Capitulo 2
Momentos felizes
Era a primeira vez que ela acordava tão aconchegada, mexeu-se um pouco e depressa sentiu o corpo forte dele ao seu lado. Abriu os olhos e deparou-se com um olhar cinza no seu.
"- Bom dia Ginevra."
Ela não respondeu, apenas o olhou por segundos, apoiando em seguida a cabeça no peito dele e fechando os olhos. Sentiu as mãos dele nos seus cabelos acariciando-os ao de leve, e desejou que aquela sensação de felicidade não terminasse nunca.
Draco olhava a menina aconchegada no seu peito enquanto que lhe tocava nos cabelos ruivos. Por incrível que parecesse ele gostava de a ter ali, junto a si. Gostava de saber que ele a fazia feliz.
"- Estás bem?" – Perguntou ele num murmúrio.
Ela olhou-o sorrindo feliz enquanto respondia:
"- Melhor impossível Draco."
O loiro passou a mão da na face dela e em seguida encaminhou-a para o colo dela parando em algumas cicatrizes.
"- Não voltes a fazê-lo." – Pediu ele passando com o dedo num corte antigo.
"- Não te preocupes, não voltarei, não agora."
Ele sorriu levantando-se. A menina enrolou-se no lençol e ele nem pensou duas vezes antes de a pegar ao colo e caminhar com ela até á casa de banho, decidido a tomar um relaxante banho na companhia dela.
…….
Ginny entrou no Salão principal já cheio de pessoas, caminhou até ao seu lugar, na ponta sozinha. Mas isso não importava, não naquele dia, ela estava feliz, sentia-se feliz, fora feliz durante a noite que passara com ele, como poderia estar triste.
Assim que se sentou sentiu alguém ao seu lado, virou-se calmamente dando de caras com Ron.
"- Sim?" – Perguntou entediada.
"- Onde a menina passou a noite?"
A ruiva olhou para o irmão com um sorriso sarcástico e apenas disse:
"- Na cama."
"- Não na tua."
"- Engraçado, só te preocupas comigo quando eu desapareço não é mesmo! Sempre foi assim. Só te preocupaste comigo no 1º ano quando fui parar na câmara dos segredos, o ano passado só te preocupaste comigo quando eu fui raptada, e agora só te preocupaste comigo porque eu não dormi na minha cama. Que óptimo irmão tu me saíste Ronald Weasley."
"- Isso não é verdade, eu preocupo-me contigo sempre."
"- Poupa-me desse discurso ridículo de irmão mais velho que diz que se preocupa e na verdade está-se pouco lixando com a irmã caçula."
O ruivo olhava chocado para a irmã que sorria para um ponto na porta do Salão, que sorria para ela também. Ron não reparou nisso, apenas ficou estático. Desde quando sua irmã era tão fria! E porque ela era assim!
"- Ginny eu acho…."
"- Tu não achas nada Ron."
"- Mas onde estiveste?"
"- Com uma pessoa, agora sai da frente, tua presença provoca-me náuseas." – Disse ela levantando-se e passando rente a ele.
Podia sentir todos a olhá-la. Mas que raios importava isso! Ninguém se importava com ela, porque é que ela se tinha que preocupar com os outros!
Não tinha. Não devia nada a ninguém, nunca ninguém fizera nada por ela. Por isso que se danassem todos.
Passou junto ao loiro que a segurou pelo braço, fazendo com que todos tomassem atenção no que se passava, e fazendo com que ela o olhasse assustada.
"- O que fazes?" – Perguntou ela baixo.
O loiro sorriu, puxando-a para si e abraçando-a na zona da cintura, deixando todos visivelmente chocados, em especial o ruivo que ainda não se tinha composto do choque provocado pela irmã.
"- Se algum de vocês algum dia a chateia ou a magoa terá que se haver comigo."
"- Porquê?"
