Capítulo Quatro – Brindes de Noivado
- Tiago, quer fazer o favor de arrumar essa gravata direito? – ralhei com ele pela quinta vez, ajeitando o nó mais apertado em seu pescoço.
- Lílian, você está me sufocando – ele retrucou engasgado enquanto afrouxava o colarinho, desistindo de fazê-lo assim que percebeu meu olhar fuzilando-o. – Eu estou parecendo um vendedor de enciclopédias usadas – lamuriou-se olhando no espelho.
- Não é tal mal assim...
E não era mentira, pelo menos não completamente. Ele usava uma calça marrom e reta, sapatos lustrosos combinando, uma camisa branca e um suéter listrado. Tá, eu sei que parece ridículo, mas não é o que vocês estão mentalizando. Ou talvez seja, pensando melhor... É difícil dizer desse ângulo, ah... Definitivamente: não é dos piores. Continuei analisando, até ele voltar a discutir:
- Claro, claro... – e estreitou as sobrancelhas – Não é você que tem que usar esse suspensório ridículo!
- Se você preferir dividir nosso segredinho de que você usa cueca com vassouras ilustradas vá em frente.
- Elas não apertam como as outras. – retrucou ele indignado.
Não suprimi um risinho e Tiago não gostou muito. Sabia que ele não ficaria à vontade naquelas vestes e definitivamente não era nada parecido com seu estilo arrojado, mas... Papai gostaria de vê-lo assim, então fui obrigada a convencê-lo. E mesmo que meus métodos fossem um tanto desonestos, funcionavam muito bem com ele:
- Ahh Tiago – comecei numa voz manhosa me aproximando dele – Prometo que essa é a penúltima vez que você vai ter que usar um traje que eu escolhi.
- Humm... E qual é a última? – ele perguntou em tom malicioso.
- No dia da cerimônia – respondi roçando meus lábios no queixo dele, que se afastou rapidamente.
- O que?
- É só um fraque branco que pertenceu ao meu avô e...
- Ah não Lílian, nós dois concordamos que o noivado ia ser à sua maneira e o casamento à minha, 100 bruxo! – falou indignado.
- Papai disse que Gilmar usaria sem reclamar – ele fez uma careta desagradável.
Gilmar era um advogado meia-tigela que meu pai vivia mencionando quando Tiago vinha jantar em casa. Eu realmente detestava quando ele fazia isso, mas era inevitável, pois esse fora o genro meu pai sempre sonhou em ter. Gordo, bigodudo e extremamente pomposo. (Argh!) Tavez quando minha irmã decidir se casar eu me livre desses comentários bobos, afinal a única diferença do namorado dela Valter era a profissão.
- Primeiro... – recomeçou Tiago erguendo um dedo – Gilmar? – e gargalhou debochadamente (fora a primeira vez que soube o nome do Sr. Langbert) até cessar numa nova cara séria – Segundo... Nós tínhamos um trato! E terceiro... Não incluía um fraque ancestral que o GilMALA usaria.
Reconheci que era justo com Tiago, mas eu tinha de convencê-lo. Minha família era muito antiquada em relação ao vestuário em ocasiões como esta. O branco total significava pureza e prosperidade e era essencial no dia do casamento. Eu me lembrava muito bem de uma prima que ficou desonrada porque usou rosa no seu dia especial e acabou se divorciando quatro meses depois. É inútil dizer que a família culpou o vestido pelo ocorrido, mesmo sabendo que o esposo escolhido era alcoólatra e psicopata. Concluindo: Tiago tinha que usar branco de qualquer jeito!
- Faremos o seguinte – retomei na mesma voz dengosa de antes – Eu cuido do seu traje para a cerimônia e você pode escolher o meu na noite de lua de mel.
Foi um golpe baixo, eu admito. Principalmente porque eu não tinha certeza de que estaria com o mesmo corpo quando esse dia chegasse. Isso era outra coisa que estava me perturbando naquela noite, além de todas as preocupações constantes de tentar fazer tudo dentro dos conformes eu tinha que descobrir aquela bomba bem na noite passada? Inconformada, eu escolhi esperar o momento propício para revelar a Tiago o meu segredo. Mas... O sorriso que ele abriu com a minha chantagem foi o bastante para que eu esquecesse esses detalhes.
