A Soma de Todos os Medos.
U.A. (I-Kag) No início era só mais um emprego. Depois lhe pareceu um complô. Chegou à conclusão de que sua vida corria risco... Foi quando descobriu que não podia escapar.
Capítulo 2.
"O que faz aqui, Sesshoumaru?" questionou o hanyou assim que fechou a porta do apartamento ao notar a presença do irmão.
"Boa Noite, Inuyasha. Isso são modos de se cumprimentar o próprio irmão?"
"Se o próprio irmão é uma das pessoas mais importunas que ele conhece, então sim." Resmungou mesmo enquanto subiaas escadas e entrava no seu quarto "O que você quer?"
"Às vezes eu me pergunto se você não se cansa de repetir as mesmas frases todo o tempo" comentou o youkai em um tom neutro. Suspirou entediado diante do olhar mortal que recebeu como resposta antes de continuar "Você tem um novo trabalho, irmãozinho"
"O que é desta vez?"
"Quero que viaje, junto com uma equipe especializada que eu vou indicar para uma cidade no interior do Japão."
"A fim de..."
"Tessaiga e Tenseiga" Inuyasha encarou-o prestando atenção as sua palavras.
"Mais dados?"
"Talvez... Quero que descubra."
"Tem certeza de que é seguro ir até lá com um grupo? Podem vazar informações..."
"Certifique-se de que isso não ocorra" o meio-youkai acentiu.
"Quando vai ser isso?"
"Amanhã à noite. Kagome vai com você, quero testar até que ponto vai a fidelidade dela."
"Mas ela mal entrou na Shikon no Tama! Como pode supor que ela é confiável?"
"Não estou dizendo que conte todos os detalhes do que está acontecendo, mas se ela notar alguma coisa e começar a fazer perguntas... Responda algumas delas..."
Inuyasha balançou a cabeça, incapaz de compreender o irmão. Funcionários que trabalhavam para eles há mais de trinta anos ás vezes não sabiam nem dos rumores que existiam dentro da empresa e uma menina que acabara de entrar ganhava permissão para saber. Existiam horas em que ele questionava o juízo do youkai.
"Você não podia ter me dito isso em horário comercial?" perguntou por fim quebrando o silêncio.
"Continuo questionando como alguém da minha família pode ter uma mentalidade tão infantil. Não sei a quem puxou, sua mãe não era assim, você sabe..." comentou com frieza antes de se retirar do cômodo e em seguida da casa.
"Feh! Eu também me pergunto por que tenho um irmão maluco." Bufou vendo-se sozinho e indo até o armário em busca de uma mala.
OoO
O que no início era apenas uma chuva de verão tinha se transformado em uma verdadeira tempestade na manhã seguinte. Kagome estacionou o carro ao lado da empresa prevendo com pesar que chegaria em um estado lastimável na mesma após atravessar a rua em meio àquele temporal.
Suspirou amaldiçoando o tempo inconstante da cidade e completou a travessia. Sacudiu o casaco agora molhado e entrou no saguão do prédio, satisfeita por se ver abrigada contra o tempo encolerizado.
"Você fica com uma expressão interessante quando comprime a boca desse jeito." Comentou Sango, que acabara de entrar, rindo. Kagome cedeu-lhe um meio sorriso enquanto tentava se recompor.
"Bom dia Sango"
"Bom dia. Acho que o seu mau-humor pode ser amenizado com uma visita a cafeteria" afirmou, passando o braço pelo dela e guiando as duas pelos corredores até chegarem ao local indicado. "Suponho que você não esteja ansiosa para voltar a sua própria sala?"
"Não seria a minha primeira opção" replicou, tomando um lugar em uma das mesas. Rin irrompeu pelo o estabelecimento minutos depois, sentando-se junto às outras duas.
"Bom dia. Deuses, não para de chover!" reclamou puxando um cardápio para si e ignorando os sorrisos divertidos diante do seu comportamento efusivo. Kagome encontrava-se particularmente surpresa com as maneiras da outra. Tinham sido apresentadas apenas no dia anterior, afinal. "Já fizeram o pedido?"
"Não. Está com fome?"
"Muita! Sesshy discutiu a manhã inteira com Inuyasha e não me deixou tomar café" queixou-se escolhendo vários itens do menu e fazendo sinal para o garçom
"Sesshy...?" perguntou Kagome
"Sesshoumaru" informou Sango
"Oh..."
"Falavam sobre alguma coisa a respeito da viajem que vocês vão fazer hoje..." continuou a menina.
"Quem vai viajar?"
"Ora... Você, Inuyasha, ... Sango e Miroku também talvez, eu acho. Junto com uma equipe de atiradores de elite etc. ..."
