Retratação: Gundam Wing e seus personagens não me pertencem, porque se pertencessem, com toda certeza, o Duo não teria atirado no Heero, mas na Relena e ela teria uma morte bem dolorosa. Porém os personagens: Lindsay Vuorinen, Nikolay Karpol, Alessandro Yuy e os outros que não me lembro (¬¬) são de minha autoria.

Agradecimentos: Well... A Celly, primeiramente, claro! A moça me ajudou bastante, do nome de um personagem às ameaças de morte e, claro, merece todos os agradecimentos por me aturar no msn falando desse fic e fora dele! E a Juzinha, né? Uma fofa que leu o fic e foi me dizendo o que achava. E, claro, a vovó Evil Kitsune e a titia Lien Li também!

Sumário: Até onde uma alma ferida pode ir? Certas dores nos transformam em algo que não queremos, mas somos forçados a ser, até o ponto que não sabemos quem é nosso verdadeiro "eu". Yaoi – Lemon – 1 x 2.

Observações: Tudo citado sobre a Igreja Católica são pontos que eu achei importantes no fic e não tenho a intenção de ofender a crença de ninguém, que isso fique bem claro. Caso se sintam mal com os comentários ferinos a respeito da religião e de Deus no fic, ignorem-nos, não é minha opinião, mas foram necessários para o bom andamento da história.

Aviso: Esse cap contém cena LEMON, se não gosta... volte daqui, se curte... vá em frente!

Boa leitura!


Hard To Say 'I Love You'

Minha fé, minha felicidade... minha vontade de viver.

Minha humanidade.

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Capítulo IV

Abri meus olhos, sem ter derramado sequer uma lágrima.

-Eu quase matei o bombeiro. – Disse. – Mas ele ficou bem e depois disse tudo, vendi a agência de meu pai e fui embora da França e só voltei... agora. – Concluí.

Heero não disse nada, apenas me abraçou, afundando rosto em meu pescoço e suspirando. Ele estava triste, chocado, mas não havia sentido todo que senti. Nenhuma palavra poderia descrever a dor que acometeu meu peito, nos dois anos seguinte de reclusão, enfiado em um apartamentozinho em Berlim, como se fosse um miserável qualquer.

Chorava, bebia e pensava. Revivia as lembranças, tentando achar uma explicação, mas só o que conseguia era acabar na cama, bêbado e afundado numa depressão profunda.

Só não acabei com minha vida porque dentro de mim algo clamava por algo.

Vingança.

Mas o desgraçado do padre já estava morto, queimado e ardendo nos confins do inferno.

Depois de vários meses acabando com minha vida, resolvi usar uma tática diferente, mais agressiva.

Esquecer.

Por seis meses fui para a cama com diversas pessoas. Homens, mulheres e qualquer coisa que pudesse me proporcionar um minuto de esquecimento. Esquecer que haviam arrancado minhas asas.

Sempre sexo.

Eu não amaria, novamente.

Havia amado à Deus e a meus pais.

E eles me traíram.

Depois de tentar me autodestruir pegando alguma doença venérea, decidi que deveria dar um jeito na minha vida, já que era fraco o suficiente para não conseguir acabar com ela.

Me mudei para Londres, comprei uma casa e resolvi voltar a pintar.

Mas nunca seria a mesma coisa.

Ainda havia o dinheiro dos meus pais, que era considerável, mas não o suficiente para a vida que decidi que teria. Iria usufruir de todas as coisas que nunca havia aproveitado, porque eram pecado.

Realizei minha primeira exposição e, instantaneamente, fui um sucesso.

Foi como... mágica.

E foi nessa época que admiti que era uma pessoa especial, inteligente ao extremo e muito talentosa.

Foi quando me tornei presunçoso também.

Comprei uma casa na França, que não freqüentava, a mobiliei com tudo do mais caro, para esfregar na cara de Deus que não precisava de sua aprovação para ser um sucesso. Mas nunca tive coragem de voltar a França... até aquele momento.

Um dia o homem tem que enfrentar seus demônios.

Minhas pinturas antigas foram mandadas para a nova casa na França e tudo ficou preparado para a minha volta triunfal. Para a volta do garoto que teve o espírito esmagado, ferido, destroçado.

E eu era um sucesso.

-Duo, por que eu? – A voz de Heero cortou meu fluxo de memórias e encarei seus olhos tristes.

