DDT.2: DESVENDANDO O PASSADO

Capítulo 4

AUTORAS: Lady K & TowandaBR

DISCLAIMER: Todos os personagens da série Sir Arthur Conan Doyle's The lost world não são nossos (infelizmente), então não venham nos encher o saco.

COMMENTS:

Elis: Calma, neste vc vai ficar sabendo quase td q perguntou na review rs... Mas pode ter certeza q vai rolar mta porrada!

Rafinha: E agora, mais bafões serão revelados rs... Espero q goste!

Maga: A Hellen será a nossa Lana Lenga Lenga, odiada e detestada por todos! Mas a Marg vai à forra, nem precisa se preocupar, viu? Rs...

Jess: Digamos q o Rox nunca foi um poço de delicadeza né? Lembra o q ele diz em The jouney begins p/ Marg: "Não deixe o título lord engana-la. Estou tão perto de ser um cavalheiro qto vc de ser uma dama" hahaha

Nessa: Não haverá a morte da Marg, mas Towanda ker fazer ela apanhar da Hellen, pode? Estou lutando com todas as minhas armas p/ q Hellen tenha seu esperado fim hihi e q a Marg saia por cima da carne seca obviamente :-)

Fabi K Roxton: Tadinho do Chall, ele tah meio sumidinho pq ficou de vela rs...vai ter q namorar o T-rexton pelo jeito lol

Cris: Agora começa a ação! Só não sei se Hellen vai ter o fim q vc e o povo esperam (ela é a nossa Cristina de Alma gêmula lol, pergunta p/ Si), mas ela vai se ferrar tbem, claro, pq ela é uma vakona mesmo rs...

Nirce: Acho q o Rox é o homem ideal mesmo, né? Td bem q só existe na ficção, pelo jeito né... A vida real nem sempre pode ser tão boa, já q as pessoas se comportam de maneira quase sempre imprevisível... mas não custa alimentar nossos desejos secretos, né? Rs...

ATENÇÃO: ESTE É O PENÚLTIMO CAPÍTULO!


Capítulo 4

Verônica não levantou cedo como de costume e Challenger e Roxton, já preparando o café, estranharam quando ela apareceu mais tarde.

"Bom dia."

"Você está bem, querida?" – perguntou o cientista.

"Estou, sim. Obrigada."

Os três sentaram-se à mesa.

Minutos depois Marguerite se aproximava. Já ia sentando quando ela, Challenger e Roxton foram surpreendidos ao verem Ned saindo do quarto da loira.

"Bom dia!" – cumprimentou ele.

"Bom dia!" – retrucaram em uníssono os surpresos amigos, especialmente Roxton e Marguerite...

"Bom dia, Verônica!" - se aproximou da loira beijando-lhe os lábios. A seguir sentou a seu lado.

"Bom dia, Ned."

Marguerite quebrou o silêncio.

"Foi você quem colocou a mesa, Roxton?" – retrucou fingindo mau humor.

"Foi, sim. Algum problema?"

"Onde está minha xícara? Onde está meu café?"

John se aproximou apontando.

"Está vendo aquele armário? Sua xícara está lá. Está vendo o bule no fogão? Seu café. Agora que já sabe onde está, levante e pegue você."

"Mal educado" – ela rosnou.

"Vocês não aprendem, não é? Parecem crianças." – reclamou Challenger.

Marguerite ia lançar uma discreta piscadela ao caçador, quando Malone retrucou:

"Ou marido e mulher..." Verônica quase engasgou tentando conter o riso ao mesmo tempo em que cutucava Malone por baixo da mesa.

"Ai." – murmurou o jornalista.

Roxton e Marguerite praticamente assassinaram o rapaz com o olhar.


Nenhum dos homens sabia exatamente o que Verônica queria conversar com Marguerite, mas imaginavam ser algo muito sério. Aproveitando a oportunidade para deixá-las mais a vontade na casa da árvore, Malone e o caçador resolveram investigar melhor o acampamento de Hellen, enquanto Challenger decidiu passar o dia no moinho, além de colher espécimes.

