Depois se Colhe o que Plantou
Kamus acordou sentindo falta de algo, ou de alguém no quarto. Levantou-se apressado, vendo que Milo não estava mais. Vestiu uma calça jeans e uma camiseta, calçou os tênis e desceu correndo até a sala de café-da-manhã, não queria que o amigo estivesse zangado.
Entrou correndo pelo refeitório procurando a mesa dos amigos, achando-os sentados a um canto, conversando enquanto comiam. Quando se aproximou Aioros sorriu dando boa tarde, dizendo que havia dormido demais, já Mu apenas sorriu discretamente, no outro canto da mesa.
Senta... não quer comer? – O grego perguntou bem ao seu lado, levou um susto pois não o vira ali tão próximo. Sentou-se ao lado de Milo sorrindo.
Por que não me esperou? – Perguntou corando um pouco.
Porque não queria te acordar... desculpa. – O grego pediu sorrindo.
Kamus estranhou a atitude do amigo, ele estava calmo demais, como se a noite passada não tivesse acontecido. Ao mesmo tempo estava aliviado por ainda ter seu amigo por perto, como antes.
Depois do café eles saíram para ver as tais ruínas. Aioros como sempre fazendo bobagem, junto com Milo e os gêmeos. Aioria só não ia atrás porque estava ocupado demais beijando Mu ou abraçando-o. Já Kamus, andava com Afrodite e Shaka mais atrás, absorto em uma conversa sobre a noite passada. Máscara da Morte e Shura seguiam os encrenqueiros, tentando impedir que derrubassem a tal ruína.
Então você está confuso sobre o que sente? Isso é normal... – Afrodite sorriu tranqüilizando o amigo.
É... o jeito com que ele falou... não sei o que foi...
Kamus... eu não quero dizer o que fazer e nem te influenciar, essa decisão é sua. – O sueco disse bem sério. Realmente não queria se meter, depois qualquer problema seria culpa sua.
- Eu sei... tudo bem. Mas acho que desconfio da sua opinião... – Afrodite e Shaka riram junto com francês, concordando com a afirmativa.
Era óbvio demais que os garotos achavam que Kamus deveria dar uma chance ao amigo, mas antes ele precisava vencer algumas barreiras em seu interior, aí sim dar a tão merecida chance.
No caminho de volta não tocaram no assunto. Todos caminharam falando das mais diversas bobagens e banalidades, até estarem no hotel. Cada um subiu ao próprio quarto, tomando um banho e descendo, depois, para o jantar.
Durante todo o dia o francês não parou de pensar no amigo, em seu sorriso e em suas palavras. Ficou confuso sem saber o que fazer, sem saber o que pensar ou falar. Queria agir como Milo, como se estivesse tudo bem, mas sabia que jamais conseguiria. Então depois do jantar ele resolveu que iriam conversar.
oOoOo
Já era tarde, no dia seguinte iriam partir de volta a Athenas, mas ele precisava falar. Levou Milo até a varanda, deitando-se novamente no chão, em cima de um cobertor. O grego ficou ao seu lado, novamente fitando as estrelas no manto negro. Conversaram por instantes sobre coisas bobas, até o aquariano tomar coragem de falar.
Milo... eu to confuso! – Ele falou bem rápido, esperando que o amigo entendesse.
Confuso com o quê? – Milo fitou-o com curiosidade, reparando no rosto corado.
Com o que você disse ontem... eu não sei o que pensar, o que fazer ou o que falar... eu...
Calma Kamus... não é o fim do mundo! Eu entendo que essa não seja a...
- Você não entendeu... – O francês cortou o amigo, olhando-o nos olhos, sentindo o frio na barriga aumentar. – Eu gosto de você... mas eu não...
- Não... – Milo sorriu malicioso, chegando o rosto bem próximo do outro, quase tocando nos lábios rosados. Deixou que aquele seu olhar conquistador prendesse o do aquariano e sussurrou bem baixinho na boca do amigo. – Se você quiser experimentar... tudo bem... porque eu estou louco para beijar essa boquinha rosa... – Kamus arregalou os olhos quando ouviu aquilo, rapidamente seu baixo ventre respondeu, despertando o membro adormecido. – Você quer? – Milo estava adorando a provocação e a expressão de bobo no rosto do outro. – Feche os olhos...
