Nos Braços do Escorpião

Na sala rolava um jogo, que fazia os amigos rirem e zoarem uns aos outros. Shura e Aioros já estavam de volta, com as devidas roupas, ou pelo menos com algo que cobrisse o principal, no caso do grego. Saga, Kanon, Shaka, Mu, Aioria, Máscara da Morte, Shura, Afrodite, Aioros, Ikki e até mesmo Shun, estavam sentados em roda com uma garrafa ao centro.

- Ora, ora... Depois dessa eu nunca mais olho vocês da mesma maneira... – Ikki comentou fazendo os outros rirem. Girou a garrafa vendo-a cair apontando Shaka, respirou fundo e pensou em algo que pudesse perguntar ao loiro.

- Vê lá, hein? Não pergunta coisa boba... Pergunta alguma coisa legal! – Kanon sorriu, batendo nas costas do amigo. Ikki pensou e suspirou.

- Você é virgem? – Perguntou finalmente, vendo a expressão de alegria sumir dos rostos dos colegas.

- Ikki... Pergunte algo que a gente não saiba... – Aioros encostou-se no sofá, nem querendo ouvir a resposta.

- Sim! – O loiro respondeu feliz, sorrindo.

- Ele não perguntou seu signo, Shaka... – O ariano cortou as caras desanimadas e olhou bem sério para o meio-irmão, que engoliu em seco.

- Quer dizer que ele já... – Mu concordou com a cabeça e Afrodite abriu um sorriso. – Não nos contou nada, seu safado! – O sueco fingiu brigar com o amigo, enquanto os outros tentavam mudar as caras espantadas.

- Então? – Ikki insistiu. – Você já fez sexo?

- Si-sim... – Shaka sentiu o rosto arder de vergonha, baixou os olhos, sem conseguir encarar o amigo.

- Tudo bem, loiro... seria mais estranho se você ainda fosse mesmo virgem... – Afrodite sorriu, encostando-se em Máscara da Morte.

A garrafa girou no centro, deixando todos no suspense. Shun ainda estava abismado, pois todas as perguntas haviam sido sobre sexo, o que tornava aqueles amigos de Ikki, uns tarados sem noção. Enfim a garrafinha caiu apontando o garotinho de cabelos verdes.

- Uhm... o que eu posso perguntar a ele? – O loiro pensou e virou-se para Mu, cochichando algo em seu ouvido. O ariano afirmou com a cabeça e sorriu. – Bom... responde na sinceridade... você já beijou aquele menino loiro, né? Quero saber o que mais vocês já fizeram...

O rosto de Shun se inflamou de vergonha, ficou vermelho, não... roxo, ao saber que Ikki estava ao seu lado ouvindo tudo. Estava bem óbvio que o irmão não gostara nada de ouvir que ele já beijara o menino... mas enfim, responder ao resto já era demais.

- Na-nada... – Falou timidamente, mas Shaka não se convenceu, nem tão pouco os outros.

- Ah... fala sério! Você já tem quinze anos certo? – Shun afirmou. Saga então sorriu simpático. – Duvido que não tenha feito mais nada... – Ikki queria matar o irmão e os outros também, mas não disse nada.

- Ah... é verdade... mais nada...

- Duvido! – Afrodite se protestou, sendo apoiado pelos outros. – Eu não ia ficar só de beijos com aquele loirinho gatinho... – Piscou um olho sorrindo malicioso. – Certamente já rolaram umas mãos e outras coisas, quem sabe?

- Afrodite! Do que foi que você chamou aquele pirralho? – Máscara da Morte irritou-se, virando o amante de frente para si.

- Calma... você sabe que só tenho olhos para você... – O pisciano sorriu nervoso, tentando convencer o italiano.

- Tão tá hein? Vamos prosseguir... – Shura rodou a garrafa ignorando os colegas e para sua surpresa ela caiu virada para si mesmo.

- Pergunta alguma coisa picante para o espanhol... – Aioria sorriu, vendo a cara do irmão ficar vermelha de raiva.

