DDT.2: DESVENDANDO O PASSADO

Capítulo 3

AUTORAS: Lady K & TowandaBR

DISCLAIMER: Todos os personagens da série Sir Arthur Conan Doyle's The lost world não são nossos (infelizmente), então não venham nos encher o saco.

COMMENTS:

Nessa: Que bom q vc voltou e principalmente q está gostando da nossa fic! Mas fique calma, desta vez não deixarei a Towanda matar a Marguerite rs...

Fabi K Roxton: Nosso objetivo é justamente fazer com q Charlote e Hellen sejam bem detestáveis rs... Mas vc ainda não viu nada, mtos podres ainda aparecerão rs...

Jess: Essa fic bem q poderia se passar numa fazenda, né? Afinal, com tntas vakosas hahaha Sabe, esse Montclaire foi colocado na fic pq eu achei o sobrenome mto chic lol mas sem ter qqr relação com a Adrienne rs...

Maga: Pois é, Summ é tio-avô da nossa ídala! A sogrinha do Rox é arki rival da mãe da Marg (sogras naum prestam mesmo lol). E vc acha q vamos perder de acabar com essas vakas? Td a seu tempo, claro hehehe

Cris: Arriba! Viu só? Kem sabe a Televisa do México não resolve produzir a nossa fic, transformando-a em novela? Rs.. Mas aí os nomes teriam q ser mudados para Roxton Luis, Marguerite Catarina, Verônica das Dores, Ned Roberson e por aí vai lol

Rafinha: Garantimos q vai ficar mais interessante ainda! ;-)

Elis: Ainda vai ter mta confusão por aí, se segura!


Capítulo 3

Novamente o sol volta a banhar com seus raios dourados a casa da árvore. Roxton abre os olhos devagar, enquanto dá uma deliciosa espreguiçada. Pára por alguns segundos para admirar a mulher que dorme a seu lado. Ela está de costas para ele e então, maliciosamente, a abraça por trás, envolvendo-a com seus braços fortes e beijando-lhe o ouvido devagarinho.

"Bom dia, Roxton..." responde baixinho. "E essa barba no meu pescoço?"

"Ontem você não reclamou..." começam a rir e ele continua a deslizar suas mãos pelo ventre de Marguerite e beijar-lhe a nuca, afastando os cabelos cacheados.

"Pode ir parando... esqueceu que temos visita?" ela virou-se, repelindo-o contra sua vontade.

"Como eu esqueceria... Vou tomar um banho e preparo o café. Pode ficar na cama, se quiser. Quando estiver tudo pronto, venho te chamar."

Marguerite assentiu com a cabeça e continuou, manhosa, esticando-se para tomar conta de toda a cama.

Se deu ao luxo de devanear, imaginando o corpo forte e musculoso de Roxton embaixo do chuveiro sendo molhado. Não pôde conter um suspiro. Estar com ele era maravilhoso! Então ouviu que de outro lado da casa também vinham outros sons. Muito baixos é verdade, mas àquela hora e com todo o silêncio, não era difícil escutar qualquer coisa.

Levantou sem fazer barulho e vestiu o hobby sobre a camisola.

Hellen remexia os objetos no quarto de Verônica. Encontrou algumas poucas jóias, inclusive o relicário que era de Abigail, um cacho de cabelo e outras coisas de valor sentimental apenas para sua proprietária. "Só quinquilharias!" falou consigo mesma.

Continuou vasculhando. Dentro do armário encontrou uma caixa empoeirada de onde tirou alguns livros e um álbum de fotografias. Em sua capa, apenas a inscrição "Abigail e Thomas Layton" seguida de uma data. Passou a olhar sem interesse para as fotos, até deter-se diante de uma.

"Tia Anne? Nem aqui me livro de você..." – resmungou arrancando a fotografia do álbum e colocando no bolso.

Foi quando ouviu Roxton entrar no chuveiro. Sua busca teria que ser interrompida antes que alguém aparecesse. Guardou os livros e álbum na caixa e a devolveu onde a encontrou.

Escutou passos quase inaudíveis e percebeu que não haveria como sair a tempo. Correu até a janela e passou a olhar para fora. Seu coração parecia que ia saltar pela boca quando Marguerite afastou a cortina que separava o cômodo do restante da casa e ficou furiosa ao encontrá-la no quarto de Verônica.

