Necessidades

Caindo neve em meu corpo, lá estava eu na beira da morte, me lembrando do rosto sereno da minha amada, Botan...

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Lá estava eu, um misero soldado real, com uma vontade imensa de me encontrar novamente com minha amada.

Não era o certo, mas sim o necessário, nós não estávamos mais agüentando aquela vontade imensa de juntar os nossos corpos.

Um bilhete? Seria um novo encontro?Sim era ela, com a sua doce caligrafia, pintada de preto no papel mais comum, para ninguém reconhecer.

Casa de campo da família real, muito longe de tudo e de todos, lugar perfeito para os nossos encontros, sem empregados, soldados, apenas um castelo pequeno e abandonado, com um lago de águas cristalinas e cheio de pato.

Faltava apenas 2 dias, para o nosso encontro, enquanto isso apenas trocas de olhares, que dedurava o nosso romance, sem termos a noção do perigo.

Finalmente o dia chegou depois de tantas noites não dormidas, agora nós realizaríamos os nossos prazeres, necessidades.

"Mais de um guarda, para que? Vai qualquer um? Pode ser aquele de cabelos longos e vermelhos. Serviçal? Para que?Pai já tenho 16 anos posso me virar sozinha, aliás, eu quero um fim de semana diferente." Me lembro de suas desculpas ditas com a sua doce voz.

Subo na carruagem, e troco aquele olhar, sinto a sua presença, que chega a congelar meu corpo, do o comando, para os cavalos irem o mais depressa possível, não quero perder mais nenhum segundo.

Chegando na casa, vejo um lago congelado, plantas tomando conta da casa e sinto as mãos de Botan em minhas costas.

Entramos na casa onde os moveis estavam protegidos por umas lonas brancas, e fomos em direção ao quarto maior, onde tirávamos as lonas e abria os nossos corações, sem palavras, apenas com olhares e toques.

Noite perfeita, apenas eu e ela, ali, estirados na cama abraçados um ao outro, rolando beijos e mais beijos, numa vontade insaciável e ardente, como nunca tive antes.

Passamos a noite cordados e cansados de uma noite de amor, com fome, sede e sono. Comida, esquecemos desse detalhe, mas a água já nos satisfaz o apetite passa logo. Fomos dormir, repousar um pouco para a ultima noite, que seria a melhor, mais ardente, tirano o grande acúmulo de nossas necessidades. Acordamos pelo ínicio da noite, sem palavras, ela põe sua cabeça no meu ombro e suas mãos em meu peito soltando um suspiro. Beijos e mais beijos, juntar nossos corpos, era isso que eu apenas pensava, em uma noite perfeita.

Após a noite perfeita de amor adormeço, e ao acordar, de manha cedo, ouço Gritos! O que foi! Meio dormente olho para o lado e vejo o Rei Koenmia e seu assistente Vampiro Toygomo, que sem pensar 2X, o rei abateu uma lança no peito de sua filha...

Chegou à hora! Espero ter o mesmo destino que ela, espero que ela tenha se satisfeito, pois eu vou morrer sem nece... (barulho da guilhotina).