- Onde está o goleiro do time de vocês e aquele menino que estava aqui? O que eles estão fazendo? - E para surpresa geral eles perceberam que até o atual momento não tinham dado pela falta de Kamus e nem de Milo.

- Boa pergunta... devem estar no quarto de Milo... Agora fazendo o que... quer que eu adivinhe? – Shura sorriu para o garoto, apoiando um braço na perna flexionada.

- Si-sim... – Shun sentiu o rosto ficar ainda mais vermelho, se é que isso era possível.

- Eu acho o francês finalmente resolveu dar pro Milo... – E deixando todo mundo de novo com cara de babaca, rodou a garrafa, vendo-a cair virada para Máscara da Morte. – Muito bem, italiano... Sua vez de pagar mico.

Máscara da Morte assim como os outros arregalaram os olhos para o capricorniano, mas esperaram ansiosos pela próxima revelação.

- Você já deixou, alguma vez, o Afrodite te comer? – O espanhol ergueu a mão, impedindo protestos. – Se não responder, vou tomar isso como um sim... Não minta.

- Droga... – Máscara virou o rosto, contrariado, fitando os olhos azul piscina do amante. – Já... – Sussurrou.

- O que foi que você disse? – Shura se fez de desentendido, chegando o rosto mais perto de onde estava o amigo.

- EU DISSE QUE SIM! POR QUE, ALGUM PROBLEMA? – O canceriano gritou no ouvido do espanhol, fazendo-o arregalar os olhos e voltar para seu lugar.

- Tudo bem, problema nenhum, mas não precisava gritar... – Shura esfregou os ouvidos, enquanto os outros abafavam os risos, com as mãos.

- Minha vez! – Máscara respondeu, desgostoso, girando a garrafa. Quando esta parou, deixou um sorriso transparecer, pensou um momento e mandou. – Aioros... conta aqui... O que você viu no Shura?

- Ahn... ele...

- A verdade... Aquilo que você me contou naquele dia, depois da festa... – Ele sorriu malicioso, deixando o amigo e o espanhol muito sem graça.

- Máscara... era pra ser um segredo...

- E outras coisas também, mas eu fui obrigado a falar! – O italiano irritou-se com a atitude. Se ele era obrigado a falar seu segredo, Aioros teria que confessar na frente de todos.

- Fala! – Afrodite quase gritou, esperando ouvir o segredo. – O quê? – parou tentando ouvir os sussurros do grego. – MAIS ALTO! – O sueco gritou, provocando o amigo, sabendo que dali não sairia nada decente.

- Querem mesmo saber! Eu gosto é... é... – O grego lançou um olhar a Shura, que não sabia se corria ou se ficava para ouvir. – Ah... fala sério... aqui não tem criança... eu gosto é de... do... de... do tamanho dele! – Aioros virou o rosto, contrariado, cruzando os braços e fazendo cara feia. O espanhol apenas sorriu de leve.

- É só isso? – Shura perguntou, olhando o amante nos olhos. Aioros ficou sem reação, pois sabia que Shura não era muito sentimental e nunca haviam conversado sobre o fato, achou melhor então afirmar que a relação não passava de sexo.

- Sim... – Aioros viu o rosto do amante se fechar e não entendeu bem porque. Shura levantou-se sem dizer nada e seguiu o caminho da cozinha.

- Você vai ficar aí sem fazer nada? – Máscara da Morte perguntou, sem deixar seu sorrisinho de lado.

- Não... – Rapidamente o grego se ajoelhou e chegou perto do amigo, quando estava bem perto deu um soco forte no rosto bronzeado. – POR QUE VOCÊ SEMPRE TEM QUE FAZER ISSO! NÃO GOSTA DE ME VER COM ELE? – A fúria contorcia seu rosto, os músculos definidos de seu corpo se retesavam com o ódio que sentia. Máscara sorriu e olhou-o novamente.

- Não, Aioros... mas eu acho que você perde muito tempo me contando as coisas, quando deveria ir falar isso para ele. – O sorriso se apagou do rosto do italiano, massageou a bochecha e voltou a encostar-se ao sofá.