"- Porquê Potter? Porque NINGUEM se mete com a minha namorada." – Respondeu ele ouvindo a ruiva sorrir e agarra-lo com mais força ainda.
Todos olhavam abismados para eles os dois, mas nenhum dos dois estava interessado nisso. O que importava as ideias ou os conceitos dos outros! Não importavam nada, eles estavam bem um com o outro, só isso interessava.
Mas o que mais deixava todos abismados era o facto de um Malfoy estar a defender uma Weasley, de Draco estar a namorar a sério com uma menina.
"- Nunca te imaginei a namorar." – Comentou Zabini.
"- Nunca me conheceste direito, na verdade nunca ninguém me conheceu direito."
No one knows what it's like
To be the bad man
To be the sad man
Behind blue eyes
And no one knows
What it's like to be hated
To be faded to telling only lies
But my dreams they aren't as empty
As my conscious seems to be
I have hours, only lonely
My love is vengeance
That's never free
No one knows what its like
To feel these feelings
Like i do, and i blame you!
No one bites back as hard
On their anger
None of my pain woe
Can show through
Discover l.i.m.p. say it
No one knows what its like
To be mistreated, to be defeated
Behind blue eyes
No one know how to say
That they're sorry and don't worry
I'm not telling lies
No one knows what its like
To be the bad man, to be the sad man
Behind blue eyes.
(Limp Bizkit – Behind blue eyes)
Em seguida o loiro passou o braço em torno da cintura da ruiva e ambos saíram do Salão, deixando todos os ocupantes ainda a digerir a notícia bombástica.
"- Não devias de ter feito o que fizeste." – Disse ela mal chegaram ao jardim.
"- Porquê?" – Perguntou o rapaz encostando-a ao tronco da árvore.
"- Porque eu não sou tua namorada."
"- Não? Porquê? Porque não te pedi em namoro? Bem não achei necessário….pensava que esta implícito no que se passou na noite passada."
"- Eu não quero sofrer mais."
Draco passou uma das mãos pela face dela e murmurou:
"- Do que depender de mim, nada te vai fazer sofrer. Eu não vou fazer-te sofrer."
Ela sorriu timidamente beijando em seguida os lábios dele.
Os dias deram lugares a semanas, e estas a meses. Draco e Ginny continuavam juntos, apesar de tudo e todos. A ruiva tinha recebido um gritador dos pais, mas não ligou nada a isso, escreveu-lhes uma carta onde dizia que se não quisessem que ela namorasse com ele, ela deixava de ser uma Weasley. Perante esta medida e condição drástica, eles acabaram por aceitar o namoro.
Durante dias não se falou noutra coisa, e ambos eram apontados e falados, mas eles não se importavam nada, na realidade eles riam-se muitas vezes das atitudes das outras pessoas perante eles.
Mas finalmente deixaram de ligar ao namoro deles, e voltaram a agir com a ruiva e com o loiro como sempre agiram.
A ruiva caminhava pelo jardim naquela tarde, olhava as flores rebentarem nas árvores. O vento agradável batia-lhe na face anunciando a Primavera.
Sentiu umas mãos enlaçarem-na pela cintura e os lábios quentes dele no seu pescoço.
"- Olá Draco."
Ele não respondeu ao cumprimento da namorada, continuava a beijar-lhe o pescoço, cada vez com mais força deixando marca.
"- Draco!" – Chamou ela murmurando.
Só ai o loiro afastou os lábios do pescoço dela e a virou para si.
"- Sim?"
"- Nada….apenas….hã…." – ela não conseguiu continuar, não sabia o que dizer por isso passou os braços por trás do pescoço dele e juntos seus lábios nos dele.
Era um beijo delicado, suave, e que provocava arrepios a ambos. O loiro pousou as mãos no fundo das costas dela e puxou-a mais para si, juntando os corpos.
Quando se afastaram o rapaz encostou a testa dele na dela e ouviu-a murmurar:
"- Eu amo-te."
"- Eu também te amo….muito…."