"O que pensa que está fazendo aqui?"

"Bom dia, Marguerite, querida. Desculpe, acordei muito cedo e não resisti olhar o platô deste ângulo. Não é maravilhoso?"

"No quarto em que dormiu, também há uma janela, ou não percebeu?" a herdeira estava bastante irritada.

"É que a vista é daqui diferente."

"Nada justifica você estar aqui, sabe disso" Marguerite cruzou os braços e sorriu cinicamente.

"Querida, sei que está irritada porque tem ciúmes de John. Mas..."

"Ciúmes!"

"Eu também teria. John me amava muito, ele não lhe contou?"

Pegando Hellen pelo braço, Marguerite praticamente a arrastou para a mesa do café falando em seu ouvido.

"Se a amava tanto por que não casou com você, querida?"

Roxton já havia começado a preparar o café e olhou furioso ao perceber que vinham do quarto de Verônica, subentendendo o que acabara de ocorrer.

"Vocês estão enganados ao fazer mau juízo de mim."

O caçador colocou a caneca de café e o prato com torradas na frente da mulher.

"Não perca seu tempo, Hellen. Apenas coma."

Ele sinalizou para Marguerite que dirigiu-se até o quarto de Verônica. Depois foi trocar de roupa.

Ao retornar, tanto ela quanto Roxton tomaram rapidamente o café da manhã em pé perto do fogão. Depois pegaram suas coisas.

"Vamos embora." – falou o caçador com cara de poucos amigos.

Contrariada, Hellen não teve outra alternativa a não ser acompanhá-los.

Durante a caminhada, pouco se conversou. Qualquer assunto iniciado por Hellen era praticamente ignorado pelo casal, que vez por outra conversava sobre alguma banalidade, parando novamente de falar quando a visitante tentava participar.

Ao chegarem ao acampamento não havia ninguém no local. A fogueira estava apagada, mas as cinzas ainda estavam quentes indicando que fora usada durante a noite e quem quer que seja que tivesse pernoitado ali não havia saído há não mais do que duas horas. As barracas estavam armadas e com todos os objetos pessoais dos membros da expedição.

"Droga! O topógrafo deve ter saído com os carregadores em busca do templo! Talvez seja melhor eu voltar com vocês e retornamos mais tarde, quando provavelmente já terão voltado."

"Pode esquecer! Ficamos de trazer você de volta e foi isso que fizemos. Eu disse que você deveria ter voltado antes! Agora está entregue e por sua própria conta. Roxton e eu vamos voltar."

Hellen encarou o caçador com olhos suplicantes. "John, não pode me deixar aqui sozinha! Os homens podem demorar. E se uma dessas feras aparecer?"

O caçador coçou o queixo. "Deveria ter pensado nisso antes de vir para cá. Tenho certeza de que você tem alguma arma dentro dessas barracas."

Todos os instintos de Roxton e Marguerite lhes dizem que é tudo muito estranho e que devem sair dali o mais rápido possível. E assim o fazem. Apenas quando já mantêm uma certa distância de onde a deixaram é que começam a conversar a respeito da mulher, agora com a certeza de que ela não pode mais segui-los ou escuta-los.

"Roxton, ela não está aqui pelos motivos que disse. Ela quer algo mais e temo que isso tenha a ver conosco."

"Seja mais clara, Marguerite."

"Ora, pensei que fosse óbvio! Primeiro: como uma arqueóloga se deixa fascinar pela paisagem e passa a caminhar sem arma alguma numa mata cheia de predadores ferozes. Segundo: por que os homens não vieram atrás dela?"

"Tudo isso já me passou pela cabeça. Reparou se ela mexeu em alguma coisa no quarto de Verônica?"

"Ela deve ter ouvido que já estávamos despertos e disfarçou bem rápido com uma desculpinha de que estava apenas olhando a vista pela janela. Tenho certeza de que ela procurava algo. Não percebi se estava faltando alguma coisa."

"Acho que devemos perguntar a Verônica assim que chegarmos em casa." Ele parou de caminhar.

Marguerite ia perguntar como, mas então olhou para o mesmo lado que Roxton e também viu o balão sobrevoando o platô. Verônica estava de volta!