O grego abaixou o rosto, como se fosse chorar, levantou-se do chão andando rápido até a cozinha. Na verdade não sabia o que pensava do amigo, ele só tentou ajudar, talvez da maneira errada, mas ainda assim, ele queria seu bem. Entrou na cozinha, achando que o mundo desabava sobre seus ombros, encontrou o espanhol encostado na pia, com a cabeça baixa.

- Desculpe... – Sussurrou, sem se atrever a chegar perto do amante. Shura levantou os olhos, frios e sem emoção e num instante, ao ver aquelas duas esmeraldas, úmidas de arrependimento, deixou que uma lágrima escorresse até seu queixo. – Shura... – Aioros arregalou os olhos e correu para abraçá-lo. – Desculpa... aquilo não é verdade, mas eu achei que você só estava comigo por sexo, não queria estragar nossa amizade com meus sentimentos.

- Aioros... – Shura sussurrou, deixando-se ser abraçado pelo grego, levantou o rostinho choroso, enxugando as lágrimas que caíam. – Eu gosto muito de você... nunca disse que só queria sexo...

- Eu sei, mas eu interpretei mal... me perdoa? – O grego levantou os olhos, fazendo carinha de criança abandonada, o espanhol riu e passou um dedo por seus lábios.

- É claro... Mas da próxima vez que você fizer propaganda de mim em público... Eu penso no caso de vender meus serviços. – O capricorniano ficou sério, fitando o rosto bronzeado confuso.

- Ai meu Zeus! Tá maluco? Isso aqui é tudo meu, só meu... – Aioros falou preocupado, passando as mãos pelo corpo do amante, que ria de se acabar.

- Aioros... você é a coisa mais fofa do mundo. – Em um gesto surpreendente, apertou as bochechas do grego, rindo mais. Aioros ficou sem ação, apenas sorrindo e achando tudo aquilo maravilhoso.

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Enquanto isso, na sala todos ficaram calados. Kanon pegou a garrafa, colocando-a em uma mesinha ao lado do sofá. Aioria puxou Mu do chão, voltando para o sofá, enquanto que Afrodite abraçava o amante.

- Bom... talvez não tenha sido mesmo uma boa idéia ter feito esse jogo. – Saga baixou o olhar, ainda confuso e constrangido.

- Não... foi bom... agora ele nunca mais enche meus ouvidos dizendo que ama o Shura e que o espanhol não liga pra ele... – Máscara puxou o sueco, que se encostou em seu peito, brincando com os próprios cachos azulados.

- É... eu acho que sim... – Afrodite sussurrou, sentindo o corpo forte o abraçando.

- E quanto a Kamus e Milo? – Aioria perguntou.

- Deixe-os quietos... quando eles voltarem a gente pergunta o que faziam... – Mu lançou um olhar divertido para o amante, encostando a cabeça em seu ombro.

Na sala o clima pesado só se dissipou quando Aioros voltou da cozinha, sentando-se ao lado de Máscara da Morte, abraçando-o e pedindo desculpas. Shura parecia ter tirado um peso enorme dos ombros, até a expressão severa de seu rosto havia amenizado. Eles então conversaram como pessoas normais, que não eram, esperando que Kamus e Milo voltassem.

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Milo sorriu ao ver o corpo alvo estremecer com o contato de seu membro naquela entradinha rosada. Segurou nas coxas definidas e apertou-as, enquanto procurava a boquinha que tanto amava para beijar. Sugou os lábios rosados, desejando nunca se afastar deles, eram deliciosos demais.

- Milo... – Kamus sentia seu membro pulsar, novamente estava pronto para outro orgasmo forte como aquele anterior. Puxou o rosto do grego e olhou dentro dos olhos azuis. – Eu...