-Eu me lembro da fumaça escura e, desde aquele dia, sempre que vejo alguém, essa pessoa está envolta naquela cortina negra, infernal, mas você... – Passei a ponta dos dedos por seu rosto. – Eu posso te ver sem a fumaça, simplesmente... enxergo você. – Ele gemeu, me abraçado forte em seguida.

Havia lhe contado tudo com um olhar clínico e não havia perdido o controle.

Como deveria ter sido.

Depois dos dois anos infernais, trancado naquele buraco em Berlim, decidi que o controle não poderia me deixar. Nunca.

Jamais cederia o controle da minha vida ou do meu Destino a mais ninguém novamente.

Ninguém me sacanearia, como Deus fez.

-Eu não queria dizer isso... – Ele começou, cauteloso. – Mas... eu sinto muito.

-Não sinta. – Disse, seco. – Já passou e agora eu sou... muito melhor que antes.

-Você sofre. – Disse, segurando meu rosto entre suas mãos. – A cada vez que pinta, a cada tela... sente falta das suas asas... eu vejo nos seus olhos. – Afirmou, doce. – Em seus lindos olhos.

Me levantei, agressivamente, e o olhei.

Ele não sabia de nada. Não havia sentido, vivido e sofrido como eu.

-Não me diga como me sinto, Yuy. – Falei, grosseiramente. – Você é apenas...

-O que eu sou, Duo? – Se levantou também, seus olhos já não refletiam mais tristeza.

As íris cobalto estavam inflamadas, brilhantes... sedentas.

-Um demônio que veio para me atormentar e me fazer lembrar que existiu algo antes daquela fumaça, daquela cortina escura e espessa... eu nunca deveria me lembrar do que havia além dela, mas você...

-Eu estou aqui porque você quer, você começou, você quis espiar através do negror que tomou sua mente. – Sua voz era ríspida, dolorosa. – Você... perdeu o controle quando me viu, Duo Maxwell. – Riu, sarcasticamente. – Eu tiro o controle de suas mãos.

Minha visão tornou-se preto e branca e ergui meu punho, acertando seu rosto.

Ele não podia tirar meu controle.

Pensei que ele revidaria, tentando me mostrar que, afinal, não tinha todo o controle, mas ele apenas riu, parecendo divertido.

No canto de seus lábios, um pequeno filete de sangue escorria e eu sorri também. Nada proporcionava mais prazer que ter controle, que ter o poder de ferir.

-Viu? O seu controle se esvai... – Suas mãos, fortes, agarraram minha cintura. – Eu o tiro de você... e vou tirá-lo, novamente, agora, te possuindo, te marcando... bem aqui. – Me jogou no chão, fazendo meu corpo bater contra o tapete felpudo.

Tentei chutá-lo, lutar contra ele, mas... não foi algo tão forte.

Acho que queria estar ali com ele.

Mas não queria perder o controle.

Rolamos pelo chão, em uma disputa pelo controle, pelo direito da posse, por prazer... nos abraçamos, arranhamos, apertamos.

-Eu não vou deixar você... – Comecei, ofegante, arranhando seu peito nu, sob mim.

-Te possuir? – Completou, sarcástico, me jogando, sem delicadeza alguma, no chão. – Sim, eu vou... – Deitou sobre mim, me forçando a abrir as pernas, marcando minhas coxas com seus dedos.

Me debati, apertei seus braços, mordi seu pescoço, tentei socá-lo, mas nada o fez sair de cima de meu corpo.

-Eu não vou perder o controle. – Murmurei, entredentes, mas já sem muita força para revidar.

-Você já perdeu.

O empurrei, o arranhei, mas ele apenas sorria, como o bom sádico que era.

Me debati, novamente, puxando seus cabelos e ele colocou as mãos em meu pescoço, apertando-o.

-Não vamos gastar todas as nossas energias agora. – Disse, aumentando o aperto. – Quero que você tenha forças pra gritar, implorar e admitir que o controle é meu. – Fechei meus olhos, o fôlego acabando, mas não cedi.

Ele riu, afastando os dedos de meu pescoço e suspirei, aliviado.

Estava, praticamente, sem forças, mas não queria parar de lutar pelo meu controle... eu não podia perdê-lo, não podia voltar a ser o garoto perdido de nove anos antes.

Eu não queria chorar, novamente.

-Não faça isso comigo. – Pedi, apertando seus braços, sentindo os músculos ficarem tensos. – Não tire o controle de mim.

-Você precisa. – Disse, doce.

Pisquei e sorri, vendo-o se transformar.