Kamus ainda estava bobo com tudo aquilo, não sabia se falava, se levantava, se agarrava Milo ou se obedecia, fechando os olhos. Optou por esperar a reação do amigo. Deixou-se sentir aquelas mãos quentes que subiram por seu braço, até tocar seu pescoço.
Não confia em mim? Feche os olhos. – Por fim obedeceu, fechando-os e esperando. Milo tocou de leve os lábios rosados com os seus, dando beijinhos suaves, apenas roçando os lábios. Querendo sentir a respiração quente do aquariano de encontro a sua.
Os lábios começaram a se abrir e uma língua atrevida escorregou para dentro da boca do francês, causando arrepios pela pele pálida deste. Milo usou de todo seu poder de sedução nos toques suaves, deixou que sua língua encontrasse a outra, massageando-a, tentando reconhecer todos os cantos daquela boquinha quente.
Kamus sentia seu coração bater acelerado, sentia novamente aquela euforia da noite anterior e continuava sem entender aquilo. Seu membro, semi ereto, crescendo conforme o beijo se intensificava. Mas Milo separou os lábios, notando que o francês ainda mantinha os olhos fechados.
Abre os olhos... – Ele sussurrou tocando de leve os lábios rosados, com as pontas dos dedos.
Kamus abriu aqueles profundos e escuros olhos azuis e estremeceu ao encontrar o olhar felino, azul safira. Sorriu levemente ao sentir que as coisas se esclareciam em sua cabeça, agora sentia apenas uma euforia e vontade de beijar novamente Milo.
Kamus... você beija bem... – Milo deixou os dedos passearem, contornando a boca do outro, sentindo a maciez dos lábios.
Não... você é que beija bem... – Kamus fechou novamente os olhos, sentindo aqueles dedos quentes o tocando.
- Não... é você... com essa boquinha gostosa... – O grego deu um selinho no amigo e sorriu divertido. – Você é todo lindo... perfeito... – Sorriu com o rostinho corado a sua frente, brincando com o amigo. – E fica ainda mais bonito quando está tímido...
Pára com isso... – O francês abaixou o rosto, tentando se esconder, mas Milo segurou seu queixo fazendo-o olhar novamente em seus olhos.
Não paro... você é a coisa mais perfeita e gostosa desse mundo... – O aquariano instantaneamente arregalou os olhos, sentindo seu baixo ventre arder. – E tem uma bundinha muito fofa. – Achou que deveria dar um tapa naquele grego safado, que passava a mão em suas nádegas delicadamente, em uma carícia de dar arrepios.
Milo... – Ele sentiu-se ainda mais vermelho, o grego sorriu malicioso, passando uma perna entre as suas, colando os rostos e os corpos.
Está gostando? – O membro desperto roçava na coxa direita do escorpião, fazendo-o sorrir mais. – Você gosta de ouvir que é lindo... eu sei... – Milo deu um chupão no pescocinho branco, marcando a pele macia. – Eu quero ter você todinho pra mim Kamus... você deixa? – A voz do escorpiano não era mais aquela de moleque, agora era rouca e baixa, quase um sussurro, enlouquecendo o aquariano.
Deixo... – Kamus respondeu automaticamente, sem nem pensar nas conseqüências.
Viu o sorriso safado se tornar ainda mais pervertido. Milo passou a mão pelo peito forte, suspendendo a blusa e encontrando a pele pálida por baixo. Desceu os lábios procurando beijar casa centímetro da pele descoberta e arrepiada, ouvindo gemidos baixinhos. Subiu de volta pelo mesmo caminho, parando nos mamilos para sugá-los e mordê-los, até senti-los durinhos entre seus lábios.
- Não resisto a sua boca... – Ele sussurrou voltando a beijar o aquariano, suas mãos rapidamente iam percorrendo o corpo esguio, até parar no limite que a calça impunha. – Posso? – Perguntou fazendo charme, brincando com os dedos no cós daquele pano irritante.
Milo... é melhor não...