- Eu sei que está com medo... mas não precisa, vou ser bem delicado com você. – Milo não esperou reação do amante, abriu o vidro passando um gel claro nas mãos. – Está um pouco gelado, tá? – Levou a mão até as nádegas do francês, passando os dedos pela fenda e enfiando dois dedos no buraquinho apertado. Lubrificou bem o local para a futura invasão dolorida.

- Um pouco? – Kamus sorriu, sentindo o gel geladinho lubrificar sua entrada. Os dedos entravam e saíam alargando-o mais um pouco, deixando sempre uma sensação de vazio quando saíam. Abriu mais as pernas procurando sentir bem tudo aquilo.

O grego queria jogar Kamus na cama e subir por cima dele, sem se preocupar com a virgindade do garoto ou qualquer outra coisa, aquela carinha de prazer estava deixando-o louco. Retirou os dedos ouvindo os gemidos de protesto, pegou mais um pouco de gel e passou a mão pelo membro, espalhando o lubrificante por toda a extensão.

- Abre bem as pernas... – Milo sussurrou no ouvido do aquariano, provocando arrepios pela pele alva. O amante obedeceu, abrindo as coxas e esperando. – Agora... levanta um pouquinho o corpo... – O francês obedeceu, levantando um pouco, apoiando-se nos ombros do escorpiano.

- Assim? – Perguntou olhando para baixo, constatando o brilho de luxúria naqueles olhos sedutores.

- Assim mesmo... – Milo parecia estar nas nuvens... aquele rostinho corado, os olhos fechados, a boquinha entreaberta, a respiração falhada, aquela bundinha fofa empinada para trás, como se esperasse um castigo. Essa mistura toda era enlouquecedora, quando unida à voz rouca de prazer do aquariano e o grego não deixou isso passar desapercebido. – Kamus... você me enlouquece de tesão... vem, agora senta bem devagar... – Colocou o membro na entradinha virgem, enquanto segurava com uma das mãos a cintura macia, fazendo-o descer o corpo lentamente, até sua ereção começar a abrir espaço no corpinho apertado.

Kamus descia o corpo pensando em como explicaria aquilo a si mesmo, jamais pensou que um dia estaria fazendo algo como isso. Mas no momento a dor e o prazer tomavam mais espaço e o membro entrando lentamente, derrubando as barreiras que seu corpo virgem impunha, começava a despertar um tesão, que até então não existia para si. Sentiu o sexo entrar até a metade, fazendo Milo soltar um gemido do mais puro prazer, enquanto ele próprio já nem sabia mais a altura de seus gemidos.

- Calma... relaxa o corpo... – Milo pediu, tentando se acalmar ao mesmo tempo em que fazia um carinho nas mechas azuladas do amante. Seu membro era apertado com tanta força, que sua mente se nublava, impedindo o raciocínio. Os gemidos altos eram enlouquecedores, sabia que estava provocando dor no amante, mas não queria parar, não agora que seu membro se enterrara totalmente no interior daquela bundinha quente. – Aaah... isso é muito bom... – Gemeu baixinho no ouvido do aquariano.

- Milo... isso dói muito... – Kamus choramingou, com o rosto escondido no pescoço do grego, procurando sentir aquele perfume que sempre o acalmava. Mas estava muito difícil esquecer aquela maldita dor, que o rasgava inteiro por dentro.

- Calma... é assim mesmo... mas daqui a pouco vou te fazer gemer muito de prazer... – Milo remexeu os quadris lentamente, só para ver se aquilo era real e que ele estava dentro do francês.

Kamus ficou muito quieto, tentando se acostumar com o volume rasgando-o. Tentou esquecer a dor e tudo o mais que pudesse impedi-lo de continuar sentado no colo do amante. As mãos do grego passeavam por suas coxas, nádegas, costas, cabelos... Os dedos apertavam um mamilo depois o outro, tornando a carne rígida e arrepiada... Sentiu seu sexo, até então abandonado, ser acariciado lentamente, provocando alguns gemidos baixinhos. A dor se esvaecia lentamente, mas sabia que o menor movimento faria com que ela voltasse.

