Felizes Finalmente
Vida nenhuma seria normal depois de tudo o que acontecera. Mesmo que a batalha tivesse fim, ainda existiria uma cicatriz enorme, lembrando que tudo não fora apenas um pesadelo ou uma brincadeira de mau gosto, mas sim a dolorosa realidade.
Algumas pessoas preferem viver na ridícula realidade que as cerca, tendo esperanças nos outros e em si mesmas. Mas há aqueles que vivem em seu mundo próprio, submersos em alguma espécie de utopia muito melhor do que a vida.
Kamus se encontrava vivendo nesse mundo de fantasias utópico, onde nada além dele e Milo existiam... Bom, talvez houvesse lugar para seus queridos amigos, mas o papel principal certamente era dele e do grego.
Era um mundo de paixões, onde pai nenhum poderia entrar e estragá-lo... Apenas uma fantástica fábrica de amor e coisas felizes, nada de tristeza ou prisão. Não, esses tempos passaram.
O que não passou foi o ódio daquele pai carrasco, que dia e noite colocava a culpa do sumiço do filho na esposa. Esta que nada tinha a ver com a fuga do garoto. Mas às vezes é simplesmente mais fácil colocar a culpa em quem está próximo do que assumi-la com sua.
Pois bem, a culpa estava sendo carregada pela pobre mulher que nada mais fez além de apoiar o marido e tentar recuperar a liberdade de seu querido filho. Mas aquele homem imprestável e ditador não reconhecia este feito.
Goustave era seu nome. Goustave Beurdeax, dono da maior fábrica de vinhos que Athenas já conhecera. Era possivelmente um dos mais importantes homens da Europa e um dos mais ricos também. Seu defeito era não reconhecer os talentos do garotinho que mantinha preso em casa.
Ele e a mulher, Anne, vieram da França quando Kamus ainda aprendia suas primeiras palavras e não fora difícil ensinar ao filhinho duas línguas ao mesmo tempo.
Kamus por sua vez era um prodígio. Era muito inteligente, tirava ótimas notas, falava mais de três línguas e era extremamente habilidoso como goleiro. E alguém reconhecia? Ah sim... Seus amigos.
O estranho era que com um filho desses o Sr. Goustave Beurdeax deveria se sentir o homem mais feliz do mundo. Mas para ele havia um problema, uma pedra no sapato... Kamus gostava de Milo e isso era o fim.
Naquela tarde, em específico, Sr. Goustave se encontrava muito irritado e sua esposa chegava próximo ao limite de sua paciência a cada palavra do marido.
Anne estava sentada no sofá, largo e confortável, do escritório, tomando um chá com biscoitos. Enquanto, o irritado, Sr. Beurdeax andava de um lado para o outro falando bobagens e atacando o filho como se este fosse o ser mais sujo que já conhecera.
A mulher calmamente pousa a xícara com a bebida fumegante na mesinha de centro e sorri de um jeito doce. Era o mesmo sorriso que sempre possuía nos lábios, só que dessa vez ele não era sincero.
-Goustave. – Ela sussurrou gentilmente esticando um biscoito ao marido. – Precisa se acalmar, querido. Desse jeito você terá uma gastrite.
-O que disse? – O homem furioso vira-se para a mulher e devolve o biscoito ao pratinho. – Como pode estar tão calma quando aquele insolente fugiu de casa com aquele amiguinho asqueroso dele?
Anne calmamente sorri e come o biscoitinho amanteigado que a cozinheira preparara. Ela estava linda, com os cabelos lisos e azulados presos em um rabo alto e elegante. Infelizmente Goustave não era capaz de notar isto.
-Querido, eu sei que você é um homem muito inteligente, então eu vou falar uma vez só... Espero que me acompanhe.
Goustave arregalou os olhos, não havia previsto aquelas palavras, nem tampouco o sorriso irônico de sua querida esposa.