Suas feições tornaram-se suaves e seus lábios estavam convidativos quando me beijaram.

Tinha acabado de aprender como manipulá-lo.

Compartilhei o beijo calmo, fingindo-me passivo, quase... quase obediente, mas quando ele vacilou, seus lábios deslizando por meu rosto, inverti as posições, imprensando-o contra o tapete, prendendo seus pulsos ao lado de sua cabeça.

-Você não aprende. – Ele disse, calmamente. – Eu vou te possuir... vou fazer amor com você. – Algo em meu peito faiscou e eu estremeci.

-Ninguém faz amor comigo. – Falei, apertando seus pulsos. – Você pode querer me foder, mas nunca... nunca fazer amor. – Ele não respondeu, apenas mordeu os lábios, murmurando algo que não ouvi.

Segundos depois eu estava no mesmo lugar que ele estivera, só que de bruços.

Minha calça foi arrancada, rasgada por seus dedos fortes. Eu gemi, sentindo a dor de ter a carne apertada, ferida, mas não protestei.

Ele não queria fazer amor, afinal de contas.

Seu corpo deitou sobre o meu e minhas pernas foram afastadas. Fechei meus olhos, sentindo sua ereção pulsar contra minhas nádegas.

Se fosse ser daquele jeito, se ele fosse me subjugar que fosse daquela forma: bruta, sem carinho.

Empinei meus quadris, mais excitado do que queria demonstrar. Algo roçou em minha entrada e suspirei. Era daquela forma que queria, sem preparação, com dor... se fosse assim, o controle ainda estaria comigo.

Esperei pela dor da penetração, que nunca veio.

-Não vou fazer assim. – Ele sussurrou, beijando meu pescoço. – Eu vou te tocar, te acariciar, fazer seu corpo pedir para fazer amor com o meu. – Gritei, frustrado, tentando me virar, mas não consegui.

-Vá embora, Heero. – Disse, firme. – Você pode me estuprar, mas não pode me forçar a fazer amor, por isso vá embora. Eu não posso te dar o que você quer.

-Você pode... – Ele falou, virando meu corpo, deitando-se ao meu lado.

Encarei o teto, respirando, ruidosamente. Entre minhas pernas, minha ereção pulsava, dolorida.

Seus dedos roçaram, hesitantes, por meu rosto, descendo por meu pescoço, entrando em minha blusa, tocando meu ombro. Me arrepiei, fechando os olhos.

Era mais forte do que queria admitir.

Minha blusa foi tirada, com cuidado e suspirei, frustrado.

O deixaria me tocar como quisesse, mas... quando estivesse excitado o suficiente, eu poderia manipulá-lo. Era provado que homens excitados não pensavam.

Apenas sádicos como eu.

Senti seus lábios unirem-se aos seus dedos na exploração pelo meu corpo. Gemi, agarrando seus cabelos, adorando, em silêncio, todo aquele carinho e cuidado.

Heero livrou-se das calças, completamente, e eu suspirei, profundamente encantado com tanta perfeição.

Ora... eu era um artista e apreciava o que era belo.

Seus músculos eram firmes, contrastando com a pele perfeita, macia, bronzeada... era como aço sob seda e eu quis tocá-lo.

O fiz se deitar, com as costas no chão e, apesar de seu olhar desconfiado, ele cedeu. O toquei, o beijei, o lambi e senti seu gosto. As sensações eram novas, inebriantes e eu queria mais.

Meus toques ficaram mais brutos, meus dedos apertaram suas coxas, seus braços, deixando marcas arroxeadas e vermelhas.

Era aquilo que eu queria.

-O que está fazendo? – Ele me perguntou quando eu, deliberadamente, parei com os lábios em seu umbigo.

Não respondi, apenas coloquei suas pernas, rapidamente, em meus ombros.

Mas não consegui o queria.

Heero me estapeou, jogando-me no chão. Gemi de dor, genuinamente, assustado. Não esperava uma reação como aquelas, mas... era bem vinda.

Ele não teria o controle... eu não cederia o controle.

Minhas pernas foram separadas, meus lábios foram beijados, furiosamente, e, antes que algum som deixasse minha garganta, fui penetrado.

Minha carne protestou, ferida, mas Heero sequer se importou.

Balançou os quadris contra o meu, violentamente, me invadindo, me machucando... me fazendo sentir o controle ainda em minhas mãos.

Eu podia ser possuído... se fosse só sexo.