- Ah... já está mais acostumado? Daqui a pouco eu vou te foder bem gostoso... – O sorriso era malicioso como sempre. As mãos sentiam o membro ficar cada vez mais duro, a cada carinho e a cada palavra... Milo passou um dedo pela fenda de onde já saía o líquido claro, levou o mesmo dedo à boca, provando do gostinho adocicado. – Como pode ser tão gostoso? – Perguntou ao rostinho confuso a sua frente. O francês nem sequer se atrevia a falar, com medo de que a dor tomasse novamente seus sentidos, mas o grego não queria ficar parado.

Milo remexeu a cintura, tirando um pouco o membro e depois o enfiando novamente. Ouviu um gemido de dor e parou, sabia que para Kamus aquilo devia estar sendo difícil, não eram só as barreiras do corpo que ele devia vencer, mas também as barreiras daquela mente confusa do aquariano. Esperou pacientemente que a expressão do rostinho claro se aliviasse e então estocou bem delicadamente outra vez, ouvindo um novo gemido.

- Relaxa... – O grego colocou as mãos nas duas nádegas, abrindo-as e se enterrando mais outra vez no corpo apertado. Seu gemido foi acompanhando por outro, meio abafado e dolorido. – Kamus... vai... faz sozinho... – Milo queria gemer mais alto, gritar e deixar que seus sentidos se nublassem com um orgasmo que inundaria o amante, mas deveria ser mais delicado com quem amava tanto. – Faz... vai ser gostoso... senta em mim... – Ele sorriu malicioso, esperando ver o azul escuro dos olhos do francês brilharem de dor, mas o que viu foi apenas desejo.

Kamus viu o rostinho corado e a boquinha vermelha lhe fazer aquele pedido tão pervertido... Não agüentou, tinha que dar ao grego o que ele pedia. Vencendo sua própria dor, levantou o corpo e depois desceu de novo, sentando inteiramente no membro ereto. Enquanto repetia os movimentos, com as mãos ainda apoiadas nos ombros do amante, sentia a dor ir se dissipando, aos poucos. Cada gemido era motivo de um sorriso mais aberto, mostrando que a dor não tardaria a sumir.

Milo segurou na cintura do outro, sentindo-se extremamente excitado com a visão de Kamus subir e descer naquela lentidão, sentindo cada parte de seu membro adentrar o corpinho quente, mas aquilo não era suficiente. Ajudou o aquariano, estocando junto com os movimentos de subida e descida, tocando fundo, procurando aquele ponto íntimo, que há pouco deixara o francês gemendo de tesão.

- Ah... acho... que... achei... – O grego tentou falar entre os gemidos, sua voz era rouca e vacilante pela respiração alterada. O francês abriu os olhos, cheios de paixão e sorriu, gemendo quando Milo o tocou novamente naquele ponto prazeiroso. – É aqui... – Estocou mais forte, tocando novamente no local sensível. Kamus arqueou as costas esquecendo-se completamente da dorzinha que ainda persistia, onde o membro grosso alargava sua entrada.

Seus movimentos se intensificaram, querendo sentir mais uma vez aquele ponto ser tocado. Deixou que Milo mexesse os quadris, estocando cada vez mais fundo, cada vez mais rápido, dando mais prazer do que ele sequer poderia imaginar vir a sentir. O prazer chegava a ponto de sobrepujar a dor e arrancar gemidos cada vez mais altos de sua boca, já não se importava com mais nada, apenas com o ato que realizavam juntos.

Enquanto o aquariano se via em devaneio, o grego o apertava e observava, fascinado com o rostinho corado e as expressões que ele fazia toda vez que era tocado com mais força. Milo aumentou o ritmo das estocadas, recebendo um gemido de puro prazer em resposta, gostou de saber que agradava ao amante e continuou segurando em suas coxas, se enfiando cada vez mais fundo naquele interior apertado. Mas então quis fazer um teste, uma brincadeira, segurou na cintura de Kamus e parou de se mover, fazendo o aquariano ficar parado também.

- Não! Por que... fez isso? – Kamus gemeu irritado, tentando soltar as mãos de sua cintura. – Me solta... eu...