- Trapaceira! – exclamou ele antes de me enlaçar pela cintura a fim de me beijar, mas sendo interrompido pelo som da porta se abrindo.
Nos separamos no mesmo instante para encarar o rosto reprovador e desagradável de minha irmã Petúnia. Ela usava uma saia longa e reta sem fendas e uma blusa de gola alta com brincos discretos para acompanhar. Ali estava uma legítima Evans, rebelde apenas à sua idade. Cansei de tentar convencê-la a usar algo mais na moda, mas ela insistia que ser recatada era a melhor opção. Talvez gostasse de viver no século passado, eu realmente não tinha idéia. Nunca tive a oportunidade de discutir isso, pois Petúnia não falava muito comigo. Ela olhou para o meu vestido de alcinhas comportado como se fosse uma infâmia e pigarreou:
- Os convidados já chegaram, e papai está perguntando o que você tanto conversa sozinha com seu noivo aqui no quarto. – e sem ao menos esperar resposta, saiu de nariz empinado.
- Essa sua irmã é uma cruz, hein Lil? – Tiago falou desgostoso.
- Ela sempre achou que aquele gordo do Valter a pediria em casamento antes... – desculpei-a com o único motivo que sabia ser concreto.
- Mas não foi assim... – e Tiago me abraçou de novo – Agora... Onde estávamos?
- Ai, aqui não. – o repreendi me desvencilhando de seus braços – Não viu o que Petúnia falou sobre meu pai? – ele meramente sorriu vindo na minha direção quando eu abri a porta do quarto e indiquei para que saíssemos – Vamos logo.
- Ahhh, tudo bem – e ofereceu o braço um pouco mal humorado, ao qual eu aceitei sorrindo pelo esforço dele.
- Ai, será que mamãe esqueceu de tirar as tortas do forno? – eu me perguntava enquanto descíamos as escadas – Eu não me lembro de ter visto Marie limpar as janelas da sala também, e...
- Não se preocupe Lílian, - tranqüilizou-me Tiago – Vai dar tudo certo!
- O que? – eu o encarei pasma. Como ele pôde?
- Eu disse que... Ai! – bati com força no braço dele. – Por que fez isso?
- Você não sabe que dizer isso traz azar? – ele balançou a cabeça negativamente – Ah não... Estamos perdidos!
- Calma, Lil. – tentou ele um pouco impaciente - Não vai dar nada errado.
- PARA! PARA! – E bati mais forte nele que tentava a todo custo controlar-me – AGORA são DUAS ondas de azar! – eu percebi que ele ia falar e o impedi tapando a sua boca com minha mão. – NÃO DIGA! Fique quieto...
Ele me seguiu até a sala de estar em completo silêncio. Nos deparamos com uma multidão de parentes meus, Evans em todos os cantos da sala. Alguns sorrindo, outros aos cochichos, mas definitivamente: todos surpresos! Sorri um pouco encabulada e logo fomos abordados com muitas apresentações e cumprimentos.
- Felicidades, Lílian. – cumprimentou o namorado da minha irmã com um sorriso de político (de tão falso que era) nos lábios parcialmente escondidos pelo bigode.
- Obrigada. – agradeci e ouvi uma risadinha desdenhosa de Tiago, que não suportava Valter, pois este vivia contando vantagem sobre ser um trouxa, coisa que mais adorava ser.
- E aí Valtinho? Quando veremos você casar com minha cunhadinha querida? – Tiago provocou e Valter crispou os lábios, a cara gorda apresentando uma coloração avermelhada que não consegui decifrar como sendo de raiva ou vergonha.
- Boa noite, Sr. Dursley – eu achava muito ridículo que, mesmo depois de compromissados, minha irmã insistia em chamá-lo pelo sobrenome – Deixe os noivos respirar... - E o puxou pelo braço como se estivesse salvando-o de uma doença contagiosa. Sorriram cinicamente e embrenhou-se entre os demais convidados.