-Em primeiro lugar, meu bem, meu filho não é um insolente... Ele é um adolescente normal, com necessidades normais, como todos os outros. Kamus é também muito talentoso e inteligente, mas você não reconhece isso. – Ela educadamente fez um gesto pedindo silêncio ao marido e continuou. – Ele é um menino ótimo, se você passasse algum tempo com ele também saberia disso.
De fato Goustave mal sabia a cor dos olhos do filho. Kamus era um completo estranho para ele, o que era realmente triste de ver.
-Segundo, meu filho só fugiu de casa porque você o obrigou. Eu sei muito bem onde ele está e sei também que ele tão cedo não voltará. Mas você não percebe isso também.
-Anne, não sei do que está falando e...
-Não é educado interromper os outros enquanto falam. – Goustave abriu e fechou a boca diversas vezes, tentando compreender o que acontecia naquela sala.
Provavelmente ele não encontrara uma resposta satisfatória, pois preferiu sentar-se no sofá e calar-se.
-Em terceiro lugar... Milo é um garoto ótimo. Muito inteligente e educado, apesar da origem humilde. E até onde eu sei, ele não é 'amiguinho' de Kamus e sim namorado. – Agora sim o Sr. Beurdeax estava muito alarmado, não esperava ouvir aquilo dos lábios doces de sua esposa. – Oras, Goustave, encare a realidade a sua volta. Kamus gosta daquele rapaz e é correspondido na mesma intensidade, isso eu posso lhe afirmar. Você gostaria de Milo se o conhecesse.
-Isto é um completo absurdo, Anne! Nunca ouvi algo mais ultrajante em toda minha vida. Kamus só quer me afrontar...
-Se você parasse de olhar sempre para o próprio umbigo veria que ele nem sequer liga para o que você pensa. Tanto que ele fugiu, preferiu ficar com Milo. Foi você que o fez escolher, sinto muito. – Ela estava correta e Goustave não queria enxergar isso, era algo realmente difícil.
Então o empresário sorriu sarcástico, parecendo não acreditar em uma única palavra que sua mulher dizia. Ela apenas levantou-se e abaixou a cabeça com um sorriso triste.
-Eu tentei, juro. Se você não está disposto a reconhecer, querido, pode se retirar de minha casa e de minha vida.
Pobre Sr. Beurdeax, mal acreditava em seu azar. O filho fugira com um amigo e agora a mulher se achava no direito de o expulsar de sua própria casa.
-O que disse, Anne?
-Você me ouviu muito bem, meu amor. Fora. – Ela disse cruzando os braços e o olhando de cima.
-Não está falando sério, Anne... A casa é...
-Era sua. Ela pertence a Kamus e enquanto ele for menor de idade, ela é minha. – Um golpe de mestre, todos diriam. A guarda legal de Kamus era da mãe, o pai não tinha direitos, uma vez que prendera o próprio filho no quarto, privando-o de seus direitos humanos. Além do mais, a fortuna da família era de Anne, pois a fábrica pertencera a seu pai e não a Goustave.
-Anne, você só pode estar brincando se acha que vou aceitar algo assim.
-Está enganado, Goustave. Eu cansei de perdoar sua falta de caráter. Você é péssimo pai, empresário, marido e homem. Não agüento mais viver com uma pessoa que não consegue ser a coisa mais simples desse mundo... Si mesmo.
-Não sabe do que está falando! Eu reergui aquela fábrica maldita, criei seu filho, dei tudo do bom e do melhor para ele e...
-Meu filho! Disse muito bem, ele é meu e você não terá mais nada dele. Ponha-se daqui para fora imediatamente, antes que eu chame o segurança. Esta casa não pertence mais ao senhor Goustave Beurdeax e sim a Kamus Beurdeax.
Agora sim, ele estava perplexo diante de uma situação que ele mesmo construíra. Nem sua própria mulher o agüentava. E Anne estava abalada, pois gostava do marido apesar de tudo.
