Aqui está a 4ª e penúltima parte deste trabalho. Novamente, agradeço a todos os meus leitores pelo grande apoio que recebi. Abraços e felicidades. E agora... 3, 2, 1... LET IT RIP!

Análise psicológica dos personagens – parte 4

Majestics

Robert – aquele que não conheceu o mundo

Todos os Majestics são riquíssimos. E, ao que parece, o Robert é o mais endinheirado de todos os membros da equipe. Por isso, foi criado cheio de mimos e empregados ao dispor. Aprendeu muito cedo a se considerar superior aos que o obedeciam e a ser arrogante. Desde a infância, ele foi temido como um patrão e começou a se comportar como tal.

Sabe-se muito bem que pessoas criadas num ambiente como esse, cheio de luxo e conforto, têm pouco contato com a realidade. Como tudo é dado de bandeja para elas, não sabem que para conseguir algumas coisas, suor e sangue devem ser derramados. Não sabem que nem todos os seres vivos da Terra se curvarão às suas vontades, muitas vezes fúteis e sem sentido.

Por isso, quando conhece os Blade Breakers, Robert assusta-se um pouco com o fato de que o Tyson não o obedeça, de que o Max continue sendo um rapaz sem-cerimônia, de que o Kai e o Ray não se impressionem com todo poder do jovem milionário.

Penso eu também que o Robert se sente muito sozinho. Seus pais, seguindo o papel de casal cheio da grana, devem estar por aí trabalhando feito loucos em uma grande empresa qualquer ou torrando dinheiro em festas e viagens ao redor do mundo. E o capitão da equipe também não tem nenhum amigo no qual possa confiar de verdade. Todos se aproximam dele por causa do seu poder aquisitivo. Quando não é isso que acontece, as relações de afeto e companheirismo são violentamente barradas por toda a formalidade e frieza do universo dos ricos. Isso se percebe perfeitamente quando observamos que a equipe dos Majestics nem existia, e que os quatro componentes dela se uniram apenas para travar um duelo com os Blade Breakers.

Enrique e Oliver – me engana que eu gosto

Esses dois terão de ser analisados juntos, já que há um fio muito forte que une os dois. É simples: eles gostam um do outro. São o típico casal yaoi dos animes. Vocês lembram de como eles sempre estavam juntos? Conversando, passeando, comendo...

Mas como, se o Enrique sempre anda com duas menininhas bonitinhas e sem cérebro à tiracolo? Ele compre roupas para elas, as leva para passear no seu iate, fica dando em cima delas toda hora... Mas aquilo lá é só fingimento. O Enrique é italiano. Os italianos têm fama de serem muito conquistadores e de sempre formularem cantadas atrevidas e provocadoras. Enfim, o Enrique só anda com as duas meninas para manter a pose e não ficar mal diante da sociedade em que vive. E o Oliver sabe disso, tendo um pacto silencioso com ele, e mantendo a imagem de francesinho gentil e meigo.

Johny – a arrogância e o temperamento forte forjados pelo mimo

O Johny é um mimado. Como todo mimado, não suporta a idéia de que alguém é superior a ele em qualquer coisa. Tem nojo da derrota. Sente-se dono da casa de todo mundo ( lembram-se da primeira vez em que ele apareceu no anime, deitado de qualquer jeito no sofá do Robert e depois tratando o Gustav – o mordomo do Robert – como se fosse seu próprio empregado, mandando preparar o carro e tal?). Adora mandar em tudo e em todos. Trata com ignorância e altivez as outras pessoas. Apenas depois de conhecer os Blade Breakers é que, assim como o Michael, ele se humanizou um pouco e passou a dar importância a valores como união e amizade.

Acho que vocês perceberam como deve ser chato ser rico. Ter que viver todo engomadinho dentro de um terno ao invés de ir jogar bola na praça e se chafurdar na lama... Ficar todo sujo, mas feliz... É isso que importa: ser feliz, e não ter dinheiro. "Eu nasci pobre / mas não nasci otário..."

Eu, particularmente,penso que a abundância de dinheiro apenas torna as pessoas mais frias e mais arrogantes, e também mais frágeis, já que elas não aprendem alutar por seus objetivos.

"Confesso que sou de origem pobre / mas meu coração é nobre / foi assim que Deus me fez..."

Não se esquecem das reviews, pois são elas que dão valor à esta minha vida sem sentido.

E a próxima análise é a mais esperada e a mais demais: Demolition Boys! Até lá!