- Esses dois chatos se merecem – comentou Tiago ranzinza. – A propósito, sua irmã já superou aquela dor no cotovelo?
- Não, ela vive fazendo comparações dos nossos preparativos com os do futuro casamento dela – e imitei-a numa voz alterada – Se fosse no meu casamento, as flores seriam brancas e não vermelhas como você escolheu Lílian, blá blá blá... – Tiago sorriu e eu retribui já me preparando para cumprimentar meus padrinhos que se aproximavam.
Um pouco depois chagaram os convidados de Tiago, o trio de marotos e alguns professores e amigos da Ordem da Fênix. Dumbledore e Slughorn vieram mais tarde, com a explicação pelo atraso: tiveram dificuldade com os trajes requisitados. E mesmo assim não se sucederam muito, pois minha família continuou encarando-os como se fossem aberrações e suas longas capas e chapeis cônicos.
Relativamente, tudo ia bem como Tiago havia previsto (ou amaldiçoado) e eu estava muito feliz (ou aliviada) que nenhum desastre tivesse acontecido, mas como sempre havia um porém... E este tinha um nome próprio: Brindes!
Todos estavam sentados em mesinhas redondas que couberam no jardim dos fundos apenas por mágica, literalmente falando. No palco, onde há pouco havia uma banda tocando a antiquada música de câmara, estavam minha mãe e avó. Eu estava tão nervosa com esse momento que roí todas as unhas em questão de segundos, enquanto minha mãe finalizava seu discurso:
-...e desejo-lhes muitas felicidades! – ergueu a taça assim como o restante dos convidados e depois bebeu em nosso favor.
Minha avó também fez um brinde muito bonito. Era costume dos Evans convidar as três pessoas mais próximas da noiva para dizer palavras de encorajamento durante a festa de noivado. Com o noivo era igual, mas os pais de Tiago não puderam comparecer, o que o fez convidar os três amigos para discursar. Ergui minha taça, um sorriso nervoso se formando em meus lábios. Ainda faltavam dois brindes, o de Sirius, que já apresentava sinais de bebedeira e minha irmã, o mais perigoso, mas fora uma insistência (na verdade exigência) da minha mãe.
- Quando Tiago me disse que ia se casar... – Sirius começou quase enfiando o microfone na boca. Eu nunca me perguntei se ele realmente sabia para que o objeto servia ou se estava apenas agindo em resposta ao vinho – Eu fiquei muito feliz por ele, afinal... Não é todo dia que temos a chance de... De... Ter um amigo casando.
Que conclusão maravilhosa! Pensei sarcasticamente me recordando de ter avisado para que deixassem o padrinho longe do bar, mas Tiago insistiu que ele estava apenas compensando pela noite passada. O que eu não entendi muito bem, mas esqueci de perguntar depois de tudo o que aconteceu. Eu devia ter lembrado que esquecera de usar meu feitiço antitraição nele quando chegou a noite passada, mas aquilo nem sequer passou pela minha cabeça.
- Tiago, tem certeza que ele vai continuar em pé até o final do discurso? – cochichei entre dentes para ele, que respondeu num sorriso falso.
- Não sei, Lil... Ele bebeu rum demais.
- Shhhhhh... – pediu uma prima minha encantada com o discurso sem sentido do padrinho. Na verdade, ela estava mais encantada com o próprio Sirius do que com o que ele falava.
- Então... – retomou Sirius balançando a taça na mão e quase derrubando no chão – Hum, desculpem... Eu estou um pouco alterado, lamento. – alguns assentiram, outros franziram o cenho curiosamente (assim como eu) – A ultima vez que fiquei assim, acordei ao lado de uma stripper que por acaso era minha prima. – todos os homens riram, e as mulheres ficaram incomodadas – Não, é sério.