- Então estava gostoso? – O grego não sabia porque fazia aquilo, estava enlouquecendo a si mesmo, com aquele corpo se contraindo em volta de seu membro. – Quer que eu solte você?

- Sim... me solta... – O francês pediu tentando se mexer no colo do grego. Jamais se imaginou ferindo seu orgulho daquela forma, mas o prazer falava bem mais alto.

- E quando eu o soltar... você vai rebolar bem gostoso e foder essa bundinha linda, até eu gozar? – O aquariano arregalou os olhos ao ouvir aquilo, seu baixo ventre queimou, achou que seria a hora de gozar, mas não, ainda não.

- Eu... eu quero... me solta... – Ele pediu, tentando arrancar as mãos de sua cintura, já mexendo o corpo, fazendo o membro escorregar com dificuldade em seu interior.

- Você é apressado... hummm... – Milo gemeu mais alto, quando o francês deu um impulso sentando, com força em sua ereção. – Calma... eu vou te soltar... – Pediu tentando controlar sua respiração, mas Kamus não o ouvia mais.

- Me larga... – Kamus pediu se impulsionando novamente, se rasgando por dentro. Sentiu as mãos o soltarem, enquanto seu corpo subia e quando desceu, largou seu peso, se enterrando com força na ereção rígida ao máximo.

- Aaaaaaaah... – Milo ofegou e num gemido alto gozou demoradamente, estocando forte o francês. – Eu disse... que devia... esperar... – Ele gemeu saciado, ainda movendo o corpo de leve.

- Uhm... eu... – Kamus tentou responder, mas sua garganta prendia e seu sexo queimava de tão duro.

- Deita... – Milo praticamente ordenou que Kamus deitasse e foi obedecido sem perguntas. Abriu as pernas fortes do goleiro e caiu de boca no membro ereto e suplicante, chupando com força. Enfiou dois dedos na entradinha apertada, voltando a tocá-lo naquele ponto sensível e prazeiroso, ouvindo os gemidos descompassados e as coisas sem sentido que saíam da boquinha rosada e bem educada do amante.

- Eu... eu... eu vou... hummm aaaaaah... – Kamus gemeu mais alto inundando a boca que o apertava. Abriu os olhos finalmente, puxando o amante para um beijo, sentindo seu gosto na língua quente e úmida.

Milo caiu deitado ao lado do outro, abraçando-o e deitando em seu peito, arfando e ainda gemendo, sentindo o corpo amolecer gradualmente. Kamus estava tão acabado que mal teve tempo de respirar e sentiu os braços fortes o envolverem.

- Kamus... eu te amo... – O grego sorriu, sentindo o perfume gostoso nos cabelos lisos do francês.

- Eu também... te amo... Milo. – Ele sussurrou de volta sorrindo e sentindo o corpo em seus braços estremecer. Mas o estado de torpor durou pouco, batidas na porta o fizeram levantar, assustados.

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Eles estão demorando muito... – Shaka reclamou, olhando para o relógio de pulso.

- Aioria... vai chamar o Kamus, ele tem que tá em casa às sete e já são 6:55. – Shura confirmou no relógio de Shaka, parecendo preocupado.

- Certo... vou lá... – Aioria seguiu o corredor até o quarto de Milo.

Pensou bem, parou, encostou o ouvido na porta, tentando ouvir algo. Estava silencioso, deviam estar dormindo. Bateu na porta, chamando o francês.

- Kamus... são quase sete horas... seu pai vai te matar se você não chegar logo em casa! – Aioria falou alto, tentando se fazer ouvido. Bateu novamente, ouvindo a voz do grego ao lado de dentro.

- Calma Aioria! – Milo abriu a porta, apenas de bermuda, com os cabelos bagunçados. Dentro do quarto o francês terminava de vestir as calças e a camiseta.

- Estou calmo. Mas ele tem que voltar pra casa, não? – O leonino sorriu vendo o estado de Milo e o rosto envergonhado do outro amigo.

