Retratação: Gundam Wing e seus personagens não me pertencem, porque se pertencessem, com toda certeza, o Duo não teria atirado no Heero, mas na Relena e ela teria uma morte bem dolorosa. Porém os personagens: Lindsay Vuorinen, Nikolay Karpol, Alessandro Yuy e os outros que não me lembro (¬¬) são de minha autoria.
Agradecimentos: Well... A Celly, primeiramente, claro! A moça me ajudou bastante, do nome de um personagem às ameaças de morte e, claro, merece todos os agradecimentos por me aturar no msn falando desse fic e fora dele! E a Juzinha, né? Uma fofa que leu o fic e foi me dizendo o que achava. E, claro, a vovó Evil Kitsune e a titia Lien Li também!
Sumário: Até onde uma alma ferida pode ir? Certas dores nos transformam em algo que não queremos, mas somos forçados a ser, até o ponto que não sabemos quem é nosso verdadeiro "eu". Yaoi – Lemon – 1 x 2.
Observações: Tudo citado sobre a Igreja Católica são pontos que eu achei importantes no fic e não tenho a intenção de ofender a crença de ninguém, que isso fique bem claro. Caso se sintam mal com os comentários ferinos a respeito da religião e de Deus no fic, ignorem-nas, não é minha opinião, mas foram necessários para o bom andamento da história.
Hard To Say 'I Love You'
Epílogo
-Puta que pariu, Duo! Quantas vezes tenho que repetir que essas tintas não são para o Alessandro brincar? – Ergui uma sobrancelha, vendo um Heero possesso, entrar com o nosso filho nos braços.
Alessandro era um lindo arco-íris, mas... o japonês não gostava muito daquilo.
Ouvi suas palavras, suas ordens e tudo mais.
Ok... Heero era melhor pai do que eu, tinha que admitir, mas isso não significava que ele podia me dizer todas aquelas coisas absurdas!
-Eu não sou irresponsável! – Coloquei o pincel no apoio, apontando o dedo para a cara dele.
-Duo, ele estava comendo os pincéis... sujos de tinta!
-Você quem me incentivou a voltar a pintar! – Devolvi, irritado.
-Mas não te incentivei a deixar o nosso filho comer suas tintas, por Cristo! – Bufei, irritado, enquanto o via sair pela porta da varanda, provavelmente, indo dar banho em Alessandro.
A vida ao lado dele era... difícil. Heero era perfeccionista, chato algumas vezes e bem... todo o resto podia ser esquecido.
Passados cinco meses naquela rotina de ficar em casa com meu filho, enquanto Heero trabalhava, já estava ficando de saco cheio de bancar a esposa dedicada.
Primeiro que eu não era uma esposa, segundo que, definitivamente, não era dedicado.
Heero e eu conversaríamos quando ele estivesse mais calmo.
-Podemos conversar? – Me assustei, o pincel caindo no chão da varanda.
-Seria bom. – Respondi, me virando.
Seus olhos pareciam magoados e... merda! Não era justo! Eu não conseguia ficar bravo com ele, quando seu olhar ficava tão... doce!
Estava me tornando um estúpido sentimental.
-Eu não deveria ter gritado com você. – Admitiu, me olhando nos olhos.
-Eu sei disso, Heero. – Rebati, sarcástico.
-Mas você tem que entender... esqueça, você nunca vai entender mesmo. – Assenti, efusivamente. – O que estava pintando?
-Não íamos discutir? – Indaguei, franzindo a testa.
-Desisti.
-Mas eu quero a discussão! Gosto do fim delas... – Insisti.
-Posso te levar para cama, e fazer amor com você, selvagemente, sem discutimos, ok? É meio cansativo. – Seu sorriso era tão sexy, que minhas pernas bambearam.
Sorri malicioso e Heero se aproximou, suas mãos se insinuando sobre minhas roupas.
Pelo menos, se tudo mais desse errado, o sexo entre nós seria sempre fabuloso. Na verdade... era perfeito. Heero era um amante maravilhoso, alternava momentos entre carinho e paixão que me deixavam tonto.
Mas não era só aquilo... ele podia ser a pessoa mais gentil do mundo, porém... quando queria, ou tinha motivos para isso, podia ser bem indiferente.
Eu estava aprendendo, com o tempo, a como conviver com aquilo, a como conduzir tudo da melhor maneira possível, evitando atritos desnecessários. Não que nossas brigas não fossem interessantes...