E dessa vez os homens presentes aplaudiram, Sirius pareceu não entender a própria piada então sorriu abobado. Eu ainda tentava decifrar toda a mensagem quando o último discursante subiu no palco. Petúnia mantinha os lábios crispados e lançou um olhar arrogante as costas do cambaleante Sirius que agora descia do palco com o auxílio de Remo. Ela sorriu para todos e ergueu a taça no alto, eu nunca a tinha visto tão... Confiante.
- Eu sempre me perguntei o porque Lílian ficou noiva antes de mim... – não tive certeza do que seguiria depois disso, mas continuei sentada ignorando a imensa vontade de avançar na invejosa da minha irmãzinha – Obviamente seria impossível se não fosse isto! - Eu não pude acreditar no que vi: como foi que ela...? Eu tentei esconder aquele objeto a todo custo desde... – Pois é, acho que depois de tudo, a sortuda sou eu afinal. – e sorriu. Ela sorriu!
A maldita levantou o teste de gravidez caseiro que eu tinha feito na noite anterior e deu uma risadinha zombeteira como se estivesse contando uma fofoca para uma amiga. Encarei-a atônita, a boca entre aberta de espanto e os olhos com certeza esbulhados para os presentes. Sempre soube que Petúnia não se conformava com a minha existência, mas daí fazer isso era cruel demais. A briga que tivemos quando eu anunciei o noivado foi grande e ela prometeu se vingar, mas eu nunca pensei que estivesse...
Nesse momento nada mais me ocorreu a não ser correr na direção dela. Quase cai do salto o subir as escadinhas do palco desorneada. Devo ter gritado barbaridades, mas estava ultra-sônica quanto à isso, pois na minha cabeça eu só ouvia a voz rigorosa do meu pai e os apelos de minha mãe. Ouvia também... Na verdade eu VIA o rosto desapontado de Tiago a me fitar, indagando o porque eu omiti tal segredo. A resposta era simples: não era o momento certo.
- Sua idiota! – gritei me dando conta do que falava agora, senti alguém me puxar pela cintura tentando a todo custo me desenganchar dos cabelos morenos da minha irmã, aos quais eu poderia arrancar em questão de segundos. Ela também se manifestou, arranhando todo o pedaço de pele que conseguiu alcançar no meu ombro descoberto.
- Sua bruxa! – acreditam que com tantos xingamentos, a retardada da minha irmã só conseguiu pensar nesse? Eu desconfiei que ela estava tentando ser irônica, mas isso só depois. – Ahhhh, meu cabelo! PARA!
- Agora só falta a lama! – ouvi Sirius comentar ironicamente bem atrás de mim, ajudando Tiago a me afastar de Petúnia.
- Larga ela! – Valter berrava do outro lado tentando salvar a namorada. – Larga! – os bigodes abafando seus resmungos do quanto louca eu estava.
Ouvi a minha mãe gritar ao fundo "Faça alguma coisa!" provavelmente falava com meu pai. Observei pelo canto do olho que este tinha apanhado o teste de gravidez no chão e o encarava com uma expressão indecifrável. Foi quando senti os braços de Tiago enlaçar minha cintura com mais força e finalmente conseguir algum sucesso ao separar a briga.
- Idiota! Invejosa! Sua monstra invejosa! – eu continuava gritando mesmo que já longe do pescoço da minha irmã. Não tinha idéia de que todos me olhavam como se eu estivesse possuída, O que de fato poderia ser verdade, pelo menos naquele momento. – Você me odeia né? Diz logo!
- Odeio mesmo! – Petúnia ainda retrucava, esmagada nos braços gordos de Valter, – Você rouba toda a cena sempre!
- Isso não é...
- PAREM! – a voz estrondosa do meu pai se fez presente e todos se calaram. Ele realmente parecia furioso, e a esse ponto iria acabar por me deserdar da família também, assim como minha prima – Lílian, - pediu ele num fio de voz – Isso é verdade? – e indicou o teste na mão.