Joguei a cabeça para trás, minhas unhas em seus braços, pequenas lágrimas deixando meus olhos. Eu não queria chorar, mas foi involuntário.

Ele me invadia, bruto, selvagem e eu gemia... de dor, de alívio, de prazer.

Senti sua boca, quente, em meu pescoço, sugando minha pele, marcando, machucando. Podia sentir seu membro rijo, indo fundo dentro de mim, misturando sentimentos controversos.

-Eu lhe disse... – Sussurrei, mordendo sua orelha, envolvendo seus quadris com minhas pernas. – Não pode me forçar a fazer amor. – Ri, me contraindo e ele gemeu, alto.

Mas parou.

O encarei, confuso e irritado, mas ele apenas me olhou, parecendo surpreso, chateado, magoado... e eu não podia agüentar aquele olhar.

Me movi, convidando-o, mas nada aconteceu. Tentei arranhá-lo ou mordê-lo, mas também foi em vão.

Heero só permanecia parado, ainda dentro de mim, me encarando, incrédulo.

-O que eu fiz? – Ele murmurou, tempos depois. – Eu... machuquei você. – Rodei os olhos.

-Isso é sexo. – Disse, desdenhoso. – E sexo machuca e dá prazer... você sabe, então acabe logo com isso. – Ele negou, deitando-se sobre mim, suas mãos acariciando meus braços.

Eu quis gritar, dizendo-lhe que parasse com aquilo, que parasse de me acariciar que parasse... de tentar me amar. Mas nenhum som deixou meus lábios.

Sua boca encontrou a minha e nossos dedos se entrelaçaram.

Uma lágrima deixou meus olhos.

Meu controle estava se esvaindo, mas eu não consegui impedi-lo de partir... doía tanto...doía tanto lembrar, reviver... sentir de novo.

Heero beijou minha bochecha, lambendo o rastro úmido que a lágrimas havia deixado.

-Mova-se. – Ordenei e ele sorriu, triste.

-Não posso. – Respondeu, beijando minha testa. – Não enquanto você não deixar que eu faça amor com você.

-Apenas me foda, merda! – Virei o rosto, aborrecido.

Por que, diabos, com seis bilhões de habitantes no maldito planeta, eu tinha que cruzar, justamente, com Heero Yuy?

Eu poderia continuar vivendo como um bastardo frio e sem coração.

-Peça, Duo... – Ele disse, calmo, acariciando meus dedos com os seus.

Sufoquei um soluço, odiando tudo aquilo.

Eu não queria ceder... eu não queria confessar que queria, que precisava ser controlado, que precisava ceder para poder respirar. Isso significaria lidar com os demônios, admitir que algo, algum dia, me feriu, destruiu meu espírito.

Não queria lembrar que tive asas.

Preferia sufocar, tentando manter as coisas na ordem imaginária que havia criado.

-Vamos, anjo, eu sei que você quer... – Mais algumas lágrimas deixaram meus olhos e me debati, soltando seus dedos e o empurrando.

Heero apenas sorriu, triste, e não se mexeu. Permaneceu parado, dentro de meu corpo, invadindo muito mais que minha carne.

-Duo... – Ele sussurrou, carinhoso. – Eu não vou trair você.

A dor explodiu em meu peito e eu chorei, como havia chorado naquele dia, anos antes.

Grossas lágrimas deixaram meus olhos, enquanto soluços assaltavam meu corpo, me fazendo tremer, me fazendo sentir como uma criança indefesa.

Heero me abraçou, beijando minha testa, me confortando.

Ele era um desgraçado por fazer aquilo comigo, por me fazer chorar e perceber que estava quase no fim... quase no limite que minha alma agüentaria.

Ficamos minutos daquela forma, juntos, seu corpo dentro do meu, minhas lágrimas escorrendo por seu pescoço.

Quis odiá-lo, mas só o que consegui fazer foi impedi-lo quando ele tentou sair de dentro de mim.

-Faça... – Murmurei, estrangulado. – Faça amor... comigo.

Ele sorriu, doce, limpando minhas lágrimas.

Seu corpo moveu-se, calmo, cuidadoso, me invadindo, me penetrando... me fazendo derrubar as últimas barreiras que existiam a minha volta.

Meu corpo foi amado e minha alma foi cuidada, com carinho.

Gemi, buscando seus dedos, seus lábios.

As lembranças me atingiram, vívidas e eu chorei de novo, em um misto de tristeza, alívio e excitação.