"De qualquer modo, acho que seria bom investigar esse acampamento agora que eles estão voltando." Ela concluiu antes que chegassem ao moinho.


Mordren saiu da mata, indo ao encontro de Hellen, que já havia sentado em um tronco.

"Quem são os dois idiotas?" – perguntou ele.

"Acredite ou não, o homem é John Roxton, meu ex-noivo."

"Está brincando!"

"Não estou."

"Espere um pouco. Roxton... Seria parente de Elizabeth Roxton?"

"Filho dela."

"Mundinho pequeno, não?" – riu Mordren – "E quanto a Verônica? Descobriu alguma coisa?"

"Ela realmente não estava lá. Eles não me disseram muito, mas pelo que observei, além dos dois moram mais pessoas lá. E por falar em mundo pequeno, veja isso." – a mulher tirou a foto amassada do bolso. Mordren olhou surpreso.

"Esses são Abigail e Thomas Layton. Eu o matei anos atrás. A vadia conseguiu fugir com a filha... Quem é essa que está com eles na foto?"

"Minha tia, Anne Mayfair. Você roubou a filha dela, lembra?"

"Claro que sim. Só não a reconheci na fotografia. Não gosto nada disso."

"O que você quer dizer?"

"Por algum motivo, algumas dessas pessoas tem muito mais em comum do que sabem. E começo a achar que se elas começarem a juntar as coisas, então teremos problemas."

"E o que sugere?"

"Irmos amanhã até a tal casa da árvore e matarmos a todos."

"E se Verônica não estiver lá?"

"Pegamos os que estiverem. E vamos atrás dos que restarem. Quanto menos pessoas por perto, melhor será para nós. Agora é melhor encontrarmos Rouanet e os homens."


O balão já havia pousado perto do moinho quando Roxton e Marguerite chegaram correndo abraçando e cumprimentando efusivamente aos amigos, que retribuíram com o mesmo entusiasmo. Estavam felizes por poderem reunir-se novamente, todos juntos, na casa da árvore.

Roxton ajudava a recolher as coisas de seus amigos e então apontou para Marguerite:

"O que está fazendo aí parada? Ajude Verônica com isso aqui!"

"Eu? Por que você não ajuda em vez de ficar dando ordens como se fosse o chefe?"

Antes que ele pudesse responder, Verônica interveio. "Ei, tudo bem! Acho que posso carregar minha capa... E vocês dois não mudam mesmo, não é?"

"Espero que não tenham destruído a casa no meio de tão violentas disputas!" Ned provocou.

Enquanto caminhavam, Verônica contou o que havia acontecido com ela desde a tempestade: o vôo no balão danificado, quando foi atacada pelos raptors e salva pelos kadiwéus, o novo diário de sua mãe, o preparo do balão etc. Roxton e Marguerite, por sua vez, contaram sobre o encontro com Hellen e a desconfiança que estavam sentindo. Os amigos também concordaram que seria prudente investigar o acampamento e descobrir a verdade em toda a história da ruiva.

Continuaram caminhando até chegar à casa da árvore já à tarde. Enquanto os homens guardavam as coisas Verônica chamou Marguerite até um canto.

"Precisamos ter uma conversa muito longa e importante. Amanhã."

A herdeira percebeu o tom sério da amiga.

"Pode falar."

"Desculpe, Marguerite. No momento eu realmente preciso de um bom banho, comer alguma coisa e dormir um pouco. Amanhã poderemos conversar com mais calma."

Marguerite deu um sorriso amarelo.

"Você me deixou curiosa."

"Só falei agora porque tive receio de que você saísse logo cedo." – Verônica pegou a mão da morena e sorriu – "Hoje, não se preocupe com nada."

A herdeira confirmou com um movimento de cabeça. Em seguida lembrou-se.

"Verônica?"

"O quê?"

"Hellen esteve em seu quarto. Seria bom se você desse uma olhada se não está faltando nada."

"Farei isso. Obrigada."


Tarde da noite, Marguerite preparava-se para dormir, ou assim queria que todos na casa pensassem. Não conseguia imaginar que assunto tão importante Verônica teria para falar com ela. Seja lá o que fosse só saberia no dia seguinte. Mesmo ansiosa decidiu tentar relaxar.