As duas sentaram na sala.

"Está me assustando, Verônica. Que assunto misterioso você quer tanto falar comigo?"

"Marguerite, antes de começar, preciso ver uma coisa. Pode me mostrar sua marca de nascença?"

"Mas para que?"

"Por favor. É muito importante." – insistiu a loira.

"Está bem, está bem." – Marguerite abriu uma parte da blusa permitindo que desnudasse o ombro. Depois se cobriu novamente – "Pronto, fiz o que pediu."

"Marguerite, o que vou lhe dizer é só uma suspeita minha. Posso estar completamente errada, mas não poderia deixar de falar com você sobre isso."

"Diga logo." – a herdeira estava impaciente.

"Lembra do diário de meus pais?"

"Claro que sim."

"Como disse ontem, quando cheguei à aldeia encontrei em minha bolsa não um, mas dois diários. Minha mãe o escreveu. Nele ela fala a respeito de sua vida desde que saiu do platô indo para Londres onde..."

"...onde ela conheceu seu pai, se casaram e voltaram para cá. E daí? O que eu tenho a ver com isso?"

"Minha mãe não saiu do platô sozinha. Uma expedição aqui esteve e foram eles que a levaram para fora."

"Sei."

"Os líderes da expedição era um casal que acolheu mamãe em Londres. Os Mayfair. O nome lhe diz alguma coisa?"

Marguerite pensou um pouco.

"Não que me lembre."

A loira inclinou-se segurando as mãos da herdeira e falando pausadamente.

"Marguerite, Anne e Leon Mayfair tiveram uma criança que foi raptada quando era muito pequena. Uma menina. Anne Mayfair tinha uma marca, assim como sua filha." – Verônica sentiu o nervosismo da amiga – "Duas serpentes invertidas."

"O que você está me dizendo?" – as palavras quase não saíram da boca da morena.

"Como disse, posso estar completamente enganada, mas suspeito que você possa ser a filha desaparecida dos Mayfair, herdeira de um legado que tem passado de geração em geração."

"Não é possível." - a mulher ainda tentou conter as lágrimas, mas acabou desistindo e chorou abertamente no ombro da loira. Após algum tempo, Verônica enxugou-lhe as lágrimas.

"Está melhor?"

"Hum, hum."

"Eu já volto, está bem?" – A loira levantou-se indo até a cozinha. Voltou minutos depois trazendo um pouco de água com açúcar.

"Tome. Beba isso."

"Obrigada." – As mãos da morena tremiam.

"Marguerite, há mais."

"Conte tudo, por favor."

"Você ainda tem a metade do oroborus?"

"Sim. Em minha bota. Como da primeira vez."

"Alguma vez se perguntou como a outra metade veio parar no platô? Ou a quem ela pertencia?"

"Ninguém jamais soube."

"Preste atenção. A metade do oroborus que você procura pertence à família Mayfair e é a essa metade que devem proteger. Assim como minha família protege o trion."

"Então foram eles que o trouxeram para cá?"

"Não. Anne Mayfair o teve até retornar a Londres. Mas ela estava com medo de que não pudesse protegê-lo e o confiou a outra pessoa fora de sua linhagem. Minha mãe recebeu a outra metade e foi ela quem o trouxe para o platô, colocando-o em um lugar que achava seguro."

"A caverna."

"Sim. E se o tempo voltou com a tempestade e você ainda tem uma parte do oroborus no salto da bota, então..."

"...então a outra metade ainda está na caverna."

Verônica pensou um pouco e depois pegou o diário abrindo pouco depois do começo.

"Lembrei de uma coisa. Enquanto procuro quero que leia essa parte com atenção. Talvez alguma coisa tenha passado despercebida."


