Destinos Entrelaçados

Capítulo 2


Eu consegui. Eu consegui. Eu consegui.

Isso mesmo! Eu consegui chegar ao tribunal com alguns minutos de folga. – Não importa quantos faróis vermelhos eu furei ou a sensação de quase morte quando cortei aquele caminhão gigantesco.

Cheguei e como sempre fui maravilhosamente bem. – Nem tente me perguntar como isso foi possível uma vez que só me lembrei qual era o processo quando vi a cara de poucos amigos de meu cliente. – Foi compensador ouvir os cumprimentos pelo trabalho bem feito. – A gratificação vai ser ainda melhor – Quase me faz esquecer o dia horrível que tive até agora.

No caminho de volta lembro o que ainda me aguarda quando finalmente chegar em casa. Jantar com uma garota idiota que provavelmente vai ficar olhando para mim o tempo todo enquanto como rápido tentando ignorá–la – Ou os olhares assassinos que minha mãe certamente lançara em minha direção.

Resolvi que já tive aventura suficiente por um dia. Vou passar na droga da confeitaria, – pegar o maldito seja–lá–o–que–for que Izayoi encomendou e ir para casa de uma vez. – e voltar para casa antes que as ruas fiquem atulhadas de carros indo na mesma direção que eu. – Quem sabe? Talvez eu consiga dormir por alguns minutos antes da 'maravilhosa' noite que me aguarda.

Quando saio da confeitaria, carregando três enormes caixas – Sem fazer a mínima idéia do que diabo tem dentro – Fico pensando quantas pessoas minha mãe pode ter convidado para jantar. Se ela me forçar a conversar com um bando de garotas malucas juro que vou expulsá–la da casa.

Com um pouco de esforço consigo colocar as caixas no banco de trás do carro e parto rapidamente na direção de casa. – Finalmente – Isso com certeza encerraria o meu dia se no meio do caminho não lembrasse que preciso terminar de ler aquelas anotações porque a audiência é amanhã.

Debruço sobre o volante disparando a buzina acidentalmente, e pulo no assento. Vou te contar, se não fosse a cara espantada do velho passando na minha frente me fazendo rir eu teria chorado.

Sem outra opção, volto para o escritório, quase rosnando para cada motorista passando com uma expressão de felicidade no rosto na direção contrária. – Eles estão indo para casa, como eu deveria estar indo, e eu não! – Entro no escritório, disfarçando a falta de ar depois de subir dez andares correndo pelas escadas, e entro em minha sala ignorando o olhar divertido de Kaede enquanto passo correndo de um lado para o outro.

Ela se despede com uma voz cantada e antes que eu ceda a tentação de pular em seu pescoço, desço as escadas, correndo novamente para gastar as energias e esquecer as idéias assassinas. Eu tenho que despedi–la ou matá–la logo ou vou ter uma ulcera! – A primeira opção é mais viável já que não quero acabar meus dias na cadeia.

Entro no carro novamente e volto para as ruas – Que como previ – Estão começando a encher de carros. Um engarrafamento era tudo o que eu precisava para terminar esse maldito dia. – Só que esse ainda não vai ser o final porque eu tenho que participar da droga de jantar, lembra?

De repente, passar o resto dos meus dias na cadeia não parece tão mal... Talvez eu deva matar Kaede afinal!

oOoOoOoOoOoOo

Duas horas depois – O dobro de tempo que de quando não pego um maldito engarrafamento – Finalmente me aproximo de casa. Olho para o relógio e percebo com um sorriso que talvez ainda haja tempo para dormir afinal. Esse pensamento vai me alegrar pelas quatro quadras restantes até em casa.

Sim, devemos nos manter positivos. Não importa se você teve uma manhã tediosa. Não importa se você foi torturado por sua adorável mãe. Não importa se sua secretária abusada te respondeu com desaforos novamente. Não importa se você quase morreu enquanto corria para o tribunal. Não importa o tempo precioso que perdeu na droga do congestionamento.

Você ganhou mais uma causa. O cliente te prometeu uma gratificação generosa. Você está

perto de casa e vai dormir antes do maldito jantar que sua mãe enxerida organizou sem te consultar!

A vida é bela... – Ei, porque aquele carro não está se mexendo? Espera aí, por que ele resolveu se mexer agora e vir em sua direção? – Agarro a direção e juro que penso em vira–la, mas não consigo a tempo. Enquanto meu corpo é jogado para a frente e sinto o impacto do cinto de segurança contra meu ombro, as idéias assassinas voltam a minha mente e espero ansioso pelos segundos que duram aquela batida para poder saltar do carro e matar o estúpido motorista que ousou bater em mim!

Depois de alguns minutos de luta com o cinto de segurança – sim, eu esqueci que sem soltá–lo não conseguiria sair do carro – abro a porta e desço, caminhando lentamente para o outro veiculo. Vejo a figura franzina se encolher atrás do volante.

Ótimo, isso era tudo o que eu precisa. Outro estúpido menor de idade acertando meu carro. – Sim, não é a primeira vez, malditos garotos cheios de dinheiro. – Paro ao lado da porta de motorista e levanto a mão para bater no vidro quando ela abre com força o suficiente para me derrubar.