"Não me disseram isso" disse Kagome confusa
"Ah, nunca dizem, só na hora de entregarem as passagens" Sango descartou o comentário balançando a mão.
"E não levamos malas?"
"Eles dão tempo para voltarmos até nossa casa e embarcar"
Kagome escutou em silêncio. Tinha alguma coisa muita errada com aquela empresa, ela começava a desconfiar. Perguntou-se qual seria o objetivo da viajem e decidiu-se a descobrir isso com Inuyasha quando fosse para a sua sala.
Ao entrar no escritório, encontrou o hanyou debruçado sobre o teclado e olhando a todo o momento para a tela do seu computador parecendo preocupado.
"Inuyasha?"
"Vê isso?" perguntou ele apontando para o monitor. A jovem se aproximou, inclinando-se para ler os dados que passavam rapidamente em forma de código pela tela. O meio-youkai abriu o programa que decodificaria as mensagens, imediatamente mudando de idéia e voltando a janela principal que mostrava os estranhos padrões.
"Oh, droga... Eu sei o que é isso." Afirmou passando apressado por ela na direção da saída e apertando uma série de botões que ficavam ao lado do portal. Instantes depois um alarme se fez soar, intrigando Kagome, que tentava compreender a situação.
"Vamos, vão precisar da gente" disse ele caminhando a passos largos pelos corredores, indo na direção das escadas
"Inuyasha para onde estamos indo?" questionou enquanto tentava seguir os passos rápidos do hanyou.
"Sala de segurança"
"Mas... Como você...?"
Subiram três lances de escada que faltavam, ouvindo os alto-falantes dando instruções para diferentes unidades e várias pessoas deram encontrões com eles no trajeto. Finalmente chegaram à sala de segurança, onde Sesshoumaru, Rin, Miroku e Sango os esperavam impacientes.
"Você demorou, Inuyasha" ralhou Sesshoumaru "O que estava fazendo?"
"Pegando o resto das instruções sobre o local onde estão os explosivos." Rosnou o hanyou irritado
"Chega." Disse Rin com firmeza antes de se voltar para os outros "Existem dois carros no estacionamento privado com o equipamento que será necessário, tirem o primeiro ministro da casa antes da bomba explodir e desativem-na se possível."
"Por que subir até lá se era para descer?" perguntou a jovem enquanto eles desciam as escadas, o hanyou indicando os atalhos. Ela apenas começava a perceber as dimensões gigantes do lugar
"Faz parte do protocolo..." Kagome franziu a testa
"Atrasar uma emergência apenas para trocar palavras que poderiam ser ditas por um transmissor?" o hanyou suspirou, balançando a cabeça.
"Depois te explico" murmurou
Quando chegaram ao estacionamento, Sango e Miroku estavam entrando num dos carros e saindo em alta velocidade. Tempo e precisão eram as únicas coisas que contavam naqueles momentos. Inuyasha e Kagome entraram no outro veículo.
"Certo. Ligue o computador. Desative os sistemas de segurança da casa dele para que os outros possam entrar." Comandou ele enquanto guiava o carro com rapidez e segurança pelas ruas. Kagome acentiu em silêncio, fazendo o que era pedido
Em poucos minutos os dois estavam parando em frente a uma grande casa. Viram Sango e Miroku correndo na direção do prédio
"Achou o mapa da casa onde mostram os alarmes?"
"Achei."
"Estamos em frente à primeira porta, e agora?" A voz de Sango soou pelo rádio
"Podem entrar" respondeu Kagome "Vão pela direita, onde vocês vão achar uma escada. Na terceira porta a esquerda há movimento humano, tomem cuidado."
"Tem certeza que viu movimento humano, Kagome? Não tem ninguém aqui..."
"Não tem?" Kagome franziu o cenho olhando para o computador. A tela não mostrava nada anormal "Deve ter sido impressão, então."
"Droga..."
"O que foi?"
"A bomba não é a bomba, mas sim as bombas." Kagome encarou-o
"Mas... não vai dar para desativar todas..." O hanyou balançou a cabeça
"Se eles acharem a bomba que controla as outras antes e desativarem essa, não. Mas têm 15 lá dentro" disse ele num sussurro. Um barulho de explosão interrompeu a conversa dos dois
"Começou" murmurou Inu Yasha
"Faça alguma coisa!"
"Fazer o que? A policia vai chegar aqui daqui a pouco... Nós não temos muito tempo..."
"Quais são as ordens se eles aparecerem?" perguntou Kagome.
"Deixar pra trás os que não conseguirem sair..." Kagome suspirou passando a mão pelos olhos
"Então... Se eles não saírem de lá antes da explosão principal, ninguém vai ajudar em nada..." Inuyasha concordou com a
cabeça. Ela mordiscou os lábios por alguns instantes antes dar de ombros e saltar do carro.