Um homem bonito e forte apareceu na porta do escritório, vestindo um terno negro. Ele sorriu para Anne e esperou silenciosamente.
-Quem é ele? – Goustave perguntou, com indisfarçado despeito.
-Oh, ele? Meu advogado e pode se despreocupar, daqui pra frente eu assumirei a fábrica. Depois discutiremos as questões legais sobre nosso divórcio. – Um sorriso jovial transpareceu os lábios da senhora de cabelos impecáveis e pela última vez Goustave percebeu o quão realmente bonita ela era.
Depois disso Sr. Beurdeax fora acompanhado até a porta pelo advogado de sua... Ex-mulher. Era um homem realmente bonito e não parecia ter mais idade que a Sr. Beurdeax.
Felizmente para todos Goustave não disse absolutamente nada, saíra por livre e espontânea vontade e aceitou ser levado, pelo motorista, até um hotel perto da praia, pago por Anne, é claro.
O advogado voltou até o escritório, onde a bela senhora tomava chá com biscoitos. Ele sentou-se na cadeira em frente a ela, aceitando um biscoito amanteigado.
-E agora, senhora?
-Primeiro... Pare de me chamar de senhora. Não sou mais casada a partir de hoje. Em segundo, quero meu filho de volta. Esta casa é muito vazia sem mon petit (meu pequeno).
-Claro, buscaremos ele agora mesmo.
-Oui. Terminarei meu chá, não há pressa... Kamus está perfeitamente bem.
oOoOo
Dois dias se passaram desde que Kamus fugira de casa e se escondera debaixo das asas protetoras de seus amigos gregos. Porém o francês estava certo de que seu pai estaria cuspindo fogo em cima de sua pobre mãe. O que ele não sabia é que naquela tarde Anne tivera uma briga decisiva com Goustave e agora sim sua vida mudaria.
Já passavam das dezoito horas e Milo não se cansava de apertar e abraçar Kamus. Os gêmeos já começavam a se arrepender de ter tido a brilhante idéia de juntá-los novamente.
Aioros apareceu no quarto onde os dois se encontravam e chamou pelo nome do francês, lhe dizendo que uma senhora muito bonita o esperava na sala. É claro que Milo quase teve um infarto, mas o namorado apenas sorriu, dizendo que estava tudo bem.
-Mamãe? – Anne estava sentada na pequena sala aceitando uma xícara de café que a mãe adotiva dos gregos lhe oferecia. Ela estava linda, vestida em uma saia fina azulada e uma blusa igualmente bela, que deixava seu corpo esbelto ainda mais elegante.
-Kamus, meu filho. – Ela sorriu e mal conteve as lágrimas ao abraçar o garoto. – Senti tanto a sua falta, mon petit (meu pequeno).
O aquariano sorriu sem graça, não estava acostumado àquelas demonstrações de afeto em público por parte de qualquer um de seus pais. Mas gostara da sensação de se sentir querido.
-Mamãe, não importa o que disser, eu não volto pra casa!
-Escute-me antes, mon petit. – Kamus sentiu o rosto corar, por que ela insistia em chamá-lo por aquele apelido infantil?
A mãe adotiva dos gregos deixou o menino e Anne a sós e ainda teve que puxar a orelha de cinco meninos que espiavam do corredor.
-Kamus, eu sinto muito por tudo que você passou com seu pai. Mas peço que me escute sem dizer uma única palavra.
O francês concordou, que mal faria em ouvir sua mãe? Ela já dizia tão pouco.
-Seu pai estava errado. Mas entenda, ele é um homem criado com perspectivas muito limitadas e de personalidade frágil. Goustave queria ser pintor na época da faculdade, mas seu avô nunca o compreendera e acabou arranjando nosso casamento.
-Então vocês se casaram por causa do vovô?
