Pois Toda Festa Tem Seu Fim

O dia da festa finalmente chegara. Depois trabalho árduo para preparar tudo, Anne e Kamus estavam exaustos, porém satisfeitos com o resultado.

Um DJ foi contratado, comida e bebida à vontade, espaço na sala para dançar e todos os amigos convidados. Era um dos mais felizes dias na vida de Kamus.

Todos os garotos vieram, tirando o fôlego do resto da escola, como sempre. E os gêmeos tinham que aprontar ou não seriam Saga e Kanon. Eles trancaram Shaka e Ikki no banheiro e esses dois nem reclamaram. Depois ainda sumiram com Julian da festa e quando voltaram o menino não agüentava nem sentar. Mas na opinião de Aioria aquilo era tudo muito natural.

Contanto que não colocassem fogo na casa... Aioros dando em cima de todo mundo e um espanhol irritado querendo bater em alguns caras, era até comum. Isso sem falar na incansável briga entre Máscara da Morte e Afrodite, que não se largavam um minuto sequer. Desse jeito seria o sofá a ser incendiado.

A comemoração durou até cinco da manhã, quando os convidados não agüentavam nem levantar. A senhora Beurdeax deixou que os meninos mais chegados dormissem por lá mesmo e no dia seguinte um super café da manhã os esperavam.

Kamus estava impecável pela manhã, mesmo depois de ter passado a noite com Milo e isso não é algo calmo. Mas o escorpiano parecia ter sido atropelado por um caminhão, por algum motivo desconhecido.

Anne apareceu tão linda quanto sempre e deu um bom dia aos meninos, mas saiu de fininho deixando-os a sós. E Kamus fez a vez de anfitrião, deixando que os amigos comessem o quanto quisessem.

– Kamus, devo dizer que essa foi a melhor festa! – Saga sorriu malicioso para Julian durante o comentário.

– Melhor que a formatura. – e Kanon completou, apertando uma das coxas do menino, que mal desviou o olhar, envergonhado, do copo de leite.

– Merci. – o francês sorriu largamente e beijou o rosto de um adormecido Milo.

– O quê! Onde! Que aconteceu? – o escorpiano levantou a cabeça, que estava apoiada na mesa. Estivera dormindo enquanto os outros tomavam o desjejum.

– Ih... O que fez com ele essa noite, Kamus?

– Dido, isso não é da sua conta... – intrometeu-se Máscara da Morte.

– Ta bem, amor... Eu só estava curioso.

Afrodite e Máscara da Morte, agora juntos, não se soltavam um minuto, nem mesmo para comer. Ficavam de mãos dadas sob a mesa e comiam com a que restava livre.

Aioria e Mu também estavam bem depois que o ariano dera um jeito em Seiya. E Shaka agora se perdia em suspiros e risinhos tímidos, toda vez que Ikki o agarrava ou apenas o encarava. Aquele indiano tinha um fogo inextinguível!

– Esperem, há algo que não decidimos. – Aioros interrompeu o café da manhã e levantou-se. Todos o encararam, esperando alguma bobagem por vir.

– E o que é, Aioros? – Shura recostou-se na cadeira, esperando também.

– Esquecemos completamente que estamos saindo da escola, logo eu deveria passar a faixa de capitão adiante.

É claro que a mesa inteira ficou de boca aberta, ele não falara nenhuma besteira e sim algo sério. Então, quem deveria ser o novo capitão?

– Ah... Achamos que Aioria ia herdar o título... – Mu comentou, dando de ombros.

– Não. Quero dizer, eu gostaria de passar ao meu irmão, mas acho que há outra pessoa melhor para comandar esse time.

– Mas o Shura também está se formando...

– Afrodite, ele não é burro! Só lento – comentou Mu, ignorando a cara ruim que Aioros fez.

– Sei lá, Mu...

Aioros balançou a cabeça em negativa e sentou-se novamente. Se não Aioria, nem Shura, quem poderia dirigir aquele time de cabeças ocas? Havia sim uma pessoa responsável que cuidaria para que eles ganhassem o título de campeões mais um ano seguido.

– Eu acho que o Kamus é o melhor líder que vocês poderiam ter. – ele disse simplesmente.

– Kamus? – Milo acordara, estava em choque agora. – Mas ele é goleiro!

