N/A: Gente, tá aí o segundo capítulo de Confessions. ENJOY!
- E então? Falou com ele na janta?
- Claro que não. A senhorita Gina Perfeição Weasley fez questão de sentar entre nós dois. Não deu nem pra pedir pra ele aparecer depois por aqui.
- E tu ia ter coragem?
-... Não.
- Então, o que adianta?
- É, tu tem razão.
- Sabe, tu tem que tomar uma atitude.
- É difícil... Ele simplesmente AMA ela.
- E o Lupin?
- Não falei ainda com ele, mas...
- Mas...?
- Ele já entendeu que não é dele que eu gosto.
- E você vai simplesmente deixar por isso mesmo?
- Acho que sim...
- Olha, por mais que eu ache meio estranha essa história de vocês, não dá pra simplesmente deixar como está.
- Por que não?
- Acorda. Ele também tem sentimentos. Mesmo sendo um lobisomem.
- É, mas eu não vou chegar e dizer "Olha Remo, foi muito legal tudo isso, mas eu gosto de outra pessoa". Não dá.
- Por um acaso eu disse pra você usar essas palavras?
-... Não.
- Então. Tu simplesmente não pode dizer que gosta de outra pessoa. É muito indelicado, por mais que seja verdade. Simplesmente inventa uma desculpa.
- Sério, tu tem um problema de achar que tudo é fácil de resolver. Que desculpa eu vou inventar, ein?
- A mais óbvia. Que ele é muito velho pra ti, e que as pessoas vão suspeitar e vocês só vão sofrer. É o melhor jeito.
- Será?
- Claro que sim.
- E será que ele vai acreditar?
- Óbvio. Homens são tão tolos. Veja o Potter, por exemplo...
- O Harry?
- É. Ele é completamente cego, fica babando pela Gina ao invés de correr para os seus braços. Isso é um exemplo crônico de tolice. Preferir a Gina... Simplesmente não dá pra agüentar.
- Ai, para. Assim eu fico sem graça.
- Tá, parei. Mas que você é MUITO melhor, é verdade.
- E a senhorita? Como anda o coração?
- Começou...
- A gente praticamente só fala de mim... Pode abrir o jogo.
- Precisa mesmo?
- Eu te confessei tudo mesmo, e tu vem fazendo joguinho?
-...
-...
- Eu gosto de um garoto mesmo. E daí?
- Rá, sabia. Quem é?
- O Rony.
- Putz...
- Qual é o problema?
- Bom, é que o Rony...
- SÉRIO, TU ME FAZ OUVIR TODA A LADAINHA DO TEU AMOR LUPIN-POTTER E NÃO ACEITA QUE EU GOSTE DO RONY? ÀS VEZES EU PENSO SE A GENTE É MESMO AMIGA.
- Primeiro: pára de gritar que alguém vai acabar escutando. Segundo: Eu aceito que tu goste do Rony, até porque ele é ótimo. E terceiro: É ÓBVIO QUE A GENTE É AMIGA.
- E qual é o problema do Rony, posso saber?
- O problema é que ele é muito estressado e irritante. Mas fora isso ele é bem legal.
- Ele é melhor que o Neville...
- Isso com certeza. Quer dizer, não é difícil.
- Também não humilha, eu fiquei com ele.
- Não só ficou né.
- Só fiquei sim. Porque o resto não funcionou.
- Tá, isso é fato.
- Mas então, tu já falou pro Rony?
-... Não.
- E depois vem falar de mim, que não me declaro pro Harry.
- É que é diferente...
- Não é não. É exatamente a mesma coisa.
- É, talvez...
- Nós duas somos idiotas apaixonadas, sem coragem pra se declarar.
- Tá bom. Eu não tenho coragem de chegar pro Rony e dizer "Eu gosto de ti". Mas eu vou fazer isso um dia. Por mais que esse dia demore, um dia eu vou estar do lado dele, que nem tu e o Potter vão estar. É o destino, eu tenho certeza.
- Espero que tu esteja certa. Por que se não for o destino, eu vou simplesmente esquecer.
- Olha, eu não sou a Trelawney, mas eu simplesmente acredito que tanto você e o Harry quanto eu e o Rony fomos feitos um para o outro.
- Seria isso a melhor definição de amor possível?
- Acho que pode ser. O amor é acreditar em ficar com aquela pessoa pra sempre, não é?
- Nossa, tu sente tudo isso pelo Rony?
- E tu, sente tudo isso pelo Potter?
- Sim.
- Sim.
- Então vamos deixar as previsões de lado? Tu mesma disse que não era a Trelawney, então pra que se importar com isso?
- E o que tu quer fazer?
- Quero que a gente se declare. Mesmo sem ter coragem aqui e agora. Mas um dia a gente vai ter que encarar a realidade.
- E quando vai ser isso?
- Não faz pergunta difícil.
- Tá bom... Mas se tu quer tomar uma atitude... Tem que tomar logo.
- Bom, a primeira coisa que eu vou fazer amanhã de manhã é falar com o Remo.
- Já é meio caminho andando.
- E eu vou explicar pra ele que eu me envolvi mesmo gostando de uma pessoa, e que eu não quero magoar ele.
- Tu já pensou que ele nunca mais vai olhar na tua cara, provavelmente?
- Bem... Pra falar a verdade, sim. Mas acho melhor ser sincera do que transformar isso numa grande bola de neve.
- Então tu tem certeza?
- Absoluta.
-...
- E tu, o que vai fazer?
- Não sei... O Rony parece tão distante, tão inacessível. Mas ao mesmo tempo, parece que se eu olhar pros olhos dele, eu sei o que se passa na alma dele. É tão complicado.
- Acho que eu entendo.
- Tu vai me ajudar?
- Sim. Tu é minha melhor amiga, lembra?
- Como que eu ia esquecer?
- Então, num futuro próximo nós vamos ser as senhoras Potter e Weasley.
- Tomara...
- Sério, deixa de pessimismo.
- Bom, não era eu que pensava que nunca ia ter o meu sonhado Potter.
- Ei futura senhora Weasley. Não brinque com o meu coração.
- Não tô brincando com o teu coração. Só tô dizendo que tu é um pouco bipolar.
-...
- Ai, é brincadeira.
- Será que toda essa confiança vai embora depois de uma noite de sono?
- Não sei. Mas é melhor não dormir e passar a noite conversando, só pra garantir.
- Sério!
- Eu tô falando sério. E tô dizendo que tu não pode perder essa confiança.
- Nem tu.
- É, nem eu. Em uma semana a gente vai ter resolvido isso?
- Espero que sim.
- Ou vai ou não. Cansei de incertezas.
- Nossa...
- Sério, vamos fazer um pacto?
- Que pacto?
- Que nós vamos ter esses garotos...
- Tá, pode ser.
- Em uma semana.
- Ah, é muito pouco.
- Mas nós vamos pelo menos nos esforçar. Sério, tu tem que prometer.
- Tá bom.
- Promete?
- Prometo.
- Então tá.
- A gente pode dormir, agora que não tem mais jeito, e mesmo se a confiança for embora eu vou ter que me declarar?
- Acho que sim.
- Então boa noite.
- Boa noite.
N/A: E deixem mais reviews, porque essas duas prometem pro próximo capítulo.