Arrumou o quarto para que ficasse mais aconchegante e romântico, porque Roxton, novamente, passaria a noite ali. Claro que esperaria todos dormirem para, sorrateiramente, ir até o quarto dela.

Olhou para a bota que, mesmo embaixo da cama, teimava em aparecer. "O seu lugar não é aí, dona bota!" brincou. Ia colocar no armário quando passou a examiná-la detidamente. "Estranho... estava estragada desde que retirei o oroborus e não me lembro de..." como se uma súbita idéia passasse por sua mente, pegou o punhal que guardava na gaveta do criado mudo e passou a arrancar o salto da bota.

Quase deu um grito de espanto quando dentro, enrolado em um pedacinho de pano, encontrou a metade do oroborus, como se nunca o tivesse retirado dali. Apertou-o fortemente. "Claro, como não pensei nisso antes? Mas desta vez eu não vou errar."


Já passava da meia-noite. Em frente ao fogão, Verônica preparava o chá quando viu Ned se aproximando. Ele lhe deu um beijo, abraçando-a por trás.

"Não consegue dormir?" – perguntou.

"Acredite ou não, estou morrendo de fome. E você?"

"Senti alguém se esgueirando pela cozinha e vim saber se queria companhia."

"Quero. Mas vai ter que trabalhar." – ela riu entregando a ele o prato de bolo e a faca.

Colocaram a mesa servindo-se de, além do chá, bolo, frutas, pão e geléia. Realmente estavam famintos! Tentando não fazer muito barulho para não acordar os amigos, enquanto comiam, conversavam banalidades, riam baixinho e trocavam beijos e carinhos.

Aos poucos foram intensificando as carícias. Até que Ned deitou Verônica no estreito banco de madeira. Agachou-se e passou a beijar e sentir o sabor a pele bronzeada do colo da loira, afastando com delicadeza as alças de seu top. De repente ela o impediu com a mão.

"Desculpe se estou indo rápido demais."

"Shhh... escutei alguma coisa." – sussurrou ela. Malone prestou atenção.

"Passos." – concluiu. Permanecendo escondido, o casal espiou por cima da mesa.

Foram surpreendidos ao ver Roxton passar sorrateiramente pela sala. O caçador tropeçou em uma cadeira e quase foi ao chão.

"Droga!" – murmurou John. Com cara de poucos amigos, Marguerite abriu a cortina de seu quarto, sussurrando para ele.

"Pare de fazer barulho, vai acordar todo mundo!" – sinalizou com a mão – "Venha rápido!"

Roxton correu até o quarto, parando perto dela.

"Não vai me dar nem um beijo?"

"Entra logo." - Marguerite pegou John pelo braço e o puxou para dentro. Em seguida observou para ver se havia alguém por perto e entrou fechando a cortina.

"Os dois estavam como cão e gato hoje à tarde." – Malone quase não acreditava no que tinha visto, estava pasmo.

"Eu já desconfiava que eles faziam tipo para não sabermos o que há entre eles, mas por essa, juro que não esperava!" Ned ameaçou gargalhar alto. Verônica colocou a mão na boca do rapaz.

"Fique quieto."

"Não consigo."

"E agora?" – Verônica o beijou ardentemente. Quando finalmente separaram seus lábios Ned a olhou.

"Hum... ainda não consigo ficar quieto. Faça de novo para ver se funciona mesmo." – Foi a vez de ele beijá-la ao mesmo tempo em que afagava suas costas, sentindo-a cada vez mais junto de si. Eles se desejavam há tanto tempo.

Verônica interrompeu as carícias e pegou Ned pela mão.

"Vem." – Malone a seguiu até o quarto.


O sol ainda nem havia nascido. Abraçado às costas de Verônica, Ned acordou ao ouvir o barulho. A moça alertou.

"Roxton. Deve estar voltando para o quarto dele." – o casal riu.

"Acho melhor eu também voltar para o meu." – beijou sensualmente o pescoço da loira.

"Pode ficar se quiser, Ned."

Apoiando a cabeça no cotovelo, Malone virou a moça afagando-lhe o rosto.

"Tem certeza de que quer que todos saibam?"

"Não vou contar nada, mas também não vou esconder."

"Estou de pleno acordo." – respondeu o jornalista enlaçando-a para amarem-se uma vez mais antes de voltarem a dormir.

CONTINUA!