Era um dia ensolarado no plateau. Os pássaros cantavam felizes, como se nada de ruim e estranho acontecesse naquela selva.

Todos haviam terminado suas tarefas, e a única coisa que ainda podiam fazer, ou melhor, que já faziam – sem sucesso – era procurar mais uma saída do Plateau.

Logo cedo naquela manhã, Assai veio da aldeia Zanga com a notícia de que alguns guerreiros da sua tribo haviam encontrado umas enormes montanhas nunca vistas para o lado norte da casa da árvore.

Challenger não estranhou nada aquele acontecimento, tendo em vista que ele mesmo já havia confirmado com suas teorias que aquele lugar estava em um intenso trabalho de transformação.

Com essa notícia, os exploradores resolveram ir examinar aquelas montanhas. Podiam encontra um sinal de como deixar o Plateau, ou até mesmo uma passagem por lá. Estavam animados com a possibilidade de voltar para Londres. Seriam apenas uns três dias de viagem rumo ao norte.

A estratégia era a seguinte: todos iriam juntos, Finn, Marguerite, Roxton, Verônica e, é claro, Challenger. Porém, Challenger e Verônica ficariam no plateau mapeando o caminho e fazendo algumas anotações e seriam úteis caso alguma coisa acontecesse. Não podiam se esquecer de Malone, e nem de seus diários. Marguerite, Roxton e Finn iriam para Londres para formar uma nova expedição para buscar os que ainda ficariam no mundo perdido, mas desta vez tendo uma coisa que não tinham antes: o mapa da saída.

Verônica aceitou sair com eles, pelo menos para conhecer o outro mundo, mas com a condição que só sairia quando Malone fosse encontrado para que todos fossem juntos. Ela estava nervosa e ansiosa, mas não demonstrava nada disso por sempre estar com um ar de coragem em seu rosto.

Saíram naquela manhã ensolarada lá pelas 10h da manhã. Marguerite reclamou do calor, mas se acalmou ao lembrar da esperança de sair daquele lugar, que dizia tanto odiar. A viajem estava calma apesar do ritmo acelerado que caminhavam. Nenhum grande problema havia acontecido até então.

Todos estavam muito distraídos. Marguerite fazendo planos para quando chegasse em Londres. Roxton estava escutando aquelas baboseiras e se perguntando onde ele ficava no meio daquilo tudo. Challenger pensava em como seria recebido... em como a sociedade britânica iria se comportar depois de ter dito que ele era um mentiroso, em como seria adorado, pensava também em sua esposa e em todas essas coisas. Verônica estava com dor de cabeça porque Finn a estava enchendo os ouvidos com perguntas inúteis e sem importância.

Estavam todos preocupados com assuntos irrelevantes e não perceberam que acabaram entrando em território canibal.

Finn, em uma de suas perguntas à Verônica disse: "-Quem são esses homens com o corpo todo pintando de branco?"

Imediatamente os olhos de Roxton se cruzaram com os de Verônica – os dois sabiam o que estava acontecendo - e ele ordenou: "-Todos para o centro! Estamos em território canibal!".

Nisso certa de 10 homens armados com lanças e zarabatanas cercaram-nos. Roxton conseguiu matar dois com suas armas. Como estavam muito perto, a luta acabou por ser corporal. A luta durou alguns minutos, mas tudo acabou bem - como sempre. Verônica foi muito rápida, e conseguiu deter alguns. Marguerite ficou muito zangada quando um deles "melecou" o cabelo dela de branco, e acabou com o cara num instante só. Finn adorou a luta, achou muito legal o pessoal lutando em equipe. E Challenger não estava disposto a aceitar que eles atrapalhassem o possível retorno para casa. E assim foi indo.

Quando tudo estava acabado, Roxton repreendeu Marguerite: "-Droga Marguerite, poderíamos estar todos mortos por sua causa. Ficou me distraindo com essas seus planos. Nem sabemos se vamos sair daqui. Você é muito egoísta mesmo!".

Na realidade Roxton estava zangado porque Marguerite não havia mencionado o nome dele em seus planos. Ele estava magoado. Após tudo o que viveram juntos, ele ia ser colocado de lado, sem explicação alguma.

Marguerite ficou visivelmente irritada com o comentário de Roxton, e quando ia revidar a provocação verbal, foi interrompida por Verônica: "Não adianta procurarmos culpados, estamos todos bem, e é isso que conta. Além do mais, temos que agradecer quem nos salvou!. Graças a Finn pudemos ficar preparados para o que viria acontecer!".

Challenger, para evitar a futura discussão, continuou: "-Isso mesmo! Obrigado Finn, não sei o que seria de nós se vc não estivesse prestando atenção nos detalhes a sua volta!".

Finn ficou sem jeito no início mas gostou de todos os elogios e agradecimentos que recebeu.

Continuaram caminhando por mais alguns quilômetros, e resolveram acampar num bom lugar que viram. Recolheram algumas lenhas, fizeram uma fogueira e montaram suas tendas. Combinaram ainda os horários de guarda. Comeram e foram dormir.

No outro dia acordaram, e levantaram acampamento. Marguerite ainda estava zangada com o Roxton, e não lhe dirigia a palavra – estava de mau humor como sempre. Seguiram para a direção que Assai havia indicado.

Não ouve mais nenhum problema até mais ou menos às 15h do outro dia, quando um imenso T-rex resolveu caçá-los. O animal era gigantesco e tinha uns dentes muitíssimos afiados que eram do tamanho dos braços do Roxton – Fala sério, eram muito grandes, o Roxton tem uns braços... hehehe.

Correram durante alguns minutos quando encontraram uma pequena fenda em uma caverna. Foram, obviamente, em direção a ela.

Roxton disse para que todos entrassem: "-Entrem ali, naquela fenda, depressa!".

Marguerite hesitou por alguns instantes, estava com medo de entrar lá... suas experiências em cavernas não eram muito agradáveis, mas mesmo assim entrou. Falou então: "-Roxton, vá na frente e veja se não há nenhum animal morando aqui!".

Num tom de provocação, ele respondeu: "-Com muito prazer!".

Os outros vinham atrás. Haviam se livrado de um perigo, mas não sabiam o que estaria aguardando por eles mais à frente.

Não havia sinais de ninguém residindo ali. E foi isso que fez com que todos adentrassem ainda mais dentro da caverna.

De repente viram um vulto no chão. Parecia humano, mas estavam com medo do que poderiam encontrar se chegassem mais perto.

Challenger não pode segurar sua curiosidade e se aproximou: "-Roxton, fique com a arma a postos, não quero nenhuma surpresa".

"-Sempre a postos, mas tome cuidado!". O caçador respondeu.

Quando Challenger virou o corpo que estava no chão. O mesmo estava tremulo, quente e suado, percebeu que a pessoa estava doente, muito doente. Pode avistar que era de um homem, e acabou por deparar com um rosto familiar, conhecido, o rosto de alguém que todos adoravam e muito, o rosto de alguém que sentiam muita falta, o rosto de...

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