"O que diabos você está fazendo?" gritou o hanyou saltando também e seguindo Kagome, que ia na direção da casa já parcialmente demolida apenas com seu notebook na mão.
"Eu não posso ficar aqui assistindo isso, então eu vou entrar"
"E fazer o que lá dentro?"
"Não sei, vou descobrir quando chegar lá."
"Oh, deuses..." resmungou ele 'Que seja então' "Kagome, espere um momento. Só vamos chegar lá amanhã com você nesse passo"
"Como?" ela se voltou confusa, apenas para ser presa a ele instantes antes do meio youkai saltar.
"Mas o que...! Oh, céus... Inuyasha, o que você está fazendo!"
"Transportando" respondeu simplesmente enquanto continuava a correr até chegarem a uma sala.
"O que tem aqui?" questionou Kagome pisando com cuidado no cômodo escuro pela falta de energia elétrica na casa.
"Fede a plástico e óleo" murmurou o hanyou olhando para o lugar antes de apontar para uma mancha escura em especial
"Vê ali?" Kagome procurou a lanterna que sempre carregava em um dos bolsos.
"..." Era um emaranhado de fios e dispositivos que apitavam ao mesmo tempo e piscavam enquanto o tempo se esvaía.
"Qual delas é a que temos que desativar?"
"É de onde vier a voz"
"Que voz?"
"Contagem regressiva - cinco minutos"
"Essa voz" respondeu o hanyou se dirigindo para um dos dispositivos "É essa"
"Certo... Consegue desacelerar a contagem para a explosão?
"Posso tentar" ele se sentou puxando o computador para perto "E você?"
"Eu vou falar com Miroku e Sango. Eles sabem o que fazer. Podemos tentar resolver alguma coisa até eles chegarem" ele
concordou em silêncio voltando a sua atenção para o laptop.
"Sango, Miroku?" disse ela pelo walk talk "Estão me ouvindo?"
"Estamos aqui Kagome. Ficamos presos em uma sala qualquer, mas já estamos chegando na das bombas."
"Nós já estamos nela"
"VOCÊS O QUÊ!" gritaram Sango e Miroku em uníssono
"Deixem o sermão pra depois!" exclamou Inu yasha "Como se desliga a maldita bomba?"
"Inu Yasha faça o que eu mandei você fazer!" disse surpreendendo o outro com o tom imperioso
"Feh!"
"Vocês podem nos dar as instruções por favor?" pediu Kagome. De algum lugar da sala ela ouviu 'quatro minutos' "Nós não
temos tempo! Vamos morrer todos se vocês não me disserem como desligar isso!"
"Achem a bomba mãe, é de onde vem uma voz. Bem sensual, por sinal...Ui! Sango, por que me bateu?"
"Como você pode pensar nisso numa hora dessas!" gritou Sango descontrolada.
"Já fizemos isso!" exclamaram Inu yasha e Kagome juntos interrompendo a discussão
"OK." veio a voz de Miroku pelo aparelho "Cheque as laterais da caixa da bomba, geralmente existem dois botões."
"Achei..." murmurou ela
"Aperte eles." Veio a voz de Sango. Kagome pressionou os botões sob o olhar atento da hanyou que interrompera o que
estava fazendo "Você deve estar vendo um monte de fios, não?"
"Estou..." montes deles, das mais variadas cores e tamanhos, o que lembrava Kagome de todos os filmes policiais que vira
e que sempre levavam a mesma pergunta: corto o verde ou o vermelho? E ela se perguntou no que diabos tinha se metido
quando entendeu que ela teria que cortar um deles.
"Então, existem dois fios mais grossos, cinza e preto..." continuou Sango 'Oh, bem, pelo menos as cores mudaram...' pensou Kagome com um último resquício de ironia ainda vivo. "Pegue o..." A fala de Sango foi cortada e ouviu-se o som de luta e gemidos de dor antes de vir o silêncio.
Inuyasha tomou o rádio dela, apertando os botões em vão em busca de uma conexão com os outros.
"Alguma coisa os achou..." murmurou ele, sombrio. Kagome franziu o cenho, lembrando-se da mancha de calor que se movia pelo seu computador, indicando a presença de alguém e que não fora encontrada pela outra dupla. 'Era humano, afinal...'
"Um minuto" Kagome olhou para o aparelho em suas mãos, que anunciava uma explosão quase certa chegando.
"Inuyasha, você sabe interromper isso?" Kagome conteve uma careta ao notar o tom de voz quase histérico que saiu como sua voz, apesar de todos os seus esforços para não se abalar com a situação.