Seus quadris ondulavam contra os meus, me fazendo gemer alto e implorar por mais. Implorar por ele.

Foi muito mais que sexo, tive certeza.

O senti se esvair dentro de mim e a sensação foi intensa demais, forte demais. Fui com ele, molhando nossos corpos, gemendo no mesmo compasso que sua voz.

-Dói tanto. – Disse, antes que pudesse me controlar.

-Me deixe ajudar, anjo... posso ajudar a fazer a dor passar. – Falou, suave.

Ele permaneceu parado, parecendo pensar, enquanto suspirava, contra meu pescoço. Estremeci, meus braços, flácidos, ao lado de meu corpo.

Me sentia impotente.

Por sete anos em mantive no controle. Controlei as lembranças, as dores, os desejos... nunca amor, só sexo. Nunca carinho, só mais uma foda.

E aquele desgraçado apareceu.

-Tudo bem? – Perguntou, saindo, cuidadosamente, de dentro de meu corpo.

Suspirei, frustrado, revoltado comigo mesmo. Não deveria ter cedido, não deveria ter chorado, não deveria... tê-lo deixado ver o quão fraco eu tinha sido.

-Estou bem. – Disse, entre um suspiro e outro. – Apenas...

-Diga. – Pediu, me abraçando, colocando minha cabeça sobre seu peito.

-Assustado e... revoltado. – Confessei, odiando aquela proteção que os braços dele me davam.

-Um Duo assustado é novo para mim. – Disse, beijando minha testa. – Mas posso lidar com isso, se você deixar.

-Você não pediu permissão para entrar aqui e foder comigo. – Encontrei seus olhos, divertidos. – Ou para... fazer amor. Não acho que precise de permissão para mais nada.

-Você pode ceder comigo, pode perder o controle. – Disse, sincero. – Eu posso ser seu porto seguro... você pode confiar em mim, se quiser.

-Eu não sei. – Falei, francamente.

Não sabia se queria confiar em alguém, especialmente, em um bastardo desgraçado que me caíra na minha vida pessoal de pára-quedas.

-Você pode tentar. – Disse, levantando-se, puxando-me junto a si.

-Talvez eu queira tentar. – Ponderei e concluí que a situação não podia piorar. – Não tenho nada a perder, a não ser minha auto-confiança e tudo que lutei nove anos para conseguir. – Dei de ombros, como se não fosse algo importante.

-Ótimo! – Sorriu, feliz, me abraçando. – Que tal me mostrar onde fica seu quarto?

Suspirei, inconformado comigo mesmo.

Mas... nada poderia ser mudado, de qualquer forma.

Uma das coisas que havia aprendido, durante minha longa jornada pela terra infernal que era minha vida, era que as coisas que já aconteceram podiam ser escondidas, camufladas, jogadas no inferno, mas nunca modificadas.

E eu já havia me envolvido com Heero. Ele havia me visto chorar, havia me visto ceder e ser fraco.

Nada podia ser feito... só esconder ou me acostumar com o fato de que estava, inevitavelmente, me apaixonando.

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Continua...


Hum... é impressão minha ou tudo aki no site anda meio parado? Coisa estranha... cadê a empolgação, pessoal?

De kualker forma, espero que cs tenham gostado desse cap, especialmente, do lemon, pq eu gostei muito mesmo de escrevê-lo. Queda por Duos e Heeros assim... meio... violentos...

Bem... deixo aki meus agradecimentos as fofas e fofos que deixaram reviews: Chibiusa ( tara por Duos sujos de tinta... imagina...), Ophiuchus no Shaina ( bem, fofa, eu amo Duos meio... revoltados e fechados, nada contra os bobos alegres tb), Marck Evans ( ah, moço, assim eu fico vermelha, sabe?), Athena Sagara ( relaxa que o Quatre vai ter sua hora...), Celly ( sem comentários, ok?), Karin Kamya ( Pobre Duo... eu sei, mas... depois desse cap c vai ficar com mais peninha dele, né?), Ju ( vc tb... sem comentários), Shanty ( bem... ta aí o lemon, espero que tenha gostado.), Litha-chan( impressionante como vc cria teorias que eu nunca havia pensado antes... mas sim... pode ser como vc falou...) e Calíope ( primeiro lugar... sasinhora, quem me dera, viu?).

Muitos beijos pra quem tá acompanhando e desculpe pela demora pra postar esse capítulo... o próximo vem mais rápido... prometo!