- Certo, obrigado, Aioria. – Kamus calçou os sapatos de qualquer jeito e despediu-se de Milo com um beijo na bochecha. – Tchau...

Os dois ficaram no corredor, vendo o francês se afastar encontrando Shura na sala e saindo com ele. Na pressa os dois esqueceram de falar algo sobre o que havia acontecido e apenas puderam guardar o gosto um do outro na boca.

Kamus chegou, dez minutos atrasado, em sua rua, virou-se para Shura perguntando se estava apresentável, o espanhol torceu o nariz e ajeitou os cabelos azulados do amigo, sorrindo em seguida. O francês se despediu e caminhou empurrando a bicicleta até a garagem. Entrou em casa pelos fundos, respirando fundo e esperando que o pai não tivesse notado seu atraso. Já estava subindo as escadas quando uma voz trovejou atrás de si.

- Por que atrasou?

- Por...por-porque... o trabalho atrasou... e... – Respirou fundo virando-se de frente para o pai, encarando a expressão severa no rosto dele. Sabia que ele desconfiaria de algo, se não desconfiasse seria estranho.

- Trabalho de matemática, não costuma deixar ninguém com a camisa para fora da calça, com os sapatos desamarrados e muito menos com o cabelo desalinhado. – Kamus engoliu em seco, sabendo que o pai descobrira tudo entre ele e Milo, sendo assim nada poderia salvá-lo da Sibéria ou quem sabe da Antártida.

- Não... papai... eu...

- Estava jogando aquele maldito futebol, não é! – Kamus arregalou os olhos, pensando bem se devia ou não negar, mas achou que o futebol o salvaria de uma boa.

- Desculpe... depois do trabalho os meninos se reuniram no campinho... joguei só um pouquinho! – Tentou se desculpar fazendo cara de vítima, como se os safados fossem os amigos que o obrigaram a "jogar".

- Não quero mais que você jogue com aqueles moleques... Agora suba, lave-se e desça para o jantar.

Kamus sorriu e sussurrou um "sim, senhor", subiu correndo as escadas, entrando em seu quarto e jogando longe a mochila, desejando não ter que tomar banho e tirar o cheirinho bom de Milo de sua pele. Mas achou que seria bem pior se não obedecesse ao pai.

Retirou cuidadosamente toda a roupa, passando a mão pelo corpo todo, sentindo ainda as mãos de Milo tocando cada parte de sua pele. O sêmem ainda grudava em suas coxas e nádegas. Não queria tomar banho, queria ficar com o toque de Milo em seu corpo para sempre. Mas entrou mesmo assim no chuveiro, ainda pensando em como a tarde havia sido boa, longe dos cadernos e livros, nos braços do escorpião.

Continua...

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N/A: Pronto! Não sou mais tão malvada, né! Aí está o fim do lemon dos dois lindinhos. Eu não ia colocar tudo junto, o lemon ia ficar pro próximo, mas achei que seria maldade demais. Então aí está! Espero que tenham gostado da cena do joguinho, foi só pra distrair e dar história aos outros.

Devido à junção de dois capítulos, para que vocês pudessem ler o lemon logo, esse capítulo 6 ficou enorme! Peço desculpas a vocês por isso, mas se não fosse assim vocês não iam ver a cena entre Kamus e Milo agora.

Perdão pela falta de imaginação no título e pela parte nada a ver entre Aioros e Shura... Eu tava sem noção quando escrevi isso! XD

Caliope Amphora UAHUAHUAHAH... foi mal... Já terminei o que o Milo começou! XD

LililiTo terminando! Non mata eu!

Kitsune Youko: Acho que vou ter que deixar o Aioros pelado mais vezes XD Caraca! Vc me entende! Shaka uke é nada a ver! Eu gosto dele com o Ikki, mas só se ele for seme! XD

Gente, é só isso. Espero que vcs tenham se divertido com esses malucos e que tenham gostado desse lemonzinho. No próximo tem confusões... Eu acho! XD

Bju grande!