O Seqüestro

- Milo... Acorda... – Saga sacudia o amigo, enquanto Kanon vigiava a porta do quarto. Milo abriu um olho, se remexeu e por fim acordou.

- O q foi? Por que ta me acordando a essa hora? – sentou-se na cama e esfregou os olhos, tentando entender o que os gêmeos faziam em seu quarto às três da manhã.

- Vamos falar com Kamus... Agora sem discussão, vista suas roupas e vamos! – Saga sussurrava, não queria acordar os outros, principalmente Aioros, ou aquilo viraria uma bagunça.

Saíram de casa em silencio, Milo se perguntando milhões de vezes se deveria matar os gêmeos e voltar para a cama ou simplesmente dormir ali mesmo na rua. Estava tudo quieto e escuro, poucos eram os carros na rua, mas Saga e Kanon seguiam calados e decididos a irem até o fim.

Chegaram na casa de Kamus, procurando pela janela do quarto do garoto, estava tudo apagado e silencioso, mas isso tudo era parte do plano. Kanon pegou uma pedrinha no chão e atirou na janela... Nada, pegou outra e mais outra, até que uma cascata de cabelos azuis apareceu na janela, esfregando os olhos. Os três amigos sorriram e o coração de Milo pulou enlouquecido no peito, lá estava Kamus, olhando-os com curiosidade sem entender uma vírgula do q se passava.

Naquela noite acabou indo dormir cedo, estava muito cansado. Era semana de provas e os estudos, cada vez mais difíceis, ocupavam a maior parte do seu tempo. Esperava poder dormir uma noite tranqüila, sem pesadelos, mas às três da manhã, um barulho incômodo na janela o havia acordado. Kamus levantou para ver o que era e pelo susto, quase engoliu a própria língua.

- O que fazem aqui? Ficaram loucos? – sussurrou com medo de que o pai os ouvisse.

- Kamus, presta atenção... Você pode dar um jeito de fugir durante as aulas? – Kanon falou no mesmo sussurro.

- Posso... Acho que posso, por quê?

- Dê o seu jeito... Às três horas de amanhã... Depois a gente te explica o resto!

- Tudo bem... Mas... Isso não vai me dar mais problemas, vai?

- Não... Talvez os resolva... Ah! Leve algumas roupas... Coisas essenciais! – Saga completou com um sorrisinho para o irmão. Milo se adiantou na frente, tentando se controlar para não subir até lá e agarrar o francês.

- Kamus...

- Sim, Milo?

- Eu ainda te amo, ta? – o francês emudeceu e nem teve tempo de tentar recuperar a fala, pois os gêmeos arrastaram seu louco amante de volta para casa. Então ele fechou a janela e voltou para a cama, excitado demais para pegar no sono.

- Vocês são loucos! Loucos! – Milo ralhava com os gêmeos no caminho de volta.

- Loucos? Do que ta reclamando? Nós dois aqui vamos resolver o seu problema... Devia estar feliz!

- É muito arriscado roubar o Kamus, Saga... Poderíamos ser presos!

- Acha? O pai dele é o maior criminoso dessa história... Vamos dar um sustinho nele e depois devolvemos o francês. – Kanon sorriu malicioso e empurrou Milo para dentro de casa. O dia seguinte prometia.

Duas da tarde. Milo estava sentado no chão, arrumando seus CDs, sentindo o estomago pular de ansiedade, quando Saga apareceu na porta com Kanon. Os gêmeos tinham aquele sorriso de quem estava aprontando uma e realmente iriam.

- Está pronto?

- estou, mas não é cedo?

- É... – saga respondeu – Mas estamos nos prevenindo... a escola dele é longe.

- Ok... – Milo levantou-se do chão acompanhando os gêmeos. Os três de boné, óculos escuros e cabelos presos... Pareciam realmente criminosos daquela forma.

oOoOo

- Agora sim estamos disfarçados, Kanon! – Saga reclamou tirando os óculos para lançar um olhar feio ao irmão. Milo nem se preocupava, estava mais é tentando acalmar seu estomago e joelhos, que tremiam de ansiedade.