Durante boa parte da manhã de Challenger dedicou-se a manutenção do moinho. Sentia-se mais seguro quando verificava periodicamente seu funcionamento, o que evitaria muitos desconfortos, além de garantir a proteção da casa da árvore, agora que contavam com a cerca elétrica.

Enxugou o suor da testa e bebeu um bom gole de água. Caminhou até a horta e passou a examinar as plantas. Havia algum tempo que vinha desenvolvendo uma técnica promissora: ao invés de aplicar venenos num tipo de pulgão que sugava e destruía a horta, encontrou um tipo de joaninha que é o predador natural do bichinho destruidor. Assim, teriam alimentos livres de agrotóxicos e a solução, além de saudável, era totalmente segura.

Agachado, Challenger observava com uma lupa a eficácia de suas joaninhas.

"Vocês estão fazendo um excelente trabalho, mas acho que precisam de um pouco mais de ajuda."

O cientista pegou suas coisas e embrenhou-se na mata a procura de mais insetos. Distraído andou por mais de vinte minutos quando um barulho na mata o fez ficar imóvel. Temia que fosse um raptor ou até mesmo um t-rex, até concluir que qualquer um desses animais faria bem mais barulho.

Em silêncio, resolveu investigar a fonte do ruído. Viu um homem armado com pouco menos de cinqüenta anos. Tinha uma mochila nas costas e portava um mapa e uma bússola. Parecia nervoso e falava sozinho.

"Maldita caverna! Tenho certeza de que era aqui. Meus mapas estão corretos! Não entendo..."

Challenger coçou a barba ruiva pensando consigo mesmo - "Hum... Interessante... Segui-lo ou não segui-lo? Eis a questão... Pense, George. Não vá se meter em encrencas... Por que não?" – sorriu ao decidir-se – "É, parece que terei que adiar a procura de minhas pequenas joaninhas. Já encontrei outro espécime para observar."

Com cautela, passou a seguir o homem, mantendo-se a uma pequena distância.


"Marguerite, desapareceu." – Verônica parecia agoniada ao retornar para a sala com o álbum de fotos.

"O que sumiu?"

"Uma das fotografias do álbum. Meus pais e uma mulher estavam nela."

"E daí?"

"Foi tirada na Inglaterra. E no diário a única mulher que minha mãe menciona em Londres é justamente Anne Mayfair. Pode ser ela."

"Aquela miserável da Hellen. Eu lhe perguntei ontem se havia sumido alguma coisa do seu quarto."

"O álbum estava em uma caixa. Nem pensei em abri-lo... Mas o que ela ia querer com aquela fotografia?"

"Precisamos pegar a outra metade do oroborus o mais rápido possível." - Marguerite andava para todos os lados da sala.

"Escute-me. Você esperou anos com essa coisa escondida. Vamos esperar que os outros cheguem e então iremos todos juntos. É mais seguro."

"E se alguém o pegar antes de nós?"

"Quem?"

"Hellen... ela parecia muito interessada em você e agora a foto que sumiu..."

"Droga."

"E eu não engoli aquela história que ela nos contou. É óbvio que não veio atrás do Roxton. Se eu vim atrás da outra metade do oroborus, quem garante que não existe mais gente na mesma situação?"

Verônica sentou-se, pensativa. Segundos depois levantou-se de súbito.

"Tem razão. O platô tem estado muito cheio ultimamente. Vou pegar minhas coisas!"


Com os rifles engatilhados, Malone e Roxton entraram cuidadosamente no acampamento vazio. Obviamente o grupo havia passado a noite, porém não parecia que estivessem por perto naquele momento.

"Onde acha que foram?" disse Ned.

"Não tenho a mínima idéia, mas que tal darmos uma olhadinha por ai?"

"Isso é uma coisa muito feia de se fazer, Lord Roxton." – censurou Malone. Em seguida completou rindo – "Você começa pela barraca da esquerda e eu pela da direita."