– E daí? Goleiro também pode ser capitão e ele daria um ótimo líder.

– É... Eu concordo. – disse Aioria.

– E o resto do time? – perguntou Aioros, resoluto.

Milo ainda estava abobado... Como se não bastasse receber ordens na cama receberia no campo também, todas vindas do francês. Mas não seria nada mal.

Todos concordaram, até Shaka que não jogava dera seu voto a favor, mas havia uma pessoa calada com os braços cruzados na cabeceira da mesa.

– Alguém vai perguntar o que EU acho disso? – Todas as cabeças se viraram para Kamus e pôde-se ouvir um coro de vozes sincronizadas respondê-lo.

– NÃO!

OoOoO

O sol de meio-dia brilhou forte sobre o aeroporto de Athenas, refletindo no metal liso dos aviões. Esperando, ainda dentro da saleta com ar condicionado, Kamus lia uma revista sobre arte, enquanto Milo estava com o rosto grudado na grande janela, com os olhos brilhando para as aeronaves.

Anne já havia despachado as malas dos meninos e agora resolvia negócios de última hora pelo celular. Duas semanas longe da Grécia lhe renderiam ótimas férias.

Depois de alguns comentários escandalosos e alegres do grego, Kamus levantou-se, desistindo de sua leitura, para se juntar ao amigo na larga janela, de onde se via a pista de decolagem.

– Não são incríveis, Kamus? Tão grandes e pesados, mas com a capacidade de voar.

O francês observou um dos aviões, não vendo muita graça no gigante de metal. Refletiu sobre essa pequena diferença entre ele e Milo. O loiro era apaixonado por carros, trens, aviões e navios, coisas que não tinham nada em comum com seu gosto refinado por historia, arte, musica e teatro. Porém, mesmo assim eles se davam muito bem.

– Éhn... Se você diz...

– Fala sério! Nada é mais incrível que essas máquinas! – os olhos de Milo brilhavam enquanto ele falava.

– Vai fazer engenharia aeronáutica? – Kamus lançou-lhe um olhar compreensivo e sarcástico.

Milo sorriu largamente e afastou-se do vidro com uma pergunta impressa no olhar.

– Estudo física e matemática com você se prometer que vai se comportar e se esforçar muito.

– Pode apostar! – e olhando em volta, Milo notou que não havia ninguém observando os dois, então roubou um beijo do ruivo.

– Milo! – o francês fingiu zangar-se, mas sorriu e corou, envergonha.

Já era hora de embarcar, assim dizia uma voz feminina, em grego e depois em inglês. Senhora Beurdeax tratou de desligar o celular e apressar os garotos com as bagagens de mão.

Oh, sim! Os castelos majestosos de Paris e museus seriam o último teste para o inquieto escorpiano decidir-se digno ou não de estar ao lado daquele excêntrico goleiro. O intelectual e bem educado francês precisava de boa companhia à sua altura para fazer esse tipo de passeio culto.

Então, a viagem à França seria perfeita para separar os dois mocinhos, ou, quem sabe, juntá-los ainda mais.

Alguém duvida do sucesso de Milo durante essas duas semanas de férias na França, ao lado de seu autêntico francês?

FIM!

N/A: Então... Acabou... Me desculpem se não atendeu às expectativas de vocês ou se de alguma forma foi um final péssimo. O que importa é que acabou bem e feliz e que eu vou acabar todas as minhas fics pendentes pra poder começar uma que vai tomar realmente o meu tempo! XD

Então, quero agradecer todos os comentários, todas as chantagens (XD) e acima de tudo a paciência que vocês tiveram. Eu prometo fazer diferente sempre que possível.

Um beijo especial pra Lady-chan, que participou literalmente desta fic, à minha querida e maravilhosa beta Ilía-chan (sem você nadinha seria possível, obrigada por me aturar e por betar as porcarias que eu faço...), aos meus pais, porque sem eles eu não existiria (XD), à Xuxa, porque sem ela eu não teria tido uma infância traumatizada e ao Kurumada, afinal ele criou esses personagens mais que perfeitos para nosso bom uso! XD

Gente... sério... Valeu pelo apoio e pela paciência de todos. Nos vemos na próxima fic!

Bejus.