-Você fica sexy sujo de tinta.
-Eu sei. – Respondi, vaidoso.
-Agora me deixe ver o que estava pintando. – Neguei, virando o cavalete.
-Não seja estúpido, por favor. – Suspirei, irritado e o deixei analisar o quadro.
Era uma merda viver com um crítico de arte. Se antes eu não me importava com a opinião deles, no momento, o que Heero pensava era muito importante, principalmente, quando minhas telas estavam se modificando, perdendo aquele ar... melancólico.
Esperei por sua opinião, mas só o que recebi foi um grande sorriso.
-Acho que você acrescentou alguns centímetros, não? – Eu ri, aliviado.
A tela era algo bem simples.
Heero nu, dormindo, inconsciente do que eu estava pensando quando o pintava... se ele soubesse as coisas que passavam pela minha mente, provavelmente, precisaria de terapia, por anos.
-Está bem real, ok? Conheço minhas ferramentas de trabalho e lhe digo que o que está na tela, faz jus a realidade.
-Hum... se você diz... – Se aproximou, seus braços enlaçando minha cintura. – Me ver nu, me deixou... excitado.
-Quem é o narcisista aqui? – Perguntei, brincando.
Heero me empurrou, sem um pingo de delicadeza, para a sala, me jogando sobre o sofá. A pancada foi violenta e senti o ar me escapar.
Seu corpo caiu sobre o meu, mas inverti as posições, firme.
Seus olhos brilharam, ainda maliciosos. Eu adorava aquela confiança que ele tinha em mim, me deixando tomar as rédeas, quando quisesse.
Heero sabia que aquele controle não ia além do sexo, ele pertencia a nós dois, igualmente. E não me doía admitir isso.
-Hoje vamos brincar de uma coisa diferente... – Declarei, mordendo seu pescoço.
-Oh, sim... o que tem em mente? – Perguntou, rouco.
-Hum... que tal...
-PAPAAAAAAAAAAAAAAAI...
Rimos os dois, na mesma hora.
Era frustrante, às vezes, mas... tudo tem um preço. E ver meu filho já andando, saudável, feliz e me amando fazia toda aquela frustração valia muito a pena.
-Qual pai é? – Indaguei, sorrindo.
-Acho que é você...
-Vou lhe dar tinta de novo... – Falei, brincando.
-Jogo sujo... – Heero se levantou, rapidamente, mas eu segurei seu pulso.
Seus olhos que estavam maliciosos, brilharam, doces, carinhosos e eu sorri, verdadeiramente.
O amor pode e deve nos mudar, mesmo.
-Eu te amo, Hee... muito... – Falei, sem constrangimento algum.
-E eu a você, meu amor. – Me sorriu, indo pegar nosso filho.
Não importava se minha vida estava tediosa ou não, isso era uma coisa que eu poderia mudar, mas aqueles sentimentos... não... eu não podia e nem queria mudá-los.
Eram importantes demais para isso.
Eles me mudaram... amar Heero e Alessandro me fez um bem tão grande que parecia não ter fim, a cada dia, a cada vez que os olhava eu percebia todas as oportunidades que me foram dadas quando aceitei que os amava.
Heero apareceu na sala, com Alessandro, já bem maior em seu colo. Os cabelos estavam mais escuros, mas os olhos ainda eram violetas, como os meus.
-Papai Doo... – O japonês me sorriu, terno, e eu correspondi, chamando-o para sentar-se ao meu lado.
Me acomodei contra Heero, com Alessandro em meus braços.
Eles me ensinaram muitas coisas, mas a principal lição eu jamais esqueceria, por mais que sofrimento me atingisse.
Não era difícil dizer 'eu te amo'.
Owari
Acabooooooooou.
Agora acabou mesmo! De verdade!
Dá até uma dorzinha no peito, sabiam? Foi muito gostoso escrever esse fic.
Agradeço as reviews e os emails. E fazendo um balanço sobre esse fic, percebi que a aceitação foi muita boa e isso me deixou, estupidamente, feliz!
Agradeço de novo a Celly e a Ju... meus anjinhos da guarda. E a todos que, ao longo desse fic, foram deixando suas opiniões e críticas.
Sinto que esse fic tenha acabado, mas... outros virão. Assim eu espero.
E que tal deixarem comentários em mais esse capítulo?
Beijos!
Até a próxima!