"Não tenho treinamento com bombas, mas..." o hanyou mordeu os lábios, voltando-se para o computador esquecido. "Talvez eu consiga..."
Kagome aproximou-se para ver o que ele estava fazendo e olhou para a tela do computador, ainda a tempo de ver as tabelas e conexões que Inuyasha tentava desativar manualmente pelo aparelho desaparecerem diante dos seus olhos e serem postas em seu lugar a tela totalmente escura, com as poucas palavras brilhando em vermelho fazendo a dança mórbida pelo monitor.
"Façam sua última prece..."
"Oh, deuses" murmurou ele, tentando destravar o teclado que não respondia mais. Kagome empalideceu, voltando-se novamente para encarar o dispositivo em seu colo, os dois fios indicados destacando-se no meio dos outros.
"Dez"
"Inu Yasha..."
"Nove"
Ele fitou-a, descendo os olhos depois para as duas conexões que se estendiam pelos fios.
"Oito"
"Faça." Confirmou ele cruzando os braços para esperar
"Sete"
'Explodir ou explodir... Suponho que não faça muita diferença...' pensou ela
"Seis"
"Quer dar seu palpite sobre qual dos dois?" perguntou ela
"Cinco"
"Não faço questão" ele lhe deu um meio sorriso "Vá em frente, não vai errar por muito"
"Quatro"
"Isso não é muito reconfortante..." comentou ouvindo a risada nervosa do outro em resposta
"Três"
Ele fechou os olhos, esperando a explosão
"Dois"
Ela ainda hesitou por um momento, olhando para o dispositivo
"Um"
"Bomba desativada"
Inuyasha permitiu-se abrir os olhos encontrando Kagome segurando o fio cinza com reverência. Ela inclinou a cabeça para encará-lo antes de esboçar um sorriso pálido no rosto igualmente sem cor.
"Depois dessa experiência, acho que você não me censuraria muito se eu pedir demissão?" o meio youkai riu aproximando-se e retirando a bomba das mãos da outra, pousando esta no chão com cuidado.
"Vamos procurar os outros dois e sair daqui antes que mais alguma coisa aconteça"
A porta do quarto se abriu com um estalido, fazendo com que os dois apontassem duas armas engatilhadas para os que chegavam.
"Essa não é de fato a recepção que eu esperava depois de ser nocauteado por um estranho qualquer." Comentou Miroku fingindo estar ofendido enquanto engatinhava para dentro do cômodo, seguido por Sango.
"Ora Miroku, você está com uma aparência péssima!" exclamou o hanyou parecendo genuinamente satisfeito com o fato. O outro ergueu as sobrancelhas após se sentar, pronto para argumentar. Kagome olhou interrogativamente para Sango
"Alguma coisa a ver com Miroku roubar todas as namoradas do Inuyasha quando eles estavam na faculdade." Explicou Sango, solícita.
"Podemos ir embora?" questionou Inuyasha enquanto se levantava e alcançava a janela, aparentemente tendo ganho a discussão.
"Mas e o primeiro ministro?" Kagome olhou para os outros, confusa
"Não achamos." Explicou Miroku "Foi por isso que nos atrasamos para chegar na sala"
"O que aconteceu com vocês, a propósito?" perguntou Inuyasha "Quando cortaram o contato."
"Alguém estava escondido em uma das curvas entre os corredores." Sango franziu a testa "Nos atacou assim que dobramos para chegar na sala principal. Deixou-nos desacordados... Acho que..."
"Chega disso." Cortou o meio youkai "Vamos embora antes que a polícia chegue ou que o louco que quase nos matou volte... Isso em se considerando que ele chegou a ir embora..."
OoO
Olá! Queria agradecer às pessoas gentis que comentaram, mesmo depois da confusão que eu fiz tirando a fic do ar e colocando ela de volta...
mk-chan 160 - Sim, eu tirei a fic do ar e estou colocando ela de volta, com algumas alterações, por que do jeito que estava eu não tinha como continuar. Beijos, Raya
Dessa-chan - Obrigada! Espero que goste dos próximos capítulos também! Algumas coisas vão mudar, mas o contexto continua o mesmo. Beijos
Ryeko-Dono - Não, não, sou só eu quem gosta do nome mesmo (sorri sem graça). Ah, bom a partir do momento que o único vilão deste desenho é o Naraku, acho que eu não tenho muitas opções XD De fato, eu também não sei como a Kagome vai ser... Acho que um meio termo, nem tão saltitante, nem tão diferente... Na primeira versão ela era saltitante e deu no que deu ¬¬ Que bom que está gostando! Beijos, Raya
Ligia - Que bom que gostou! Espero que tenha goatdo desse cap também. Beijos, Raya