– O que diabo? – Cara, isso doeu. Não sei se mais no meu traseiro ou no orgulho, mas doeu – Se acha que vou deixar você escapar sem pagar pelo estrago.

– Você veio para cima de mim, idiota.

Pisco, observando um sapato de bico fino pisar o chão pelo vão entre a porta e o asfalto. – Uma estúpida garota... Eu devia saber que para causar tanto estrago tinha que ser uma mulher! – Outro pé se junta ao primeiro e eles se movem, a porta é fechada e dou de cara com um espetacular par de pernas a minha frente.

– Aham! Eu estou aqui em cima. – Pisco novamente, erguendo meu olhar pelas formas bem feitas. As pernas não são a única coisa bem feita nela. – Ei! Idiota?

Estreito os olhos e volto minha atenção para o rosto delicado. – Qual o problema com as mulheres atuais afinal? São todas maníacas controladoras que só sabem ofender? – Os braços cruzados na frente do peito, cobertos por um vestido negro que cobre qualquer pedaço de pele até o pescoço, a expressão fechada, a raiva brilhando nos olhos azuis. – Tenho que admitir que ela é bonita. – Os cabelos presos em um coque, levemente desfeito – Provavelmente da batida. – A maquiagem perfeita – Droga, ela me lembra minha mãe com esse olhar desaprovador.

– Sua mulher maluca, o que acha que estava fazendo? – Pulo de pé, passando as mãos pelas calças, tentando, inutilmente, recuperar minha compostura. – Essa rua é mão única!

– Isso não quer dizer que possa correr como um maluco!

– Eu não estava esperando um carro vir na minha direção!

–... – Ela se inclina para dentro do carro e depois de alguns minutos volta a se endireitar com um papel e caneta em mãos – Seguro?

– Como é?

– Você tem seguro não tem?

– Eu não vou pagar! Você bateu em mim!

– Estou atrasada, quer dar a logo a porcaria do seu seguro?

– Esqueça, não vou te dar nada! – Lanço um olhar para a placa do carro e lhe dou as costas, voltando para meu próprio carro.

– Como assim não vai me dar nada?

– Não dando? – Entro no carro, batendo a porta. Sorrio para ela dando a partida – Boa sorte com seu compromisso! – Completo ao passar pela garota olhando para mim atônita. Mulheres são tão fáceis de manipular.

Posso ouvi–la me xingar e continuou sorrindo enquanto me afasto. O que eu estava pensando mesmo antes de tudo isso acontecer? – Viro a direita, sorrindo ao passar pelos portões de casa.

Ah sim, a vida é bela e... Pera lá, que droga de cheiro doce é esse? – Paro o carro na garagem e olho para trás, deparando com as três caixas da confeitaria viradas, espalhando uma droga de creme no meu estofamento. – Esqueça, a vida é uma merda.

– InuYasha! Você está atrasado!

– Izayoi... – Murmuro, afundando o rosto sobre os braços no volante.

Ah! Eu quero morrer! Não, espera, eu tinha um plano melhor – Qual era mesmo? – Matar a Kaede e ser preso!


N.A. – Oi, minna!

Ah, nem demorei muito vai :P

É tão divertido escrever esse fic, provavelmente porque é novo e não tem temas pesados para me enlouquecer. O capítulo anterior foi postado mais rápido porque já estava escrito e só precisava de revisão :)

Obrigada as reviews do ultimo capítulo:

KisamadesuNão é a cara do Miroku ser processado por assédio? XD ), Bella Lamounier ( Você não me ofendeu, mas acho que ninguém melhor para entender como é ruim receber cobranças do que outra pessoa que passa pela mesma situação :P Ser torturado pela mãe é legal! XD ), Marina ( Não sei quem você pensa que são os convidados, mas vai descobrir no próximo capítulo:P), lilaclynx ( Que bom que está gostando! ), Kassie Matsuyama Satuki (Talvez sim, talvez não... Talvez ela já tenha aparecido... Talvez seja a Kagome...Dúvidas, dúvidas...), Samy Higurashi ( Que bom! ), Satsume ( Fico feliz que esteja gostando, mas... Hum, que flashbacks? O.o ), Kagome Shinomori ( Obrigada, que bom que está gostando :) ), LP–Vany–chan ( Sim, sim... POV do Inu nesse fic :D Que bom que está gostando, mana ), Mikky ( Será que dei mesmo? Oh ho ho ho ho... ), Lere ( E eu pensando que seria vitima de ameaças de advogados... Que bom que está gostando! Vou te mandar um e–mail assim que tiver um tempinho, tem no seu profile ne? ), Lalin ( Não, esse fic não é nem um pouco como AMF, a única semelhança é ser narração do Inu... Sexos invertidos? O.o ), Mistr3ss ( Minha intenção é ser apenas POV do Inu :D E você errou também :P ), Leila Wood ( ele não está adorável? XD ), Lori–Nakamura ( Que bom que gostou, Lori:) ) e Dani ( Fico feliz que tenha gostado e espero que tenha mais tempo daqui para frente :D

# Ofegante por falar demais #

Por enquanto é só, até o próximo capítulo!

Kissus e ja ne,

Naru