E negar um alívio a isso? – Milo segurou o membro com firmeza, mostrando que sabia da excitação há muito tempo. – Não mesmo... eu quero te beijar todinho e depois... sentir seu gostinho... – Ele massageou o membro por cima da calça, fazendo Kamus gemer de surpresa.
Você é... louco... – O francês respirava com dificuldade já prevendo o que aconteceria. – Espere... o que vai fazer? – Seu rosto corou, cheio de vergonha.
Você vai gostar...
O grego sorriu puxando a calça para baixo junto com a cueca, revelando a ereção totalmente desperta. Deu uma boa olhada no membro e passou a língua pelos lábios, louco para colocar tudo aquilo na boca.
O que te deixou tão excitado? Meu olhar? Ou será que foram as palavras...? – O grego sussurrou passando os dedos por toda a extensão do sexo rígido, até segurá-lo entre a mão. – Você é grande... – Ele sorriu contente com aquilo.
As palavras... – O francês gemeu, apertando os olhos, sentindo a mão quente envolver seu sexo.
Claro... estimular a mente... você gosta de ouvir sacanagem... – Milo sorriu consigo mesmo, adorando a brincadeira. – E eu... gosto de falar... e de ver esse seu rostinho corado tanto de vergonha como de tesão... – Ele apertou o membro do outro, ouvindo um gemido satisfeito.
A mão subia e descia, sentindo a textura, o calor, a pulsação do membro. Mas Milo queria sentir mais, muito mais, aquilo não era o bastante. Lançou um olhar a Kamus, que o deixaria sem ação por instantes e então desceu o rosto até estar lambendo todo aquele sexo duro e latejante.
Kamus jogou a cabeça para trás ao sentir a boquinha quente o envolver, chupando com ardor. Achou melhor nem falar nada e deixar que o grego terminasse com aquela tortura. Já estava perdendo os sentidos com aquela boca apertada, sugando seu membro como se fosse engoli-lo, não agüentou e gozou, deixando seu corpo amolecer com a sensação do orgasmo.
É bom mesmo... – Milo sussurrou enquanto lambia os lábios, voltando a fitar o francês. – Como eu imaginei... – Ele beijou a boca rosada, procurando a língua quente do outro e fazendo-o provar do próprio gosto.
O que...? – Kamus separou-se do beijo, sentindo o gosto diferente.
O que foi? Não gosta do gosto que você tem? – Aquele grego tarado sorriu, ajeitando-se ao lado do amigo. – Eu adorei.
Bobo... – Kamus puxou de volta a roupa, vestindo-se. Virou de lado fitando os olhos azuis mais claros. – Milo... e você? – Escorregou a mão pelo abdome do amigo, atingindo o limite da calça.
Você quer tocar em mim? – Os olhos do aquariano estavam receosos e temerosos, achou melhor não forçar nada. – É melhor não...
Mas você vai ficar...?
Não tem problema... – Ele puxou o aquariano deitando-o em seu peito, fazendo um carinho gostoso nas mechas lisas. – Por hoje foi suficiente... da próxima vez eu deixo você me tocar...
Ficaram abraçados por muito tempo, até ficar frio e tarde. Dormiram juntos, na mesma cama, um esquentando o outro. No dia seguinte pareciam envergonhados, mas mesmo assim não se arrependiam de terem feito aquilo, pelo contrário, haviam gostado. Agora restava enfrentar a zoação dos outros amigos...
Continua...
oOoOo
N/A: Que fofos... não gostaram do Kamus ter ficado com o Milucho? Ficou bonitinho? O Kamus ainda tá meio confuso, por isso eles não fizeram muita coisa dessa primeira vez, mas aguardem, coisas estão por vir!
Eu queria pegar o Kamus e apertar ele até ele ficar roxo! Eu amo ele!
E puxa... Makimashi é realmente difícil ver em fics o Kamus sofrendo mais que o Milo, geralmente o escorpião é o coitadinho. Eu não entendo porque isso, então aqui o Kamus vai sofrer mais, porque quem vai ter que aturar é ele e não o Milo.
Bom, muito obrigada pelos reviews, foram poucos, mas eu gostei muito de todos... Valeu gente, continuem acompanhando por favor!
Bjus.