Ginny sorriu genuinamente feliz. Estava feliz, outra vez…. Feliz graças a ele. Mas uma coisa a preocupava. E se essa felicidade terminasse! E se ela voltasse a ficar sozinha e desamparada!
Não sabia se conseguia viver sem ele. Draco fora a sua salvação, era o seu porto de abrigo, era o amigo que sempre desejou, o amante com que sempre sonhou. Ela necessitava dele para viver….e iria necessitar para sempre.
I need you like water
Like breath, like rain
I need you like mercy
From Heaven's gate
There's a freedom in your arms
That carries me through
I need you
(Leann Rimes – I need you)
O loiro olhou atentamente para ela.
"- O que foi?" – Perguntou vendo-a perdida nos seus pensamentos.
A menina sorriu para ele abanando a cabeça para afastar os pensamentos, e disse:
"- Nada, estava a pensar…."
"- Em?" – Perguntou impaciente.
"- Nós."
"- Ah…um bom tema sim Senhora."
Ela riu abraçando-o e Draco rodou com ela no ar fazendo gargalhar como há muito tempo não gargalhava.
Quando a ruiva sentiu os pés no chão agarrou na mão dele e puxou-o caminhando até ao lugar deles, o lugar onde se tinham beijado pela primeira vez.
Assim que lá chegaram ela deitou-se no chão olhando o céu com um sorriso bobo nos lábios. Draco ficou em pé olhando-a feliz.
Era bom vê-la assim feliz, a sorrir. Era bom saber que o punhal dela estava perdido numa gaveta no dormitório dela. Era bom olhar o corpo dela agora sem cicatriz ou corte algum. E acima de tudo, era bom saber que ele é que era o causador de tudo aquilo.
"- Deita aqui ao meu lado." – Disse ela olhando para ele.
"- Ginevra sabes que odeio deitar-me no chão."
"- Vá lá Draco…deixa-te de frescura."
Ele encolheu os ombros dizendo:
"- Como se conseguisse negar-te alguma coisa."
Deitou-se ao lado dela que riu antes de pousar a cabeça no peito forte do rapaz.
"- É bom estar assim." – Murmurou sentindo os dedos dele passarem nos seus cabelos ruivos.
"- É." – Concordou ele simplesmente.
Ficaram longos minutos calados, não havia nada a ser dito, por isso deliciaram-se a apreciar o toque suave do outro. O loiro sentia o dedo dela percorrer seu peito e sentia também a respiração quente dela no seu corpo, enquanto que a ruiva tinha os olhos fechados e apreciava o toque dele no seu cabelo.
"- Sabes que dia é Sábado?" – Perguntou ele de repente.
"- Hum….17 de Março."
"- Exacto….o que significa que…."
"- Fazemos 5 meses de namoro…."
"- E há visita a Hogsmeade."
Ela olhou para ele sorrindo e beijou-o delicadamente em seguida. Ainda com os lábios encostados aos dele disse:
"- Mal posso esperar por Sábado."
Ele sorriu e ela voltou a deitar a cabeça no peito dele.
Viram o Sol meter-se no horizonte e ambos assistiram ao nascer da noite.
"- Devíamos de ir jantar."
"- Não tenho fome Draco….vamos ficar aqui."
Ele aconchegou-a mais e sentiu-a mover-se. Ginny virou-se, de modo a ver as estrelas no céu, mas continuava com a cabeça no peito do namorado.
"- As estrelas são lindas." – Murmurou minutos depois.
"- Não me importam aquelas estrelas…."
"- Aquelas?"
"- Sim…."
"- Porquê?"
"- Porque tu és a melhor de todas, e estás aqui comigo."
Ginny sentiu-se corar, e pode ouvi-lo sorrir.
"- Olha uma estrela cadente!" – Exclamou ela abruptamente fazendo com que o rapaz se assustasse.