Eu o fitei com uma incrível sensação de que o desapontara, assenti com um aceno de cabeça e milagrosamente vi seu rosto esboçar um sorriso. Ele veio na minha direção e me abraçou, apertando tão forte que senti minhas costelas se comprimirem. Raciocinei confusamente: eu sempre soube que ele resmungava sobre estar velho demais para esperar um neto, mas também ouvi todos aqueles sermões sobre engravidar antes do casamento. Aliviei em seus braços e vi Petúnia se retirar para dentro de casa com uma expressão indignada. Papai se afastou e segurou meus ombros ainda sorrindo, não precisei de nenhuma palavra para entender que ele realmente estava feliz. Foi apenas nesse momento que notei Tiago, ele sorria. Igualmente contente como meu pai, a revelação devastadora da noite acabou por ser uma boa notícia.
- Se for menino, deixo você me chamar de Jack. – falou papai para Tiago, que de repente pareceu muito mais confiante.
Minha mãe se desculpou por ter me obrigado a aceitar o discurso de Petúnia e pediu se podia me recompensar deixando eu escolher outra pessoa para brindar a meu favor. Eu recusei, mas meu professor de Poções insistiu tanto que eu acabei cedendo. Podia ficar tranqüila agora, porque Slughorn sempre me elogiou e na certa ele diria algo agradável a meu respeito. Com certeza sobre a minha incrível performance em suas aulas, eu era a preferida... Hem hem, claro. Eu me esforcei muito por isso e merecia ser recompensada, mesmo uma pessoa modesta e humilde como Lílian Evans, elogios nunca são descartáveis.
- Há muito tempo que eu ensino Poções, - Até que não foi um começo tão horrível, mesmo que metade dos presentes não soubesse o que exatamente era uma aula de Poções - E digo-lhes que nunca tive um aluno melhor do que... Snape?
- O QUE? – falei junto com Tiago em uníssono.
Foi quando percebemos que ele olhava para algo além das mesinhas no jardim, me virei para notar Severo Snape parado na porta dos fundos, parecendo perdido e irritado. Os braços cruzados como se estar ali fosse sua última vontade naquele momento. Tiago levantou num pulo e agarrou a varinha, juntamente com Sirius que já estava perigosamente perto de Ranhoso quando eu corri para tentar evitar um possível barraco.
- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÃ FAZENDO AQUI? - bradou Tiago com a varinha apontada para a jugular de Snape.
- Potter, não seja ridículo! – Snape usou um tom muito sarcástico, mas não se intimidou, nem sequer apanhou sua varinha mesmo que estivesse duas apontadas para ele – Não estaria aqui se não fosse algo urgente.
- Ranhoso... Você tem o maior nariz...hic... Da face da terra sabia? – Sirius balbuciava sem fazer sentido – Devia mantê-lo fora de nossas...hic.. Vidas.
- Patético – observou Snape se virando para mim, provavelmente achando que eu era a única com quem pudesse ter uma conversa séria – Preciso falar com o Profº Slughorn, sabe onde ele...
- Estou aqui! – Horácio vinha se embrenhando entre os convidados com Dumbledore aos seus calcanhares. – O que houve? É a Sra. Prince? – Snape confirmou com um aceno de cabeça, parecendo lamentar algo.
- Pois bem, - Dumbledore falou em voz suave enquanto eu segurava a mão de Tiago que tremia de raiva – Sinto muito, Lílian. Tiago. Nos veremos em breve.
E saiu na frente, seguido por Slughorn e Snape que lançou a nós um olhar irônico antes de se retirar dizendo, já de costas:
- Felicidades...
- IDIOTA! – gritou Sirius do nada chamando a minha atenção. – Se Dumbledore não estivesse aqui, eu ia... – e fez um movimento no ar, fingindo socar alguém invisível.
Eu vi Remo se aproximar com uma expressão curiosa, Tiago sorriu para ele indicando que não havia nada de errado. Todos rimos de Sirius que continuava praguejando qualquer coisa relacionada à Snape e mamãe já veio me abordando para escolher outra pessoa para o brinde, mas eu acabei me decidindo:
- Chega de brindes por hoje...
