamãe. – disse ela, e saiu.

Susan foi atrás dela.

-E você... – disse para Susan. – Vai na casa do Matt hoje?

-A gente vai sair à noite. – respondeu ela.

Lily sorriu.

-Boa sorte.

-Pra você também. – disse Susan, e Lily entrou no carro.

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I didn't have the strength to fight
But suddenly yet it seemed so right
Me and you
What a feeling

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N/A: Ñ sei pq, mas axei esse cap um pouco estranho.

Bem, verdade que tava faltando um pouco de criatividade, mas tah aí e o próximo eu vou tentar fazer o mais rápido q puder, e a fic vai chegando ao seu fim...

Obrigada pelas reviews de todos! (Miss H. Granger; ArthurCadarn; Lua Potter; JhU Radcliffe, como assim de verdade? Õ.o, não foi de verdade? Vc qr dizer amasso? Ah e... Próximo capitulo eles devem tar em Hogwarts.; Tete Chan, ai está o próximo e LeNaHhH, Ahn como assim o Matt e a Sue? Hehe.

A propósito, a musica q tah no capitulo é Brighter than Sunshine do Aqualung e é lindaaa O.

Cya o/