-Sim e não. É claro que houve um empurrão dos seus avós, mas meu pai jamais casaria sua única filha com um homem que ela não gostasse. E com o tempo eu aprendi a gostar aquele cabeça dura que é o seu pai. Mas te confesso que tive pretendente melhor.
-E por que não os escolheu?
-Porque ele não seria capaz de dirigir uma fábrica como a de meu pai e porque ele não era francês e isso meu pai não toleraria. Mas eu não me arrependo, porque seu pai me deu você... A coisa mais précieuse (preciosa) que eu tenho.
Kamus sorriu sinceramente se deleitando com aquele sentimento bom que o invadia. Sua mãe realmente o amava e se estava ali era porque tomara uma importante decisão.
-Então, o que eu quero dizer é que Goustave nunca pôde ter ou ser o que queria, portanto ele acha que você também não precisa ser ou ter o que quer. Mas eu sei que ele está errado, porque eu fui infeliz não tendo quem e o que queria. – Os olhos azulados daquela doce mulher se encheram de lágrimas, mas não de dor, eram de alegria. – Eu me orgulho de você por tudo que você é e será. Posso te dizer com segurança que quero apenas que você seja feliz, não importa o que você queira ser.
-O que quer dizer, mamãe?
-Quero dizer que não me importo que você seja apaixonado por seu melhor amigo, desde que ele te faça feliz.
Agora o rosto do menino se tornara tingido de vermelho como nunca. Kamus não sabia o que dizer, nem onde enfiar a cara. Mas sabia que aquele era um momento importante de compreensão mútua, entre ele e sua mãe.
-Eu não quero te obrigar a nada, acho que você tem idade e competência para decidir o que quer para si mesmo. Eu só te peço que volte para casa e me dê outra chance, pois eu não sei se consigo sobreviver sem você, mon petit.
-Mère, je t'aime. (Mãe, eu te amo.)
Ambos se abraçaram e permaneceram calados por longos instantes, que pareceram curtos demais. Kamus enxugou as lágrimas do rosto de Anne e sorriu.
-Também não viveria sem a senhora, mas não volto a viver junto de meu pai.
-Não se preocupe com isso, mon petit... Há outra coisa que gostaria de lhe contar. – Kamus franziu as sobrancelhas, escutando ao máximo cada palavra de Anne. – Eu me separei de seu pai, vamos nos divorciar assim que meu advogado tiver com os papéis prontos.
A notícia atingira o menino em cheio. Era bom? Era ruim? A primeira coisa que Kamus sentiu foi um alívio imenso, mas depois percebeu que aquele homem que aprendera a temer e odiar era seu pai também.
-Mas acha mesmo que isso é necessário, mamãe?
-Mon ange, seu pai e eu não estamos mais juntos há muito tempo, nosso casamento serve apenas de fachada. Ele estará melhor sem mim e eu sem ele.
-Mas... Como vamos sobreviver sem a fábrica?
-Ela é sua e minha. Assim como aquela casa e todo o dinheiro da família. Seu pai não possui nada, além de uma pensão que eu terei que pagar. Mas isso é o de menos. – Os olhos azuis de Kamus cruzaram com os da mãe e ele se reconheceu naquele espírito livre e firme da bela senhora que lhe falava.
Eram parecidos até mesmo no modo de sorrir, na cor dos cabelos e da pele. Kamus herdara toda aquela beleza feminina de Anne e a modificara em traços masculinos muito finos e delicados.
-Então, vamos ser só eu e a senhora?
-Sim. Seu pai está em um hotel, depois meu advogado irá acomodá-lo melhor ou se ele preferir, poderá voltar à França.
-Eu não quero me mudar!
-Não... Nós continuaremos aqui e você poderá voltar à antiga escola. – O doce sorriso de Anne se alargou ao notar um menino de pele bronzeada que aparecera atrás do sofá, onde seu pequeno Kamus estava.
-Então, é verdade? E ele pode voltar a jogar no time? – O sorriso de Milo se transformara em lágrimas de felicidade, quando Anne confirmou com a cabeça.