- Pára de reclamar Saga!

Duas e meia da tarde. Pararam do outro lado da escola de Kamus, observando o movimento. Como não havia ninguém suspeito, ficaram por ali mesmo esperando o francês. Discutiram o plano de como levar o garoto dali sem que ninguém visse, por vezes tiveram que acalmar Milo, que pulava de excitação toda vez que alguém saía pela porta do colégio.

Três da tarde. Nada... Kamus demorava, mais alguns minutos e Kanon teria que levar Milo ao hospital, enquanto Saga entraria na escola para puxar o francês pelos cabelos.

Três e dez da tarde. Os gêmeos impacientes olhavam a toda volta, procurando por Kamus. Saga já discutia com Kanon que não era um bom plano, enquanto Milo, sentado em um banco, estava a ponto de chorar, quando sentiu uma mão em seu ombro.

- Não queria assustar... – o francês recuou, ao ver o pulo que o amante deu.

- Kamus! – Milo pulou no pescoço do garoto, apertando-o.

- Ah... Até que enfim!

- desculpa Kanon... Mas é que não dava para fugir pela porta da frente, então saí pelos fundos e...

- Depois você explica, francês... Agora nós temos que sair rapidinho daqui!

Os quatro saíram furtivamente, com aquele frio na barriga, tentando disfarçar para que ninguém notasse. Kanon pegou um caminho diferente do que normalmente fazia para casa, apenas para não levantarem suspeitas. Milo mal continha seu sorriso bobo, enquanto Kamus, com o coração aos pulos, toda hora tirava a franja dos olhos, em atitude nervosa.

Chegaram em casa, encontrando Shura, Afrodite e Máscara por lá, sentados no sofá com os irmãos Aioria e Aioros. Os gêmeos entraram sorrindo e puxando o premio pela blusa: Kamus.

- Não acredito! Tinham que ser vocês! – Shura revirou os olhos, negando com a cabeça. Os outros mal tiveram reação, quando viram Aioros pular do sofá para abraçar Kamus.

- Eu sabia que eles dariam um jeito! E então, já contrataram o advogado? – perguntou a Kanon com um sorrisinho bobo nos lábios.

- Não vamos precisar disso... Deixem conosco! Agora, Kamus... Você não pode dar mole, vai ficar trancado aqui e nem colocar a cabeça pra fora da janela você pode!

- Ta certo, Saga! Obrigado... Não sei o que faria sem vocês! Eu estava desesperado! – o francês se jogou nos braços do amigo, quase chorando de emoção.

- Ta... Tudo bem, tudo para ver você e o Milo sorrindo de novo. – Saga afastou-o delicadamente, piscando para o grego.

- Certo... Então, Kamus... Vem cá... – saiu puxando o amante pela mão, antes que qualquer um tivesse tempo de zoar da cara deles.

Entrou pelo quarto e jogou a mochila em um canto, não perderia nem mais um segundo. Puxou a blusa, jogando-a longe, notando que o amante já tirava suas próprias roupas também.

- Milo... Vem... Preciso de você. – puxou-o pela mão arrancando a cueca do outro, apertando a bundinha perfeita e macia.

Sentiu a ereção se espremer contra a sua, enquanto o puxava mais forte, durante o beijo que trocavam. Os dois caíram na cama, se tocando, enquanto o beijo aumentava de intensidade retirando qualquer vestígio de sanidade que os dois poderiam ainda possuir. Kamus gemeu mais alto, sentindo seu membro tocar a entrada do amante, enquanto deitava entre suas pernas, nem teve tempo de pensar, Milo já roubava dois de seus dedos para chupá-los.

- Ahn... Você... – não terminou a frase, pois teve que se concentrar em beijar novamente o grego, enquanto seus dedos penetravam a entrada apertada e quente.