"Não confio nem um pouco em Patrick!" Hellen falava com Mordren enquanto caminhavam pela mata. Estavam acompanhados de três homens.

"Hellen, querida. Eu não confio nele e nem em você. Mas Rouanet encontrará a caverna onde Abigail guardou o oroborus ou sabe que o matarei sem pensar duas vezes."

"E vai encontrar como? Ele mesmo fez os mapas, é um topógrafo e nem assim consegue achar uma simples caverna? Sabia que não devíamos ter acreditado nele."

"Tenha paciência, Hellen. Acredito que as características topográficas do platô mudam constantemente."

"Eu acredito é que Patrick não sabe sequer fazer um mapa decente! Ele está ganhando tempo porque acha que você vai matá-lo de qualquer jeito."

"Hum... é realmente uma idéia a se considerar."

Ele não pôde deixar de sorrir diante da impaciência da sua companheira de negócios.

"Na casa da árvore mataremos todos. Verônica não faz idéia de quem ela realmente é. Talvez, enquanto eu ver seu sangue escorrendo e seus olhos brilhando diante do pavor da morte, eu lhe conte quais são suas origens e como matei seu pai."


"ROXTON!" – chamou Malone – "Venha cá."

O caçador entrou rapidamente na barraca onde estava o jornalista.

"O que foi?"

"Achei isso."

"Um passaporte. E daí?"

"Olhe o nome. Patrick Rouanet."

"Continuo perguntando: e daí?"

"Na biblioteca da casa da árvore existe um livro de registro com o nome e função de todos os participantes da expedição Layton. Challenger e eu lemos com muita atenção essa lista. Patrick Rouanet estava nela." – Ned abriu o passaporte em uma página mostrando ao caçador – "Olhe a data e local de expedição do documento."

"Londres, três anos após o massacre da expedição." – John pensou um pouco – "Vamos revirar tudo, Malone. Deve haver mais alguma coisa."

Sem preocupar em manter a organização do lugar os dois homens começaram a vasculhar tudo. O caçador virou um livro e de onde caiu um papel que ele examinou.

"Droga."

"O que foi?"

"Um decalque do oroborus. Marguerite tinha a metade e... Mas se o tempo voltou, ela ainda está com esse pedaço e talvez nem tenha se dado conta! E tenho certeza que este desenho não é da parte que está com ela."

"Eles estão atrás do outro pedaço... Precisamos voltar para a casa da árvore e rápido."

"Vamos logo."


Deixando Mordren e os capangas escondidos perto do elevador, Hellen começou a chamar pelos moradores da casa da árvore.

"John? Marguerite? Alguém em casa?" gritou várias vezes até constatar que a casa estava completamente deserta.

Destravaram o elevador e subiram.

"Droga! Estava ansioso para ver um pouco de sangue." Mordren bateu com o punho cerrado sobre a mesa.

"Mas nada impede darmos uma olhadinha por aí. Vocês, se alguém se aproximar, atirem." Ordenou Hellen aos homens.

Foram até o quarto de Verônica onde Hellen encontrou o diário em cima da cama. Folheou detendo-se nas páginas referentes a Anne Mayfair e ao destino da metade do oroborus, mas nada que indicasse sua localização ou alguma informação que já não soubesse. Arrancou algumas folhas com desdém e as picou em pedacinhos.

Ela e o homem começaram a revirar tudo: gavetas, caixas, armários... examinando cada objeto que encontravam. Mordren odiava tudo o que tivesse a ver com as protetoras e, assim, descarregou seus sentimentos quebrando vários objetos do quarto e da sala.

Sem nenhuma informação que pudesse ajudá-los, partiram deixando a casa da árvore na mais completa desordem. Agora, além do trion, mais do que nunca Mordren queria mesmo acertar suas contas com Verônica. Seus amigos poderiam morrer depois.

CONTINUA!