Kamus então se viu quase sufocado pelo grego, que o abraçava como se fosse a única coisa viva na Terra. Logo seus outros amigos também vieram e o abraçaram, mas ainda havia o que dizer.
-Mamãe. Uma última coisa.
-Sim, diga.
-Eu também quero que a senhora seja feliz, então... Não acha que ainda há tempo para a senhora ter o que e quem sempre quis?
A face perfeitamente pálida de Anne tornou-se rubra e de repente ela não sabia mais para onde olhar. Milo sorriu largamente e sentou-se ao lado de Kamus no sofá.
-Kamus, por favor...
-Eu acho uma ótima idéia, senhora Beurdeax. Se seu filho está feliz, a senhora também deveria encontrar essa felicidade. – Anne levantou os olhos para Aioros, que subitamente se metera na doce cena familiar. –Bom, é só um palpite.
-Ele está certo, mamãe. A senhora deve ser feliz, não é tão tarde assim.
-Bom, cada coisa ao seu tempo, não é? Antes eu tenho que me livrar do meu ex-marido. – Ela deu uma piscadinha sapeca e levantou-se. – Agora eu preciso ir, mon petit. Se preferir pode voltar amanhã para casa e teremos uma conversa sobre sua fuga. Terei coisas a resolver hoje à noite com Dohko.
Kamus sorriu inocentemente ao lado dos outros meninos, todos com caras de culpados.
-Claro, mamãe... Só uma pergunta... Quem é Dohko?
O rosto de Anne novamente tornou-se corado e ela beijou a testa do filho, se dirigindo à porta.
-Meu advogado. Nos vemos amanhã, boa noite crianças.
Os garotos desejaram boa noite e Aioros levou a senhora até a porta, voltando com um sorriso de dar inveja.
-Então, Kamus... Já sabemos de onde você herdou esse seu rostinho bonitinho. – Os gregos e até mesmo o recatado francês riram com a piada. Felizes finalmente.
Continua...
oOoOo
N/A: Me parece que eu só escrevo essa fic quando estou triste. Aí está mais um capítulo e o desfecho da história. Espero escrever só mais um capítulo e acabar com a fic, ela já está se alongando demais.
Muito bem, espero que não tenha feito vocês esperarem muito e a quem esteve louca porque o SSD não está atualizando essa fic no mesmo ritmo que esse site: PALMA! PALMA! NÃO PRIEMOS CÂNICO! XD (by Chapolim)
Os nomes dos pais de Kamus eu devo a uma amiga especial: Ilia-chan, que também me deu a idéia do divórcio e tudo o mais. Sem ela nada disso seria possível! A mãe do Kamus foi a melhor solução que eu e ela encontramos para dar um jeito naquele pai imprestável. Aliás, Anne não tem qualquer relação comigo, só o nome é parecido! XD
E claro que sem minhas cobaias queridas, que leram a fic de primeira mão, isso aqui não teria saído!
Obrigada por toooodos os reviews que me incentivaram e valeu pela paciência de vocês!
Bjus, fui!
Comentários:
Gizinha: Não me lembro qual foi exatamente o capítulo 10, mas pelo que você disse foi aquele no qual o Goustave pega o Kamus! XD Foi realmente um fato real na fic... E eu espero que vc tenha conseguido entender Proposta Indecente 2 e que tenha gostado de alguma forma.
Shakinha: AHAHAHA... Pode guardar seu saco de dormir, porque eu voltei a produzir!
Kitsune: Entra na fila porque tem muita gente querendo roubar o Milo! XD
Chibiusa-chan: E eu tenho algum ritmo? XD A conseqüência da irresponsabilidade daqueles gêmeos malucos não podia ser ruim, afinal a mamãe do francês sabia onde o filhinho estava e ainda deu cobertura! XD
Ps: Se houver erros me perdoem, minha beta ta de férias! T.T