A sensação de estar novamente nos braços de Milo chegava a ser perturbadora de tão intensa, deixava-o louco e ao mesmo tempo feliz. Era preciso muito esforço para tirar o controle daquele aquariano, mas o grego fazia isso com tanta facilidade, que parecia até ridículo. Ouviu aquele gemido mais alto de tesão, o amante já estava preparado e sem noção do que fazia, beijou os lábios vermelhos, sentindo a respiração quente se alterar.

- Vem Kamus... Agora. Quero sentir você dentro de mim.

- Mas... Assim? Vai doer... Muito. – tentou argumentar, mas aquele escorpiano maluco fez que não com a cabeça, sorrindo e passando as pernas por sua cintura, louco para senti-lo penetrando-o.

Desistiu de dizer qualquer coisa, posicionou o membro e se empurrou delicadamente para frente, forçando a passagem lentamente, para não machucar muito ao grego. Mas aquele teimoso não queria saber de esperar e foi puxando Kamus com as pernas em seus quadris, gemendo e rebolando, tentando expulsar a dor de sua mente agoniada. O francês ajudou-o como queria, estocando a primeira vez com força.

- Te amo... Kamus... Te amo muito... Hum... – ele gemia e começava a dizer coisas sem sentido, dentro das quais Kamus pôde reconhecer algumas palavras que adorava ouvir.

- Também te amo, Milo. – respondia enquanto, sentia seu corpo inteiro tremer como se estivesse tentando responder também às palavras doces do grego.

As estocadas aumentaram de ritmo e os gemidos de Milo foram-se tornando mais altos, se confundindo com os do francês. Enlouquecido pelo tesão, o escorpiano dizia coisas que não falaria normalmente, fazendo Kamus perder o controle e agarrar com firmeza seus quadris, virando-o de costas.

- Hum... Kamus... – ele estava passando dos limites, aquele aquariano controlado, já não podia mais responder por seus atos e se enfiava no corpo apertado do outro com violência, ouvindo os gemidos de dor irromperem pelos lábios do amado. – Mais, Kamus... Mais... Hum... Mais forte.

Milo segurava os lençóis entre os dedos, quase os rasgando, sentindo o membro do amante arrombar seu corpo, penetrando bem fundo, como ele pedira. Os gemidos loucos aumentando e se confundindo, enquanto as estocadas faziam os dois corpos se moverem em uníssono, suados, enchendo o ar com um cheiro inconfundível de sexo.

Kamus sentiu o prazer explodir em seu corpo, percorrendo cada nervo, até esparramar-se para dentro do escorpiano, deixando as coxas grossas e bronzeadas meladas. Caiu obre o amante, procurando o membro, que deveria estar rígido ainda, mas encontrou apenas o sêmem se espalhando pelo lençol branco.

- Hum, Milo... Nunca mais quero ficar longe de você.

- Eu não vou deixar que te levem novamente. – o francês saiu de cima do amante, deixando que ele virasse de frente, deitou sobre o peito quente e musculoso, ouvindo o som do coração de Milo bater. – Kamus... Você é a coisa mais linda que eu já em minha vida... O mais perfeito, o mais lindo...

Kamus corou com os elogios e levantou o rosto para beijar aqueles lábios vermelhos, que ultimamente vinham tirando seu sono. Lembraria-se mais tarde de agradecer aos gêmeos, pois agora a única coisa que queria fazer era amar o grego. Amar até que seus corpos esgotados se recusassem a levantar.

Continua...

oOoOo

N/A: Preciso confessar uma coisa... Eu só escrevi até aqui, logo não faço idéia de quando terei essa fic terminada. Esperem deitadas pelo próximo capítulo, certo? E não queiram me matar, por favor! T.T

Mas enfim... Os dois capítulos inúteis de passaram e tudo o que escrevi ano passado tb, agora tenho que recomeçar a pensar no fim da fic e escrever. Num tenho nada a comentar, a não ser: Ia-chan... XD A visita surpresa foi feita!

Bjus.