No momento seguinte ela sentou-se no chão e disse:
"- Vamos Draco….pede um desejo." – Disse ela olhando para o céu e fechando os olhos por momentos.
Quando os voltou a abrir viu que o rapaz a olhava seriamente.
"- Já pediste?"
"- Não Ginevra."
"- Porquê?"
"- Primeiro porque não acredito nesse costumes trouxas….e depois porque tudo o que podia querer já tenho….meu desejo já se realizou."
"- Sério? Quando?"
"- Há quase 5 meses atrás, quando uma menina amargurada me pediu para fazer amor com ela. Quando essa menina passou a fazer parte da minha vida….nesse dia meu desejo concretizou-se….e não foi necessário nenhuma estrela cadente."
A ruiva sentiu as lágrimas tentarem escorrer pela sua face, mas aguentou-se, apenas abraçou o namorado com força, beijando-o em seguida.
Tinha medo de o perder….e fora isso que pediu, nunca perde-lo, nunca ficar sozinha outra vez.
Sentiu as mãos dele apertarem-na na zona da cintura, e agradeceu pelo facto de ele a apertar, era como se aquela dor ligeira a certificasse de que aquilo tudo era verdade, de que não era apenas um sonho….mas sim realidade.
"- Gostava de ficar assim para sempre." – Murmurou ela.
"- Na verdade…eu gostava de ficar para sempre de outra maneira."
"- Qual?"
"- Quando estás na minha cama."
Ela abriu a boca e deu um tapa no ombro dele fazendo-o rir. Em seguida os lábios dele colaram-se aos dela.
Aquele momento era simples, mas feliz.
Era um momento que ambos sabiam que iriam guardar na sua memória para sempre….
Pois aquele era um momento para mais tarde recordar….
……. Um momento feliz.
Fim do 2º capitulo
N/A: Mais um capitulo, feliz. O próximo é o ultimo…mas antes de mais, vou escrever os agradecimentos:
Miaka: sim, muita raiva do Harry, pois ele chegou tarde, não de propósito, mas chegou. Sim, ela escondeu, ou mais ou menos, visto a família não se ter preocupado muito, pois ela estava viva, então pensaram que não tinha acontecido nada. Espero que tenhas gostado deste capítulo também….JINHOS!
Ana Maria: Sim, é meio triste a fic, mas espero que gostes. JINHOS!
Jessy Malfoy: rebelde não é bem o termo, talvez desgostosa e desiludida com a vida. Mas neste capítulo ela esteve melhor não foi? Espero que tenhas gostado, e que comentes….JINHOS!
Mione G. Potter RJ: Matar? A fic é pós – guerra mas isso não quer dizer nada. Este capítulo foi feliz, não foi? Espero que tenhas gostado. JINHOS!
Beca: Como chega lá? Bem é algo realmente simples, mas eu não vou dizer, talvez tu te lembres até lá, senão lembrares não há crise, lês o próximo capítulo e solução resolvida. Neste momento devia de estar a pensar no final para a minha mais recente short, realmente diferente, a Kika diz que a ideia não é fraquinha, mas sim divertida, enfim, seja. Ah não sei o que dizer mais, isto hoje não está a sair, portanto vou-me ficar por aqui…. JINHOS!
Kika: Não te lembras de como chega ao final? Ah não importa, logo lês o capítulo e pronto, ou logo te lembras. Que seja! Tu entendes? Bem, eu também entendo, não que alguma vez tenha feito algo parecido mas enfim. Sim, frieza é bom, desespero não. Estava aqui a pensar no Spike, e naquelas milhentas fotos que vi no teu BB de manhã…. Mas isso não tem nada a ver…portanto….JINHOS!
Este capitulo foi assim feliz, mas isso é bom….enfim….o próximo capitulo é o ultimo….ah! Leiam o final da fic É um grande fenómeno o amor….e leiam a minha nova short A loja de chocolates….em breve haverá mais coisas novas para lerem….
JINHOS!
COMENTEM!
FUI!
